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1.

DIREITO PENAL BRASILEIRO – COMENTÁRIOS SOBRE ARTIGO 15 DO CÓDIGO


PENAL.....................................................................................................................2

2. DIREITO PENAL BRASILEIRO – COMENTÁRIOS SOBRE ARTIGO 49 DO CÓDIGO


PENAL.....................................................................................................................5

3. DIREITO PENAL BRASILEIRO – COMENTÁRIOS SOBRE ARTIGO 83 DO CÓDIGO


PENAL.....................................................................................................................9

3.1. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL...........10

4. REFERÊNCIAS Bibliográficas ...........................................................................13


1. DIREITO PENAL BRASILEIRO – COMENTÁRIOS SOBRE ARTIGO 15 DO
CÓDIGO PENAL

Haverá desistência voluntária, quando o agente iniciar a prática dos atos


executórios, porém, por vontade própria deixar de praticá-los, interrompendo, assim,
a ação, não importando o que o motivou, seja por medo, por arrependimento, ou por
qualquer outro fato, desde que tal paralisação não se dê por intervenção de outrem.
Já, o arrependimento eficaz ocorrerá quando o agente praticar os atos executórios
até o final, impedindo, porém, que o resultado se concretize.

Nesse sentido é a redação do artigo 15 do Código Penal:

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução


ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados.

Nas palavras do jurista Luiz Regis Prado:1

“A partir desse enunciado legal, deduz-se que, na desistência voluntaria, o


agente desiste ou abandona voluntariamente execução do delito..”

Se, no caso em concreto, houver constatação da ocorrência de um dos dois


institutos em comento, haverá a exclusão da punibilidade do agente, sendo que esse
apenas responderá pelos atos que efetivamente praticou.

Para que o crime seja enquadrado nas regras do artigo 15 do Código Penal, o
agente não precisa agir com espontaneidade, todavia, sua desistência ou
arrependimento deve ocorrer de maneira voluntária. Isso quer dizer que o agente
deve, por sua própria vontade, desistir de cometer o crime ou de obter o resultado
final.

A jurisprudência assim leciona:

1
PRADO, 2010, pg. 416

2
Desistência e arrependimento. “Conforme anota, a propósito, Damasio E. de
Jesus (Direito Informatizado Saraiva, n. 1, 3ª Ed. Em CD-ROM): ‘A
desistência e o arrependimento precisam ser voluntários para a produção
dos efeitos, Não se exige que o abandono de empreitada criminosa seja
espontâneo, bastando a voluntariedade. Isso significa que a renúncia pode
não se espontânea, mas mesmo assim aproveita ao agente’.” (TACRIM SP
– Ag. Ex. 1.274.753/1 – Rel. Juiz ERIX FERREIRA – 2ª C. – J. 22.11.2001 –
Un.)(Trecho do Ac.) (RJTACRIM 58/49).

Na mesma linha:

“Para a caracterização da desistência voluntária não se exige que a


renúncia do propósito criminoso seja espontânea, bastando que seja
voluntária,.Qualquer que seja a motivação do agente, é suficiente que não
tenha sido obstado por causas exteriores, independentes de sua vontade. É
indiferente a razão interna do arrependimento ou da mudança de propósito:
a recompensa da impunidade (parcial, no caso) é condicionada
exclusivamente à efetividade de voluntária não consumação do crime.”
(TJSP – Ap. 73.025-3 – Rel. Des. SILVA LEME – 3ª C. – J. 18.7.90 – Un.)
(RT 649/305).

Aqui, a questão da voluntariedade não deve ser entendida somente como


simples desistência. É que a simples desistência é compreendida como aquela
espontânea e, nesse caso, não é a espontaneidade fator primordial para que se
verifique a desistência voluntária ou o arrependimento eficaz. Isso porque o agente
pode ser impulsionado a desistir ou se arrepender por questões particulares,
decorrentes do seu intimo, como vergonha ou repeso. Ainda, há quem entenda que
o arrependimento eficaz pode ser verificado, inclusive, quando houver o
arrependimento do agente em função de motivos diversos que não a voluntariedade
do arrependimento propriamente, mas por achar que foi visto cometendo o delito,
por exemplo.

Há divergências quanto à natureza jurídica da desistência voluntária e do


arrependimento eficaz, haja vista que parte dos doutrinadores defendem que tanto a
desistência quanto o arrependimento dão margem a atipicidade de conduta,
sustentando que se o agente desiste de praticar o crime ou se arrepende
eficazmente, por vontade própria, ocorre a atipicidade.

No entanto, outros estudiosos entendem tratar-se, ambos os institutos, de


causas extintivas da punibilidade, tendo como argumento o fato de que, nesses

3
casos, a extinção da punibilidade serve como motivação para a desistência do
cometimento do crime ou para o impedimento do resultado advindo dele.

4
2. DIREITO PENAL BRASILEIRO – COMENTÁRIOS SOBRE ARTIGO 49 DO
CÓDIGO PENAL

A multa é uma das modalidades das penas adotadas pelo Código Penal e se
revela no pagamento pelo condenado ao fundo penitenciário, com o cálculo inovador
do direito brasileiro, aplicado em dias-multa.

O artigo 49 do Código Penal prescreve:

"A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia


fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez)
e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias – multa.

§1º. O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem
superior a 5 (cinco) vezes esse salário.

§2º. O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices


de correção monetária."

Segundo José Antônio Paganella Boschi2, em seu livro das Penas e seus
Critérios de Aplicação, a pena de multa é bastante antiga, aparecendo na Bíblia –
Êxodo, XXI e XXII. – e adotada na Grécia e na Roma antigas, onde era aplicada
para reparação do dano ex delicto.

Acompanhando as lições do referido autor, na sua feição atual (em dias), a


multa surgiu, pioneiramente, no Código Criminal de Império Brasileiro de 1830 (art.
55) e, depois de ter desaparecido por um bom tempo, retornou ao direito positivo
brasileiro, com a Reforma da Parte Geral do Código Penal por meio da Lei 7.209/84
(arts. 49 e segs. do CP).

Nas leis extravagantes em que se prevê a cominação da pena de multa em


salários mínimos, não se aplica o sistema de dias-multa. Há quem sustente ser
inconstitucional a fixação com base no salário mínimo, a teor do artigo 7º, IV, da

2
BOSCHI, 2006, p.349.

5
Constituição Federal, que vedou a sua vinculação para qualquer fim, mas essa
corrente é minoritária.

Assim como acumular bens, ganhar dinheiro e produzir riqueza fazem bem ao
homem, inversamente a perda de dinheiro e a redução de bens e de riqueza lhe
causam muito mal. A pena de multa começou a nascer no exato momento em que o
homem primitivo descobriu essa verdade. E por essa razão a multa, do latim multa
sempre teve um significado de expiação, retribuição, castigo.3

Em colocação pontual, Cezar Roberto Bitencourt4 ensina que duas são as


características essenciais, tradicionais, da pena de multa em todos os países: 1º) a
possibilidade de sua conversão em pena de prisão, caso não seja paga; 2º) seu
caráter personalíssimo, ou seja, a impossibilidade de ser transferida para os
herdeiros ou sucessores do apenado.

Entretanto, no Brasil, a Lei 9.268/96, que deu nova redação ao art. 51 do


Código Penal, impossibilitou a conversão da multa em prisão, aplicando-se lhe as
normas de legislação relativa à divida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que
concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.

A técnica utilizada pelo nosso Código Penal para cominação foi a utilização
do termo puro em simples de "e/ou multa". Assim, inseriu-se um capítulo específico
e retirou a expressão "multa de...". Em decorrência, os tipos penais não trazem mais,
em seu bojo, os limites mínimo e máximo da pena cominada, dentro dos quais o
julgador deveria aplicar a sanção necessária e suficiente à reprovação e prevenção
do crime, afirma no mesmo trabalho, Código Penal Comentado, Bitencourt.

A pena de multa possui vantagens e desvantagens. Primeiro, porque o


condenado à pena pequena não é levado à prisão, não o retirando do convívio com
a família e do convício social. Ainda, o Estado não gasta com encarceramento e
aufere renda extra. De outro lado, afeta mais duramente o pobre do que o rico, a
maioria não tem como pagar a multa e não intimida como a pena privativa de
liberdade.

3
FERREIRA, 1998, p. 225.
4
BITENCOURT, 2009, p. 162.

6
A individualização da pena pecuniária deve obedecer a um particular critério
bifásico: a) firma-se o número de dias-multa (mínimo de 10 e máximo de 360),
valendo-se do sistema trifásico previsto para as penas privativas de liberdade; b)
estabelece-se o valor do dia-multa (piso de 1/30 do salário mínimo e teto de 5 vezes
esse salário), conforme a situação econômica do réu.5

Segundo Luiz Regis Prado:

“Nesse sentido, a multa, em matéria penal, é rigorosamente pessoal, não se


transmitindo aos herdeiros do réu ou a terceiros...”

Nesse diapasão, a jurisprudência se divide em duas correntes. A primeira


aplica a pena de multa considerando, apenas, a condição financeira do condenado,
sem considerar as circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal. A segunda
corrente afirma que a pena de multa há de ser aplicada considerando, além da
situação econômica, as circunstâncias judiciais, como se faz no sistema trifásico de
aplicação da pena privativa de liberdade. É a posição de Mirabete, Damásio,
Bitencourt, Boschi, além do Nucci, conforme transcrição acima.

Muito importante lembrar que as decisões devem ser motivadas, respeitando


o artigo 93, IX, bem como individualizadas, artigo 5º, XLVI, ambos da Constituição
Federal.

A opinião que vem se formando é no sentido de que a interpretação literal da


lei não pode prosseguir. A própria exposição de motivos da Lei 9.268 em nenhum
momento faz referência à mudança da natureza da multa não paga. Pelo contrário,
afirmou que o projeto visava facilitar a cobrança da multa criminal, através de um
procedimento adequado e infenso às dificuldades que atualmente se opõem à
eficácia desta forma de reação penal.

A exposição de motivos nem ao menos menciona a expressão "dívida ativa",


demonstrando claramente que a intenção da alteração não foi modificar a natureza
da pena pecuniária por ocasião de sua execução forçada.

5
NUCCI, 2008, p. 370.

7
Mais um motivo para não se considerar dívida ativa, com remessa de sua
execução à Vara da Fazenda Pública, é que o artigo 4º da Lei 6.830 admite a
execução fiscal contra os sucessores a qualquer título, o que é perfeitamente cabível
no cível, mas vedado no crime pelo princípio da personalidade da pena, ou seja, que
a pena não pode passar da pessoa do condenado, artigo 5º, XLV, da Constituição
Federal.

Ademais, a Vara da Fazenda Pública não pode apreciar a prescrição da


pretensão executória ou ainda a revogação da suspensão condicional da pena, pois
é competência das Varas de Execução Penal, conforme se aufere pelo artigo 66, II e
III, alínea "a" da Lei 7.210, Lei de Execução Penal.

A pena de multa hoje não atinge sua finalidade de punir com isonomia de
condições os apenados.

Segundo Gilberto Ferreira6, a pena de multa tem sido inócua porque a


clientela do Direito Penal brasileiro é pobre e não tem a menor possibilidade de
pagá-la, ou porque se torna ineficaz quando imposta ao abastado. Por isso, só
deveria ser prevista para criminosos do "colarinho-branco", sonegadores e altos
estelionatários e desde que tivesse força de empobrecer o condenado, alterando
sua condição social a ponto de fazê-lo cair ao patamar das classes inferiores.

Noutro giro, Boschi7 aduz que a pena é alvo de críticas, a mais importante
delas, está a de que, podendo ser suportada por terceiro que decida pegá-la para
beneficiar o condenado, é injusta (pois atinge inocente) e culmina por comprometer
as finalidades pelas quais é imposta, seja no plano da retribuição, seja no plano da
prevenção especial (pois não atinge o culpado).

Cita ainda a obra de Ferrajoli, arrematando: frente a tão numerosos e diversos


inconvenientes, a única reforma possível desta pena é sua abolição. Ou a pena
pecuniária é considerada suficiente e, então, a punição poderia ser administrativa,
com a despenalização do delito para o qual haja sido prevista, ou bem se considere
insuficiente, e, então deverá ser "substituída por outro tipo de pena, mais severa", o
que evidencia coerência com os postulados do direito penal mínimo e garantista.

6
FERREIRA, 1998, p. 248.
7
BOSCHI, 2006, p. 365.

8
3. DIREITO PENAL BRASILEIRO – COMENTÁRIOS SOBRE ARTIGO 83 DO
CÓDIGO PENAL

A melhor doutrina define o instituto do livramento condicional como a


“concessão, pelo poder jurisdicional, da liberdade antecipada ao condenado,
condicionada a determinadas exigências durante o restante da pena que deveria
cumprir preso”8.

O livramento condicional concede ao sentenciado à pena privativa de


liberdade uma antecipação em seu retorno ao convívio da sociedade.

Sendo um dos fins da pena a ressocialização do preso, não há argumentos


contrários ao livramento condicional que se justifiquem. Ao fim da pena,
inevitavelmente, o condenado, tenha ou não se arrependido dos delitos cometidos,
será posto em liberdade, no seio da sociedade. O livramento condicional permite um
gradual regresso do apenado ao bojo da sociedade, permitindo que se verifique as
suas condições de ressocialização.

A muito se ultrapassou a discussão acerca de ser o livramento condicional um


direito do preso ou uma faculdade a ser concedida pelo juiz. Tal confusão justificou-
se pela redação do art. 83 CP, que utiliza a expressão “O juiz poderá...”. Hoje se tem
claro para a maior parte da doutrina que o livramento condicional é um direito
subjetivo do condenado, desde que cumpridos os requisitos objetivos e subjetivos
que a lei exige (art. 83, Código Penal).

Concedido o livramento, o juiz deverá especificar as condições a que este


ficará subordinado, sob pena de revogação do benefício. Ao fim do prazo designado,
que na espécie é o restante de pena a ser cumprida, se não houve a violação de
nenhuma das condições impostas, tem-se por extinta a pena.

8
Apud Paulo Queiroz, Direito Penal Parte Geral, citando Magalhães Noronha.

9
3.1. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL

O art. 83 do Código Penal enumera os requisitos que deverão ser satisfeitos


para a concessão do livramento condicional. Inicialmente, o preso deve ter sido
condenado a uma pena privativa de liberdade igual ou superior a dois anos. Tal
regra justifica-se em razão de as condenações inferiores a dois anos serem
beneficiadas por outros institutos, a exemplo da suspensão condicional do processo
e da substituição por penas restritivas de direito.

Para o ilustríssimo doutrinador Luiz Regis Prado, os requisitos deverão ser:

Para outorga do livramento condicional faz-se necessária a satisfação de


determinados requisitos, de ordem objetiva e subjetiva.

Situação a ser estudada ocorre quando as penas, ainda que somadas, não
alcançam o mínimo de dois anos e não são beneficiadas com os demais institutos.
Parte da doutrina considera que, neste caso, a pena deveria ser cumprida
integralmente. Acertadamente, o Mestre Paulo Queiroz pondera:

“Semelhante exclusão é, no entanto, inteiramente despropositada e ofensiva


ao princípio da proporcionalidade, afinal, a vingar tal coisa, crimes mais
graves (punidos com 20 anos de reclusão, p.ex.) terão tratamento mais
brando do que crimes menos graves (digamos, punidos com 1 ano e 6
meses de pena), numa absurda inversão de valores. Tal limite deve ser,
portanto, ignorado”.9

O Prof. Rogério Greco defende, na hipótese do condenado não ser alcançado


pelos demais benefícios, a possibilidade de a defesa recorrer da sentença que tenha
aplicado pena inferior a dois anos para aumentar a pena a ser aplicada. Argumenta,
exemplificando com uma condenação de 01 ano e 11 meses de um reincidente, que
o acréscimo de apenas um mês na pena faria com que o condenado pudesse voltar
ao convívio social após cumpridos 12 meses e um dia.10

9
Paulo Queiroz, Direito Penal Parte Geral, cit., p. 382.
10
Rogério Greco, Curso de Direito Penal Parte Geral, p. 710

10
Pois bem. O preso não reincidente em crime doloso e com bons antecedentes
cuja pena seja igual ou superior a dois anos deverá ter cumprido mais de um terço
da pena para fazer jus ao benefício. Ainda que reincidente em crime culposo, deverá
ter cumprido tão-somente um terço da pena. Caso reincidente em crime doloso,
deverá ter cumprido mais da metade da pena. Por fim, condenado em crime
hediondo ou a este assemelhado, deverá cumprir mais de dois terços da pena.

Cumpre salientar que o período detração e de remissão é computado como


tempo de pena efetivamente cumprida a fim da concessão do livramento
condicional.

Questão que se apresenta sem resposta legal refere-se ao réu primário de


maus antecedentes. A doutrina e a jurisprudência, majoritariamente, entendem que,
neste caso, o condenado equipara-se ao reincidente em crime doloso, devendo
cumprir mais da metade da pena. Tal entendimento, no entanto, não deve prosperar
por constituir real analogia in malam partem, impondo gravame superior ao exigido
na lei. Ressalte-se que constitui verdadeiro bis in idem, uma vez que aprecia
circunstância já considerada no momento da fixação da pena, tornando-a mais
gravosa.11

A lei torna insuscetível de livramento condicional o apenado reincidente


específico em crime hediondo ou a este assemelhado. A reincidência específica
ocorre quando o agente comete novo crime hediondo ou a este assemelhado após
ter sido condenado por crime hediondo anterior.

Para a concessão do livramento condicional exige-se dos condenados por


crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, ainda,
“constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará
a delinqüir”12. Tal exigência mostra-se despropositada, haja vista ninguém poder
emitir juízo de valor desse alcance. Ainda que vivêssemos em uma utopia e os
presos fossem avaliados por psicólogos, assistentes sociais, sociólogos e toda sorte
de profissionais qualificados, ninguém seria capaz de afirmar se aquele condenado
voltaria ou não a delinqüir. Na prática, essa exigência serve para o exercício de

11
Paulo Queiroz, Direito Penal Parte Geral,, p. 383.
12
CP, art. 83, parágrafo único.

11
arbitrariedades, além de retardar a concessão do benefício ante a escassez de
pessoal para realizar a referida avaliação.

Por fim, o condenado deve ter reparado o dano, salvo impossibilidade de


fazê-lo, deve apresentar um comportamento satisfatório, não tendo cometido falta
grave enquanto preso e apresentar aptidão para trabalhar.

A exigência do trabalho honesto não poderá ser rígida a ponto de demandar a


carteira registrada. No nosso país, onde grassa o desemprego e a economia
informal, a exigência da atividade laboral deve observar os contornos sociais,
admitindo-se que o liberado exerça atividades informais, como camelô e comércio
ambulante.

12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITENCOURT, Cezar Roberto. "Código Penal Comentado". São Paulo:


Editora Saraiva, 2009.

BOSCHI, José Antônio Paganella. "Das Penas e seus Critérios de Aplicação."


Porto Alegre: Editora Livraria do Advogado, 2006.

DELMANTO, Celso, DELMANTO, Roberto, JUNIOR, Roberto Delmanto,


DELMANTO, Fabio M. de Almeida. Código Penal Comentado. 6. ed. São Paulo:
Renovar, 2002.

FERREIRA, Gilberto. "Aplicação da Pena". Rio de Janeiro: Editora Forense,


1998.

GRECO, Rogério. Curso de direito Penal. Rio de Janeiro: Impetus, 2003

GRECO, Rogério. "Curso de Direto Penal". Niterói: Editora Ímpetus, 2007.

MAGALHÃES NORONHA, Edgard. Direito penal. São Paulo: Saraiva

NUCCI, Guilherme de Souza. "Código Penal Comentado". São Paulo: Editora


Revista dos Tribunais, 2008.

PRADO, Luiz Regis, Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2010.

QUEIROZ, Paulo. Direito Penal: parte geral. 2ª ed. rev. aum. – São Paulo:
Saraiva, 2005

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