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Mídia e Política:
Imparcialidade e Objetividade na cobertura das
Eleições 2010
Autoria do Trabalho
Bernardo Francklin Rezende
Caio Ygor Rezende
Eduardo Cunha Duarte
Jéssica de Oliveira Braga
Karen Yasmim Aiache Abecassis
Universidade Federal do Acre – UFAC
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Curso de Comunicação Social - Jornalismo
Disciplina Sociologia da Comunicação
Professora Orientadora MSc. Letícia Mamed
10 de dezembro de 2010
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo fazer uma abordagem, de forma empírica, da
cobertura da imprensa durante as eleições 2010, enfatizando a postura dos veículos de
comunicação nacionais e locais diante das candidaturas postas.
A proposta é verificar a forma que a mídia construiu a imagem dos candidatos,
tentando provocar uma discussão sobre a questão da imparcialidade da imprensa, se há
ou não interesses partidários no que é divulgado durante o processo eleitoral e a postura
desses veículos diante as possibilidades que estavam postas no momento eleitoral de
2010 ante as questões pertinentes a objetividade jornalística.
Para isso optou-se por comparar a forma como a imprensa acriana trabalhou a
imagem de dois candidatos locais, o candidato ao senado Jorge Viana e o candidato a
deputado federal Márcio Bittar. Por outro lado, foi analisado como a imprensa nacional
trabalhou do candidato a deputado federal pelo estado de São Paulo, Francisco Everardo
Oliveira Silva, o Tiririca, pelo vulto que suas candidaturas tomaram no cenário
nacional. Tal opção não se deu de forma aleatória, os “personagens” aqui propostos são
de grande popularidade, seja eleitora, seja artística.
O que está em questão não é, somente, a liberdade de imprensa, mas como o uso
da grande mídia pode embutir interesses em nome de uma soberania que não existe.
Soberana, numa sociedade democrática, é a vontade da maioria de seus cidadãos.
A partir das eleições presidenciais de 2006 a opinião pública através da internet
não pode ser mais ignorada. O paradigma tradicional não mais conveio para o
entendimento do método de conversação e o diálogo público em torno da opinião
delineada pela sociedade brasileira o processo eleitoral Malini (2007, p. 4).
Desta forma Miguel e Biroli afirmam, além disso, que “há, ainda, outra esfera
em que a noção de imparcialidade se afirma como um ideal, condenando os interesses
de indivíduos e grupos privados – e a ação parcial que resulta desses interesses – como
culpados pela deterioração da esfera pública e rebaixamento da atividade política”.
Essa objetividade tem essa pretensão, de ser factual sem fazer algum juízo de
valor, de forma. Porém Brixius (2006, p. 25) põem em questão que “de maneira geral, a
objetividade jornalística não é dada pronta, mas construída. Essa afirmação não retira
sua validade como meta dos jornalistas, mas exige o reconhecimento de que, enquanto
construção está sujeita aos processos subjetivos e culturais de escolhas que permeiam
toda a produção de um veículo de comunicação”.
3. OS PERSONAGENS
Para efeito de analise dessas condições de parcialidade e objetividade foi
observado de forma empírica o comportamento da mídia local a cerca de dois
candidatos populares, um da situação e outro da oposição e o comportamento da mídia
nacional é acerca da candidatura de um humorista à câmera dos deputados.
Jorge Ney Viana Macedo Neves é acriano, foi governador do estado do Acre
duas vezes. Em 1998, no primeiro turno das eleições, com 58% dos votos. Foi reeleito
em 2002, com 64% dos votos, o maior percentual de votação entre todos os estados
brasileiros. Nas eleições de 2010, Viana obteve 205.593 votos, 31,77%, índice bem
abaixo do esperado e alardeado pela mídia local que dizia que o ex-governador
emplacaria mais uma votação recorde.
A imprensa local não pode ficar inerte ao fato após este ganhar repercussão
nacional, mas se conformou apenas em divulgar o factual, reproduzindo a informação
sem emitir qualquer juízo de valor, optando pela objetividade.
A situação não é mais tão hegemônica e esse foi à mensagem das urnas, e apesar
de ainda acreditar no projeto político atual, a população sempre anseia por mudanças. A
imprensa local tem que estar preparada para reproduzir essa mensagem sem ter medo do
estado. Não é o povo que tem que ter medo do Estado, mas o Estado que deve temer o
povo.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS