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Abr./Jun. 2003
Investigação
INVESTIGAÇÃO
Contente
Triste
Desenhos
Desenho 1 Desenho 6
3
Cadernos de Educação de Infância
Abr./Jun. 2003
Investigação
Estas tarefas foram aproveitadas por Stipek dos trabalhos de Randall e Linn (1989).
Tanto os labirintos como os desenhos são dispostos por ordem de dificuldade e de
modo a que a criança os possa comparar, antes de escolher aquele que considera
de maior grau de dificuldade de execução (no caso dos labirintos) ou de cópia (no
caso dos desenhos).
Preferência pelo Desafio – esta categoria tem como objectivo verificar se a criança
tem ou não motivação para procurar e aceitar situações em que pode “provar” a si
própria que se consegue superar e que esse desafio lhe provoca prazer.
Também nesta sub-escala foi feita, a partir do pré-teste, uma adaptação ao proposto
por Stipek, passando deste modo a constar de duas cartas iguais contendo cada
uma dez filas de desenhos iguais que iam aumentando de fila para fila, sendo que
na primeira fila haveria um desenho e a última conteria dez.
Era então pedido à criança que contasse os bonecos da quinta fila que seriam 5 e
seguidamente que na outra carta escolhesse a “fila” mais difícil que ele/a achava
que conseguia contar.
A última tarefa solicitada às crianças faz parte da categoria – Dependência – em que
se pediu para que a criança montasse, copiando por um modelo, uma estrutura com
7 peças geométricas (pertencentes aos Blocos Lógicos). Esta cópia era realizada
em simultâneo com o experimentador (sentado à frente da criança) que deveria
verificar se a criança olhava (ou não) para ele, se era autónoma a escolher as peças
sem perguntar nada, etc.
Esta última sub-escala também sofreu modificações em relação à referida pela
autora, a partir dos trabalhos de Ternure e Zigler (1964), pois verificou-se que as
crianças a partir das tarefas pedidas na preferência pelo desafio começavam a
evidenciar algum cansaço e desinteresse.
A construção destas Provas de Motivação tornou-se bastante interessante, pois
parece-nos poderem vir a constituir um instrumento muito acessível aos
experimentadores e fácil de utilizar com crianças que ainda não saibam ler, ou seja,
que frequentem a educação pré-escolar ou o 1º ano do ensino básico. Por ser
apresentado de uma forma bastante aliciante, as crianças demonstraram prazer em
fazer os jogos propostos aos quais aderem com entusiasmo, talvez por não se
sentirem avaliadas nem observadas. Como foi referido no início desta exposição,
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