na alfabetização das crianças da Educação Infantil de três e quatro anos.
Palavras-chave: lúdico, jogos,
brincadeiras, alfabetização, criança. As brincadeiras e os jogos fazem parte do universo infantil e também são aliados dos educadores na tarefa de desenvolver a criatividade e independência das crianças.
Eles fazem parte da vida do ser humano; todos
em algum momento de suas vidas brincaram/jogaram. A brincadeira é uma prática cultural, portanto um meio para a construção da identidade e de conhecer, aprender e constituir- se ao grupo que pertence. Segundo Kishimoto (2003, p.16), para compreendermos o significado dos jogos infantis, é necessário uma investigação das raízes responsáveis pelo seu surgimento. A influência portuguesa está nas raízes da história da colonização brasileira, trazendo os contos, histórias, lendas, superstições, jogos, festas, técnicas e valores.
A força do jogo tradicional infantil aparece nos
tempos passados, quando o ritmo de vida das pessoas era mais calmo. Com isso, as atividades de lazer eram preenchidas por jogos e brincadeiras em família e com os amigos. Com o passar do tempo a urbanização e a industrialização mudaram esse quadro de lazer na rua. É com Froebel, o criador do jardim de infância, que o jogo passa a fazer parte do centro do currículo da educação infantil.
Segundo Dewey, as crianças são seres sociais, e a
aprendizagem infantil dar-se-á de modo espontâneo, por meio do jogo, nas situações do cotidiano. O uso do jogo com fins pedagógicos leva a situações de ensino-aprendizagem, pois quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelos adultos com vistas a estimular a aprendizagem, há então a dimensão educativa. O objetivo do jogo educativo é o seu equilíbrio entre as duas funções. Se não houver esse equilíbrio, pode deixar de ter ensino sendo só um jogo, ou vice e versa.
Os jogos e as brincadeiras contribuem para o
desenvolvimento da coordenação motora, da observação, da imaginação, da habilidade de acumular e organizar conhecimentos sobre si e sobre os outros, melhora sua condição física e orgânica, libera energias, impulsos reprimidos, canaliza a agressividade e domina o medo. O educador deve adequar o tipo de jogo ao seu público e ao conteúdo a ser trabalhado, incluir também sugestões dos alunos de jogos/brincadeiras que eles gostam ou gostariam de aprender, combinar as regras, oferecer propostas interessantes e variadas para que os resultados sejam satisfatórios e os objetivos alcançados.
Aplicar atividades que suscitem diferentes formas de
cooperação entre os alunos, modificar os grupos, trabalhar com as lideranças, incentivar desafios e criar situações que favoreçam as habilidades e competências dos alunos. As atividades lúdicas contribuem para o processo de socialização das crianças, tem efeitos positivos para o processo de aprendizagem, estimulam o desenvolvimento de habilidades básicas, elas adquirem novos conhecimentos, desenvolvem a autoconfiança, a iniciativa e a responsabilidade. As crianças tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções, obtendo assim melhores resultados no desenrolar da sua vida.
Brincar é um jeito especial de aprender e se
desenvolver! Universidade Nove de Julho - 2011 Tatiana Morena Magalhães dos Santos