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CONCURSO PETROBRÁS 2008

LOGÍSTICA
ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO JR.

Material Exclusivo
CENTER7 APOSTILAS
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caso você a tenha comprado através de outro vendedor, favor enviar um e-mail para
center7.apostilas@gmail.com com uma denúncia. Esta medida visa coibir o plágio e dar
início às medidas cabíveis contra a pirataria.
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA

“Tudo começa com a árvore que cresce, depois com a madeira cortada, mais
tarde com o transporte, depois armazenamento e, ainda longe do destino final,
com a transformação em pasta. Virá o papel, que transportado e armazenado,
se encontrará algures, pronto para impressão. E depois distribuição. É assim
que o leitor compra o jornal. No princípio o eucalipto. No fim a informação.
Numa mistura de fluxos, das mais explosivas, entre o produto e a informação”.
(Carvalho, 1999)

O que ela estuda?


Como prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição
aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle
efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam
facilitar o fluxo de produtos.

Definições:
“A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e
armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da
matéria prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável”.
(Ballou, Logística Empresarial, p. 24)

“A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição,


movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os
fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de
marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura
através do atendimento dos pedidos a baixo custo ”.
(Christopher, Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, p. 2)

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Meta:
Reduzir o lead time entre o pedido, a produção e a demanda, de modo
que o cliente receba seus bens e serviços no momento que desejar, com suas
especificações predefinidas, o local especificada e, principalmente, o preço
acordado.

Importância:

• Toda empresa (produção/serviços) executa atividades logísticas ⇒


procuram profissionais com essa formação;

• Grande tendência de crescimento da área.

Razões para a crescente influência da Logística:

• Cresce no de alternativas para atender padrões de custo e serviços;

• Ameaça de falta de energia;

• Alta combustível (crise petróleo);

• Gestão ambiental (falta de matéria prima natural);

• Ênfase na administração eficiente de estoques;

• Cresce envolvimento de órgãos federais/estaduais em questões de


transporte e administração de mercadorias.

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Evolução da Logística:

Até anos 50:

• Atividades tipicamente logísticas eram divididas pela administração:


geração de conflitos de objetivos e responsabilidades.
• Não se falava em nível de serviço nem de satisfação do cliente.
• Com 2a. Guerra Mundial (1945) começaram a ser desenvolvidos
conceitos logísticos (ainda sem esse nome) ⇒ indústrias alimentícias
foram pioneiras.
• Distribuição física pouco valorizada, sendo o marketing (consumo) mais
focado.
• Shaw (1912) e Clark (1922) já diferenciavam e valorizavam as
atividades de distribuição, porém só em teoria

Dos anos 50 até os 70:

• Distribuição Física ainda pouco valorizada, dando maior importância à


compra e venda.
• Condições econômicas e tecnológicas favoráveis ao desenvolvimento da
logística:
o Mudança atitude dos consumidores e Mudanças Populacionais

o Pressão por custos nas indústrias

o Avanços computacionais

o Experiência militar
• Início década 60: logística fazendo parte de estudos acadêmicos.
• Fim década 60: criado o National Council of Phisical Distribution
Management

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Após 1970:

• Crescimento da competição mundial e falta de MP de boa qualidade.


• Mudança de enfoque: marketing ⇒ melhor administração de
suprimentos.
• Cresce interesse em produtividade, controle de custos e qualidade.
• Maior atenção dada às compras ⇒ Administração de Materiais

• Logística saiu da teoria para a prática ⇒ LOGÍSTICA INTEGRADA.


• Mudança do conselho para Institute of Materials Management e depois
para Institute of Logistics.

Por ser uma atividade que requer grande capital investido, as empresas
estarão CONTINUAMENTE procurando tanto a redução dos custos logísticos
quanto o aumento da produtividade (e por isso o conhecimento das atividades
logísticas é importante).

Atividades Envolvidas

Atividades Primárias
As de maior importância para o atendimento dos objetivos logísticos e as
que têm MAIOR influência nos CUSTOS

⇒ Transportes (DF e AM)


• 1/3 a 2/3 dos custos logísticos
• tarefa de movimentação de MP ou produto acabado
• envolve decidir qual meio, o roteiro e capacidade dos veículos
• agrega valor de LUGAR (entrega produto / serviço)

⇒ Manutenção de Estoques (DF e AM)


• 1/3 a 2/3 dos custos logísticos
• tarefa de manter estoques em níveis aceitáveis

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• envolve balancear estoque baixo c/ disponibilidade
• agrega valor de TEMPO (espera produto / serviço)

⇒ Processamento de Pedidos (DF e AM)


• custos baixos mas essencial para cumprir missão
• tarefa de processar correta e rapidamente pedidos clientes
• agrega valor de TEMPO

CLIENTE FÁBRICA DISTRIBUIÇÃO

Essas 3 são essenciais para se cumprir a missão logística que é “prover


serviço por conseguir mercadorias para os clientes quando e onde eles
quiserem”.

Atividades de Apoio
⇒ armazenagem (DF e AM)

⇒ manuseio de materiais (DF e AM)

⇒ embalagem de proteção (DF e AM)

⇒ obtenção (AM)

⇒ programação do produto (DF)

⇒ manutenção de informação (DF e AM)

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O Lugar da Logística na Empresa

Produção ⇔ Logística ⇔ Marketing

Produção: formação produto / serviço visando mínimo custo unitário de


produção

Marketing: gerar lucros

Logística + Marketing: formação de preços tem componentes geográficos (L) e


competitivos (M)

Logística e Produção: compras com custo e qualidade (P) aceitáveis em fontes


(L) bem localizadas e a tempo aceitável de entrega (L)

UTILIDADE
Forma: valor agregado ao produto através da manufatura/produção/montagem

Posse: valor agregado pela simples aquisição do produto

Local: valor agregado ao produto através do transporte

Tempo: valor agregado ao produto através da entrega no prazo

A Logística como Vantagem Competitiva

Através da logística pose-se alcançar, em termos de preferência dos


clientes, uma posição superior a dos concorrentes. Não imaginar que sucesso
é duradouro, nem que bons produtos venderão sempre. Obtém mais lucro hoje
quem produz a custos menores (vantagem em produtividade) ou oferece
produto com maior diferenciação (vantagem em valor).

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1) Vantagem em Produtividade
• Melhor utilização da capacidade produtiva da empresa
• Redução de estoques, compras mais vantajosas, racionalização
dos transportes, eliminação de desperdícios.

2) Vantagem em Valor
• Proporcionar serviço personalizado, melhorando relação com o
cliente (atendimento emergencial, serviços pós-venda, prazos
confiáveis...)
• Diferenciar produtos de acordo com o segmento do mercado
(clientes são diferentes, logo têm expectativas diferentes)

BB: commodity (não há ≠ marcas,compra por necessidade, logo o + barato)


BA ou AB: vantagem em um nível ou em outro
AA: META de toda empresa, LÍDER de mercado

“As organizações que serão líderes de mercado no futuro serão aquelas que
procurarão e atingirão os picos gêmeos de excelência: conseguirão tanto a
liderança de custos quanto à liderança de serviços”.

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CAPÍTULO 2 – O SISTEMA LOGÍSTICO

SISTEMA: conjunto de itens conectados que operam junto; conjunto de partes


coordenadas para realizar um conjunto de finalidades.

A visão de sistema é extremamente importante para a Logística.


Diferentes setores da empresa, como marketing, produção, transporte e
finanças, têm objetivos diferenciados e muitas vezes conflitantes.

Para ver um sistema como um TODO, não basta somente conhecer


suas partes, mas também as relações (Causa e efeito) entre os elementos que
formam o sistema (chamados SUB-SISTEMAS).

Características Importantes dos Sistemas

1) O sistema é formado por componentes que interagem.

2) Quando o sistema está otimizado, os componentes também o estão.

3) Todo sistema tem, pelo menos, um objetivo.

4) A avaliação do desempenho de 1 sistema exige medidas de


desempenho.

5) Sistemas criados pelo homem requerem planejamento.

6) A manutenção do nível de desempenho requer controle permanente.

7) O Sistema interage com o ambiente.

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Componentes do Sistema Logístico

1. Administração de Materiais (Suprimento)


Inicio da Logística
Pouco interesse em suprimentos
Custos de movimentação de suprimentos é menor que o de distribuição
Dificuldades na determinação do local de suprimentos

Objetivo Geral
Gerenciar as atividades de movimentação e estoques visando o abastecimento
da organização

Objetivo Específico
Prover o material certo no local de operação certo, no instante correto e em
condições utilizáveis a um custo mínimo

Ciclo de Suprimento Usual


Necessidades → Ordens de Compras

Seleção de fornecedores
(preço / qualidade / entrega)


Preparação da Ordem


Entrega realizada


Recepção e inspeção da qualidade


Colocação no estoque

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Principal Atividade = Obtenção (Aquisição)
Para o administrador da logística a programação da produção é a demanda a
ser atendida.

O programador de produção necessita de informações confiáveis sobre os


tempos de ressuprimento para garantir que o planejamento do suprimento
físico seja feito com precisão razoável.

Decisões Importantes para a Obtenção


• Quantidades a serem adquiridas

• Programação das obtenções

• Localização das fontes de suprimento

• Forma física das mercadorias

Outras Considerações
• Compra especulativa e antecipada

• Fazer ou comprar

• Múltiplos fornecedores

• Disposição de excessos

• Serviços de emergência

• Preços

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2. Produção
determinar detalhadamente quando, onde, quanto e principalmente COMO
produzir, isto é, é o planejamento do sistema produtivo para atender as
necessidades de venda.

3. Distribuição Física

Objetivo Geral
Servir a demanda pelos produtos e/ou serviços que a firma oferece

Objetivo Específico
Prover o material certo, no local desejado, no instante correto e em condições
adequadas a um custo mínimo

Basicamente tem-se 2 tipos de mercado a quem distribuir:


• Usuários finais ou consumidores industriais

• Intermediários

Decisões Importantes quanto à Distribuição

1. Nível Estratégico: “Como deve ser o sistema de distribuição?”

2. Nível Tático: “Como pode o sistema de distribuição ser usado da melhor


forma?”

3. Nível Operacional: “Vamos fazer as mercadorias saírem!!”

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Distribuição FÍsica + Marketing
DF contribui para alcançar objetivo do marketing = gerar lucro
Para obter lucro o marketing visa: obter demanda e atender demanda
Como DF contribui para isso?
• Disponibilidade
• Variedade
• Pronta-entrega
• Atendimento correto dos pedidos

Distribuição Física + Produção


Produção e movimentação de bens interagem. Como?
1. Programação de ordens de ressuprimento dos armazéns.

2. Definição da carga de produção das fábricas.

Cadeia Estratégica do Sistema Logístico

PLANEJAR – Planejamento da Demanda e Suprimento


COMPRAR – Gerenciamento de Fontes de Suprimento


FAZER – Manufatura e Operações


MOVER – Transporte e Distribuição


VENDER – Gerenciamento de Clientes e Ordens

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O Gerenciamento do Sistema Logístico: missão e objetivos
O Gerenciamento Logístico é o meio pelo qual as necessidades dos
clientes são satisfeitas através da coordenação dos fluxos de materiais e
informações que vão do mercado até a empresa, suas operações e
posteriormente para seus fornecedores.

Missão: planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar


níveis desejáveis dos serviços e qualidade ao custo mais baixo
possível.

Integração Interna: FABRICAÇÃO X MARKETING


Integração Externa: FORNECEDORES E CLIENTES (cadeia de suprimentos)

Objetivos: alcançar vantagem competitiva, ligando o mercado, a rede de


distribuição, o processo de fabricação e a atividade de aquisição,
de tal modo que os clientes sejam servidos com níveis cada vez
mais altos, ainda assim mantendo os custos baixos.

DESAFIOS:
• Para a Administração de Materiais é integrar e coordenar o fluxo de
materiais de vários fornecedores, inclusive estrangeiros.
• Para a Distribuição Física é gerenciar a distribuição para vários
intermediários, com características diferentes.

CUIDADO: rápida volatilidade



Tornar o Sistema Logístico + flexível e sensível a mudanças rápidas. Como?
1. Evitando grandes estoques
2. Diminuindo no de fornecedores, tornando-os parceiros
3. Coordenar bem a cadeia de suprimentos
4. Melhorar sistemas de informação
5. Ver os componentes do sistema logístico globalmente

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“Nos mercados de hoje, somente serão premiadas aquelas empresas
que forem capazes de proporcionar valor adicionado em escalas de tempo
cada vez menores”.

Desafio: Logística para uma Empresa Global

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CAPÍTULO 3 – NÍVEL DE SERVIÇO AO CLIENTE

Missão do Sistema Logístico:


Planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis
desejáveis dos serviços e qualidade ao custo mais baixo possível.

Mudança na Visão do Nível de Serviço (NS):


Passado → Produto, Preço, Promoção (de promover) e Praça (local)
→ NS tratado somente pelo pessoal de vendas

Hoje → Não há mais tanto o poder da marca (substitutos)


→ O NS ao cliente é o diferencial dos concorrentes
→ Oferta total = produto em si + pacote de serviços

Na prática as empresas vêem o NS de diferentes maneiras:


• Tempo necessário para a entrega de um pedido
• Disponibilidade do material em estoque
• Pontualidade na entrega de materiais

O que é Nível de Serviço ao Cliente?


“...refere-se especificamente à cadeia de atividades que atendem as vendas,
geralmente se iniciando na recepção do pedido e terminando na entrega do
produto ao cliente e, em alguns casos, continuando com serviços ou
manutenção do equipamento ou outros tipos de apoio técnico.”
(Blanding, 1974 apud Ballou, 1995)

Mais simplesmente:
• Fornecer utilidade de tempo e lugar na transferência de mercadorias e
serviços entre o comprador e o vendedor.
• O produto oferecido por qualquer empresa pode ser descrito por seus
preços, qualidade e serviço.

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Componentes do Nível de Serviço
• Elementos de pré-transação
• Elementos de transação
• Elementos de pós-transação

Alguns elementos são mais importantes que outros, em cada caso e para cada mercado
específico.
(Exemplo: fornecedores da Nissan)

Nível de Serviço X Vendas


• Muito difícil medir essa relação
• Compradores são sensíveis ao serviço que recebem de seus fornecedores

Nível de Serviço X Custos


• Alto nível de serviço é caro para se manter → deve-se procurar o melhor nível de
serviço dentro dos limites razoáveis de custo.
• Se a maximização do lucro for o objetivo, então se deve optar por oferecer o nível
de serviço onde haja a maior diferença entre as vendas e os custos logísticos.
(Exemplo: Distribuidora de peças Central Televison)

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NS Oferecido X NS Desejado

Como medir o NS oferecido?


• Computar entrada e saída dos pedidos para calcular média e variabilidade do ciclo
do pedido
• Aplicar questionários com clientes sobre o pedido em si e sobre o atendimento

(disponibilidade de estoque, % itens em falta em um pedido, tempo entrega)

Como medir o NS desejado?


• Argüir o pessoal de vendas do produto / serviço
• Enviar questionário ou fazer entrevistas pessoais com clientes

⇒ COMPARAR resultados e sugerir MUDANÇAS


⇒ Verificar DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS na demanda

Prioridades de Serviço
De acordo com Christopher, a melhor maneira de gerenciar o NS do produto é pela
consideração da margem de contribuição para o lucro e do giro do estoque de cada
produto individualmente.

vendas anuais
GE =
estoque médio anual

“Regra de Pareto” ou “Regra 80 – 20”


Clientes e Produtos A: 20% em n° com 80% dos lucros
Clientes e Produtos B: 50% em n° com 15% dos lucros
Clientes e Produtos C: 30% em n° com 5% dos lucros

Relacionando produtos e clientes (Regra 80-20): a maior parte dos negócios


depende de POUCOS clientes que compram POUCOS produtos de ALTA lucratividade.
Análise do aluno sobre os gráficos da Regra de Pareto:

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Padrões de Serviço

Combinação entre o NS desejado e o NS oferecido ⇒ Negociação dos padrões de


serviço.

Christopher indica áreas onde os padrões são essenciais:

 Ciclo do Pedido
 Disponibilidade de Estoque
 Restrições de Tamanho do Pedido
 Facilidade de Colocação do Pedido
 Freqüência de Entrega
 Confiabilidade de Entrega
 Qualidade da Documentação
 Procedimento para Reclamações
 Pedidos Entregues Completos
 Suporte Técnico
 Informação sobre Posição dos Pedidos

pedidos entregues completos na data combinada


Pontualidade =
total pedidos entregues

Ballou alerta:

“Para criar padrões, eles devem ser definidos com detalhe suficiente, em termos de
produtos ou área geográfica, de forma a apontar claramente ineficiências ou erros
grosseiros, e não podem ser demasiado detalhados, de forma que atrapalhem a
administração”.

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CAPÍTULO 4 – A Importância do Transporte para a Logística

Transporte = movimento de cargas e de pessoas, podendo incluir o sistema para distribuição de


intangíveis

Transporte = atividade PRIMÁRIA da logística

Um bom sistema de transportes garante:


• Aumento da competitividade

• Economias de escala na produção

• Redução de preços das mercadorias

Principais cuidados:
• Atrasos e avarias;
• Oscilações nos prazos de entrega;
• Política de estoques;
• Equipamentos para carga e descarga.

1.1. Visão Geral

Transporte:
“...um sistema tecnológico e organizacional que tem como objetivo transferir pessoas e mercadorias
de um lugar para outro com a finalidade de equalizar o diferencial espacial e econômico entre
demanda e oferta” (HAYUTH apud PORTO e SILVA, p. 43, 2000)

“como fazer uma mercadoria sair do seu ponto de origem (...) para aquele que a está remetendo, e
ser entregue no seu destino (...) de forma mais conveniente, ao menor tempo, custo adequado, e com
o menor ou nenhum tipo de problema, utilizando-se dos mais adequados meios à disposição para
este fim” (KEEDI, 2001, p. 25)

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Transporte de carga:
“atividade de circulação de mercadorias, de um ponto a outro de um território, podendo ser nacional
ou internacional” (KEEDI e MENDONÇA, p. 27, 2000)

Uma boa logística de transportes depende essencialmente da correta opção dos modais de
transporte, das operações disponíveis e viáveis e das agências de transporte que facilitam e
coordenam essas movimentações

• R................
• F.................
• H................
• A................
• D................

Início do sistema de transportes e sua evolução


• Tração humana

• Tração animal

• Uso de troncos no transporte hidroviário

• XVIII - barco e trem a vapor

• Fins XIX – indústria automobilística

• Início XX – avião

Movimentação de mercadorias e passageiros


% carga Rodo Ferro Hidro Duto Outros
(aéreo)
BR 54 21 17 3 4
EUA 25,7 37,4 16,1 20,4 0,4
Fonte: Porto e Silva, 2000

% passageiros Rodo Ferro Hidro Metro Aéreo


BR 96,1 0,83 0 0,62 2,52
Fonte: GEIPOT, 1998

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a) Modal Hidroviário (Aquaviário)
• Marítimo

• Fluvial

• Lacustre

Problemas: ALTO custo no porto + BAIXA produtividade


Solução: privatizar ou investir + melhorar leis portuárias

b) Modal Rodoviário
• Nacional ou internacional
• Ligação porta-a-porta
• Transporte de qualquer produto

c) Modal Aéreo
• Nacional ou internacional
• Vias aéreas de trânsito + vias terrestres de carga/descarga
• Transporte de qualquer produto (limite de quantidade)
• Bom para cargas de alto valor e perecíveis

d) Modal Ferroviário
• Nacional ou internacional
• Transporte de qualquer produto

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Qual modal escolher?
• Custo
• Tempo de entrega
• Tempo em trânsito
• Perdas e danos
• Versatilidade

Custo Tempo Confiança Capacidade Frequência


Rodo
Hidro
Duto
Aéreo
Ferro

O transporte no Comércio Exterior


• Necessidade de conhecer o mercado consumidor para atender a demanda com o
Nível de Serviço requerido (tempo, $, qualidade)
• Necessidade de tecnologia e agilidade comercial
• Necessidade de trabalhar com um preço competitivo

“O comércio exterior está estruturado em muitas variáveis, sendo uma delas, de valor
fundamental, o transporte de bens vendidos, comprados ou trocados. Através dos
modais de transporte, aliados a diversas outras variáveis como armazenagem,
movimentação, tempo, qualidade, preço etc, realiza-se a transferência destes bens de seu
ponto de origem até o seu ponto de destino, atividade hoje largamente conhecida como
logística de transporte.
Uma logística de transporte montada adequadamente, baseada em variáveis importantes
do processo como as mencionadas no parágrafo anterior, pode representar para a
empresa a lucratividade ou prejuízo na atividade exportadora ou importadora e,
conseqüentemente, a sua manutenção, incremento ou retirada do jogo das trocas
internacionais ” (KEEDI, 2001, p. 22)

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Segundo Porto e Silva (2000, p. 52) a distribuição física internacional de mercadorias
(DFI) “trata da circulação de mercadorias entre o mercado produtor e consumidor, com
origem e destino em países diferentes (...) independente de sua quantidade ou
freqüência”

Envolve:
• Ambiente físico

• Ambiente comercial

Tipos de mercadorias transportadas


• Bens de capital

• Bens de consumo

• Produtos energéticos

• Produtos agrícolas e agropecuária

• Bens de alto valor agregado

Preparo da carga para transporte


1°) Estudo dos percursos
2°) Escolha dos meios de transporte
3°) Identificação de pontos de transbordo para manuseios de cargas

Decisões quanto ao embarque da mercadoria


• Perecibilidade
• Fragilidade
• Volatilidade
• Periculosidade
• Rigidez
• Peso e volume

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1.2. As Leis que Regem a Política de Transportes
Sistema constituído por vias, veículos, pessoas, entidades públicas e privadas que atuam
sob determinadas regras.
O transporte possibilita:
• Circulação de mercadorias e passageiros
• Promoção e distribuição de riquezas
• Promoção da ocupação territorial
• Fomento do mercado produtor e consumidor

É dever do Estado então:


• Dispor de recursos para aplicar na área
• Aprovar políticas públicas de apropriação de rendas obtidas com a atividade de
transporte

Falta de recursos = entrada do capital privado

Interesse estratégico do Estado pelos transportes ocorreu:


• EUA: década de 50
• Brasil: década de 70

Constituição Brasileira de 1988 (principais artigos 21 e 22)


São funções do Estado:

a) Concessão

b) Regulamentação

c) Fiscalização

d) Polícia

e) Planejamento

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1.3. Cenários para o Setor
Paradigmas nos Transportes:

Década 70 – custos
Década 80 – qualidade
Década 90 – velocidade de distribuição
Década 00 – agilidade + preço + qualidade + flexibilidade

Em 2001 foram gastos com transportes:


• EUA: 600 Bi = 6 % PIB)
• Brasil: 100 Bi = 10 % PIB (só 7,9 Bi em investimentos)

1.3.1 Modal Rodoviário


Malha rodoviária pavimentada: BR = 9%, CA = +30%, EUA = +60%

Reconstrução + restauração das rodovias em mau estado + conservação das rodovias


em estado bom e regular = 5 Bi

Malha viária precária:


• Maior número de acidentes
• Maiores custos para transportadoras
• Maior tempo de entrega
• Maior consumo de combustível

Necessidade de fiscalização nas estradas através do controle efetivo de cargas +


intervenções corretivas = ganho de pelo menos 5 anos de vida útil

PROCOFE – Programa de Concessão das Rodovias Federais


• Rodovias com alta densidade de fluxo e altos índices de acidentes são passadas à
iniciativa privada
• Obrigação de investir um percentual do pedágio em melhorias
• Apenas 30% dos 51.000 km de rodovias brasileiras são “atrativas”

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1.3.2. Modal Hidroviário
9 grandes bacias com 40.000 km de hidrovias, porém só 25% tem condições de
navegabilidade
De 1998 até 2002: investimentos de 440 milhões

Problemas:
• Altos custos nos portos
• Baixa produtividade
• Geram exportações menos competitivas
Soluções:
• Privatizar
• Investir
• Mudar leis

1.3.3. Modal Ferroviário


30.000 km de extensão desde a década de 40
6% das ferrovias são da Vale do Rio Doce (=70% de todo transporte ferroviário do país)

Problemas:
• Nenhum planejamento na época = difícil integração das malhas
• Poucos investimentos atualmente = obsolescência
• Em geral ligam apenas o interior aos portos

1.3.4. Modal Dutoviário


22.500 km extensão, onde +- 8.000 km são em parceria com a iniciativa privada

Problema:
• Concentração na região sul e sudeste do país
• Nem todo produto pode ser enviado por esses (líquidos, gases, minérios)

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1.3.5. Modal Aeroviário
Crescimento estagnado: 7% cargas e 27% passageiros
Interesse em atrair investimentos = aeroporto como centro de negócios

Tendências para o Setor

Modal % em 2009
Rodo
Hidro
Duto
Aéreo
Ferro

ATENÇÃO: A comercialização desta apostila é exclusiva de CENTER7 APOSTILAS,


caso você a tenha comprado através de outro vendedor, favor enviar um e-mail para
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início às medidas cabíveis contra a pirataria.

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