Vous êtes sur la page 1sur 2

Recursos Coesivos Referenciais: Pronomes Oblíquos

Prof: JOANA VIEIRA Frente: 03 Aula: 12 GE140507


(AC/CN)

Coesão Textual composta apenas de dois versos, exprime toda a


decepção do poeta com a terra indicada pelo advérbio cá.
Conceitos sobre a Coesão Textual A interjeição final - bah - traduz todo o desapontamento do
narrador com esta outra terra. A coerência, a unidade de
O que torna um texto inteligível, passível de sentido é percebida pela ordem como foram arranjadas as
interpretação, é a presença de elementos que assegurem idéias, cada uma delas sumariamente contida numa única
sua compreensão por parte de quem o ouve ou lê. Esses palavra. O que à primeira vista se apresenta como uma
elementos estão relacionados aos conceitos de coerência lista de palavras aparentemente sem sentido, pois não
e coesão. existe entre elas nenhum elo sintático, acaba por se
revelar um texto coerente, em que autor fala de sua terra.
"a coesão é a maneira como os constituintes da superfície
textual se encontram relacionados entre si, através de Circuito Fechado (Ricardo Ramos):
marcas lingüísticas. Já a coerência tem como fundamento
a continuidade de sentidos, dizendo respeito ao modo Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água.
como os componentes do mundo textual são mutuamente Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear,
acessíveis e relevantes." pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria,
(Beaugrande e Dressler, 1981). água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca,
camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata,
" Fenômeno que diz respeito ao modo como os elementos paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves,
lingüísticos presentes na superfície textual se encontram lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal.
interligados entre si, por meio de recursos também Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres,
lingüísticos, formando seqüências veiculadoras de guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo.
sentido." Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone,
(Koch, 1998)
agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas,
"Os fatores de coesão são aqueles que dão conta da espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com
seqüenciação superficial do texto, isto é, os mecanismos plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara
formais da língua que permitem estabelecer, entre os pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios,
elementos lingüísticos do texto, relações de sentido." cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes,
(Marcuschi, 1983) telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros,
O texto abaixo, em que não ocorrem marcas cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo,
lingüísticas de coesão, é um bom exemplo de como a bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz,
coerência pode ser depreendida da seqüência dos lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório,
vocábulos. pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos,
talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros,
Canção do exílio facilitada (José Paulo Paes) caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e
poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro,
lá? fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de
ah! anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro,
sabiá ... fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone,
papá ... papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e
maná ... caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó,
sinhá ... gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras,
cá? pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e
Bah! fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor,
poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos,
Comentário sobre o texto : meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga,
pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos.
A partir da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, Coberta, cama, travesseiro.
muitas outras foram escritas, umas no mesmo tom da
primeira, como a de Casimiro de Abreu, outras num Comentário sobre o texto:
sentido mais satírico, como a de Murilo Mendes. E esta,
de José Paulo Paes, que apresenta no título a palavra Este texto em prosa parece, à primeira leitura, um
facilitada, serve para mostrar como um texto pode ser simples aglomerado de palavras. Entretanto, uma
coerente, mesmo sem apresentar elementos de coesão. observação mais cuidadosa permite ao leitor estabelecer
Na primeira estrofe, o sentido dos termos colocados em relações semânticas entre os vários grupos de vocábulos
seqüência transmite a idéia de que em outra terra tudo é encadeados, revelando, a partir dessa organização
muito bom. Lá existem pássaros, alimentos, mulheres, vocabular, a coerência do texto, que tem como tema a
tudo em abundância, esta subentendida nas reticências descrição do quotidiano. Mais uma vez fica evidente a
ao final de cada linha. A segunda e última estrofe,
Fale conosco www.portalimpacto.com.br
possibilidade de um texto ser coerente, apesar da 01. O pedido feito por Carolina a Carlinhos se baseia na
ausência de elementos coesivos. definição da fala do namorado como “certa demais”. O
que isso significa? Justifique sua resposta.
OBSERVE:

Eu darei sempre o primeiro lugar à modéstia entre


todas as belas qualidades. Ainda sobre a inocência?
Ainda, sim. A inocência basta uma falta para a perder; da
modéstia só culpas graves, só crimes verdadeiros podem
privar. Um acidente, um acaso podem destruir aquela, a
esta só uma ação determinada e voluntária.
(Almeida Garret. Viagens na minha terra.)

A palavra aquela retoma o substantivo inocência; o


vocábulo esta recupera a palavra modéstia. Todos os 02. Em dois momentos no texto, Carlinhos usa os
termos a que servem para retomar outros são chamados pronomes corretamente. Em um desses momentos é
de anafóricos. corrigido pela namorada, que deixa claro o que se espera,
Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele em uma situação de informalidade, como utilização
o abandonara, mudara de profissão e passara “adequada” da colocação pronominal.
pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que
sabíamos dele. a) Transcreva do texto esses dois momentos e justifique,
O professor era grande, gordo e silencioso, de do ponto de vista gramatical, a colocação pronominal
ombros contraídos. utilizada por Carlinhos.
(Clarice Lispector. A legião estrangeira.)

O possessivo seu e o pronome pessoal reto de 3ª


pessoa ele antecipam a expressão o professor. São, pois,
catafóricos.
O pronome pessoal oblíquo o retoma a expressão
seu trabalho anterior. É um anafórico.
Leia o texto para responder às questões de 1 a 3.

Pronomes
“Antes de apresentar o Carlinhos para a turma, Carolina b) Qual seria a utilização dos pronomes esperada pela
pediu: turma e pela própria Carolina?
— Me faz um favor?
—O quê?
— Você não vai ficar chateado?
—O que é?
— Não fala tão certo?
— Como assim?
— Você fala certo demais. Fica esquisito.
—Por quê?
— E que a turma repara. Sei lá, parece...
— Soberba?
— Olha aí, ‘soberba’. Se você falar ‘soberba’ ninguém vai
saber o que é. Não fala ‘soberba’. Nem ‘todavia’. Nem 03. Carolina pede ao namorado que não fale “certo
‘outrossim’. E cuidado com os pronomes. demais” porque “a turma repara”. E possível afirmar que,
— Os pronomes? Não posso usá-los corretamente? segundo a namorada, a maneira de Carlinhos falar
— Está vendo? Usar eles. Usar eles! poderia parecer esnobe aos amigos dela, uma
O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, demonstração de “superioridade lingüística”. Poderíamos
não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até dizer que esse juízo sobre a maneira de falar de Carlinhos
comentaram: é a manifestação de “um preconceito lingüístico às
— O Carol, teu namorado é mudo? avessas”. Em que ele se baseia?
Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’,
mas se conteve a tempo. Depois, quando estavam
sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele
gostava.
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser,
Carlinhos.
Aquela voz de cobertura de caramelo.”
(VERISSIMO, Luis Fernando. Contos de verão. O Estado de S. Paulo,
16 jan. 2000.)

Fale conosco www.portalimpacto.com.br

Vous aimerez peut-être aussi