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MÁSCARA DE SANGUE
1ª Edição
Edição do Autor
2010
2
UM
Século XV
A noite estava extraordinariamente escura.
A lua cheia não conseguia iluminar nada naquela
região. Chovia de forma torrencial por toda a
Romênia, mas a área mais castigada pela chuva era
a Transilvânia – Região central da Romênia,
cercada pelas montanhas dos Cárpatos.
O castelo de Vlad Tepes – Conde Drácula –
estava cercado por aldeões revoltados e
extremamente assustados. Comandados por Van
Helsing, aglomeravam-se para acabar de uma vez
por todas com o reinado de terror imposto pelo
conde sanguinário.
De uma de suas torres, a mais alta e
sombria, Drácula observava a massa de aldeões
que se formava nos arredores de suas terras.
Desceu as escadas, calmamente, e foi até seu salão
de armas, pegou uma espada (com a qual matou
centenas de pessoas), e foi para fora do castelo,
parou de frente para o imenso portão que o
separava dos camponeses enraivecidos e
aguardou. Ele sabia que não conseguiria enfrentá-
los sozinho, sabia que, por mais poder que tivesse,
a vantagem numérica contra ele era absurdamente
superior, e sabia também que seus inimigos não
desistiriam por nada, até matá-lo. Sabia que era
seu último momento de existência. Mesmo sendo
imortal, encontrariam uma maneira de exterminá-
lo. Manteve o gelo que percorria suas veias. Os
6
DOIS
Século XXI
AAAAAAHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!
Um grito ecoa pela noite de lua crescente,
em um pequeno vilarejo nos arredores de
Bangkok. Enquanto isso, do outro lado do mundo,
mais precisamente no Brasil, um jovem arqueólogo
chamado Dionísio navega pela Internet,
pesquisando sites sobre Krav Magá (uma luta
israelense). Dionísio tem 30 anos, 1,80m, 75kg bem
distribuídos por anos de prática em artes marciais
(é mestre em Kung Fu, Muay Thai, Aikidô e Tai
Chi Chuan, possui um grande acervo de vídeos,
revistas e pastas sobre tais assuntos), adepto ao
montanhismo e pára-quedismo, praticante de
Highliner (corda bamba em lugares altos), Parkour
e skate, possui a pele morena, cabelos negros
cortados em estilo surfista (hábito que mantêm
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TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
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SETE
OITO
- Eu confio.
- Pronto! Estamos entendidos. Agora me
ajude a comer tudo isso, você trouxe muita coisa!
Estou com fome, amanheço com fome, mas você
preparou um perfeito banquete para uma família
inteira!
- Exagerado!... – Os dois sorriem e se
beijam.
Irina começa a se sentir mais aliviada; agora
tinha certeza de que Dionísio não escondia mais
nada, e passou a acreditar que ele não desconfiava
de que ela era uma espiã. Mas até quando? Ele não
era bobo e, mais cedo ou tarde, iria descobrir toda
a verdade, ainda mais com Micael a chantageá-la.
Ela considerou a possibilidade de contar tudo de
uma vez, mas sentia que não seria perdoada. Não
sabia o que fazer, mas decidiu não se preocupar
com aquilo agora.
Os dois tomam banho juntos e vão até o
quarto de Aurélio. O amigo lhes conta que o
delegado informou que gostaria da presença dos
três na delegacia para explicar um plano que teve.
Os três seguem para a delegacia, onde o
delegado lhes conta como será a armadilha que
tinha planejado.
- Os policiais que estou convocando para a
emboscada já estão cientes do que têm que fazer e
de como agir quando o vampiro aparecer. Podem
ficar tranqüilos que nada de errado acontecerá.
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NOVE
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DEZ
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- 08:20, senhor!
- Muito obrigado, mais uma vez!
Os dois saem do hotel e conversam.
- Não estou gostando nada disso...
- Aconteceu alguma coisa?
- Há algo estranho no ar, mas não sei o que
é realmente... Muita coisa vem acontecendo até
agora sem explicações. Muitas perguntas não
respondidas. Muita ponta solta num emaranhado
estranho de coincidências...
- Do que você está falando?
- Tomara que minhas impressões estejam
erradas... Espero que o que está me confundindo
não passe de paranóia.
- Do que você está falando? Tem alguma
coisa a ver com Irina?
- Sim, meu amigo, – Dionísio para e olha
para Aurélio. – mas quero muito estar errado. Que
Deus faça com que meu pressentimento esteja
equivocado!... Minha cabeça está a mil já há um
bom tempo. Se o que estou pensando for verdade,
não sei mais o que fazer! Estarei completamente
perdido!...
- Não quer me contar sobre o que é esse
pressentimento? Não quer compartilhar comigo
essas dúvidas todas? Talvez eu possa ajudar em
algo. Sou seu amigo, não sou? Somos como irmãos!
Dionísio segura o ombro de seu amigo e
sorri.
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ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
- Já disse sim!...
- Você pensa besteira demais.
Os dois praticam Tai Chi Chuan por mais
de uma hora e conversam um pouco antes de se
recolherem.
- Vamos dormir; amanhã, quero que acorde
um pouco mais cedo. Quero levá-lo a um outro
lugar.
- Mais um teste?
- Os testes acabaram. Só quero levá-lo a um
lugar de que acredito que vá gostar.
- Então vamos dormir. O amanhã nos
espera!
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE