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FACULDADES INTEGRADAS DE MINEIROS

COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E DA INFORMAÇÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

EMPREENDEDORISMO
Flávia Teodoro

MINEIROS – GOIÁS
2006
FACULDADES INTEGRADAS DE MINEIROS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E DA INFORMAÇÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

EMPREENDEDORISMO
Flávia Teodoro

Monografia apresentada ao Curso


de Administração, oferecido pelo
Instituto de Ciências Administrativas e
de Informática mantido pelas
Faculdades Integradas de Mineiros,
como exigência parcial para obtenção
do título de Bacharel em Administração,
sob a orientação do Prof. Miguel Ângelo
Flach.

MINEIROS – GO
2006
A Deus que tem me abençoado

nos momentos difíceis e bons de

minha vida. A Ele deposito toda

confiança de vencer cada barreira

que surge com o intuito de me fazer

melhorar como pessoa e

profissional.
Aos meus pais e familiares,

pelo incentivo e cooperação nesta

caminhada, que ensinaram que vale

a pena ser honesto e justo, e que

deram forças para encarar os

medos e limitações, para que os

sonhos, projetos, desejos e

vontades sejam alcançadas,

acreditando em Deus e em mim

mesma.

Aos professores que são a

chave mestra deste projeto.

Aos meus colegas e amigos

que incentivaram-me nos momentos

difíceis.

A vocês, minhas considerações

e respeito.
“Não há nada mais vergonhoso

do que alguém ser honrado pela

forma dos antepassados e não pelo

merecimento próprio’’.

Platão
RESUMO

O tema empreendedorismo, compreendendo desde a origem da palavra até sua

importância estratégica para o desenvolvimento econômico de um país é hoje um

fenômeno global, dadas as profundas mudanças nas relações internacionais entre

nações e empresas, no modo de produção, nos mercados de trabalho e na

formação profissional. O Brasil é citado como um dos países mais criativos do

mundo, mas precisa melhorar no que se relaciona à consolidação de milhares de

iniciativas de novos negócios e empresas, assim como a formação de

empreendedores particularmente nas Escolas de Administração. O empreendedor

corporativo é um perfil cada vez mais procurado pelas organizações, nas quais um

dos principais objetivos é a busca de eficácia. Investir na disseminação organizada

do empreendedorismo será fator fundamental de progresso econômico e social e

também fonte de geração de novos empregos. Neste trabalho é apresentado um

modelo de formação de empreendedores baseado na competência individual e na

busca de idéias e oportunidades dentro do âmbito da graduação em Administração

de Empresas, compondo uma disciplina teórico-prática para o desenvolvimento

pessoal e profissional dos estudantes.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 09

OBJETIVOS ............................................................................................................11

CAPÍTULO I - DEFINIÇÃO DO EMPREENDEDOR .............................................. 13

1.1 DEFINIÇÃO DO EMPREENDEDOR ........................................................... 13

1.2 CARACTERISTICAS DOS EMPREENDEDORES DE SUCESSO...............13

1.3 CARACTERISTICAS BÁSICAS .................................................................. 17

CAPÍTULO II - EMPREENDEDORISMO E GERAÇÃO DE EMPREGOS ..............18

2.1 EMPREENDEDORISMO E GERAÇÃO DE EMPREGOS ........................... 19

2.2 O EMPREENDEDOR EMPRESARIAL ........................................................ 21

2.3 EMPREENDEDORISMO EM SETE PASSOS ............................................. 23

CAPÍTULO III – IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ......................................... 27

3.1 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS .......................................................... 27

3.1.1 Predisposição .................................................................................... 27

3.1.2 Criatividade ........................................................................................ 28

3.2 FÓRMULAS PARA IDENTIFICAR OPORTUNIDADE ................................ 28

3.3 PROBLEMAS HABITUAIS AO INICIAR UM NEGÓCIO ............................ 29


CAPÍTULO IV – FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA ESCOLHA

DO NOVO NEGÓCIO ............................................................................................. 32

4.1 COLETA DE INFORMAÇÕES ..................................................................... 32

4.2 PLANO DE NEGÓCIO ................................................................................. 33

4.3 DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO ....................................................................... 35

4.3.1 Definição do negócio ......................................................................... 35

4.3.2 Análise financeira ............................................................................... 35

4.3.3 Análise de risco .................................................................................... 36

4.3.4 Documentos de apoio ......................................................................... 36

4.3.5 Motivação pessoal .............................................................................. 37

CONCLUSÃO.......................................................................................................... 38

BIBLIOGRAFIA....................................................................................................... 40
INTRODUÇÃO

As mudanças observadas no cenário econômico mundial nos últimos anos

induzem as sociedades em desenvolvimento, tal como o Brasil, a um repensar no

modo como devam se posicionar no mercado competitivo globalizado. Este novo

posicionamento exige um processo de maturidade que esteja “antenado” com as

influências colocadas mundialmente no ambiente sócio-econômico destacando,

principalmente, àquelas referentes à relação entre educação e trabalho.

Inovação é, talvez, um dos assuntos mais discutidos do mundo dos negócios

nos dias atuais. Os livros mais modernos de administração apontam neste sentido

como uma das características essenciais para o sucesso no século 21. Para se

distinguir num mercado cada vez mais competitivo, as empresas têm de obter

avanços na produtividade, em geral decorrentes de uma nova forma de fazer as

coisas - seja um modo mais eficiente de aproveitar os recursos, seja a entrada em

um mercado diferente ou a aposta num produto extraordinário ou completamente

novo. Trata-se de um dos paradoxos da gestão: para ser estável e perene, uma

organização deve constantemente promover a mudança. Na maioria das vezes as

empresas promovem pequenas mudanças, cujo somatório permite manter-se à

9
frente dos concorrentes. Essas pequenas mudanças são o fruto do trabalho e

iniciativa dos empreendedores que se encontram nas organizações.

O empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil nos últimos anos,

particularmente na década de 1990, e hoje ser um empreendedor é quase um

imperativo, pois é importante lembrar que por trás de novas idéias que vem

revolucionando a sociedade, há sempre um visionário, que com seu talento,

somado à análise, planejamento e capacidade de implementação, é responsável

por empreendimentos de sucesso. Neste estudo são discutidos alguns mitos que

com o tempo foram criados, relacionando o empreendedor e suas relações com o

surgimento de novas empresas e novos negócios, sugerindo um modelo de

formação de gestores baseado nas diferenças individuais bem como em suas

competências e habilidades.

As sociedades desenvolvidas se diferenciam das demais pela maneira como

elas determinam seu processo inovador, ou seja, de criação e de agregação de

valor econômico. Acreditamos que sociedade é tão mais rica, quanto sua

capacidade interna de gerar conhecimento e de se estimular a produção. Nesse

sentido, promove nas pessoas que compõe determinada sociedade, seus desejos

de realização, suas habilidades e potenciais de criação. Quando refletimos sobre

este contexto, entendemos porque o tema empreendedorismo é uma pauta

prioritária para o desenvolvimento do nosso País, e como particularmente afeta o

futuro da sociedade.

10
OBJETIVOS

Este trabalho tem por objetivo analisar o conceito de empreendedorismo e

seu processo, fazendo um paralelo à realidade brasileira, verificando o tipo de

atuação das micro e pequenas empresas no contexto empreendedor do Brasil.

Será estabelecido o modelo mental do empreendedor e, a forma de organização do

negócio. Na construção de modelos de atuação, serão propostas alternativas para

o desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil, a partir da formação de

administradores em cursos de graduação.

A utilidade deste estudo poderá ser aplicada a melhor definição de políticas

de estímulo e fomento ao empreendedorismo, como forma de geração de riqueza,

valor, emprego e renda. Do ponto de vista econômico, pode reduzir o desperdício

do capital de start-up (capital investido na criação de novos negócios) perdido no

processo de mortalidade precoce de micro e pequenas empresas. Do ponto de

vista psicológico, o processo de intraempreendedorismo possibilitará uma

participação efetiva do empregado na geração de valores para micro e pequenas

empresas, tornando-as ainda mais flexíveis e criativas.

Do ponto de vista administrativo, o potencial criativo inerente ao

empreendedor, supera as técnicas tradicionais de administração, fazendo-se

11
necessária orientação diferenciada e de características mais simplificadas, de modo

a aproximá-lo do “mundo real”, ao invés de “engessá-lo” em teorias muitas vezes

formuladas sob realidades muito distintas da brasileira.

12
CAPÍTULO I

DEFINIÇÃO DE EMPREENDEDOR

1.1 DEFINIÇÃO DE EMPREENDEDOR

Segundo Idalberto Chiavenato, empreendedor não é somente um fundador

de novas empresas ou o construtor de novos negócios, é mais que isso, é a energia

da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de idéias,

é quem fareja as oportunidades e precisa ser muito rápido, aproveitando as

oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o façam. O termo

empreendedor vem do francês entrepreneur, que significa aquele que assume

riscos e começa de novo.

1.2 CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES DE SUCESSO

José Carlos Assis Dornelas, afirma que o empreendedor de sucesso tem as

seguintes características, (2001, p. 31 a 33):

13
 São visionários: tem visão de como será o futuro para seu negócio e sua

vida, e ainda tem habilidade de implementar seus sonhos.

 Sabem tomar decisões: não se sentem inseguros, tomam decisões corretas

na hora certa, principalmente em momentos de adversidade, sendo isso muito

importante para o sucesso, e vão além, implementam suas ações rapidamente.

 São indivíduos que fazem a diferença: transformam algo de difícil definição,

uma idéia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o que é possível

em realidade (Kao, 1989; Kets de Vries, 1997), agregam valor aos serviços e

produtos que colocam no mercado.

 Sabem explorar ao máximo as oportunidades: a maioria das pessoas

acredita que as boas idéias são daqueles que as vêem primeiro, por sorte ou

acaso, porém para os empreendedores, as boas idéias são geradas daquilo que

todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em

oportunidade, por meio de dados e informação. Schumpeter (1949), afirma que

empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e inova, criando mercado

com uma oportunidade identificada. Já Kirzner (1973), afirma que é aquele que cria

um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e

turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Porém ambos

concordam em um ponto, que o empreendedor é um grande identificador de

oportunidades, sendo muito curioso e atento a informações, pois sabe que suas

chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

 São determinados e dinâmicos: implementam suas ações com total

comprometimento, atropelam adversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma

vontade de “fazer acontecer”, sempre dinâmico cultivam certo inconformismo diante

da rotina.

14
 São dedicados: comprometem o relacionamento com amigos, família e até

com a própria saúde. São trabalhadores exemplares, encontrando energia para

continuar, até quando encontram obstáculos pela frente, são incansáveis e loucos

pelo trabalho.

 São otimistas e apaixonados pelo que fazem: adoram o trabalho que fazem,

e isto é o principal combustível que os mantém animados e auto determinados,

fazendo-os os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem,

como ninguém, como fazê-lo. Este otimismo faz com que sempre vejam o sucesso

em vez de imaginar o fracasso.

 São independentes e constroem o próprio destino: querem estar à frente das

mudanças e ser donos do próprio destino, ser independentes, em vez de

empregados, querem criar algo novo e determinar os próprios passos, abrir os

próprios caminhos, ser o próprio patrão e gerar empregos.

 Ficam ricos: ficar ricos não é o principal objetivo dos empreendedores, mas

acreditam que o dinheiro é conseqüência do sucesso dos negócios.

 São líderes e formadores de equipes: tem um senso de liderança incomum.

São respeitados e adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los,

estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno de si, pois sabem que

para obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe de profissionais

competentes. Sabem também recrutar as melhores cabeças para assessorá-los

nos campos onde não têm o melhor conhecimento.

 São bem relacionados (networking): sabem construir uma rede de contatos

que os auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e

entidades de classe.

15
 São organizados: sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos,

tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o melhor desempenho

para o negócio.

 Planejam, planejam, planejam: os empreendedores de sucesso planejam

cada passo de seu negócio, desde o primeiro rascunho do plano de negócios, até a

apresentação do plano a investidores, definição das estratégias de marketing do

negócio, etc., sempre tendo como alicerce a forte visão de negócio que possuem.

 Possuem conhecimento: estão sempre procurando aprender, pois sabem

que quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior sua chance de

sucesso. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações

obtidas em publicações especializadas, em cursos, ou mesmo de conselhos de

pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.

 Assumem riscos calculados: talvez essa seja a característica mais conhecida

dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos

calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso, pois

assumir riscos tem relação com desafios, e para o empreendedor, quanto maior o

desafio mais estimulante será a jornada empreendedora.

 Criam valor para a sociedade: utilizam seu capital intelectual para criar valor

para a sociedade, com geração de empregos, dinamizando a economia e inovando,

sempre usando sua criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das

pessoas.

 Busca pelo sucesso: Segundo Flávio de Almeida, bons resultados

profissionais, dependem do poder pessoal que, por sua vez, depende de três

fatores básicos:

Energia, que transforma em AUTO-ESTIMA;

16
Comunicação, que se transforma em PODER;

Medo, que se transforma em CORAGEM.

1.3 CARACTERISTICAS BÁSICAS

Idalberto Chiavenato, já resume em três, as características básicas de um

empreendedor (2004 p. 6-7):

 Necessidade de realização: existem pessoas com pouca necessidade de

realização e que se contentam com o status atual. Porém, as pessoas com alta

necessidade de realização gostam de competir com certo padrão de excelência e

preferem ser pessoalmente responsáveis por tarefas e objetivos que atribuíram a si

próprias. Em muitos casos, o impulso empreendedor torna-se evidente desde cedo,

até mesmo na infância.

 Disposição para assumir riscos: o empreendedor assume variados riscos ao

iniciar seu próprio negócio: riscos financeiros decorrentes do investimento do

próprio dinheiro e do abandono de empregos seguros e de carreira definidas; riscos

familiares ao envolver a família no negócio; riscos psicológicos pela possibilidade

de fracassar em negócios arriscados. Eles preferem situações arriscadas até o

ponto em que podem exercer determinado controle pessoal sobre o resultado, em

contraste com situações de jogo em que o resultado depende apenas de sorte. A

preferência pelo risco moderado reflete a autoconfiança do empreendedor.

 Autoconfiança: quem possui autoconfiança sente que pode enfrentar

desafios que existem ao seu redor e tem domínio sobre os problemas que enfrenta.

As pesquisas mostram que os empreendedores de sucesso são pessoas

17
independentes que visualizam os obstáculos inerentes a um novo negócio, mas

acreditam em suas habilidades pessoais para transpor estes obstáculos. Rotter

(1966) salienta que existem dois tipos de crença no sucesso: as pessoas que

sentem que seu sucesso depende de seus próprios esforços e habilidades têm um

foco interno de controle; por outro lado, as pessoas que sentem ter a vida

controlada muito mais pela sorte ou pelo acaso têm um foco externo de controle.

Pesquisas revelam que os empreendedores têm um foco interno de controle mais

elevado do que aquele que se verifica na população geral.

18
CAPÍTULO II

EMPREENDEDORISMO E A GERAÇÃO DE EMPREGOS

2.1 EMPREENDEDORISMO E A GERAÇÃO DE EMPREGOS

Quando abordamos o tema empreendedorismo somos induzidos a pensar

que se trata de uma questão voltada a atender as necessidades das camadas

superiores da nossa sociedade.

Todavia, falar em empreendedorismo traduz a real necessidade de

ampliarmos nossa capacidade de geração de empregos e crescimento econômico.

Seus defensores, como Fernando Dolabela, afirma que o empreendedorismo trata,

sobretudo do combate a miséria e da distribuição de renda em nossa sociedade.

É necessário entender o desenvolvimento econômico contemporâneo tal que

possibilite às pessoas de diferentes camadas sociais a agregação de renda e valor

a sua atividade, o que pode se dar principalmente pelo estímulo ao

empreendedorismo.

Muito se tem dito que as questões emergentes com o processo de

globalização afetaram, primeiramente, as economias e, posteriormente, a

sociedade de um ponto de vista social. Ao entendermos que mudanças estão

19
acontecendo no mundo, e que existe, de fato, uma perda no espaço profissional no

mercado de trabalho, estamos discutindo uma redução no emprego e,

conseqüentemente, um aumento no contingente de mão-de-obra de reserva.

Para alguns a globalização estimulou o surgimento das chamadas fábricas

de desempregados.

Ao iniciar a trajetória de estudo, percebemos alguns pontos que devem ser

mais evidenciados e debatidos. Primeiramente, a necessidade de se conhecer o

papel do empreendedorismo, e de como este pode contribuir para o

desenvolvimento de nossa sociedade.

A percepção da importância do empreendedorismo para o desenvolvimento

de nosso país é ponto de debate atual, visto que se busca compreender e

desenvolver o indivíduo em prol de sua liberdade e emoção vinculada ao trabalho.

De acordo DOLABELA (2000) aponta que a maioria das pessoas, desde que

estimulada, pode desenvolver mentalidade e habilidades empreendedoras,

tornando-se capaz de criar empresas e gerar novos empregos. Para esse mesmo

autor, só agora o ensino do empreendedorismo começa a ampliar os espaços no

Brasil e deixa claro porque esse tema deve estar em pauta:

O Estudo do comportamento do empreendedor é fonte de novas


formas para a compreensão do ser humano em seu processo de criação de
riquezas e de realização pessoal. Sob este prisma, o empreendedorismo é
visto também como um campo intensamente relacionado com o processo de
entendimento e construção da liberdade humana (DOLABELA, 2000, p.21).

As teorias modernas que orientam os programas mais avançados de

formação de empreendedores no mundo industrializado apregoam que é

fundamental preparar as pessoas para aprenderem a agir e pensar por conta

própria, com criatividade, com liderança e visão de futuro, para inovar e ocupar o

seu espaço no mercado, transformando esse ato também em prazer e emoção.


20
Quando se aborda o tema empreendedorismo, defronta-se com o senso

comum da maioria das pessoas, que considera que as características

empreendedoras do ser humano são inatas e, portanto, apenas uma minoria eleita

nasceria com esse dom, enquanto a maioria estaria destinada a exercer sua

atividade econômica na condição de assalariado.

É mister conhecer, portanto, quais características empreendedoras podem

ser ponto de processos de educação e formação de jovens, possibilitando que o

tema empreendedorismo consiga ser interpretado com mais força pela sociedade

brasileira.

2.2 O EMPREENDEDOR EMPRESARIAL

Caracterizar o que seja um empreendedor empresarial traduz-se num

desafio permanente de investigação, sobretudo pela diversidade de variáveis de

cerceiam esse ambiente. DOLABELA (1999a) revela que o empreendedor traduz-

se em uma atitude de ser, ou seja, um modo de vida com valores compreendidos

pela ótica capitalista da constante busca de oportunidades.

Ao assumir riscos, envolver a si mesmo e possibilitar empregos para outras

pessoas, traz consigo um sinônimo de aventureiro em terras desconhecidas.

Todavia, a aventura individual de cada empresa traz em seu bojo certo

número de características comuns que emerge tanto da observação direta, quanto

da literatura específica sobre o tema. Por isso, torna-se importante conhecer o

caminho inicial de qualquer empreendedor, tendo sido em sua maioria,

representado via pequenas empresas.

21
Para FILION, a discussão sobre as pequenas empresas deve,

necessariamente, ser precedida por um debate em torno do conceito de

empreendedor. Sua definição é a seguinte:

O empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de


estabelecer e atingir objetivos, e que mantém alto nível de consciência do
ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios.
Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis
oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas
que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel
empreendedor [....]. Um empreendedor é uma pessoa que imagina,
desenvolve e realiza visões. (FILION, 1999, p. 5)

Na primeira parte da definição, há o destaque do empreendedor como uma

pessoa criativa que gosta de estabelecer objetivos passíveis de atingimento. Os

objetivos nem sempre estão escritos, mas existem e constituem o maior vínculo ou

a visão em torno da qual o empreendedor organiza todas as outras atividades. Os

empreendedores agem em função da busca dos objetivos e desenvolvem

características de tenacidade, busca e criatividade.

As características pessoais dos empreendedores bem-sucedidos envolvem

alta tolerância à ambigüidade (implica seguir em frente com poucas informações,

pouco capital e até sem idéias inovadoras); muita percepção, controle de si

mesmos e sabem vender idéias; e possuem velocidade e capacidade de

adaptação.

Outro aspecto que se discute é o vínculo entre os empreendedores e a

capacidade de detectar oportunidades. Esse fato sugere que o empreendedor

desenvolve alto nível de consciência do ambiente em que vive. De fato, enquanto

eles continuarem a detectar mais oportunidades e agirem no sentido de explorá-las,

continuarão a ter um papel empreendedor.

22
A pessoa para ser empreendedora deve ter um espírito empreendedor, ou

seja, ser uma pessoa que busca oportunidades além dos recursos de que

normalmente dispõe. Existe no ambiente empresarial uma série de parâmetros e

especificidades que tornam cada negócio muito difícil de se avaliar superficialmente

sem uma técnica e um aprendizado que possibilite esta identificação de

oportunidades.

Não se ensina ninguém a buscar oportunidades, o que se deve ensinar sobre

a busca de oportunidades é a diferença entre uma idéia e uma oportunidade. O

conceito de empreendedor aponta também para a necessidade de aprendizado

contínuo, não somente sobre o que está acontecendo no seu ambiente do dia-a-

dia, mas, sobretudo, para detectarem novas oportunidades. O foco principal do seu

processo de aprendizagem é sempre a capacidade de detectar oportunidades, a

qual lhes permite continuar a desempenhar seu papel de empreendedor.

Um outro ponto importante na característica empreendedora é a fixação de

metas pessoais antes de estabelecer objetivos do negócio que vai iniciar. Por quê?

Basicamente, existem pessoas que se envolvem de forma absoluta com as coisas,

mantendo um controle total sobre o negócio em seus mínimos detalhes, e isso pode

chegar a absorvê-las completamente, porém as tornará felizes. Outras, por sua vez,

aspiram há mais tempo livres ou a transcender por meio de sua obra. Assim, os

empreendedores devem perguntar-se o que é que realmente querem fazer de sua

vida. Só quando estiverem em condições de decidir o que querem obter do novo

empreendimento e quais são suas metas pessoais, é que poderão determinar que

tipo de empresa deseje construir, que risco aceita assumir e se possue uma

estratégia boa para conseguir isso.

23
2.3 EMPREENDEDORISMO EM 7 PASSOS

1. Assumir riscos esta é a primeira e uma das maiores qualidades do

verdadeiro empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar

desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores

caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é

preciso aprender a lidar com eles.

2. Identificar oportunidades Ficar atento e perceber, no momento certo, as

oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a

realização de um bom negócio é outra marca importante do empresário bem-

sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas

chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

3. Conhecimento, organização e independência Quanto maior o domínio de um

empresário sobre um ramo de negócio, maior será sua chance de êxito. Esse

conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em

publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas" de

pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.

Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos

humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não

esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização principalmente no início do

empreendimento compromete seu funcionamento e seu desempenho.

Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu

próprio patrão, enfim, buscar a independência é meta importante na busca do

sucesso. O empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde,

24
possam se transformar em obstáculos aos negócios. Só assim surge a força

necessária para fazer valer seus direitos de cidadão-empresário.

4. Tomar decisões o sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está

relacionado com a capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões acertadas

é um processo que exige o levantamento de informações, análise fria da situação,

avaliação das alternativas e a escolha da solução mais adequada. O verdadeiro

empreendedor é capaz de tomar decisões corretas, na hora certa.

5. Liderança, dinamismo e otimismo Liderar é saber definir objetivos, orientar

tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo

das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho,

em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz

contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem

que ser uma qualidade sempre presente.

Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda para não perder a

capacidade de fazer com que simples idéias se concretizem em negócios efetivos.

Manter-se sempre dinâmico e cultivar certo inconformismo diante da rotina é um de

seus lemas preferidos.

O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em

vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de

sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades.

6. Planejamento e plano de negócios Liderar é saber definir objetivos, orientar

tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo

das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho,

em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz

25
contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem

que ser uma qualidade sempre presente.

Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e

deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é

notória a falta de cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre

admirado pela sua criatividade e persistência.

Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas

sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para

isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar

sonhos em realidade: o planejamento.

Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio de

maturidade é creditado ao empreendedor que planejou corretamente o seu negócio

e realizou uma análise de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de

colocá-lo em prática.

7. Tino empresarial O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição,

faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na

maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o

empreendedor reúne a maior parte dessas características terá grandes chances de

êxito. Quem quer se estabelecer por conta própria no mercado brasileiro e,

principalmente, alçar vôos mais altos na conquista do mercado externo deve saber

que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só respeitam os que se

mostram à altura do desafio.

26
CAPITULO III

IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES

3.1 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Primeira fase de criação de um negócio próprio. Podem ser encontradas em

todos os lugares e sob as mais diversas formas, exigindo predisposição e

criatividade por parte do empreendedor para identificá-las.

3.1.1 PREDISPOSIÇÃO

A predisposição para identificar oportunidades é fundamental para quem

deseja ser empreendedor e consiste em aproveitar todo e qualquer ensejo para

observar negócios. Todas as pessoas são expostas diariamente a centenas de

empreendimentos, mas a grande maioria vê somente os anúncios e as fachadas.

Só os verdadeiros empreendedores identificam as oportunidades atrás desses

anúncios e fachadas, seu funcionamento e as razões para seu sucesso,

mediocridade ou fracasso.
27
3.1.2 CRIATIVIDADE

Através da predisposição, o futuro empreendedor aprende a observar e

avaliar negócios. Mas é através da criatividade que ele começa a associar as

observações dos mais diversos tipos e formas de empreendimentos. A criatividade

vai fazer que ele adote a fórmula de sucesso de um tipo de negócio em um outro.

São essas as associações que podem transformar uma simples oportunidade em

um grande sucesso empresarial.

3.2 FÓRMULAS PARA IDENTIFICAR OPORTUNIDADES

Para facilitar a compreensão do leitor sobre o processo de identificação de

oportunidades de negócios, vamos descrever as oito fórmulas mais comuns:

Identificação de necessidades

Observação de deficiências

Observação de tendências

Derivação da ocupação atual

Procura de outras aplicações

Exploração de hobbies

Lançamento de modas

Imitação do sucesso alheio

28
3.3 PROBLEMAS HABITUAIS AO INICIAR UM NEGÓCIO

O interesse de toda a sociedade em relação aos pequenos negócios é

explicado pelo seu grande significado político e econômico. Político porque as micro

e pequenas empresas funcionam como fator de equilíbrio da estrutura empresarial

brasileira e coexistem com as grandes empresas. Econômico porque geram grande

número de empregos, por isso, contribuem muito na geração de receitas e na

produção de bens.

No entanto, muitos empresários não conseguem manter as portas de suas

empresas abertas por muito tempo. Pesquisas do SEBRAE-SP mostram que cerca

de 58% das empresas de pequeno porte abertas em São Paulo não passam do

terceiro ano de existência.

O que leva tantas empresas à extinção? O que faz com que outras

sobrevivam aos trancos e barrancos?

As razões para o fracasso da maioria dos pequenos empreendimentos são a

falta de habilidades administrativas, financeiras ou tecnológicas dos

empreendedores. Essa falta de habilidade manisfesta-se mais frequentemente,

segundo as observações do autor, em ordem de importância, através dos seguintes

problemas:

Falta de experiência gerencial do empreendedor;

Conhecimento inadequado ao mercado;

Insuficiência de disponibilidade de capital para iniciar o empreendimento;

Problemas de qualidade com o produto;

Localização errada;

Erros gerenciais no desenvolvimento do negócio;

29
Capitalização excessiva em ativos fixos;

Inadimplência de credores;

Ineficiência de marketing em vendas;

Excessiva centralização gerencial do empreendedor;

Crescimento mal planejado;

Atitude errada do empreendedor para com o negócio;

Erro na avaliação da reação dos concorrentes;

Rápida obsolescência do produto;

Posicionamento errado do produto ou serviço no mercado;

Abordagem incorreta de vendas;

Problemas de produção do produto;

Escolha do momento errado para iniciar o empreendimento;

Falta ou erros de planejamentos do empreendimento;

Problemas familiares

A força que empurra o empresário para o sucesso é, sem dúvida, a vontade

de enfrentar o desafio de abrir o próprio negócio. Mas somada a essa vontade tem

que haver a disposição para adquirir conhecimentos e para desenvolver

comportamentos adequados a empreendedores bem-sucedidos.

Pesquisas feitas com empresários de sucesso identificaram qualidades

especiais comuns a todos eles e que foram responsáveis por garantir o seu lugar

no mercado. Dentre uma destas qualidades, está à importância que os empresários

dão ao plano de negócios, o utilizado não apenas como um documento para

captação de recursos, mas como uma ferramenta de gestão empresarial, sendo

visto como um mapa que guiará a empresa ao seu destino e ao cumprimento de

seus objetivos.

30
Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder

gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes e para seus

parceiros, sejam eles fornecedores ou seus funcionários;

Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos

financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder

avaliar os riscos inerentes ao negócio;

Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano

de negócios. A maioria destes é composto de micro e pequeno empresário, os

quais não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de

caixa, ponto de equilíbrio e projeções de faturamento. Quando entendem o

conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de

negócios.

31
CAPITULO IV

FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA

ESCOLHA DO NOVO NEGÓCIO

4.1 COLETA DE INFORMAÇÕES

Tem como finalidade analisar as características desses negócios.

Particularmente, tem por objetivo avaliar a atratividade e possíveis problemas

desses negócios, para subsidiar a decisão do futuro empreendedor na escolha

daquele que irá desenvolver.

Para facilitar a coleta de informações e a escolha de oportunidade de

negócio, devem ser analisados os seguintes fatores mais importantes:

Sazonalidade;

Efeitos da situação econômica;

Controle governamental;

Dependência de elementos de disponibilidade e custo incerto;

Ciclo de vida do setor – expansão, estagnação ou retração;

Lucratividade;

Mudanças que estão ocorrendo no setor;


32
Efeitos da devolução tecnológica;

Grau de imunidade à concorrência;

Atração pessoal; e

Barreiras à entrada.

4.2 PLANO DE NEGOCIO

Uma das primeiras coisas que se deve fazer, uma vez decidida à criação de

uma empresa, é a definição por escrito das principais variáveis do negócio. É isso

que chamamos de Plano de Negócio. A elaboração de um Plano de negócio é

fundamental para o empreendedor, não somente para a busca de recursos, mas,

principalmente, como forma de sistematizar suas idéias e planejar um

empreendimento e prever situações de risco de forma mais eficiente, antes de

entrar de cabeça em um mercado sempre competitivo.

O Plano de Negócio deve ajudar a responder questões importantes relativas

ao seu negócio antes de seu lançamento. Não é incomum mudanças profundas no

projeto ou até mesmo o abandono da idéia inicial, quando se começa a pesquisar e

checar as suposições iniciais para a montagem do Plano de Negócio. Trata-se de

um conjunto de informações elaboradas de forma organizada em que são

vislumbrados os aspectos mais importantes de um empreendimento.

Ao fazer o Plano de Negócios, o empreendedor estuda a viabilidade do seu

negócio sob todos os aspectos, cria ações preventivas contra possíveis ameaças e

desafios, conhece a fundo o mercado e a clientela, evita esforços desnecessários,

investimentos improdutivos, gastos sem sentido.

33
Plano de Negócios é um mecanismo de que dispõe o empreendedor para

refletir sobre si mesmo e sobre o negócio: vale a pena? É o que sonhei? Depois de

feito, o Plano de Negócios indica novos caminhos, mesmo que um deles seja a

desistência da idéia. E uma linguagem de comunicação entre e o empreendedor e

sua equipe, já que as informações existentes no documento (objetivos, missão,

valores, metas, estratégias) vão unir todos os integrantes em um esforço

direcionado.

De acordo com Sam Walton, o Plano de Negócios é um documento para

negociação e obtenção de recursos, e existem dez regras para se montar :

Comprometer-se com o negócio.

Compartilhar lucros com todos os associados e parceiros.

Motivar seus parceiros.

Comunicar tudo que puder aos parceiros.

Mostrar reconhecimento.

Celebrar sucessos.

Ouvir com atenção à todos da empresa.

Exceder as expectativas dos clientes.

Controlar as despesas melhor que os concorrentes.

Nadar contra a correnteza.

No Brasil, o Plano de Negócios já é exigido em algumas circunstâncias. Em

função dele são selecionadas empresas para serem admitidas em incubadoras e

parques tecnológicos; os capitalistas de risco condicionam sua participação a um

Plano de Negócios extremamente profissional; alguns financiamentos bancários

exigem Plano de Negócios.

34
4.3 DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO

A descrição do negócio é a parte mais importante do plano e deve

apresentar o novo negócio em sua totalidade, começando com a oportunidade de

negócio até os resultados esperados como os tópicos apresentados abaixo:

►Capa do plano

►Sumário

►Índice

4.3.1 Definição do negócio

Oportunidade do negócio

Conceito do negócio

Produto e suas características

Mercado potencial e projeção de vendas

Análise da concorrência

Estratégia competitiva

Localização do negócio

Descrição da operação

Equipe gerencial

Descrição da administração

Necessidade de pessoal

Necessidade e fontes dos recursos dos empreendedores e de terceiros

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Estrutura da sociedade

Resultados esperados sob formas de pay-back e taxas internam de retorno

4.3.2 Análise financeira

Custos e receitas operacionais

Análise do ponto de equilíbrio

Necessidades financeiras e seus custos

Investimentos em ativos, pay-back e taxa interna de retorno.

Análise da sensibilidade ao nível de vendas e custos financeiros

4.3.3 Análise dos riscos

Possíveis riscos

Medidas para reduzi-los

4.3.4 Documentos de apoio

“Currículo Vitae” dos diretores e do pessoal, requisitos financeiros e

balanços, cartas de referencia, cartas de intenções, cópias de contrato de aluguel,

contratos, documentos legais e qualquer outro documento significativo para o plano.

36
4.3.5 Motivação do pessoal

O primeiro passo a quem inicia um negócio é contratar pessoas certas para

cada função. È necessário selecionar trabalhadores interessados e com

perspectivas de crescente melhoria no ambiente para diminuir as deficiências da

empresa. Contudo é importante conceder benefícios adicionais, dar oportunidades

de participar das soluções dos problemas, das tomadas de decisões, transmitir

entusiasmo, reconhecimento e um bom canal de comunicação, pois pessoas

satisfeitas desenvolvem com mais responsabilidade e se envolvem com os

objetivos da empresa.

37
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitas pessoas preparam-se a vida inteira e nunca realizam nada. Outras se

julgam despreparadas a vida inteira e também nunca realizam. Há, por outro lado,

aquelas que se lançam de modo aventureiro, sem nenhuma preparação, a um

empreendimento de risco. Tudo isso quer dizer que o julgamento do grau de

preparação é subjetivo e individual. Ele requer uma reflexão devida do indivíduo,

com maturidade e consciência, para uma decisão sensata. Às vezes o grau de

preparação é pequeno, mas a pessoa avalia bem e vê que os riscos também são

pequenos, e decide partir para a ação. Outras vezes, embora havendo uma

preparação elevada, no fundo do coração o indivíduo, embora sendo sensato e

corajoso, sente que ainda não é chegada a hora - e deve seguir sua intuição.

Reflita, pense bem, converse, analise os fatos, ouça suas vozes interiores: só você

pode decidir qual é a hora certa!

Entendemos que as regras do mundo empresarial globalizaram-se e está a

cada dia cultivando novas mudanças, insuflando nossa sociedade a um repensar

contínuo sobre o seu desenvolvimento sócio-econômico.

A velocidade das informações é uma tendência cada vez mais necessária,

pois vivenciamos isso em meio atualmente, então se torna imprescindível que os

novos empreendedores aprendam com a sabedoria e experiência dos maiores


38
executivos e empreendedores, como Silvio Santos, Matarazzo , Henry Ford,

Thomas Edison e outros que indicam exemplos para o sucesso e a prosperidade,

revertendo e transformando o processo comum de acomodação e aceitação em

que muitos se encontram.

Neste momento a importância do debate sobre o empreendedorismo ressalta

nossa percepção que temos de valorizar ações educativas e esclarecedoras dos

caminhos que versam a realidade das mudanças na relação entre capital e

trabalho. Apresentamos que o empreendedor é um estado de ser e suas

características podem ser trabalhadas e estimuladas junto à sociedade de nosso

país.

Afinal, ter um bom emprego é valor cultural do nosso País, ou será

comodidade dos acadêmicos da graduação em administração de empresa, ou

ainda, trata-se de falta de estímulo sociocultural e educacional.

Muito embora tenhamos algumas respostas, o fato primordial é que estamos

perdendo nossos potenciais talentos derivados do seio acadêmico, para os

chamados bons empregos. Nosso País precisa de bons empresários e os

universitários devem ser conscientizados sobre o verdadeiro papel do

empreendedor na sociedade.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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