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Bichinhos de pelúcia virtuais

iniciam crianças nos sites de


relacionamento
Qua, 31 Out, 04h31
COOPERSTOWN, EUA (AFP) - Na principal rua da cidade americana de
Cooperstown, praticamente todos as lojas, do barzinho à farmácia, oferecem o
"Webkinz". É que as crianças desta região do nordeste dos Estados Unidos estão
fascinadas com estes bichinhos de pelúcia que os iniciam no mundo virtual.

Os Webkinz são pequenos bichos de pelúcia, que custam menos de 10 dólares e


têm um dublê virtual: cada um faz par com uma personagem na internet que seu
dono tem deve alimentar, vestir e distrair. Eles fazem parte de uma rede que reúne
milhares de crianças.

Enquanto os brasileiros preferem o Orkut e os americanos se dividem entre o


Facebook, o MySpace e o second Life, o Webkinz se apresenta como a versão
infantil dos sites de relacionamento.

Cada bichinho é vendido com um código secreto que dá vida a um animal virtual.
Jacarés, porquinhos ou hipopótamos, os animais são constantemente renovados -
os Webkinz esgotados são vendidos a mais de 1.000 dólares no eBay - e as
crianças chegam até a colecioná-los.

"As vendas explodiram neste verão. Todas as crianças querem um. A maioria das
lojas da Cooperstown vende", afirma Rebecca Kennedy, caixa do restaurante TJ's,
apontando com o dedo para uma pilha de caixas destes animais na entrada da loja.

Esta mania nacional acontece para a alegria da empresa familiar canadense Ganz,
que lançou o brinquedo em 2005.

Os Webkinz, por enquanto vendidos apenas nos Estados Unidos e no Canadá, se


espalharam como rastilho de pólvora por estes países: o site webkinz.com tinha em
maio, segundo a revista CNET, mais de quatro milhões de membros. Depois disso,
a Ganz não divulgou mais os seus números.

Os novos membros recebem "Kinzcash", uma moeda virtual, e ganham outros


benefícios nos jogos que o site oferece. Com este "dinheiro", as crianças compram
roupa para seus animaizinhos, mobiliam e decoram a casa deles, os fazem
participar de desfiles de moda, entre outras atividades.

As crianças precisam cuidar todos os dias de seu animal para evitar que ele fique
doente ou morra de fome. Mas a rede é também uma maneira de habituar
pequenos e futuros consumidores a comprarem pela internet.

Ashling Cannon, de 7 anos, orgulhosa proprietária de Midneight, um pônei preto e


de Dragon, um cachorro fox terrier branco, segue pela tela seu pônei que carrega
um saco de gelo na cabeça e tem o focinho verde. "O Midnight está um pouco
doente, eu preciso dar comida para ele agora", disse ela.

Ela entra no site, normalmente, três vezes por dia, "de manhã, antes do café,
depois do jantar e quando minha mãe coloca meu irmão menor para dormir".
No início, gastou quase todo o seu dinheiro virtual ao decorar o quarto dos animais.
"Eu não tinha mais do que 50 Kinzcash, então eu falei para mim mesma: 'chega'",
contou a menina. Felizmente, ela ainda tinha comida para alimentar seu pônei.

Mas Ashling teme que seus webkinz fiquem doentes mesmo quando ela estiver de
férias "e isso é muito triste", lamentou ela.

O site se parece com o Orkut ou o Facebook ou do mundo virtual do Second Life:


ele permite que as crianças conversem em chats e que convidem seus "amigos" a
brincar com seus personagens.

Mas este não é o primeiro site que surge no nicho emergente de rede de
relacionamentos para crianças. O pioneiro e popular Club Penguin já conta com
milhões de usuários e foi comprado neste verão pela Walt Disney por 350 milhões
de dólares.

O mercado é promissor: segundo o eMarketer, 53% das crianças internautas


americanas serão membros de um mundo virtual em 4 anos, contra os 24% de
2007. Serão 20 milhões de membros contra 8 milhões atuais.

Este nicho se revela ainda como uma mina para os publicitários: 150 milhões de
dólares serão injetados nos mundos virtuais americanos em 2012, segundo a Park
Associates.

E de uma tacada só, as marcas Barbie (da Mattel) e Bratz acabam de lançar
mundos virtuais, no rastro do sucesso do site sueco Stardoll, com seus 7 milhões
de membros no mundo.
"Qual será a próxima grande rede depois do Facebook? Webkinz, é claro",
prognostica o especialista Jeff Sandquist.

http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/071031/saude/tec_eua_internet_crian__as

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