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1.

INTRODUÇAO

Definir o ser humano é um tanto difícil, seu psicológico, sua capacidade de


criação e invenção, mas pode-se conceitualizar seus atos, representá-los através da
escrita, esta forma de comunicação, e analisá-los com nosso racionalismo. No
decorrer do ano vigente foi realizado um estudo da forma como o ser humano retira
do meio ambiente, modifica o que é necessário para sua existência e como dá-se a
organização desses atos e as consequentes técnicas necessárias criadas.
Começou-se a reflexão, a partir dos meios de produção, que envolvem os
meios de trabalho, as coisas que são necessárias para a produção e os objetos sob
os quais ocorre o trabalho. Em seguida, são consideradas as formas como ocorrem
a produção, seus modos, como se desenrolaram do primitivo ao comunista
baseados no pensamento do filósofo Karl Marx, o mais utilizado na atualidade. O
primitivo seria a época mais remota, o surgimento do homem e suas primeiras
relações com os outros homens e com a natureza, o asiático é o que ocorreu no
Egito baseava-se no Estado representado por uma figura, no caso, o faraó e pelas
tributações cobradas na espécie de produtos agrícolas, por conseguinte ocorre o
escravista, por guerras ou dívidas pessoas eram subjulgadas e discriminadas
ficando responsáveis por toda a produção. O feudalista tem em sua base a servidão
no qual os camponeses trabalhavam para o rei, dando grande parte de sua
produção agrícola, trabalhando em obras e ainda pagando para utilizar máquinas do
monarca, foi o propiciador do capitalismo o qual tem como principal objetivo atingir
lucros através das grandes vendas. E finalmente o comunismo o qual preza a
igualdade e a produção necessária.
Todas as situações supracitadas não têm sentido se não forem analisados a
sociedade, os motivos pelos quais se organiza e o instinto ou dependência do
homem de viver em conjunto. Aristóteles, Cícero, Santo Tómas de Aquino, Ranelletti,
contratualistas, utópicos, Thomas Hobbes, Montesquieu e Rousseau, filósofos,
sociólogos e correntes filosóficas compõem a base do estudo. Seguido, da forma
organizacional social.
O maior entrosamento da sociedade e a união das pessoas ocasionou um
desenvolvimento de técnicas de produção, resultando nos processos civilizatórios e

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nas revoluções tecnológicas.
As revoluções tecnológicas demonstram o avanço do desenvolvimento
técnico,
abrangem as primeiras técnicas da Pré-história à atualidade, nota-se o quão
grandiosa é a criatividade humana, iniciando com pedras lascadas e avançando à
energia termonuclear.
Como complemento à pesquisa foi realizada uma entrevista com o professor
de sociologia do Colégio da Polícia Militar do Paraná, Silvio Cesar Keppen.
Para um entendimento grandioso dividiu-se o mesmo em sete partes,
intituladas: "Meios de produção", "Modos de produção", "Sociedade", "Os processos
civilizatórios", "Entrevista", "Revoluções tecnológicas e o desenvolvimento de
técnicas aprimoradas", sendo pesquisadas ao longo do ano, por bimestres utilizando
livros e a rede online de comunicação.
A necessidade deste trabalho está fundamentada na análise histórico-
econômica da humanidade, contemplando o desenvolvimento da produção
econômica aliada a estrutura social, a maneira como são supridas as necessidades
vitais e subjetivas dos homens, as estruturas organizacionais e consequentemente
as técnicas e tecnologias resultantes desta produção.
O objetivo principal é criar uma visão crítica às relações sociais e econômicas
para que os jovens de hoje, responsáveis pelo futuro do planeta Terra, possam criar
uma sociedade mais propícia ao desenvolvimento de tecnologias.

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2. MEIOS DE PRODUÇÃO

Engloba os meios de trabalho e os objetos de trabalho além da organização


econômica da sociedade.

2.1 Os meios de trabalho

Incluem as instalações onde o trabalho transcorre, os tipos de energia


utilizados, os instrumentos utilizados e os meios de transporte para e dessa
produção.
Como meios de trabalho podemos exemplificar:
− Instalações: campo, florestas, terras, nos feudos o local onde se
encontravam as máquinas, as casas dos artesãos, as oficinas onde eram feitas
as obras e esculturas, as mineradoras, fábricas tanto as muito industrializadas
como as mais tradicionais, e indústrias entre outras.
− Energias utilizadas: energia muscular, tanto humana como animal,
hidráulica, eólica, fóssil, nuclear, solar, mineral.
− Instrumentos utilizados: ferramentas primitivas, machados, pedras,
facas, anzóis; ferramentas para executar obras de arte, espátulas, pincéis, facas;
máquinas, prensas, moinhos d’água, até as atuais máquinas industriais
modernas.
− Meios de transporte: carroças, navios, trens, aviões, automóveis,
caminhões, etc.

2.2 Os objetos de trabalho

São sob o que ocorre o trabalho, a matéria qual é modificada.


Observando a maneira como ocorre o trabalho, o tipo de meio de produção
podemos concluir qual o tipo de sociedade, pois a maneira como a economia
transcorre estratifica a sociedade vigente. O modo de produção define a infra-
estrutura da qual a sociedade vai necessitar.

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Alguns deles são: as matérias-primas, vegetais, minerais, animais, o solo,
etc..

3 .MODOS DE PRODUÇÃO

Segundo a visão marxista, é composto pelas relações da produção e as força


produtivas, é a forma de organização socioeconômica de uma determinada etapa da
produção. É constituído pelo meio de trabalho e pelo objeto sob o qual se trabalha.
Foram definidos sete modos de produção: primitivo, asiático, escravista, feudal,
capitalista e comunista.

3.1 Primitivo

Basea-se na pesca, na coleta e na caça, o homem produz seus bens


necessários. Não há estratificação em classes, dividia-se igualmente, tanto trabalho
como alimentos, apenas após o sedentarismo e a definição de território que
surgiriam as desigualdades sociais. Os trabalhos eram divididos de forma
homogênea, considerando condições físicas e até ideológicas.

3.2 Asiático

Executado pelos primeiros Estados formados na Ásia Oriental; Índia, China e


Egito. Os camponeses eram obrigados a permanecerem em suas terras e viviam
numa situação de servidão coletiva. Tinham a obrigação de cultivar as terras da
comunidade. O Estado cobrava impostos e alimentava-se dos tributos.

3.3 Escravista

Surgiu na Grécia Antiga e posteriormente foi incorporado ao Império Romano.


As divisões sociais já eram fortes, parentescos faziam diferenças na distribuição de
terras, num regime privado vigente, muitos foram marginalizados e submetidos à
outrem. Com uma parcela de nobres que não conseguia ser sustentada apenas

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pelos camponeses do Império ou das regiões, guerras eram realizadas para a
conquista de terras e escravos que pertenceriam ao Estado e seriam comprados
pelos nobres. Também poderia existir escravos por dívidas. Pode-se destacar que as
cidades chegaram a ter a maior parte de sua população escrava, atingindo até 90%
de toda população, como em Atenas (20.000 cidadãos, 10.000 metecos e 400.000
escravos).

3.4 Feudalista

Tem sua economia baseada em serviços servis, relações servi-contratuais, os


reis cediam terras aos senhores feudais e os camponeses trabalhavam nessas
terras, executando agricultura, os servos ganhavam proteção contra os bárbaros e
tinham que pagar enormes tributos aos senhores feudal. Como principais
características do feudalismo podemos citar o poder centralizado, a economia
baseada na atividade agrícola e o trabalho servil já supracitados. Foi uma época um
tanto complexa, pois aproveitavam as técnicas desenvolvimentos anteriormente,
tanto trabalhistas como administrativas, e a estratificação da sociedade já era muito
rígida.

3.5 Capitalista

Objetiva-se primordialmente a obtenção de lucros, sociedade privatista, utiliza


um meio de troca, basea-se na lei da oferta e procura para definição dos valores dos
produtos, possui o trabalhador assalariado que “vende” seu trabalho, e a
estratificação de classes.

3.6 Comunista

Não é um sistema privatista, a sociedade não é dividida em classes,


propriedade comum dos meios de produção, a necessidade de todas as pessoas
seria suprida e a não existiria o Estado. Não foi realizado da forma proposta por Karl
Marx.

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4. SOCIEDADE

4.1 Origem das sociedades segundo alguns pensadores

A vida em sociedade traz vários benefícios, mas traz também restrições que
acabam afetando a liberdade do homem. A grande questão é, então: “Por que
motivo ele continua vivendo em sociedade, por obrigação ou por ser da sua própria
natureza?”.
4.1.1 Aristóteles
Diz que o homem é um ser social por natureza, até os animais irracionais tem
por natureza viver em agrupamentos, a diferença é que o homem tem a razão, o
sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto.
4.1.2 Cícero
Concorda com Aristóteles e diz que o homem não nasceu para viver sozinho,
e que mesmo tendo abundância em bens ele procura o apoio do resto da população.
É independente da educação, o homem já nasce para uma vida associativa.
4.1.3 Santo Tómas de Aquino
Concorda com Aristóteles e ainda acrescenta que existem exceções,
indivíduos notoriamente virtuosos, que viveriam em comunhão com a própria
divindade, em casos de anomalia mental ou ainda em situações acidentais, que não
existe vontade própria, um naufrágo ou alguém que se perdeu em uma floresta, o
indivíduo pode viver isolado.
4.1.4 Ranelletti vê o homem com necessidade de viver em sociedade, é uma
condição existencial. A vida em grupo fica mais fácil, pois, há uma aprendizagem
mútua, um ajuda o outro.
4.1.5 Os contratualistas
Em oposição, concordam que só a vontade humana justifica a existência da
sociedade e não algo natural, que está no homem. A sociedade é o produto da

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conjugação de um simples impulso associativo natural e da cooperação da vontade
humana
4.1.6 Os utópicos
Apoiavam que não existia uma necessidade natural. E descreviam o modelo
de sociedade ideal isenta de males e de deficiências que eram vistas nas
sociedades. Faziam isso como uma sugestão à uma forma de sociedade.
4.1.7 Tomas Hobbes
Coloca que os homens não têm suas ações reprimidas, pela voz ou pela
razão ou por presença de instituições políticas eficientes. Acrescenta que os homens
são egoístas, luxuriosos, inclinados a agredir os outros e insaciáveis, condenando-
se a uma vida solitária, pobre, repulsiva, animalesca e breve. Temem o mal, existe
muita desconfiança então acabam tomando iniciativa de agredir antes de serem
agredidos. Mas o homem continua sendo um ser racional então Hobbes cria duas
leis fundamentais. A primeira é que cada homem deve esforçar-se pela paz,
enquanto tiver esperança de alcançá-la e quando puder obtê-la, deve buscar utilizar
todas as ajudas e vantagens da guerra, e a segunda é que cada um deve consentir,
se os demais também concordarem, e enquanto se considerar necessário para a
paz e a defesa de si mesmo, renunciar ao direito de todas as coisas, e a satisfação,
em relação aos demais homens, com a mesma liberdade que lhe for concedida, com
respeito a si próprio. Isso demonstra uma vida em sociedade, dependente da
existência de um contrato e de um Estado. Afirma que mesmo um “mau” governo é
melhor do que o estado de natureza.
4.1.8 Montesquieu
Diz que o homem sentiria antes de tudo sua fraqueza e estaria
constantemente atemorizado, acrescentando que nesse estado todos sentem-se
inferiores e dificilmente alguém se sente igual a outrem. Atacava a ideia de Hobbes
da supremacia e da dominação que é tão complexa e dependente de tantas outras
que não seria ela a primeira ideia que o homem teria. Enunciou ideias naturais dos
homens: o desejo de paz; o sentimento das necessidades, a atração natural entre os
sexos opostos, necessidade de viver em sociedade, para manter um estado estável.
Com isso seguiriam leis, se tornariam fortes e viveriam em sociedades. Passado o
tempo começariam as guerras entres as diferentes sociedades e entre os indivíduos.
4.1.9 Rousseau
Citou que há, algumas vezes, uma diferença entre a vontade de todos e a

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vontade geral, esta se estende apenas ao interesse comum, enquanto que a outra
olha o interesse privado e não é senão uma soma das vontades particulares. Na
sociedade os homens são iguais e seguem dois objetos principais: liberdade e
igualdade.
4.2 Elementos característicos das sociedades

A sociedade originou-se visando fixar um fruto de uma necessidade ou


simplesmente a vontade humana. Descobrem, aperfeiçoam a sociedade e torna-se
cada vez mais moderna.
Elementos necessários para que um agrupamento seja reconhecido como
sociedade:
4.2.1 Finalidade Social
Uma finalidade, um objetivo ou uma escolha de um objetivo estabelecido.
O homem está submetido à uma série de leis naturais, sujeitas ao princípio da
causalidade. A consequência mais grave da crença no determinismo social é a
voluntária submissão a leis consideradas inexoráveis, com a consequênte
automatização da vida social e a descrença em mudanças qualitativas, pois, tudo
está predeterminado, é melhor não fazer qualquer esforço que já se sabe inútil.
Gurvitch mostra que para viver em sociedade é preciso perder a liberdade.
Os indivíduos almejam liberdade, como lidar com isso?
A primeira finalidade é o bem comum. “O bem comum consiste no conjunto de
todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento
integral da personalidade humana”. Consistir em favorecer o desenvolvimento
integral da personalidade humana.
4.2.2 As Manifestações de conjunto ordenadas
São divididos em: reiteração, ordem e adequação .
a- Reiteração: quer dizer que os membros da sociedade precisam estar
unidos para debater assuntos que interessem ao todo, quando os problemas
são mais complexos, ou até mesmo quando apenas uma pessoa pode resolver o
problema, tudo depende da causa. O que interessa é a sociedade estar unida e
fazer isso em ordem e num todo harmônico. E se houver desobediência pode
receber uma punição por infringir as leis.
b- Ordem: é não desprezar as crenças da Igreja e respeitá-las e também ter

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as conclusões científicas, acreditando na Igreja e na ciência, pois tudo que é
considerado verdade na ciência é comprovado. E isso não pode gerar conflitos na
sociedade. Porque todo ato tem sua consequência e dependendo da atitude pode
prejudicar todo o meio, para o indivíduo viver em grupo, ele precisa tomar cuidado
nas decisões, é necessário analisar antes de agir. Ainda existe o comportamento
social que é denominado convencionalismos sociais onde engloba: etiqueta, moda,
cortesia etc.
c- Adequação: para que a sações não se desenvolvam em sentido diferente
daquele que conduz efetivamente ao bem comum, ou para que a consecução deste
não seja prejudicada pela utilização deficiente ou errônea dos recursos naturais
disponíveis. Então os próprios indivíduos devem analisar qual é a melhor atitude a
ser tomada para o bem comum.
Henri Lefebvre coloca que não existe qualquer realidade social totalmente
desligada da natureza, como não existe, qualquer sociedade submetida a fatores
histórico-culturais, a realidade social é um todo complexo, resultante de fatores
históricos, inerentes à natureza dos indivíduos, e de fatores ocasionados pela
atividade voluntária do homem.
4.2.3 O Poder Social
Não existe uma definição precisa do poder, mas existem conclusões próximas
disto. A primeira é a socialidade, que significa que o poder é um fenômeno social,
que não pode ser explicado por simples fatores individuais. A segunda é a
bilateralidade, onde existem duas ou mais vontades mais apenas uma predomina.
De acordo com Diógenes uma sociedade anarquista deve viver de acordo
com a natureza, sem preocupação em obter bens, respeitar convenções ou
submeter-se às leis ou à instituições sociais. Os cínicos eram o oposto. No
epicurismo havia a exaltação do prazer individual, há um princípio do anarquismo
mais foi condenada pelo poder social.
No anarquismo, destacava-se o cristianismo, igualdade essencial entre os
homens; fraternidade universal e condenação aos que buscam o poder.
Mikiial Bakunin foi um anarquista militar muito rigoroso, que pregava o
otimismo, acreditando na evolução do homem da condição animal para a espiritual
empregando a eliminação do Estado, da propriedade privada e da religião,
exatamente por serem expressões da natureza primitiva do homem. Ao contrário de
Bakunin Piotr Kropotkin que apoiava a tese de Karl Marx.

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Existe uma outra expressão anarquista denominada "anarquismo de catedral"
Léon Dugit defende este anarquismo dizendo que o poder será sempre um mero
fato, a expressão de existência de homens que submetem-se e de outros que são
submetidos. E para explicar a ordem social considerada prescindível, o poder, afirma
que existe nos homens um sentimento de justiça e um sentimento de sociabilidade.
Pierre Joseph Proudhon publicou várias obras e conquistou vários
seguidores. Fazia referência expressa as grupo alemão que sob denominação de
social-democracia, pretendia a conquista do poder político nos estados existentes,
deixando de lado, o ideal socialista que deverá ser determinado pela massa de
trabalhadores.
Por uma série de motivos, entre eles o excessivo apelo à violência, o
anarquismo foi perdendo adeptos ao mesmo tempo que ia aumentava a
agressividade dos grupos remanescentes. Houve muitos ataques terroristas,
movimentos anarquistas em vários lugares do mundo. Ao buscarem reduzir a sua
atuação ao tal ponto que levadas ao extremo sua proposições, acabaria eliminando
o poder social.
A observação do comportamento humano em todas as épocas e lugares,
demonstra que mesmo nas sociedades mais prósperas e bem ordenadas ocorreram
conflitos entre indivíduos ou grupos sociais, tornando necessária a intervenção de
uma vontade predominante, para preservar a unidade ordenada em função dos fins
sociais. Num amplo retrospecto histórico, o que se verifica é que, nas sociedades
mais primitivas, a ideia de vontade, de poder quase se confunde com a ideia de
força material. Assim é que se encontra exemplos de homens que tiveram poder
porque eram reconhecidos como os mais aptos, fisicamente, para defender o grupo,
justificado pela consideração de que, em tais estágios, a principal necessidade dos
membros da sociedade era a defesa contra as ameaças de outros homens, de
animais, ou das forças da natureza.

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5. OS PROCESSOS CIVILIZATÓRIOS

Karl Marx em seu estudo das formações pré-capitalistas assinala que o


rompimento evolutivo da condição primitiva pode assumir diversas feições conforme
o tipo de propriedade que o dinamize. Dentre elas cita especificamente a Formação
Asiática, que designamos como teocrática de regadio; a Antiga Clássica, que
chamamos mercantil escravista; a Eslava, que ele não definiu claramente; e a
Germânica, que Marx identifica com os primeiros passos do feudalismo Europeu. Os
dois primeiros caminhos não constituem necessariamente, a seu ver, etapas
sucessivas e obrigatórias da evolução cultural, mas formas alternativas, através das
quais diferentes sociedades podem ter chegado ao Feudalismo, passando ou não
pelo Escravismo. Para Marx, a universalidade do processo evolutivo parecia estar
antes no progresso continuado dos modos de produção e na sua resultante
histórica, era o sistema capitalista industrial de base mundial tendente ao socialismo,
do que na unilinearidade de via de ascensão do primitivismo à civilização.
Lewis H. Morgan, publicado em 1877, demonstra pela primeira vez que a
história humana é “una em sua origem, una em sua experiência e una em seu
progresso”, sendo por isso, suscetível de dividir-se uniformemente em três etapas
gerais de evolução. Tais são a Selvageria, a Barbárie e a Civilização, cada uma das
quais subdivididas em três idades: a Inferias correspondente a econômia de simples
coleta de frutos, raízes e nozes, o homem alcançaria a etapa Média com o uso do
fogo e a economia de pesca, e a Superior com a descoberta de arco e flecha. A
Barbárie teria início com a cerâmica, desdobrando-se, na etapa Média, com a
domesticação de plantas e animais, a irrigação, a edificação com tijolos e pedra, e
passando à Superios, com a fabricação de instrumentos de ferro. A Civilização
inicía-se com a escrita fonética. A cada uma destas etapas de progresso tecnológico,
Morgan faz corresponder modos particulares de organização social e conteúdos

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especiais da visão do mundo e dos corpos de crenças e valores.
Friedrich Engels publicou em 1884 uma reelaboração do esquema de Morgan,
à luz da concepção marxista das formações econômico-sociais, definidas como tipos
históricos de sociedades caracterizadas pela combinação de um modo de produção
(tecnologia + divisão de trabalho) com uma forma determinada de organização social
e com um corpo particular da concepção ideológica. Nesse estudo clássico, Engels
distingue cinco formações: o Comunismo Primitivo, o Escravismo, o Feudalismo, o
Capitalismo e o Socialismo, que se sucederia historicamente, sempre nesta ordem,
para todas as sociedades.
Gordon Childe a quem se devem os melhores estudos modernos sobre a
matéria, fundados nos desenvolvimentos recentes das pesquisas arqueológicas e
etnológicas, segue as linhas mestras do esquema de Morgan. Estende, porém, a
Selvageria até a Revolução Neolítica, representada pela difusão da agricultura e do
pastoreio (que dariam início à Barbárie). Esta é a dividida em duas etapas: a
Barbárie Neolítica e a Alta Barbárie da idade do Cobre, que ele estende até a
Revolução Urbana, iniciada com o desenvolvimento das cidades. Começaria, então
a Civilização, que Childe divide em três etapas: as Idades do Bronze e do Ferro e o
Feudalismo, que se prolongaria até a Revolução Industrial.
Julian Steward contribuições assinaladas à teoria da evolução cultural. Comparando
o desenvolvimento de seis focos culturais (Mesopotâmia, Egito, Índia, China, Peru e
Meso-América), em que floresceram civilizações fundadas na agricultura de regadio,
Steward demonstra que em todos eles, pode-se distingir “etapas homotaxiais não
sincrônicas” de desenvolvimento. A primeira delas é a de caça e coleta
(correspondente à Selvageria da Classificação Morgan), que se estenderia até o
cultivo das plantas e a criação de animais, quando teria início a etapa da Agricultura
Incipiente. Desta, passa à Formativa, com o surgimento da irrigação e da cerâmica.
A partir daí se desdobrariam quatro eras distintas (Florescimento Regional,
Conquistas Iniciais, Idade Obscura, Conquistas Cíclicas e Idade do Ferro)
caracterizadas por certos avanços na tecnologia e nas formas de organização social,
até atingir a Revolução Industrial. Posteriormente à luz crítica de diversos
especialistas, num simpósio de 1953, Steward introduziu algumas modificações
conceituais e taxonômicas em seu esquema. As principais delas foram a fusão do
Florescimento Regional com as Conquistas Iniciais e a reformulação das Conquistas
Cíclicas como uma Era Militarista.

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A Revolução Agrícola, como motor do primeiro processo civilizatório, permite a
ruptura com a condição das tribos de caçadores e coletores nômades e dá lugar a
uma nova formação sócio-cultural, as aldeias agrícolas indiferenciadas. Conduzida
depois, por uma segundo processo civilizatório, correspondente à domesticação dos
animais e à especialização funcional de alguns grupos humanos nesta atividade
produtiva. Dá nascimento a uma nova formação, as hordas pastoris nômades.
A Revolução Urbana desdobra-se em quatro processos civilizatórios. O
terceiro, correspondente ao surgimento das cidades e dos Estados, à estratificação
das sociedades em classes sociais, aos primeiros passos da agricultura de regadio,
da metalurgia do cobre e do bronze, da escritura ideolográfica, da numeração e do
calendário, enseja a cristalização de uma nova formação, os Estados rurais
artesanais. Nessa etapa amadurece o quarto processo civilizatório, com a adoção da
propriedade privada e da escravização da força de trabalho em alguns Estados
rurais artesanais, opondo-os como formação àqueles que institucionalizam a
propriedade estatal da terra e estabeleceram uma estratificação social baseada
antes na função do que na exploração econômica, o que desdobra os Estados rurais
artesanais em dois modelos diferenciados: o coletivista e o privatista. A propagação
de alguns desenvolvimentos tecnológicos, como a utilização do cobre e sua
aplicação às atividades pastoris, corresponde ao quinto processo civilizatório com o
qual surgem as chefias pastoris nômades.
O sétimo processo civilizatório corresponde a Revolução Metalúrgica,
assentada na generalização de algumas inovações tecnológicas, como a metalurgia
do ferro forjado, que permite o desenvolvimento de uma agricultura mais produtiva
nas áreas florestais, a fabricação de uma multipĺicidade de ferramentas de trabalho
e, com elas, o aprimoramento dos veleiros. A estes elementos se acrescentam a
cunhagem de moedas, que viabilizaram o comércio externo, o alfabeto fonético e a
notação decimal. Com esta base tecnológica amadurece uma nova formação,
configurando os impérios mercantis escravistas. O oitava
processo civilizatório é acionado pela Revolução Pastoril, fundado na aplicação de
elementos da mesma tecnologia básica, sobretudo o ferro fundido, aos problemas
de produção e de guerra das chefias pastoris nômades, permitindo a generalização
do uso de selas e estribos, de ferraduras, de espada e dos arnês rígidos, que
multiplicam a eficiência dos animais de montaria e tração. Com base nesta
tecnologia desencadeia-se um movimento de expansionismo messiânico, daqueles

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povos que atacam áreas feudalizadas de antigas civilizações e as cristalizam como
impérios despóticos salvacionistas. O nono
processo civilizatório corresponde já à Revolução Mercantil, com a qual se
expandem as primeiras civilizações mundiais na forma de impérios mercantis
salvacionistas e suas áreas de dominação conformadas principalmente como
colonização escravistas. O décimo processo civilizatório é um desdobramento desta
mesma revolução tecnológica responsável pela configuração das primeiras
formações capitalistas mercantis e de seu contexto de colônias escravistas
mercantis e de povoamento. A Revolução
Industrial dá lugar à estruturação dos imperialismos industriais e do neocolonialismo
como undécimo processo civilizatório e como décimo segundo, ao surgimento das
primeiras formações sócio-culturais implantadas mediante a intervenção racional na
ordem social: as socialistas revolucionárias, socialistas evolutivas e nacionalistas
modernizadoras. A emergência de uma nova
revolução tecnológica, a Termonuclear, com suas imensas potencialidades de
transformação da vida material de todos os povos da Terra, que ela já encontra
unificados num mesmo sistema de interação, deverá agir como um acelerador da
evolução dos povos atrasados na história e como o configurador de novas
formações sócio – culturais que designamos como sociedades futura, em que,
supomos, devem ser superados tanto a estratificação quanto o apelo à guerra nas
relações entre as nações. O quadro na página
seguinte representa as visões de vários sociólogos já supracitados, as
representações de seus estudos e conclusões de como seria ou teria sido a
evolução social de uma forma geral no mundo inteiro. Muitos deles converteram
para o comunismo ou socialismo, o que não se realizou. É importante citar que na
data de publicação do livro qual foi publicado essa tabela ainda o mundo não tinha o
capitalismo como hegemônico, havia muitas opiniões que divergiam sobre a
expansão do comunismo e socialismo.

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(Fonte: RIBEIRO, Darcy. O processo civilizatório. São Paulo: Vozes Ltda,
1978).

6. ENTREVISTA

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Entrevistado : Sargento Silvio Cesar Keppen, professor de Sociologia .
-Na sua opinião, quais foram as necessidades para formar sociedades?
A história da humanidade se inicia com os caçadores e coletores, pois eles
não tinham vínculo com a terra, eles não se importavam com um lugar fixo para
habitar. Eles usufruiam o máximo do lugar e depois que não havia mais interesse,
mudavam de lugar. Uma hora, foi necessário criar um vínculo de subsistência, então
quando eles passaram a plantar, armazenar, eles criaram um vínculo com a terra.
Deixaram de ser nômades. A necessidade da criação das sociedades foi o deixar de
ser nômades para participar de uma organização social que tenha um vínculo com o
hábitat.
-Quais seriam as medidas necessárias para tornar uma sociedade atual
menos corrupta?
Seria necessário uma organização na questão de valores, pois na sociedade
de hoje, as pessoas focalizam apenas no ter e não no ser. Apenas desejando
comprar, adquirir, tornando um capitalismo forte e acabam esquecendo de ser mais
humanos, mais entendedores. Se as pessoas tivessem atitudes melhores
possibilitariam uma harmonia de convívio. Quando se pensa apenas em si fica
complicado para trabalhar em conjunto, por exemplo, como você exercerá uma
atividade em conjunto se você só pensa no "eu".
-No seu ponto de vista, o socialismo pode ser alcançado?
Segundo o socialismo utópico só haverá democracia quando tudo o que for
produzido estiver ao alcance de todos, isso é a base do socialismo. Se a sociedade
capitalista estiver disposta a dividir e prestar um serviço de qualidade a todos,
poderia, porém a sociedade capitalista não tem idéia da coletividade, apenas do
individual. Então seria muito difícil em uma sociedade que pensa assim.
-Para o senhor, qual sociedade teve mais falhas e porquê?
É dificil apontar pois estaria fazendo juízo em cima de valores culturais, e
estrutura é uma coisa muito subjeitva. Mas algumas atitudes que eu não concordo
como sociedades que comiam carne humana, principalmente coisas que chocam
para nós, mas para eles era um ato cultural. Mas se for observar do lado ideológico,
raças, as atitudes que mais prejudicavam as sociedade eram aquelas que pregavam
o etnocentrismo, o genocídio tornando difícil o convívio. Mas nós temos que

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respeitar as religiões e crenças, porém eu acredito que essas atitudes não são
próprias para um convívio harmonioso.
-Qual filósofo chama-lhe mais a atenção?
Karl Marx foi um grande filosófo na minha opinião, pois ele conseguiu projetar
quais seriam as consequências dependendo do rumo que a sociedade seguisse. Ele
viveu em uma época com pouca tecnologia e conseguia pensar muito na frente e ter
uma mente muito ampla para poder analisar tudo de fora, sem se influênciar e
entender como funciona. Existem vários que são bons, mas ele me chama mais
atenção.

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7. REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

(Fonte: RIBEIRO,
Darcy. O processo civilizatório. São Paulo: Vozes Ltda, 1978.)
No quadro da página anterior, dá-se a representação das revoluções econômicas

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que se sucederam segundo Darcy Ribeiro. Cada etapa está mais explainda a seguir.

A Revolução agrícola ligou-se com as comunidades primitivas, foi uma


revolução tecnológica onde surgiram a agricultura e o pastoreio, esse processo foi
realizado sem estratificação em classes. No período pré-agrícola o homem
desenvolveu fogo, fabricou instrumentos de trabalho para aumentar suas defesas,
ataques e aumentar sua produtividade, desenvolveu idiomas e instituições sociais e
também acumulou patrimônios de saber e crenças. Supõe-se que a agricultura e o
pastoreio tenham surgido de forma independente, no período da revolução. A
domesticação de animais promoveu uma nova fonte de energia muscular e
alimentar, juntamente com a agricultura ocasionou o fim da vida nômade. A
explosão demográfica causada pela estabilidade também contribuiu para o
desenvolvimento de algumas técnicas como a substituição da enxada pelo arado
puxado por animais e o uso de fertilizantes, a utilização da cerâmica, o surgimento
da fiação e tecelagem. A não estratificação possibilitou um envolvimento geral da
população para o desenvolvimento das tecnologias, o que pesou foi uma falta de
conhecimentos.
Com a Revolução Urbana foram descobertas técnicas mais aprimoradas de
irrigação e adubagem do solo, o arado e os veículos de roda com tração animal
tiveram seus usos generalizados junto com o barco a vela de navegação costeira.
Como as primeiras cidades surgiam novas técnicas de fabrico de tijolos e ladrilhos,
vidraria, metalurgia do cobre e bronze, silos, a escritura ideográfica, a numeração, o
calendário e arquitetura monumental também tiveram avanços. Com os progressos
da tecnologia produtiva surgiu a estratificação ocupacional.
A Revolução do Regadio propiciou primeiramente a criação de Estados
locais, mas que não davam estabilidade. Os requisitos tecnológicos, institucionais e
ideológicos vinham sendo acumulados. Surgiam sistemas complexos de comportas
e canais regidos por centros urbanos. Também tiveram destaques os sistemas de
engenharia hidráulica que abriram novos horizontes à agricultura irrigada e adubada,
a edificação de obras faraônicas, a invenção de azulejos, novas técnicas e materiais
de construção, procedimentos baseados na polia, prensa e cabrestantes e ainda, o
desenvivolmento da escrita ideográfica e a notação numérica. O transporte por terra
e mar foram aprimorados em consequência dos contatos comerciais. As
manufaturas nas cidades e nos campos padronizaram-se propondoa futura

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produção mercantil, onde a metalurgia passou a fazer parte das armas e dos carros
com rodas reforçadas para as guerras. Por causa da estratificação, os contigentes
da força de trabalho eram gigantescos para a realização das obras monumentais.
Nas grandes metrópoles cosmopolitas os intelectuais desenvolveram um corpo de
conhecimentos, a escrita, as matemáticas, a astronomia pela fusão do saber erudito
com as técnicas correntes de produção, a arquitetura monumental, o aprimoramento
da metalurgia do cobre e do bronze e, mais tarde, do ferro. Os artefatos de metal,
espadas, pontas de arado, ferragem de rodas e eixos foram utilizados como
ferramentas, possibilitando a fabricação de um complexo de bens materiais, como
as pirâmides, os templos, os palácios, as casas, os barcos e os moinhos.
Na Revolução Metalúrgica a ausência de um poder central com capacidade
de impor à todos uma ordenação social integrada gerou surtos de banditismo de
estradas e práticas de saques que fizeram a população viver protegida por senhores
feudais que só dessa forma foram capazes de enriquecer, a sociedade e a cultura se
mediocrizam, tornando se incapazes de criatividade intelectual e de progresso
técnico, nesse ambiente apenas florece a teologia, especulação auto-limitada sobre
a verdade revelada. O excedente era tomado pelos nobres. A base da pequena
tecnologia desenvolvida foi o aprimoramento da metalurgia, do ferro forjado para uso
em ferramentas, armas, machados, pontas de arado, rodas e eixos e partes
metálicas de embarcações, moeda cunhada, carro de transporte e guerra, barcos
mercantes e de guerra, do alfabeto fonético e da numeração decimal. A estes
elementos, tomados de outras transformações, a revolução metalúrgica também
acrescentou máquinas hidráulicas, moinhos movidos a água, o aqueduto, a nora, a
mó rotativa, cabrestanstes e gruas, bem como faróis marinhos.
A Revolução Pastoril baseou-se na aplicação da tecnologia do ferro à
cavalaria de guerra. Contando com: sela de cavalaria, com estribos que deram mais
segurança e mobilidade, a ferradura que prolongou a vida útil dos animais e lhes
permitiu enfrentar qualquer terreno, os freios de ferro sob o comando de rédeas que
possibilitaram uma direção firme e segura. Outras contribuições técnicas foram:
alambiques, novos modelos de moinhos hidráulicos e eólicos, aplicáveis a elevações
d’água, à moagem de cereais e a prensa de sementes oleaginosas, e mais tarde ao
martelamento de minérios e de metáis, ao acionamento de cerras e de foles, entre
outros. Na etapa expansiva armaram os guerreiros de espadas e lanças mais
eficientes, na etapa de construção das novas formações sócio-cuturais a

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propagação das novas formas de utilização da energia muscular animal com
atafonas e almajarras aperfeiçoadas para tarefas de aração da terra de transporte e
aplicação da energia dos ventos e das correntes d’água a serviço do homem.
Também surgiu uma armadura ideológica ocasionada pelas crenças religiosas.
Na Revolução Mercantil a tecnologia produtiva e militar que já havia uma
grande complexividade pelos desenvolvimentos anteriores provocou um ainda maior
desenvolvimento durante a revolução mercantil. Fundada numa nova tecnologia de
navegação oceânica, baseada nos instrumentos de orientação (bússola mangética,
o quadrante, a balestilha, o astrolábio, cartas celestes, cronometros e outros) e de
navegação (as naus e caravelas, a vela latina, o leme fixo, as carretilhas e os barcos
de guerra) uma nova metalurgia revolucionava com a descoberta de processos
industriais de fundição do ferro, de laminação do aço, de fusão de novas ligas
metálicas e de produção de artefatos com tornos de rosca e mandril e com
máquinas de calandrar, fiar e polir metais, também baseava-se na renovação das
artes de guerra com armas de fogo aperfeiçoadas, canhões, morteiros, espingardas.
Também houve a generalização de outras técnicas, como modelos aperfeiçoados de
moinhos de vento de cabeça móvel e de rodas hidráulicas horizontais impulsionadas
pela força da gravidade, aplicáveis para acionar foles siderúrgicos, serras, afiadoras
e outras máquinas.
Na Revolução Industrial a capacidade de reordenação das sociedades só
pode ser comparada à da Revolução Agrícola, em que a população mundial saltou
de 20 milhões para cerca de 650 milhões, na Revolução Industrial também ocorreria
uma explosão demográfica, a população demográfica mundial passa de 600
milhões, em 1750, para 2,4 bilhões em 1950.
O principal efeito dessa revolução seria a formação de uma civilização
unificada, pelo acesso de todos os povos à mesma tecnologia básica, mesmas
formas de organização social e integração de alguns tipos de valores. Essa situação
não se concretizaria, mas seria um aspiração mundial.
Os que desenvolvessem as técnicas pioneras da revolução, a
industrialização, seriam postos em posição superior e todos os demais, inclusive as
nações seriam subordinados. Inglaterra em todo o seu destaque e logo após
Estados Unidos. Essa nova revolução surge pelo acúmulo de inventos mecânicos
que permitiam a multiplicação do trabalho e da produção no capitalismo mercantil.
Surgiram diversas tecnologias seguindo o almejo de maiores lucros dos

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comerciantes, pode-se até comentar de uma perda de valores ideológicos e
religiosos com a ascendência da burguesia sobre a nobreza e os religiosos, em
aspectos culturas os burgueses queriam, no começo mais igualdade para com os
nobres, conseguiram, passaram a comandar aspectos políticos e econômicos,
gerando uma mudança psicológica na pensamento da população, um
desprendimento das velhas tradições religiosas e um materialismo exacerbado. Toda
essa mudança impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias.
Das tecnologias, tem destaque o uso de energias inanimadas, a utilização do
carvão como combustível das máquinas à vapor, que apilcadas também nas minas,
no forma da bombas de água e elevadores de carga aumentou fantasticamente a
produção de carvão. A conversão do vapor em energia mecânica, podê ser utilizada
em máquinas de tecelagem e metalúrgicas. Com convetedores cada vez mais
eficazes, foram criados os motores elétricos, fundados na hidráulica, e os motores
de explosão que utilizam combustíveis de petróleo. Também foram aperfeiçoados os
processos produtivos agrícolas e pecuários para disponibizar alimentos: técnicas de
cultivo anual de toda a terra arável através da rotação de culturas e do uso de
fertilizantes, melhoria do sistema de aração e de erradicação de pragas,
mecanização das atividades agrícolas; seleção de sementes; aprimoramento
genético dos rebanhos de gado de corte; de lã e de leite. Também houve o
surgimento da indústria química e a generalização do uso de aparelhos elétricos.
Podemos sintetizar que esse período foi propício ao desenvolvimento de
novas técnicas, auxiliado pelo modo de produção capitalista da sociedade.
Revolução Termonuclear foi a implantação da tecnologia científica moderna
de base termonuclear e eletrônica. A criatividade científico-tecnológica voltou a
crescer de forma extraordinária, a última guerra causou uma soma de inovações na
capacidade humana de ação e pensamento, de organização e plenejamento. A
comunicação em massa através de instrumentos ultrassensíveis e rápidos permitiu a
redução do espaço e tempo em graus antes inestimáveis. As tecnologias que podem
ser destacadas são: as armas nucleares, os aviões a retropropulsão, baterias
solares, dispositivos eletrônicos ultrarrápidos, que originaram o radar, os
computadores, os reatores nucleares, a luz coerente, o radioteleslcópio, os projéteis
espaciais, os complexos industriais automatizados, os sistemas automáticos de
produção química e sintética, os meios de comunicação em massa, os sistemas
cibernéticos de coordenação de informações e de simulação de situações para

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fixação de estratégias econômicas e militares. Provavelmente o período onde o
desenvolvimento de tecnologias está mais propício, o pensamento universal de
atingir padrões de vida altíssimo, complementando o almejo da burguesia das
épocas monárquicas, a influência dos meios de comunicação superdesenvolvidos
contibuem para uma corrida ao desenvolvimento de novas técnicas para um maior
conforto gerando um assédio sem precedente à natureza do planeta Terra.

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8.CONCLUSÃO

O objetivo dessa pesquisa era esclarecer os modos e meios de produção, os


tipos de sociedades baseados nos seus princípios econômicos, a formação das
sociedades e como esse envolvimento sócio-cultural e econômico pode influenciar
na criação e no desenvolvimento de novas técnicas e ainda criar uma opinião crítica
para atingir-se relações mais propiciadoras de ambientes para desenvolvimentos
tecnológicos.
Com esta profunda reflexão sobre como os meios e os modos de produção,
como as sociedades se formaram, como ocorreram os avanços técnicos. Partindo
disso é possível concluir que a maneira social em que ocorre maior desenvolvimento
é quando ele é estimulado por algum fator: cultural, ideológico, econômico. As
sociedades onde ocorerram as revoluções primitiva, industrial e termonuclear foram
as que apresentaram maior desenvolvimento de novas tecnologias, respectivamente
corespondentes aos modos de produção primitiva, pela falta de técnicas, o
surgimento de muitas delas pela necessidade de sobrevivência, deve-se admiração
aos primeiros seres criativos; e as outras seguintes correspondem ao modo
capitalista, não é intenção escolher e caracterizar um modo como o melhor, o
capitalismo pode ter vantagens no desenvolvimento de tecnologias, que é o assunto
tratado no referido trabalho, pois a criação de novas tecnologias aumenta o lucro do
responsável, mas em outros aspectos poderia ser mais moral.
Deve-se continuamente refletir sobre as características de uma econômia e
sociedade almejadas e a forma mais propícia de chegar à conclusões que gerem
atitudes revoluciónarias e grandes mudanças
Espera-se que este trabalho tenha propiciado um aprimoramento educacional
tanto em seus compositores como aos leitores.

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9. REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Darcy. O processo civilizatório. São Paulo: Vozes Ltda, 1978.

DALLARi, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do estado. São Paulo:


11 Edição, 1985

http://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_produ%C3%A7%C3%A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_de_produ%C3%A7%C3%A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_de_produ%C3%A7%C3%A3o_primitivo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_de_produ%C3%A7%C3%A3o_asi
%C3%A1tico

http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_de_produ%C3%A7%C3%A3o_escravista

http://pt.wikipedia.org/wiki/Feudalismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_capitalista

http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunismo

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