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I) CONCEITO:
José dos Santos Carvalho Filho, diz que: ”Licitação é o
procedimento administrativo vinculado (não há margem de
interpretação), por meio do qual os entes da administração
pública e aqueles por ela controlados, selecionam a melhor
proposta entre as oferecidas pelos vários interessados com 2
objetivos: a celebração do contrato e a obtenção do melhor
trabalho, técnico, artístico ou científico.”
II) OBJETOS:
Art. 2º da Lei 8.666/93:
o obras,
o serviços (inclusive publicidade),
o compras,
o alienações,
o concessões,
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o permissões, e
o locações.
15/02/2008 – 6ª-feira/1ªaula
1) Conceito
2) Objeto
3) Finalidades
A finalidade maior é fazer realizar a melhor contratação, pois
assim, o que está sendo protegido é o bem público. Atingir as
metas de probidade, fazer concorrência...
4) Normatização
- Art. 22, XXVII, CF
Somente a União pode legislar sobre as normas gerais.
- Art. 37, XXI, CF
Pregão estabelece uma modalidade nova de licitação. Incide
sobre todo território nacional.
- Normas Específicas: qualquer ente pode legislar.
Principio da obrigatoriedade de licitação.
- Normas Gerais, para todos os Estados, Distrito Federal,
Municípios... : Lei 8.666/93, alterada pelas Leis 8883/94,
9648/98, 11107/05, 11196/05, 11445/07, 11481/07, 11484/07
e:
LEI 10520/02 - Lei do
5) Natureza Jurídica
Procedimento administrativo, é um procedimento porque é uma
sucessão de fases, e é administrativo por que ocorre dentro do
meio administrativo.
6) Sujeitos à Licitação (Art. 1º, §único da Lei 8.666/93)
Quem tem que licitar?
- Administração direta
- Administração “indireta” (Empresas Públicas, Autarquias,
Sociedade de Economia mista, Fundações publicas. Ressalva
art. 173, § 1º, III CF)
- Fundos Especiais (fundo é uma conta bancária, isso é uma
impropriedade do legislador, pois, como uma conta pode
licitar?)
- Entidades controladas ao Poder Público (se trata das OS,
OSCIPS e Senac, Senai... em relação as OS (organizações
sociais) e OSCIPS, o que se exige licitação é o contrato
principal, eles são privados, possuem autonomia da vontade, o
máximo que eles fazem é uma licitação para escolher o
particular, a empresa a ser contratada, mas para comprar o
bens não há necessidade. É um processo de licitação bem mais
simples.
15/02/08
↓ Princípios Específicos:
a) Vinculação ao instrumento convocatório (art. 3º, 41,
“caput”) – Tanto a administração pública, quanto os
licitantes, precisam se submeter ao que determina o
edital que é a Lei interna (lá possuem todos os
requisitos, termos necessários para a contratação),
tanto para um quanto para o outro. Em relação ao
convite o nome do instrumento convocatório é a carta
convite (mesma coisa que edital). Se houver alguma
mudança relevante no edital, a administração deve
corrigir seus próprios erros através de uma errata,
modificando os prazos para entrega das propostas,
mas se não for algo relevante, deve haver a errata,
mas os prazos continuam os mesmos.
b) Julgamento objetivo (art. 44 e 45) – as proposta
encaminhadas pelos licitantes devem ser julgadas pela
29/02/08 - sexta-feira
b) Licitação dispensada – art. 17. O administrador não licita
NUNCA.
“caput” I – Bens Imóveis – se o poder público for alienar o
bem imóvel vai precisar haver uma justificativa de interesse
público, uma avaliação prévia (quem irá dizer qual o valor do
mercado do imóvel), precisa de uma autorização legislativa
permitindo a venda, licitação da modalidade. Vedada nas
seguintes situações que são enumeradas de “A a G”, nestes
casos citados nas alíneas a Administração pública vai
vender, alienar... Sem licitar NUNCA. a) Se o poder público
for devedor e for quitar a sua dívida com o credor, pagando
com um bem imóvel, nesta transação não há a possibilidade
de licitação (não pode licitar/não há margem de escolha). b)
Com o ADIM 927-3 o STF suspendeu esta alínea após a
vírgula da doação (não chegou ao sinal do processo), e o
entendimento atual é de que qualquer doação de bens
públicos imóveis o poder público não licita nunca. c) Com o
ADIM 927-3 o STF suspendeu esta alínea após a vírgula, e o
entendimento atual é de que nenhuma permuta de bens
públicos imóveis pode licitar. d) investidura.
II – Bens Móveis – obras de arte, computadores... “caput”,
inciso II – quando o poder público vai alienar bens móveis
seus, precisa de justificativa, avaliação prévia (para avaliar o
valor do mercado) e licitação. Alíneas “A a F” dizem os casos
em que não licita nunca. a) Doação. B) permuta, tudo que
esta depois da vírgula está suspensa pela ADIM 972-3,
qualquer permuta é permitida e não licita nunca. c) venda de
ações. D) venda de títulos. Etc.
03/03/2008
9) Modalidades de Licitação
a) Concorrência – art. 22, §1º - qualquer interessado que
preencha os requisitos do edital participa da licitação.
• Características:
o Formalidade – é a modalidade mais formal de
todas as 6, por que ela se pauta em valores
altos. Vai fazer concorrência qualquer obra de
engenharia que custe mais do que 1.500,000
(um milhão e meio) (art. 23, I, “c”). Bem
como, vai fazer concorrência quaisquer outros
bens e serviços que custem até 650 mil reais
(art. 23, II, “c”). A Lei possui várias exigências
e requisitos para dizer quem é o vencedor.
o Publicidade – a Lei exige uma ampla
publicidade. Quanto mais publicidade maior
concorrência. A lei exige a publicação do
resumo do edital, no mínino uma vez na
imprensa oficial (cada órgão escolhe qual a
sua imprensa oficial) e no jornal de grande
circulação (não pode ser aquele que circula
somente naquela na Cidade, principalmente
se for Cidade pequena).
o Universalidade – Todos podem participar
(Maria Silvia Di Pietro), a Lei não cria
dificuldades.
*É obrigatória: sempre, independentemente de valor.
-Alienação Bens Imóveis (art. 17, I) – licitação dispensada.
Modalidade de Concorrência.
Obs.: Art. 19 – Exceções: dação em pagamento ou Decisão
Judicial, nestes casos é possível escolher entre leilão e
concorrência, a Prefeitura vai fazer o que achar mais
conveniente, pois é discricionário.
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-Concessões de direito real de uso – Decreto-Lei271/67 – Espaço
aéreo ou terrenos.
-Licitações Internacionais – Ex.: o Brasil precisa comprar algo
em outro País, há necessidade de licitação na modalidade
concorrência.
Exceções:
1 - Se o valor da compra for do valor da tomada de preços + se
a empresa estiver inscrita no Cadastro Internacional de
fornecedores = pode ser feita na modalidade Tomada.
2 – se o valor da compra for do Valor convite + Não houver
fornecedor deste produto no Brasil = pode ser feita na
modalidade Convite (menos tempo, em média 1 mês).
-Contratos empreitada integral (art. 21, §2º, I, “b”) – vai fazer
concorrência sempre, independentemente do valor. Ou o Poder
Público compra parcela das obras (um faz a fiação elétrica,
outro o telhado, outro as paredes...) ou compra a obra inteira.
Se for a obra inteira, será SEMPRE concorrência, mesmo que
seja de valor menor que um milhão e meio (que é o mínimo
exigido).
-Concessões de obras e serviços públicos (a transferências para
os particulares do serviço público) e Concessões Especiais
(parcerias públicas e privadas, PPP’s). Quando for escolher
estes particulares, será feita a licitação na modalidade
concorrência.
*Prazo intervalo mínimo – prazo entre a publicação do edital até
o dia fixado no edital para entrega das propostas. Favorece um
prazo para os licitantes e também trás um critério de moral e
ética, para que ele não publique em um dia o edital e no outro
seja a licitação.
o Prazo mínimo de 45 dias se:
− A licitação for para fazer Contrato de Empreitada
Integral
− A proposta leva critérios de julgamento para se
escolher um vencedor, que são: Melhor técnica,
técnica e preço e menor preço. Melhor técnica
aquela que oferece a melhor argamassa, melhor
piso, melhor tinta...
− Técnica + preço: aquela que leva em conta qual a
melhor argamassa, melhor piso, e etc., e o melhor
preço.
o Prazo mínimo de 30 dias – se o critério para escolha for o
Menor Preço.
10/03/08 - segunda-feira
d) Concurso – art. 22, §4º
Não é concurso para contratação de servidores. Qualquer
interessado. Para contratar trabalhos: *técnicos, *científicos ou
*artísticos. O pagamento pode ser um prêmio ou remuneração.
Isso também serve para fomentar a produção técnica, científica
e artística.
• Prazo intervalo Mínimo (prazo entre a publicação do
edita e a entrega das propostas) – 45 dias
• Comissão Especial – é formada uma comissão especial,
comissão formada por pessoas que possuem gabarito
para julgar, independentemente se for servidor público
ou não.
14/03/2008 - sexta-feira
17/03/08 - segunda-feira
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS – Marçal Justen Filho e J. Luiz
Jacoby – 8.666/93 e 10.520/02
A) Conceito – conseqüente lógico da licitação. É um vinculo
jurídico que os sujeitos ativo (poder público) e passivo (licitante
que venceu), comprometem-se a uma prestação e uma
contraprestação (sujeito ativo paga, e o sujeito passivo presta o
serviço) visando criar direitos e obrigações perseguindo o
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interesse público que se submete, principalmente, as regras do
direito público (lei 8.666/93) e subsidiariamente as regras do
direito privado (quando a lei 8.666 não trata do assunto).
B) Características
o Contrato de adesão – São contratos da relação de
consumo. As empresas ditam as regras e nós aderimos.
PIS a empresa que ganhou a licitação vai aderir o contrato
do poder público, sem poder contestar nada.
o Contrato comutativo – ele estabelece uma prestação e
uma contraprestação, isso que deixa o contrato
equilibrado.
o É formal. Art. 60 a 62 – tem que respeitar as
formalidades contidas na Lei 8.666.
C) Formalidades
o Licitação prévia, em regra – há situações em que ela
não é exigida, ou é dispensável, ou dispensada.
o Instrumento de contrato. Art. 62 – é obrigatório para
todas as modalidades, somente o convite que aceita
outras formalidades, além do contrato (ordem bancária,
ordem de serviço, carta contrato...).
o Publicação. Art. 61, §único – garante eficácia ao
contrato administrativo. Para dizer/dar ciência a
sociedade quem venceu a licitação, por qual valor, qual
prazo de duração do contrato.
24/03/2008 - segunda-feira
D) Tipos de cláusulas
D.1) Cláusulas necessárias – condições necessárias,
imprescindíveis para o contrato (nome das partes, objeto,
prazos, valor, regime de execução, crédito de onde vai
sair o dinheiro para pagar, as garantias, ... art. 55, Lei
8.666)
o Garantia – é dever da administração Pública,
exigir uma garantia, que quem escolhe é o
contratado (56).
o Duração – regra geral -> tem que durar até
12 meses. (57, caput).
o Exceções:
PPA (166, SS, CF) (plano plurianual - é
uma lei que vai fixar todo o plano do
governo que vai conter no contrato)
pode durar até 4 anos, ex.: paisagismo.
Prestações contínuas – pode durar até
60 meses, mais 1 prorrogação de 12
meses, ex.: entrega de merenda
escolar.
Aluguel de equipamentos ou programas
de informática – até 48 meses.
____________________________2º BIMESTRE____________________________
09/05/08 - sexta-feira
B) Regras de acessibilidade
Regra: concurso público. – Art. 37, II, CF
• Hipóteses em que não há concurso público:
o cargo em comissão
o hipóteses constitucionais: min. STF, STJ, TCU, Consel.
TC’s, quinto constitucional, 101, §Ú, CF
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o contratação temporária – seleção é por processo seletivo
simplificado, 37, IX, CF
o hipótese doutrinária: SEM e EP se prejudicar finalidade
específica
o EC 51/06: agentes comunitários de saúde e agentes de
controle de endemias
• Súm. 683STF – limite de idade só de acordo com a
COMPLEXIDADE do CARGO e em respeito ao art. 7º, XXX, CF
• Súm. 684STF – não é possível indeferimento de inscrição em
concurso sem motivação.
• Súm. 686STF – só é possível exame psicotécnico para a carreira
que houver previsão legal.
• Súm. 266STJ – momento de exigir o diploma é na POSSE
• Validade: até 2 anos, admitida uma única prorrogação e por
igual período.
• Portador de deficiência – art. 37, VIII,CF
• Teoria do Funcionário de Fato
12/05/08 - segunda-feira
O fundamento jurídico:
1º) princípio da supremacia do interesse público.
2º) excepcionalmente é possível a intervenção pela prática de
ilegalidade, como no caso da desapropriação confiscatória
(expropriatória) – art. 243 CF, ex.: usa a sua propriedade para plantar
maconha.
Modalidades de intervenção
• Limitação administrativa
• Servidão administrativa
• Requisição
• Ocupação temporária
• Tombamento
• Desapropriação
1) Limitação administrativa
É a restrição ao direito de propriedade do particular em busca do
bem-estar social. Segundo Diógenes Gasparini, a limitação
administrativa é “toda a imposição do Estado, de caráter geral, que
condiciona direitos dominiais de proprietário, independentemente de
qualquer indenização”.
2) Servidão administrativa
Segundo Diógenes Gasparini, servidão administrativa é “o ônus real
de uso imposto pelo estado, à propriedade particular ou pública,
mediante indenização dos efetivos prejuízos causados, para
assegurar o oferecimento de utilidades e comodidades públicas aos
administrados”.
O dono do imóvel continua sendo dono, a administração só usa uma
parte.
3) Requisição
Em caso de eminente perigo, urgência e de forma temporária, a
Administração pode requerer o bem do particular, conforme garante o
Art. 5º, XXV, CF.
Nesse caso, a Administração Pública pode se valer de medidas auto-
executórias, já que pelos procedimentos comuns, normalmente
demorados, prejudicaria a eficiência administrativa.
Dessa forma, o que fundamenta a requisição é o estado de
necessidade pública.
É temporária e sua duração vai depender do perigo.
4) Ocupação temporária
Segundo Diógenes Gasparini, a ocupação temporária é a “utilização
provisória que o Estado, ou quem lhe faça às vezes, faz, mediante
indenização posterior, de bem improdutivo próximo à obra que
executa ou a serviço e atividade que presta, para instalar canteiro de
obra, serviço ou atividade pública, sem alteração ou consumação de
sua substância”.
É uma intervenção na propriedade de forma provisória, transitória e
atinge o caráter exclusivo.
• Modalidades:
o Patrimônio não edificado para execução de obra pública
para guardar os materiais da obra.
o Para pesquisa p.ex. de minério ou arqueológica.
o Para Mª Sylvia – ocupação provisória que ocorre quando
estiver em andamento o processo de extinção da
concessão.
26/05/08 - segunda-feira
→ MODALIDADES:
A) tombamento de ofício:
VOLUNTÁRIO
1) a pedido do proprietário e
2) aquele que é iniciado pelo poder público e o proprietário faz
a anuência por escrito.
COMPULSÓRIO
Se não houver anuência do proprietário, aí o poder público faz o
tombamento compulsório.
B) tombamento de ofício
PROVISÓRIO
Acontece enquanto estiver em andamento o processo de
tombamento, com todos os efeitos, salvo a transcrição.
DEFINITIVO
Com a transcrição, que ocorre em livro próprio “Livro do
Tombo”, que são 4 livros: histórico, artístico, paisagístico e
cultural.
C) tombamento de ofício
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GERAL
É aquele atinge a cidade toda, o bairro todo, a rua inteira, entre
outros. Por exemplo: Olinda, Ouro Preto.
INDIVIDUAL
Determina o imóvel que recairá o tombamento.
Competência:
Legislativa: art. 22, II, CF (só a União legisla).
Material: DL 3365/41, arts. 2º e 3º (todos os entes desapropriam).
Base Legal:
Art. 5º, XXIV, CF (desapropriação comum ou ordinária)
Decreto-Lei 3365/41 (Lei geral das Desapropriações)
Competência:
Legislativa: art. 22, II, CF
Material: DL 3365/41, arts. 2º e 3º
Base legal:
Art. 5º, XXIV, CF (d. comum ou ordinária)
Decreto-lei 3365/41 (Lei Geral das Desapropriações)
Lei 4132/62 (d. por interesse social)
Art. 182, § 4º, III, CF – comp. Municipal – d.urbanística
sancionatória
Lei 10257/01 – Estatuto das Cidades – art. 8º
Art. 184, CF – Reforma Agrária – (d. rural)
Leis regulamentadoras: 8629/93, 10279/01, LC 76/93, LC 88/96
Art. 243, CF (d. confiscatória)
Lei regulamentadora: 8257/91
Modalidades:
A) Desapropriação ordinária ou comum
Não tem natureza de sanção/pena - art. 5º, XXIV, CF
Ocorre por necessidade, utilidade ou interesse social
Tipos especiais:
- Desapropriação por zona ou extensiva
Art. 4º, DL 3365/41
- área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que se
destina
- e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em
conseqüência da realização do serviço.
- Desapropriação para urbanização ou reurbanização
Art. 5º, ‘i’, DL 3365/41
- Para implantação de novos núcleos urbanos, com novos
loteamentos urbanos, e recompor os bairros envelhecidos e obsoletos
- Para construção ou ampliação de distritos industriais
C) Desapropriação Indireta
O Estado se apropria de bem particular, sem observância dos
requisitos da desapropriação e sem a indenização prévia.
Criação doutrinária e jurisprudencial.
Art. 35, DL 3365/41
Resolve-se na via judicial. O juiz não dá reintegração de posse -
a Adm. já incorporou o patrimônio do particular e não tem como
devolver.
Cabe somente a discussão da justa indenização.
Foro de ação: regra do direito real: local do imóvel
Prescrição: 15 anos, art. 1238, CC/02 (art. 550 CC/16 – 20 anos)
Ação indenizatória ou ação de desapropriação indireta
Procedimento Expropriatório
Adm. Direta – fase declaratória + fase executiva
Adm. Indireta e Concessionárias e Permissionárias – fase
executiva (fase declaratória feita pela Adm. Direta que depende
do P.Executivo para declarar - o decreto expropriatório é
competência exclusiva do chefe do Executivo).
02/06/08 – segunda-feira
B) Fase executória
- Transferência do bem para o expropriante e ensejar ao
proprietário à indenização, com pagamento e posse do bem
Prazo de caducidade entre as fases declaratória e executiva (d.
necessidade ou utilidade pública) - 5 anos.
(Se nesse prazo a Administração não pagar, a desap. fica sem
efeito e espera mais 1 ano para nova desapr.)
D. por interesse social - prazo de caducidade é de 2 anos, não
se admitindo nova decretação de desapropriação. (Pode-se
decretar o mesmo imóvel, mas com outra fundamentação).
Via administrativa: desapropriação amigável – com acordo com o
proprietário
Via judicial – 99% das desapropriações, art. 9º do DL 3365/41 (não se
discute o mérito administrativo), e o procedimento é especial com
algumas particularidades:
- Procedimento especial:
Antecipação da prova pericial
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Ação de desapropriação só pode discutir vício e valor da
indenização, na contestação – art. 20, DL 3365/41 (não é
possível reconvenção)
A ação de desapropriação pode ter um incidente que é a
imissão provisória na posse – art. 15, DL 3365/41, com os
seguintes requisitos cumulativos:
1) Situação de urgência: prazo decadencial de 120 dias,
passados esses dias, perde a imissão na posse e não tem
como reiterar o pedido com fundamento na urgência;
2) depósito do valor – é o valor que a Administração entende
que é o justo.
Demora processual, juros compensatórios 6%a.a.
Havendo concordância com o preço, o juiz homologará por
sentença. Se não, o juiz fixará o valor motivando seu
conhecimento.
Desistência:
a) seja ela definida pelo expropriante, antes de ultimada a
desapropriação
Momento: até o instante do pagamento ou do depósito da justa
indenização. (mas há entendimento jurisprudencial que aponta a
possibilidade de desistência até o momento do registro imobiliário da
sentença)
b) ressarcimento pelo expropriante de todos os danos que causou ao
expropriado
c) ressarcimento das perdas processuais
d) devolução do mesmo bem
e) a revogação deve ocorrer da mesma forma que ocorreu o decreto
expropriatório, seja por decreto, portaria ou lei.
Retrocessão
Expropriado pode exigir de volta o seu imóvel que o Poder Público
não deu a finalidade que justificou a desapropriação.
Entendimentos:
1) Permite a retomada do bem pelo expropriado;
2) Autoriza um pedido de perdas e danos e
3) Faculta a retomada do bem ou pedido de perdas de danos.
Prevalece a 2ª posição, resolve em perdas e danos (art. 519
CC/02 e art. 35 do DL 3365/41)
Então, o expropriado tem apenas DIREITO DE PREFERÊNCIA, pelo
prazo de 5 anos contados do momento em que o expropriante deixa
de utilizá-lo numa finalidade pública ou demonstra essa intenção
Prazo para o expropriado: 3 dias, se bem móvel - 60 dias, se imóvel,
para aceitar ou recusar o oferecimento.
Pela reaquisição, pagará o valor atual da coisa (valor de mercado).
02/06/08 – segunda-feira
BENS PÚBLICOS
1) Conceito
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES –
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Art. 98, CC/02 - São PÚBLICOS os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; [todos os
outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem].
domínio nacional → móvel, imóvel, semovente, corpóreos,
incorpóreos (direitos e ações)
Admin. Direta, autarquias e fundações públicas de direito
público
S.E.M. e E.P. → aplicação analógica art. 28, Lei 8987/95
(posicionamento doutrinário)
2) Classificação
1º) Quanto à titularidade
União → federais
Estados → estaduais
Municípios → municipais
DF → distritais
→ Bens federais: art. 20, CF e Decr.-lei 9760/46
Art. 20, CF. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser
atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu
domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental
federal, e as referidas no art. 26, II;(EC 46/05)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona
econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-
históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 2º - Faixa de fronteira terrestre - até 150 Km – União só regula a
ocupação, não é bem
(*MEU*)
Diógenes Gasparini – Bens públicos
Conceito
Para Diógenes Gasparini: “são todas as coisas, corpóreas ou
incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e
ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais,
autárquicas, fundacionais e empresas governamentais”. São pessoas
jurídicas de Direito Público, a União, cada um dos Estados-Membros, o
Distrito Federal, cada um dos Municípios, as autarquias e as
fundações públicas. Deste modo, não são, salvo em sentido
amplíssimo, bens públicos os que integram o patrimônio das
empresas governamentais (sociedades de economia mista, empresa
pública, subsidiárias) exploradoras de atividade econômica, porque
pessoas privadas (CF, art. 173, §1º, II). Ao afirmar que bens públicos
são os do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno, acabou por considerar particulares todos os
demais bens, sejam quais forem seus proprietários, inclusive,
portanto, os pertencentes a essas entidades (art. 98, CC).
Classificação
a) Segundo a natureza:
a. Bens móveis (banco de jardim, viaturas policiais...)
b. Bens imóveis (praia...)
b) Segundo o proprietário:
a. Bens federais (estrada federal...)
b. Bens estaduais (museu da polícia militar...)
Bens dominicais
São aqueles destituídos de qualquer destinação, prontos para ser
utilizados ou alienados. Pertencem à União, aos Estados-Membros,
aos Municípios, ao Distrito Federal, às autarquias e fundações
públicas, e tais entidades exercem sobre esses bens poderes de
dono, de proprietário. Podendo, essa alienação e o trespasse, exigir o
cumprimento, previamente, de certos requisitos, como avaliação,
concorrência e licitação.
09/06/08 - segunda-feira
V) Regime Jurídico
a) Inalienabilidade (não pode ser transferido, vendido a terceiros)
Relativa
Art. 100, 101, CC/02
• Bem uso comum (Inalienável relativamente, pois basta tirar a
destinação à coletividade que ele vira um bem dominical, que é
alienável)
VI) Utilização
a) Utilização pela administração
c) Utilização privativa
Pelos particulares. Uma pessoa possui autorização para utilizar
aquele bem público (só ele utiliza, de forma privativa). Desde
que peça uma autorização, concessão ou permissão.
↓
VII) Formas de utilização Privativa
a) Autorização de uso
Ato administrativo unilateral (o próprio poder público
autoriza e coloca seus critérios para autorização),
discricionário (concede o bem público para os atos se
quiser) e precário (o poder público pode retomar a
qualquer momento. Ex.: feira, eventos, exposições,
vital...).
Interesse particular (levado em consideração somente o
interesse do particular, utilização temporária e de prazo
muito curto)
b) Permissão de uso
Ato administrativo unilateral, precário e discricionário.
Interesse público + interesse particular (o particular
requer a utilização, para atingir interesse particular e
público, pois se repete, se prolonga no tempo. Ex.:
colocar um carrinho de cachorro-quente, barraquinha de
venda de artesanatos...).
c) Concessão de uso
Para situações + solenes (mais complexas, que os outros
casos. Ex.: cantinas de escolas públicas, quiosques dos
terminais, cantinas em órgãos públicos). O ideal seria que
os quiosques de praias, fossem por concessão, mas na
prática, é por permissão.
Contrato administrativo (todas as cláusulas de um
contrato normal)
o Bilateral
o Prazo
o Licitação
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13/06 – fim da matéria (bens públicos)
Não é foco da prova. Os focos são: Concessão, permissão e
autorização.