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DIREITO TRIBUTÁRIO I – Ricarlos Almagro

04/02/2010 - quinta-feira

Bibliografia (material de apoio):


Paulo de Barros Carvalho – Curso de Direito Tributário (é o curso básico dele). Não deve ser a
primeira leitura por ser muito profundo;
Hugo de Brito Machado – Curso de Direito Tributário (é o mais indicado pelo professor). É uma
obra introdutória e é um bom “resumo”.

Trabalho (com apresentação) no 2º Bimestre para complementar a nota, valendo 1,0 ponto
extra.
A matéria da prova é cumulativa.
Tudo que cai na prova é o que foi dado em sala de aula (cai alguns conceitos).
Material de sala de aula CF e Código Tributário.
Prova normalmente sem consulta, discursiva e objetiva.

Correlação do direito tributário com outros direitos (o direito tributário está ligado a todos os
direitos):
• Constitucional – a Constituição é um filtro para todos os direitos e leis, e o direito
tributário também se submete a essa filtragem. Na constituição possui um capítulo
inteiro para o direito tributário, qual seja: “Do sistema tributário nacional” (art. 145-
162, CF).
• Administrativo – o processo tributário é regido pelas leis do procedimento
administrativo tributário.
• Penal – existem crimes que são tributários previstos no código penal, como a:
“apropriação indébita de contribuição previdenciária” (art. 168-A, CP).

09/02/2010 - terça-feira

I - INTRODUÇÃO
Atividade financeira do Estado
• Receitas: Para o desempenho de suas funções o Estado necessita de pessoal
(servidores), que gera a necessidade de captar receitas para poder desempenhas as
funções;
• Gestão: Necessita de uma autorização prévia para realizar gasto de recursos;
• Despesa: Como devem ser gastos os recursos (o gasto não se dá de maneira
aleatória).
O que importa ao Direito Tributário é a captação de receitas (não importa como o gasto será
utilizado nem se necessita do gasto).
 As receitas podem ser:
- Originárias: Que se originam da exploração do próprio patrimônio estatal.
Ex.:
→ Aluguéis;
→ Preços públicos.
A administração não capta recursos como ente público, aplicando-se o Direito Privado.
Opta-se ou não em pagar as receitas. Estamos em um plano horizontal. A pessoa só se
vincula se desejar.
- Derivadas: São derivadas de dinheiro (ingresso) de terceiro. O pagamento da receita é
compulsório (obrigatória).
Ex.:
→ Multa – se a pessoa ultrapassar um sinal vermelho, ela vai ser multada, não escolhe
se quer ou não se vincular;
→ Tributo.

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A relação se instaura, em regra, particular X poder público, e verticaliza-se, havendo
prerrogativas do poder público, aplicando-se o Direito Público.
Receita <–> Derivada <–> Tributo
Direito Tributário: Conceito – Exclusivamente do ponto de vista normativo/funcional:
Miguel Realle – Teoria tridimensional do Direito – É o conjunto de normas jurídicas que
disciplinam a atividade financeira do Estado, visando à captação de receitas, que se
enquadrem no conceito de tributo.
Tributo: Conceito. Código Tributário – Art. 3º.
Art. 3º do CTN. É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em Lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
- Prestação pecuniária/em dinheiro;
- Compulsório/obrigatório;
- Instituído por lei. Lei em sentido estrito, ou seja, tem que ser lei mesmo, não serve portaria,
regimento, decreto... (obrigatoriamente, salvo medida provisória, que mesmo não sendo lei
possui força de lei);
- Cobrança vinculada (≠ discricionário) – o legislador/a lei ao instituir o tributo vai definir,
quando, como, quem vai pagar e etc.;
- ≠ multa – o regime tributário não se aplica às multas (não é tributo por que o legislador a
excluiu do conceito). O tributo não é decorrente de um ato ilícito cometido e a multa sim.
Essa é a grande diferença entre multa e tributo, na multa paga-se pela ilicitude cometida, e
no tributo não.
Art. 156, CTN. Extinguem o crédito tributário: XI – a dação em pagamento em bens imóveis,
na forma e condições estabelecidas em lei.

11/02/2010 - quinta-feira

II – TRIBUTO  ESPÉCIES
São espécies do gênero tributo. Mas nem todo tributo é imposto, e nem todo tributo é taxa...
Mas todo imposto é tributo, e toda taxa é tributo.
Art. 5º, CTN – Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. (Com a CF/88
esta lista aumentou, ou seja, existem outras espécies de tributos).
Art. 145, CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
→ Ou seja, podem legislar em matéria tributária. A competência para legislar não é
privativa de ninguém, mas não quer dizer que todos podem legislar sobre todos os
assuntos tributários.
O que diferencia o direito tributário do penal, civil e etc. é que somente a União pode
legislar. A competência é concorrente. Conforme dispõe no:
Art. 24, CF - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico; § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
Art. 146, CF - Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria
de legislação tributária (...). E ainda o art. 1º, do CTN dispõe que as normas gerais
devem ser obedecidas por todos.
A lei complementar é aquela que é votada com quórum de maioria absoluta, e vem
escrito “lei complementar”, se for lei ordinária, só vem escrito “Lei”. O Código
tributário foi feito antes da CF, por isso foi feito com uma lei ordinária, todavia, agora
toda modificação deve ser feita por meio de lei complementar. Ex.: art. 151, V, CTN –
modificado por lei complementar.
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;

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III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 4º, CTN – A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador (é o
fato que uma vez ocorrido gera obrigação de pagar o tributo) da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei (Ex.: não importa se deu
o nome de imposto se não é imposto, é uma taxa, pois, o fato causador é de taxa. Sendo
assim, será tratado como taxa, mesmo tendo o nome de imposto);
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação (o que vai fazer com o dinheiro
arrecadado com a cobrança).
• Impostos
É espécie de tributo cujo fato gerador é não vinculado a uma contraprestação (paga por que
tem que pagar, e o Estado não é obrigado a dar algo em troca, ou melhor, o Estado é proibido
à dar algo em troca, ou seja, é proibida a vinculação da receita de impostos à despesa,
conforme dispõe o art. 167, IV, CF. Ex.: por que pagamos imposto de renda? Por que
auferimos renda, ou seja, o Estado não fez nada por isso. Por que pagamos IPVA? Por que é
proprietário de um veículo).
Os impostos são tributos não vinculados (no sentido de não vinculado a uma contraprestação,
mas continuam sendo vinculados à Lei).
Art. 16, CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

EXERCÍCIO (não é para ser entregue):


A companhia GOL empresas aéreas inteligentes impetrou um mandado de segurança contra o
presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura aeronáutica (INFRAERO) visando a impedir
a cobrança da prestação majorada, decorrente do uso da referida estrutura, sob o argumento
de que o aumento em questão se deu por ato diverso de lei, violando, portanto o disposto no
art. 150, inc. I, alínea a da CF (princípio da legalidade tributária – estabelece que não só a
criação como o aumento dos tributos deve ser feito por lei). A autoridade foi notificada para
prestar informações. Pergunta-se:
- Quais argumentos você utilizaria para sustentar o ato impugnado?
Consultar jurisprudência do Supremo.
Resposta:
A solução está encontrada nas aulas anteriores. É preciso não confundir tributo e imposto.
Todo tributo é imposto, mas nem todo imposto é tributo. Imposto é uma espécie de tributo
cujo fato gerador não é vinculado a uma contra prestação. Há uma serie de serviços a
disposição para o efetivo uso. Estamos diante de uma prestação em dinheito. Tributo é
prestação pecuniária, mas nem toda prestação pecuniária é tributo. Aos tributos se aplica ao
princípio da legalidade tributária. A defesa não deve se voltar a abalar o princípio, mas criticar
sua aplicação. Neste caso poderá ser uma exceção a este princípio ou porque originariamente
esta fora de seu campo de atuação (*). No caso não estamos falando de imposto, nem tributo
(prestação pecuniária estabelecida por lei compulsória). No caso estamos falando de um
contrato, ninguém é obrigado. A compulsoriedade é afastada pela natureza tributária desta
prestação. Logo, no caso a taxa não é imposto (pois, há uma prestação pecuniária), não é
tributo (pois não é compulsória).
A natureza jurídica da INFRAERO é uma empresa pública que integra a ordem pública,
natureza de pessoa jurídica de direito privado. E o direito tributário requer a participação de
direito público. Logo, não poderá ser tributo. Art. 119 do Código Tributário.
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.
(*) A norma existe e é válida, mas não se aplica porque não é tributo (conceituar). A natureza
jurídica de tributo é de natureza pública.

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Ler a obra de ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. São Paulo.

23/02/2010 - terça-feira

• Taxas – É espécie de tributo cujo fato gerador o exercício regular do poder de polícia,
ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Art. 77, CTN (ou CF/88, art. 145, II – são iguais). As taxas cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
o De polícia – é exercício regular do poder de polícia (é o poder de polícia
administrativo, que ocorre sempre que o Estado restringir um direito individual
em prol da coletividade). Tem que haver fiscalização do Estado, e para ser
fiscalizado o indivíduo tem que pagar. As taxas são tributos vinculados, ou seja,
vinculados a uma contraprestação/atuação do Estado (e a atuação do Estado é o
poder de polícia).
Conceito de poder de polícia – Art. 78, CTN. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder.
o De serviço – é utilização, efetiva (está ligada ao “prestado ao contribuinte”) ou
potencial (está ligado ao “posto à sua disposição”, pois houve uma utilização
potencial), de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.
Art. 79, CTN. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
unidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.

EXERCÍCIO – a Lei nº X criou a agencia nacional de saúde (ANS) incumbindo-a de fiscalizar as


empresas operadoras de seguro saúde e para o custeio desta atividade a mesma Lei previu a
cobrança pela própria ANS de 2 taxas:
1) Devida pelas operadoras em razão da possível fiscalização a que poderiam ser
submetidas por parte da agência e sendo calculadas a base de 10 reais por usuário
vinculado ao seu plano;
2) Devida pelas operadoras em razão da necessária análise de seus contratos de adesão e
alterações posteriores antes de lançarem eles ao público, no valor de 5 mil reais por
contrato analisado.
Pergunto: os tributos em questão são válidos?

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• Contribuição de melhoria (art. 81, CTN)
É espécie de tributo cujo fato gerador é decorre da valorização imobiliária decorrente de
obras públicas.
A obra tem que ser pública.
O máximo que se pode cobrar deve estar ligado à valorização do imóvel.
Pago pelo que valorizou e não para custear a obra. O limite está relacionado à valorização
individual de cada imóvel.
Limite Global - não pode arrecadar mais do que gastou com a obra.
Art. 81, CTN. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer
face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite
total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar
para cada imóvel beneficiado.

25/02/2010 - quinta-feira

Hoje a lista sobre o que vem a ser tributo poderá ser enriquecida por:
• Empréstimos compulsórios (art. 148, CF) – Alguns afirmam não ser tributo, pois o
governo vai devolver. Só a União pode instituir empréstimo compulsório, se outro fizer
será inconstitucional, deve ser instituído por Lei Complementar. E só pode ser criado
nas seguintes situações: Guerra externa ou sua eminência; Calamidade pública;
investimentos públicos urgentes e relevantes (tem vinculação, ou seja, empréstimo
compulsório deve ser para pagar os gastos com a guerra, calamidade e etc).
Não há uma definição prévia de qual seja o fato gerador (foge da regra do art. 4º, ou
seja, a natureza jurídica não é determinada pelo fato gerador).
Art. 148 - A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observado o disposto no art. 150, III, b.
Parágrafo único - A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

EXERCÍCIO:
A União por meio de Lei Complementar instituiu um empréstimo compulsório incidente sobre
a compra de álcool combustível, visando a absorção temporária do poder aquisitivo da
população, na forma do art. 15 do CTN, para com isso evitar o fracasso de recente plano
econômico voltado à contenção da inflação. Manifeste-se acerca da validade ou não do
tributo assim instituído.
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos
compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Resposta:
O inc. III, não foi recepcionado pela CF, por isso, não é válido tal tributo.

02/02/2010 – terça-feira

• Contribuições especiais (art. 149, CF) – o que determina a espécie da contribuição


é a destinação constitucionalmente definida em sua receita (ao produto de sua
arrecadação). As prestações são em benefícios (dinheiro) e serviços (só existe uma: de
reabilitação profissional). O que determina a natureza jurídica das contribuições
especiais é a destinação constitucional para o produto de sua arrecadação. Entre o

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imposto e a contribuição especial não se configura o “bis in idem” (cobra duas vezes
pelo mesmo fato, e não há problema, pois um é imposto e o outro é contribuição).
o Sociais – finalidade social, para custear despesas voltadas para um fim social.
Ex.: art. 194, CF, previdência, contribuição para o INSS, saúde, assistência social,
salário educação (este último não é para seguridade social)...
o De intervenção no domínio econômico (CIDE) – finalidade extra fiscal
(extrafiscalidade), ou seja, a utilização do tributo com uma finalidade que não
seja a pura arrecadação. Ex.: IPI (imposto sobre produtos industrializados, o que
desestimulou a utilização de alguns equipamentos na época de racionamento de
energia/apagão), ITR (se a terra for produtiva o imposto é baixo, caso contrário
será elevado diante da improdutividade agrícola), repartição de receitas;
o De interesse de categorias profissionais ou econômicas – custear a
estruturação ou atividade de determinadas categorias. Ex.: CREA, CRM, OAB...
Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e
150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que
alude o dispositivo.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput
deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
III - poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no
caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a
pessoa jurídica, na forma da lei.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art.
150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura
de consumo de energia elétrica.

04/03/2010 - quinta-feira

• Contribuições especiais (continuação) – o art. 149, diz que compete somente a


União instituir contribuições sociais, todavia existe uma exceção, os Estados,
Municípios e Distrito Federal podem instituir contribuições sociais para o custeio da
previdência dos seus próprios servidores
Art. 149, § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada
de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que
trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de
cargos efetivos da União.
Parafiscalidade – não tem nada haver com as contribuições, nem com extrafiscalidade (só
foi falado por alguns alunos confundem tendo em vista a ortografia parecida). Existem casos
em que o instituidor do tributo é o sujeito ativo, ex.: IPI, a União institui e a própria União
arrecada. Mas quando o instituidor é uma pessoa e o sujeito ativo é outra é parafiscalidade,
como por exemplo, o INSS, que é instituído pela União, mas quem arrecada é o INSS. Existem
contribuições sociais que são parafiscais, e existem contribuições que não são.

09/03/2010 - terça-feira

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Há um único imposto que possui a parafiscalidade que é o imposto sobre a propriedade
territorial rural (IPTR), quando a terra é produtiva IPTR baixo, e quando não é produtiva IPTR
alto.
III – SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Histórico do Sistema Nacional Tributário
Nas Constituições pretéritas não haviam previsões concatenadas do poder tributário estatal, o
que se veio á ser feito na Emenda Constitucional nº 18/65 da CF/46, onde as previsões legais
constitucionais foram concatenadas, e certamente de fato sistematizadas, estabelecendo
organizadamente o Sistema Nacional de Tributário.
O CTN de 1966 veio regular o Sistema Tributário Nacional e estabelece normas gerais do
Sistema Tributário Nacional.
As Constituições posteriores incorporarão o Sistema Tributário Nacional:
1) Limitações do poder de tributar – Em princípio é dar atribuições para se exercer um
poder, contudo, vem estabelecer limitações, pois quando iniciar a competência de um
ente federativo irá inibir a ação do outro, e ainda será acrescida de limitações
proibitivas. Por fim, conclui-se que a competência é algo resultante de limitações.
a. As decorrentes dos princípios constitucionais tributários: princípio é
norma jurídica (uma espécie de norma). Os princípios são dotados de ampla
abertura.

11/03/2010 - quinta-feira

i. Princípio da isonomia tributária (Art. 150, CF) – não é um princípio


exclusivo do direito tributário. É o princípio da isonomia aplicado no direito
tributário. Não veda a discriminação (separação), pois as pessoas não são
iguais, o que leva em conta é a pertinência ou não da discriminação para
o caso. Se for pertinente ao caso não há violação do princípio da isonomia,
se não for pertinente há violação deste princípio. Fato-signo presuntivo de
riqueza (fato que significa que tem capacidade para contribuir. Todos os
fatos geradores de impostos são “fato-signo presuntivo de riqueza”).

16/03/2010 - terça-feira

ii. Princípio da capacidade contributiva (Art. 145, § 1º, CF) – deriva do


princípio da isonomia (é um sub-princípio). Determina o tratamento
isonômico de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.
Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal a ser graduado
segundo a capacidade econômica do contribuinte. O imposto pode ser real
(sobre a coisa) ou pessoal (sobre a pessoa). Sempre o que estará sendo
tributado será uma atividade ou um bem.
Art. 145, § 1º, CF - Sempre que possível (refere-se à classificação entre impostos reais – se
refere a coisas; e pessoais – se refere a sujeitos), os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte (), facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados
os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.

18/03/2010 - quinta-feira

iii. Princípio da legalidade – só a Lei pode instituir tributos, todavia há uma


exceção que é a medida provisória que pode instituir e aumentar tributos.
É proibido aumentar e instituir tributos fora da Lei. Mas, quanto ao
aumento existem exceções, são eles: II (imposto de importação), IE

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(imposto de exportação), IPI e ICF (todos eles são impostos instituídos pela
União – existem outros, mas não podem ser aumentados);

30/03/2010 - terça-feira

iv. Princípio da anterioridade – quando a lei é criada em fevereiro de


2009, a lei será aplicada em 1º de janeiro de 2010. Se a lei for criada em
outubro de 2009, também será aplicada em 1º de janeiro de 2010. Esse
princípio é de não tomar de surpresa a idéia da carga. A lei sempre será
aplicada no ano seguinte, faltando 1 dia ou 11 meses pra virar o ano. Por
isso em alguns casos a pessoa pode ser pega de surpresa do mesmo jeito,
no aumento do tributo, por exemplo. Esse princípio é aplicado à lei
tributária que aumenta ou cria tributos. Ele não se confunde com a
anualidade, onde é aplicado o princípio da anualidade que é de caráter
financeiro, em lei orçamentária. Hoje este não é aplicado no direito
tributário antes tinha, pois dizia que deveria ser acompanhada da
autorização de lei orçamentária para criar um tributo. Existe o princípio da
anterioridade nonagesimal que é aplicado somente a contribuições
especiais. Esse, portanto, restringe a anterioridade do intervalo de 90 dias
após a publicação (não é 3 meses) no caso de contribuição social para
seguridade social. Ex.: CPMF.
Exceções: Impostos Empréstimos Contribuições
compulsórios
Anteriorida II, IE, IPI e IOF; Guerra; Contribuições
de Impostos Calamidade pública; para a
extraordinários; seguridade
social
Anteriorida II, IE, IR e IOF; Guerra;
de Impostos Calamidade pública; _______________
nonagesim extraordinários; A outra exceção
al BC, IPTU e IPVA; (investimentos
relevantes, deve
respeitar o prazo).
Obs.: BC = base de cálculo. A Lei que altera a BC não precisa respeitar o
prazo de 90 dias sem a virada do ano (anterioridade).

15/04/2010 - quinta-feira

v. Princípio da Irretroatividade – estabelece que a lei que houver


instituído ou aumentado tributo não pode retroagir para alcançar fatos
geradores anteriores à sua vigência (não é a mesma coisa que anteriores
à publicação).
vi. Princípio da Anterioridade nonagesimal – já foi falado dentro do
princípio da anterioridade.
vii. Princípio do Não-confisco – O confisco é constitucionalmente proibido,
todavia, não é isso que este princípio vem falar. Tem casos em que é
permitido pela própria CF, como por exemplo, pode confiscar uma
plantação de maconha. Este princípio não diz “é proibido o confisco”, o
que o princípio tributário do não-confisco diz é “que não pode utilizar o
tributo para disfarçadamente/dissimuladamente confiscar”. Ex.: coloca um
tributo de 89% do valor do bem, sendo assim, a pessoa não vai ter como
pagar e então o bem vai ser confiscado. A questão seria essa: “a partir de
quantos por centos há um confisco? Não há um critério para definir. A
alíquota é apenas um indicativo, mas não tem qualquer impacto sobre o
princípio do não-confisco. Em alguns casos a finalidade é extrafiscal, como
no caso do tributo sobre o cigarro, que visa desestimular o consumo de
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tabaco, ou seja, não tem finalidade confiscatória, apesar de ter um tributo
muito alto (mais do que 100%). Todavia, em alguns casos com tributos
muito menores, já foram considerados violação a este princípio. Para
saber se há confisco ou não se deve ater ao fato a ser analisado. O caso é
que determina se é caso de confisco ou não.
viii. Princípio da Não-limitação ao tráfego de pessoas e bens – não pode
utilizar o tributo com a finalidade de limitar o tráfego de pessoas e/ou
bens. Ex.: a criação de tributo para aumentar a o valor de passagens para
não irem pessoas “pobres” para certos lugares e não fazerem “farofada”,
o que “queima o filme” do local (isso não pode, pois fere este princípio, e
ainda o da isonomia). O pedágio é muito controvertido se é ou não tributo,
mas se considerarmos o pedágio como tributo ele não viola este princípio.
Às vezes pode acontecer do tributo limitar o tráfego de pessoas e bens, o
que não pode acontecer é que a finalidade seja essa.

20/04/2010 - terça-feira

ix. Princípio da Uniformidade – a União deve conferir um tratamento


uniforme em todo o território nacional. Contudo há uma exceção, é
possível que aja tratamento diferenciado no território nacional para que
aja um desenvolvimento equilibrado no país. Pois, neste caso é preciso
beneficiar uma região para que aja algum desenvolvimento lá. Para que
aja um desenvolvimento equilibrado entre as regiões.
x. Princípio da Seletividade – diz que o imposto será seletivo em razão do
produto a qual ele incide. Ex.: se o produto é uma jóia, o tributo será alto
pois se trata de algo supérfluo,contudo se se trata de alimento, o tributo
será baixo, pois é essencial.quem compra supérfluo tem mais condições
financeiras do que quem compra o essencial, é uma maneira de aplicar o
princípio da capacidade contributiva (corrobora com o princípio da
capacidade contributiva – mas não são sinônimos, de forma alguma)
Art. 153 e 155. Incide sobre: IPI (União – o art. diz “poderá”) e ICMS
(estado e distrito federal)
Art. 153, CF. (IPI - União) Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos
industrializados; §3º - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da
essencialidade do produto;
Art. 155, CF (ICMS – Estados e Distrito Federal). Compete aos Estados e ao Distrito Federal
instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior; § 2º O imposto previsto no inciso II
atenderá ao seguinte: III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias
e dos serviços;
Aqui no Brasil o ICMS incide sobre o próprio valor do ICMS, por exemplo:
Se um sapato custa 100 reais, suponhamos que o valor do ICMS seja 10%
desse valor, ou seja, 10 reais, então o valor real da mercadoria é 90 reais
(90 + 10 = 100 que é o valor da mercadoria), sendo assim, se o valor da
mercadoria é 90 reais o ICMS deveria incidir sobre o valor da mercadoria,
e 10% de 90 reais, dá 9 reais, ou seja, o valor do sapato deveria ser 99
reais, e o outro 1 real é o que? Esse 1 real que “sobrou” é o ICMS incidindo
sobre o próprio ICMS ou seja, dos 10 reais que são de imposto, incide mais
10% que dá 1 real, que é o valor que faltava para completar os 100 reais.
O professor entende isso como inconstitucional, todavia, o STF não
entende inconstitucional, ou seja, pode incidir desta forma.
Ex.²: A está vendendo algo para B, no valor de 100 reais (e nesse valor
está embutido o preço da mercadoria e o imposto), ou seja, B é quem
“paga” o imposto, por que ele paga o preço da mercadoria mais o
imposto. Só que quem repassa para o Estado é A, então quem paga o
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imposto é A, é ele que a lei indica como devedor. Não há relação jurídica
tributária do Estado com o consumidor, B, e sim com o vendedor, A (o
credor é o Estado e o devedor é A). B suporta o encargo tributário, mas
não paga, visto que a carga tributária está embutida no valor pago. A
transfere o encargo tributário. O nome disso é Fenômeno da
Repercussão econômica ou Fenômeno da Translação econômica. A
é o contribuinte “de jure” – está entre aspas pois é latim, e por que há
uma redundância, pois o contribuinte é quem a Lei trata como obrigado ao
pagamento do tributo. E B é “contribuinte de fato” – é a pessoa que
não sendo contribuinte acaba suportando o encargo tributário, não sendo
apontado pela Lei como contribuinte acaba por sofrer o encargo tributário.
Esses tributos são chamados indiretos (tributos que por sua natureza há
a transferência do encargo, ou seja, um deveria pagar, a Lei atribui a esse
a obrigação de pagar, e outro sofre o encargo de pagar), o ICMS é um
desses tributos indiretos e o IPI também.
Fazer a transferência do encargo não é algo voluntário. Não é qualquer
tributo que admite a transferência do encargo. As empresas quase sempre
transferem o encargo, mas isso não significa que esses tributos admitem
isso (eles fazem sem admitir), e os tributos indiretos, são aqueles que por
sua natureza transferem o encargo do tributo.

22/04/2010 - quinta-feira

Poderiam ser encaixados outros princípios, todavia eles não são exclusivos do direito
tributário.
xi. Princípio da Não-cumulatividade – ajuda a entender esse princípio a
estrutura dos tributos indiretos. É aquele que permite que eu
deduza/abata do valor a ser recolhido/pago na operação atual aquilo que
eu suportei na operação anterior.
Ex.: A comprou um produto e vendeu para B por R$100,00, B vendeu o
mesmo produto para C por R$130,00, e C vendeu o produto para D por
R$150 reais. Isso é uma operação Plurifásica (operação monofásica é
aquele que vende para uma pessoa e acaba aí – esse princípio não se
aplica para operação monofásica, somente para as plurifásicas). Se o ICMS
for de 10%, A, que é o contribuinte de jure/de direito, “pagou” R$ 10,00,
mas quem “suportou” esse encargo foi B, e por isso a Lei diz que B
(quando for revender) deve ter um desconto/crédito desse valor que ele
suportou, ou seja, neste caso, como B vendeu por R$130,00 ele teria que
pagar R$13,00 de tributo, mas como ele tem o crédito de R$10,00, ele
tem que pagar realmente apenas R$3,00. E assim sucessivamente nas
outras vendas. C teria que pagar R$15,00 de tributo, mas como tem o
crédito de R$13,00 que ele suportou, ele só irá pagar R$2,00. E o imposto
que um tem que pagar não influencia no crédito que o outro tem. Ou seja,
se B teve que pagar R$3,00, C continuará tendo o crédito de R$13,00,
independente do crédito que B possui.O último a ficar com o produto não
tem crédito/desconto nenhum, pois ele não vai repassar. Isso é o princípio
da não-cumulatividade. No final, que arca com tudo é o consumidor final.
E se acontecer uma isenção? O próximo consumidor será beneficiado
também (somente a título de curiosidade).
b. As decorrentes das proibições (imunidades): Imunidade é diferente de
isenção.
 O que são imunidades tributárias? O professor vai discutir sobre os
conceitos dados pelos alunos: “Sobre os livros não incidem tributos.” O
que significa essa frase? "Sobre a sua produção e circulação não incidem
tributos – realmente não incidem impostos, mas não é sobre sua produção
e circulação, a Lei que não pode criar”; “Imunidades estariam vinculada a
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11
um objetivo político direito – não caracteriza a imunidade. O que
caracteriza é o fato de a constituição proibir o legislador de criar o
imposto”; “Não pode servir de fato gerador, não só o livro, mas qualquer
elemento que vincule cultura – não está vinculado a elemento que vincule
cultura”; “não pode ser criada nenhuma legislação sobre ele do ponto de
vista tributário – esse é o âmago da questão”

29/04/2010 - quinta-feira

Falácia naturalista – não se passa de um campo para outro naturalmente.


É preciso que a lei seja atuada por alguém, ela não opera por si só. Ex.: se
João furar o sinal vermelho ele deve pagar multa. Mas se João furar o sinal,
é necessário que alguém o multe para que ele tenha o dever de pagar a
multa. A lei não opera por si só.
Ex.² (tributário): Quem for proprietário de imóvel urbano estará obrigado a
pagar IPTU. João é proprietário de imóvel urbano. Mas alguém deve aplicar
a lei para que ele esteja obrigado a pagar o IPTU.
Nós temos o rompimento radical com essa estrutura. Aqui a CF
simplesmente proíbe o legislador de instituir essa Lei em certas situações.
Isso é imunidade tributária. Se não há lei nunca haverá fato gerador de
obrigação tributária, pois não há lei. A competência legislativa será estará
na Constituição.
Conceito¹ - é uma vedação constitucional dirigida ao legislador no sentido
de impedir que ele institua o tributo em certas situações.
Conceito² (Paulo de Barros Carvalho) - Imunidade é uma regra de
delimitação negativa da competência tributária. O elemento negativo é a
imunidade, ou seja, o que não pode fazer. Não adianta olhar somente as
regras de delimitação positiva, tem que ver também o que não pode fazer.
Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre: (é proibido criar Lei para instituir imposto)
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Diferença entre imunidade e isenção: a isenção atua na aplicação da
Lei (ou melhor, na não aplicação da Lei em certas situações, a lei existe,
mas não é aplicada) no caso de imunidade não existe lei.
Hipótese de incidência tributária (Regra matriz de incidência): se o
proprietário do imóvel tem mais de 70 anos não incidirá a obrigação de
pagar IPTU.
Fato: João tem 80 anos de idade. Esse fato é o descrito na hipótese, logo
não incidirá a hipótese, sendo assim, ele não estará obrigado a pagar IPTU.
Não incide a obrigação de pagar IPTU para João.
Isenção – conceito: é uma hipótese de não incidência prevista em Lei
(legalmente qualificada). Não é a dispensa de um pagamento devido, pois
nunca foi um pagamento devido, essa Lei não foi aplicada a este caso.
Todavia, este conceito não funciona sempre, pois há isenção parcial ou
total (por esse conceito há ou não incidência, não tem como incidir
somente uma parte, ou tem fato gerador ou não). Sendo assim, há ainda
outro conceito (de Paulo de Barros Carvalho), mais correto, que se aplica a
todas as situações.

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12
04/05/2010 - terça-feira

A isenção é definida por elementos positivos (o que pode fazer) e


negativos (o que não pode fazer). É a própria definição da hipótese
tributária.
Hipóteses de incidência tributária (deve haver todos os elementos – a Lei é
que define todos os elementos, ela que institui o tributo):
• Elemento material – é aquele que descreve a possível ocorrência do
fato. Ex.: ser proprietário de um imóvel urbano.
• Elemento quantitativo:
o Base de cálculo – é o elemento que serve de base para
calcular o valor do imposto. Ex.: o IPVA é 2% do valor do
veículo.
o Alíquota – Quanto deve pagar. Ex.: 2% do valor do imóvel.
• Elemento pessoal – sujeitos da relação tributária (ativo e passivo):
o A quem deve pagar;
o Quem deve pagar;
A isenção vai atuar em qualquer um dos elementos, desonerando o
devedor. A própria lei que cria o tributo pode criar isenção, e não precisa
vir cronologicamente após, nem explícita.
A isenção tem sede na lei, pois é o próprio exercício. E a imunidade está
na constituição, pois é uma competência.
O art. 195, §7º não trata de isenção, e sim de imunidade, pois trata de
competência, ou seja, às vezes a própria Lei vai usar o termo errado. Não
basta olhar o nome. Art. 195, § 7º, CF - São isentas de contribuição para
a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que
atendam às exigências estabelecidas em lei.
A isenção não tem que estar prevista na Constituição, pois pela isenção
não se estabelece competência legislativa.
Imunidade recíproca – um ente não pode tributar sobre o outro. Art.
150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI -
instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Quando deve e não precisa pagar, é perdão (remissão). Mas quando não
deve é isenção.

06/05/2010 - quinta-feira

Quais são as imunidades previstas na CF? em sua maioria estão no art.


150, IV.
(O artigo 5º é somente para mostrar que existe imunidade de taxa, por exemplo, mas não vai
ser estudado, só vai ser estudado imposto) Art. 5º, XXXIV, CF - são a todos assegurados,
independentemente do pagamento de taxas (imunidade referente às taxas- não pode falar
tributo nas provas, pois abrange tudo):
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal;

Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre: (esse inciso trata somente de impostos, mas não significa que
todas as imunidades só cabem aos impostos. As imunidades poderiam alcança qualquer
tributo, desde que expresso em Lei. Mas neste caso está restrito a imposto, tem utilizar o
termo correto na prova. As que nós vamos estudar são apenas de impostos)

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13
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; Imunidade recíproca – STF entende de
certa forma, que não pode instituir impostos uns sobre os outros, independente se for sobre
patrimônio, renda ou serviços, por que indiretamente tudo recai sobre o patrimônio, renda ou
serviços.
Princípio da capacidade contributiva – Não há capacidade contributiva dos entes federativos,
então não pode tributar com impostos.
Princípio federativo – é uma federação e essa federação regula os estados, e os estados tem
sua própria autonomia, quando um ente fiscaliza o outro ele interfere nessa autonomia. O
professor não concorda com isso, mas é isso que vale;
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. (as autarquias e fundações
públicas são incluídas na alínea “a”. não é possível instituir imposto envolvendo as autarquias
e as fundações públicas). Ex.: se eu alugo um imóvel do INSS, não pode cobrar IPTU, pois é do
INSS e o imposto recairia sobre ele. Alcançam imunidades = agentes e autarquias da
federação.
b) templos de qualquer culto; o que fundamenta isso é:
Princípio de liberdade de convicção (de pensamento) no âmbito religioso – o Estado colabora
com a liberdade religiosa não cobrando impostos;
Existem imunidades (a extensão da imunidade dos templos nos leva a olhar essa
classificação):
Subjetivas – Referentes ao sujeito – a imunidade da alínea “a” é essa, pois a imunidade recai
sobre os sujeitos (Estado, Municípios...). A extensão é maior;
Objetivas – Referentes ao objeto – a imunidade da alínea “b” é essa, pois recai sobre o
templo, o objeto. Tem que saber a extensão das imunidades, ou seja, recai sobre o objeto
templo. O STF estendeu as atividades religiosas, no fim, personalizou o templo, e
praticamente é a instituição religiosa. Ex.: se no terreno do templo colocar um
estacionamento e cobrar para estacionar lá, também não paga imposto.

13/05/2010 - quinta-feira (professor não veio na terça – 11/05)

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
4 imunidade no mesmo inciso. Imunidade subjetiva.
Pluralidade partidária é o fundamento dos partidos políticos;
Afirmar os direitos sociais é o fundamento das entidades sindicais dos trabalhadores;
Incentivar a educação e assistência social é o fundamento de assistência social e educação;
Não pode ter fins lucrativos, não significa que tenha que atuar de forma gratuita, pode cobrar,
e pode até ter um resultado operacional positivo, mas não pode distribuir esse rendimento,
tem que reinvestir.
A Regulamentação dessa imunidade tem que ser por lei complementar.
Art. 146, CF. Cabe à lei complementar: II - regular as limitações constitucionais ao poder de
tributar;
Não basta olhar para a Constituição e achar que todos os requisitos sobre a imunidade estão
lá, pois tem que ver se foi lei complementar.
Art. 14, CTN. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância
dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades
capazes de assegurar sua exatidão.
Art. 195, § 7º, CF - São isentas (na realidade trata de imunidade) de contribuição para a
seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências
estabelecidas em lei.
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d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. – qual o fundamento desta
imunidade? Para a difusão da cultura. É uma imunidade objetiva, se trata de livros, um objeto.
Periódico é qualquer veículo de comunicação que circule periodicamente. A lista telefônica,
por exemplo, ficou decidido no Supremo que possui imunidade, pois possui um conteúdo
importante. E é preferível aceitar revistas pornográficas e qualquer tipo de periódico como
imune, pois é muito subjetivo dizer o que possui cultura e o que não possui. O livro eletrônico
(livro em cd ROM) é imune, de acordo com a doutrina, mas o supremo não se manifestou
ainda. Alcança somente os papéis usados na fabricação dos livros, ou outros produtos
utilizados na sua fabricação também tem imunidade? A máquina, por exemplo, não tem
imunidade, pois não é livro. A tinta é um insumo consumido na produção do livro, mais ainda
assim está fora. Só o papel e o fotolito (se trata de papel fotográfico – súmula que trata do
assunto) são imunes. O Supremo não se posicionou sobre a chapa (utilizada para fazer cópia
do livro – não conheceu o recurso), apesar ser uma cópia do livro também (o professor acha
que também deveria ser imune).

18/05/2010 - terça-feira

c. As decorrentes das competências; - vai tratar de competência legislativa. A


competência legislativa é indelegável (a administrativa é delegável, mas ele vai
tratar da legislativa, quando for a administrativa ele vai especificar).
Taxa Contribui Emprésti Contribui Contribuição Impostos Impost Contribui Impostos
s ção de mos ções para custeio extraordiná os ções
Art. melhoria compulsó especiais de rios residu residuais
145, Art. 145, rios Art. 149, iluminação Art. 154, II, ais Art. 195,
II, CF III, CF Art. 148, CF e *art. pública CF Art. §4º, CF
CF 149, §1º Art. 149-A 154, I,
CF
União Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Art. 153,
CF:
II; IE; IPI;
IOF; IR;
ITR; IGF
Estados Sim Sim Não Não (*) Não Não Não Não Art. 155,
DF Sim Sim Não Não (*) Sim Não Não Não CF: ICMS;
ITCD; IPVA
e os do
Município
(art. 156).
Municíp Sim Sim Não Não (*) Sim Não Não Não Art. 156,
ios CF: ISS;
IPTU; ITBI
Art. 145, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Art. 148, CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
Art. 149, CF. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, (...)
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam
não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados
nesta Constituição; (para o Supremo basta que seja por Lei complementar).
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou
não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as
causas de sua criação.

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Art. 195, § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão
de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar.
IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 11.03.93)
Impostos residuais:
• Lei Complementar;
• Fato gerador e base de cálculo inédita (não pode ser igual a que já existe);
• Não cumulativo – devem atender ao princípio da não cumulatividade (não tem nada
haver com bitributação);

20/05/2010 - quinta-feira

Continuação da tabela...

IGF – imposto sobre grandes fortunas;


ICMS – imposto sobre circulação de mercadoria e serviços. Deve haver um negócio jurídico
envolvendo a circulação. O que importa é que haja uma circulação. Mercadoria é bem móvel
destinado a mercancia/venda com intuito de lucro. Serviços são: comunicação e transporte
(intermunicipais e interestaduais).
ITCD – Imposto sobre transmissão “causa mortis” e doação. Tem 2 fatos geradores que é a
transmissão “causa mortis” e doação. Não importa se é bem móvel ou imóvel.
IPTU – depende se é imóvel rural ou urbano (se for urbano é esse, mas se for rural é ITR, que
quem institui é a União). O CTN utiliza o critério de localização para saber se é área urbana
(art. 32, CTN). Mas a CF utiliza o critério da finalidade do terreno.
ITBI – imposto sobre transmissão de bens imóveis e direito a eles relativos, salvo os de
garantia.

25/05/2010 - terça-feira

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Propõe em primeiro lugar enunciar quais as normas que integram essa legislação (as fontes
do DT). E também a vigência do tempo e do espaço das normas, aplicação, interpretação e a
integração das normas tributárias.
Normas que tratam de tributos ou relações referentes a eles:

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1. Lei
2. Decretos – são atos normativos privativos do chefe do Poder Executivo (Presidente,
Governador...). Geralmente são decretos regulamentares, que põem em circulação
regulamentos (para regulamentar a lei), esmiúça a Lei tornando-a mais clara.
3. Tratados e convenções internacionais
Art. 98, CTN. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação
tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
4. Normas complementares – tudo que não for lei, decreto e tratados (art. 100):
o Atos normativos expedidos pela autoridade administrativa (a vigência é da data
da publicação);
o Convênios – são instrumentos muito próximos dos contratos (os contratos têm
interesses contrapostos, nos convênios não sempre tem um fim publico de
interesse comum – convergência de interesses) – a vigência é da data neles
prevista;
o Decisões dos órgãos de jurisdição administrativa (a vigência é de 30 dias da
publicação);
o Costumes administrativos (prática reiterada);
Vigência no tempo
Quando a norma é aplicada validamente? Após a vigência no tempo é que ela poderá ser
validamente aplicada (se falar quanto tempo, é o que está expresso, se não falar é 45 dias).
A retroatividade só é para as leis que criem ou aumentem tributos (pode ser aplicada em
outros, mas tem que estar expresso). E aplica-se a essas Leis o princípio da anterioridade e
da anterioridade nonagesimal.
Vigência no espaço
Onde pode ser aplicada validamente essa norma? No território da autoridade tributante.
Exceção é ter a Lei projetada para ter aplicação fora do território (extraterritorialidade – que
ocorre quando os convênios assim estabelecerem).

27/05/2010 - quinta-feira

(Continuação vigência no espaço)


Quando a lei tributária pode retroagir? A lei, em geral, é feita para atuar para o futuro, mas a
lei tributária, em alguns casos, pode retroagir, esses casos estão no artigo 106:
Art. 106, CTN. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de
penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde
que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da
sua prática.
Retroatividade:
• Normas sancionatórias, desde que o caso não tenha sido DEFINITIVAMENTE JULGADO
(isso é na esfera administrativa ou judicial? Vai responder mais a frente) – sempre que
a lei for mais benéfica pra quem está sendo penalizado, ela retroagirá (quando for uma
sanção, isso não se aplica a todos os casos);
• Leis interpretativas (vem uma lei nova para “esclarecer”, não traz nada novo, sendo
assim, na realidade a Lei antiga que continua vigorando, a nova apenas esclarece),
salvo para aplicar penalidades;

01/05/2010 - terça-feira

Integração da legislação tributária

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17
A lacuna é uma situação que o direito tem que dispor uma resposta, e não existe previsão
expressa legal para tal. O direito pode admitir lacunas? Não podemos admitir as lacunas, mas
elas existem, e quando for necessário deve ser utilizada a analogia, os costumes, princípios e
etc.
Contudo, havendo lacunas na legislação, nós devemos preenchê-las (integração) seguindo
uma ordem:
1) Analogia;
2) Os princípios do direito tributário;
3) Os princípios do direito público;
4) Equidade (daqui não passa mais, é o último da ordem. É a última regra de integração
da legislação tributária);
Quando for aplicar analogia não pode exigir tributos que não estão previstos em Lei. E pelo
uso da equidade não pode dispensar o pagamento do tributo.
Os costumes já estão aqui, pois já estão nas normas complementares.
Métodos de interpretação:
Savigny:
• Método gramatical ou literal – extrair os conteúdos de cada palavra isolada;
• Método sistemático;
• Método histórico – para compreender uma norma é necessário verificar quais são os
fatos sociais que ensejaram a sua produção. Ex.: exposição de motivos;
Um método não exclui o outro, sendo que um método complementa o outro, devendo ser
utilizados conjuntamente.
Ihering:
• Acrescentou o método teológico – extrair o sentido da norma tendo em vista os fins a
que se destinam;

10/06/2010 - quinta-feira

Interpretação da legislação
É extrair o sentido e o alcance da norma jurídica.
Hermenêutica – ciência / arte da interpretação.
A legislação que cuida da exclusão do crédito tributário (2 modalidades: isenção e anistia),
suspensão da exigibilidade do crédito e a legislação que dispensa o cumprimento de
obrigação acessória deverá ser interpretada literalmente. Essa interpretação literal é buscar o
sentido da norma mediante atenção ao sentido das palavras que a acompanham, aqui
significa que elas serão interpretadas somente assim, ou seja, devem ser interpretadas
restritivamente.
Art. 111, CTN. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Em leis punitivas no caso de dívida, deve-se ser aplicada a mais favorável desde que não
esteja definitivamente julgado o caso (questão não respondida acima). Trata-se da esfera
administrativa ou judicial? Judicial.

FIM DO PROGRAMA.

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