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04/02/2010 - quinta-feira
Trabalho (com apresentação) no 2º Bimestre para complementar a nota, valendo 1,0 ponto
extra.
A matéria da prova é cumulativa.
Tudo que cai na prova é o que foi dado em sala de aula (cai alguns conceitos).
Material de sala de aula CF e Código Tributário.
Prova normalmente sem consulta, discursiva e objetiva.
Correlação do direito tributário com outros direitos (o direito tributário está ligado a todos os
direitos):
• Constitucional – a Constituição é um filtro para todos os direitos e leis, e o direito
tributário também se submete a essa filtragem. Na constituição possui um capítulo
inteiro para o direito tributário, qual seja: “Do sistema tributário nacional” (art. 145-
162, CF).
• Administrativo – o processo tributário é regido pelas leis do procedimento
administrativo tributário.
• Penal – existem crimes que são tributários previstos no código penal, como a:
“apropriação indébita de contribuição previdenciária” (art. 168-A, CP).
09/02/2010 - terça-feira
I - INTRODUÇÃO
Atividade financeira do Estado
• Receitas: Para o desempenho de suas funções o Estado necessita de pessoal
(servidores), que gera a necessidade de captar receitas para poder desempenhas as
funções;
• Gestão: Necessita de uma autorização prévia para realizar gasto de recursos;
• Despesa: Como devem ser gastos os recursos (o gasto não se dá de maneira
aleatória).
O que importa ao Direito Tributário é a captação de receitas (não importa como o gasto será
utilizado nem se necessita do gasto).
As receitas podem ser:
- Originárias: Que se originam da exploração do próprio patrimônio estatal.
Ex.:
→ Aluguéis;
→ Preços públicos.
A administração não capta recursos como ente público, aplicando-se o Direito Privado.
Opta-se ou não em pagar as receitas. Estamos em um plano horizontal. A pessoa só se
vincula se desejar.
- Derivadas: São derivadas de dinheiro (ingresso) de terceiro. O pagamento da receita é
compulsório (obrigatória).
Ex.:
→ Multa – se a pessoa ultrapassar um sinal vermelho, ela vai ser multada, não escolhe
se quer ou não se vincular;
→ Tributo.
11/02/2010 - quinta-feira
II – TRIBUTO ESPÉCIES
São espécies do gênero tributo. Mas nem todo tributo é imposto, e nem todo tributo é taxa...
Mas todo imposto é tributo, e toda taxa é tributo.
Art. 5º, CTN – Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. (Com a CF/88
esta lista aumentou, ou seja, existem outras espécies de tributos).
Art. 145, CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
→ Ou seja, podem legislar em matéria tributária. A competência para legislar não é
privativa de ninguém, mas não quer dizer que todos podem legislar sobre todos os
assuntos tributários.
O que diferencia o direito tributário do penal, civil e etc. é que somente a União pode
legislar. A competência é concorrente. Conforme dispõe no:
Art. 24, CF - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico; § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
Art. 146, CF - Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria
de legislação tributária (...). E ainda o art. 1º, do CTN dispõe que as normas gerais
devem ser obedecidas por todos.
A lei complementar é aquela que é votada com quórum de maioria absoluta, e vem
escrito “lei complementar”, se for lei ordinária, só vem escrito “Lei”. O Código
tributário foi feito antes da CF, por isso foi feito com uma lei ordinária, todavia, agora
toda modificação deve ser feita por meio de lei complementar. Ex.: art. 151, V, CTN –
modificado por lei complementar.
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
23/02/2010 - terça-feira
• Taxas – É espécie de tributo cujo fato gerador o exercício regular do poder de polícia,
ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Art. 77, CTN (ou CF/88, art. 145, II – são iguais). As taxas cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
o De polícia – é exercício regular do poder de polícia (é o poder de polícia
administrativo, que ocorre sempre que o Estado restringir um direito individual
em prol da coletividade). Tem que haver fiscalização do Estado, e para ser
fiscalizado o indivíduo tem que pagar. As taxas são tributos vinculados, ou seja,
vinculados a uma contraprestação/atuação do Estado (e a atuação do Estado é o
poder de polícia).
Conceito de poder de polícia – Art. 78, CTN. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder.
o De serviço – é utilização, efetiva (está ligada ao “prestado ao contribuinte”) ou
potencial (está ligado ao “posto à sua disposição”, pois houve uma utilização
potencial), de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.
Art. 79, CTN. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
unidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.
25/02/2010 - quinta-feira
Hoje a lista sobre o que vem a ser tributo poderá ser enriquecida por:
• Empréstimos compulsórios (art. 148, CF) – Alguns afirmam não ser tributo, pois o
governo vai devolver. Só a União pode instituir empréstimo compulsório, se outro fizer
será inconstitucional, deve ser instituído por Lei Complementar. E só pode ser criado
nas seguintes situações: Guerra externa ou sua eminência; Calamidade pública;
investimentos públicos urgentes e relevantes (tem vinculação, ou seja, empréstimo
compulsório deve ser para pagar os gastos com a guerra, calamidade e etc).
Não há uma definição prévia de qual seja o fato gerador (foge da regra do art. 4º, ou
seja, a natureza jurídica não é determinada pelo fato gerador).
Art. 148 - A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observado o disposto no art. 150, III, b.
Parágrafo único - A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
EXERCÍCIO:
A União por meio de Lei Complementar instituiu um empréstimo compulsório incidente sobre
a compra de álcool combustível, visando a absorção temporária do poder aquisitivo da
população, na forma do art. 15 do CTN, para com isso evitar o fracasso de recente plano
econômico voltado à contenção da inflação. Manifeste-se acerca da validade ou não do
tributo assim instituído.
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos
compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Resposta:
O inc. III, não foi recepcionado pela CF, por isso, não é válido tal tributo.
02/02/2010 – terça-feira
04/03/2010 - quinta-feira
09/03/2010 - terça-feira
11/03/2010 - quinta-feira
16/03/2010 - terça-feira
18/03/2010 - quinta-feira
30/03/2010 - terça-feira
15/04/2010 - quinta-feira
20/04/2010 - terça-feira
22/04/2010 - quinta-feira
Poderiam ser encaixados outros princípios, todavia eles não são exclusivos do direito
tributário.
xi. Princípio da Não-cumulatividade – ajuda a entender esse princípio a
estrutura dos tributos indiretos. É aquele que permite que eu
deduza/abata do valor a ser recolhido/pago na operação atual aquilo que
eu suportei na operação anterior.
Ex.: A comprou um produto e vendeu para B por R$100,00, B vendeu o
mesmo produto para C por R$130,00, e C vendeu o produto para D por
R$150 reais. Isso é uma operação Plurifásica (operação monofásica é
aquele que vende para uma pessoa e acaba aí – esse princípio não se
aplica para operação monofásica, somente para as plurifásicas). Se o ICMS
for de 10%, A, que é o contribuinte de jure/de direito, “pagou” R$ 10,00,
mas quem “suportou” esse encargo foi B, e por isso a Lei diz que B
(quando for revender) deve ter um desconto/crédito desse valor que ele
suportou, ou seja, neste caso, como B vendeu por R$130,00 ele teria que
pagar R$13,00 de tributo, mas como ele tem o crédito de R$10,00, ele
tem que pagar realmente apenas R$3,00. E assim sucessivamente nas
outras vendas. C teria que pagar R$15,00 de tributo, mas como tem o
crédito de R$13,00 que ele suportou, ele só irá pagar R$2,00. E o imposto
que um tem que pagar não influencia no crédito que o outro tem. Ou seja,
se B teve que pagar R$3,00, C continuará tendo o crédito de R$13,00,
independente do crédito que B possui.O último a ficar com o produto não
tem crédito/desconto nenhum, pois ele não vai repassar. Isso é o princípio
da não-cumulatividade. No final, que arca com tudo é o consumidor final.
E se acontecer uma isenção? O próximo consumidor será beneficiado
também (somente a título de curiosidade).
b. As decorrentes das proibições (imunidades): Imunidade é diferente de
isenção.
O que são imunidades tributárias? O professor vai discutir sobre os
conceitos dados pelos alunos: “Sobre os livros não incidem tributos.” O
que significa essa frase? "Sobre a sua produção e circulação não incidem
tributos – realmente não incidem impostos, mas não é sobre sua produção
e circulação, a Lei que não pode criar”; “Imunidades estariam vinculada a
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
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um objetivo político direito – não caracteriza a imunidade. O que
caracteriza é o fato de a constituição proibir o legislador de criar o
imposto”; “Não pode servir de fato gerador, não só o livro, mas qualquer
elemento que vincule cultura – não está vinculado a elemento que vincule
cultura”; “não pode ser criada nenhuma legislação sobre ele do ponto de
vista tributário – esse é o âmago da questão”
29/04/2010 - quinta-feira
06/05/2010 - quinta-feira
Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre: (esse inciso trata somente de impostos, mas não significa que
todas as imunidades só cabem aos impostos. As imunidades poderiam alcança qualquer
tributo, desde que expresso em Lei. Mas neste caso está restrito a imposto, tem utilizar o
termo correto na prova. As que nós vamos estudar são apenas de impostos)
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
4 imunidade no mesmo inciso. Imunidade subjetiva.
Pluralidade partidária é o fundamento dos partidos políticos;
Afirmar os direitos sociais é o fundamento das entidades sindicais dos trabalhadores;
Incentivar a educação e assistência social é o fundamento de assistência social e educação;
Não pode ter fins lucrativos, não significa que tenha que atuar de forma gratuita, pode cobrar,
e pode até ter um resultado operacional positivo, mas não pode distribuir esse rendimento,
tem que reinvestir.
A Regulamentação dessa imunidade tem que ser por lei complementar.
Art. 146, CF. Cabe à lei complementar: II - regular as limitações constitucionais ao poder de
tributar;
Não basta olhar para a Constituição e achar que todos os requisitos sobre a imunidade estão
lá, pois tem que ver se foi lei complementar.
Art. 14, CTN. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância
dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades
capazes de assegurar sua exatidão.
Art. 195, § 7º, CF - São isentas (na realidade trata de imunidade) de contribuição para a
seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências
estabelecidas em lei.
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14
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. – qual o fundamento desta
imunidade? Para a difusão da cultura. É uma imunidade objetiva, se trata de livros, um objeto.
Periódico é qualquer veículo de comunicação que circule periodicamente. A lista telefônica,
por exemplo, ficou decidido no Supremo que possui imunidade, pois possui um conteúdo
importante. E é preferível aceitar revistas pornográficas e qualquer tipo de periódico como
imune, pois é muito subjetivo dizer o que possui cultura e o que não possui. O livro eletrônico
(livro em cd ROM) é imune, de acordo com a doutrina, mas o supremo não se manifestou
ainda. Alcança somente os papéis usados na fabricação dos livros, ou outros produtos
utilizados na sua fabricação também tem imunidade? A máquina, por exemplo, não tem
imunidade, pois não é livro. A tinta é um insumo consumido na produção do livro, mais ainda
assim está fora. Só o papel e o fotolito (se trata de papel fotográfico – súmula que trata do
assunto) são imunes. O Supremo não se posicionou sobre a chapa (utilizada para fazer cópia
do livro – não conheceu o recurso), apesar ser uma cópia do livro também (o professor acha
que também deveria ser imune).
18/05/2010 - terça-feira
20/05/2010 - quinta-feira
Continuação da tabela...
25/05/2010 - terça-feira
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Propõe em primeiro lugar enunciar quais as normas que integram essa legislação (as fontes
do DT). E também a vigência do tempo e do espaço das normas, aplicação, interpretação e a
integração das normas tributárias.
Normas que tratam de tributos ou relações referentes a eles:
27/05/2010 - quinta-feira
01/05/2010 - terça-feira
10/06/2010 - quinta-feira
Interpretação da legislação
É extrair o sentido e o alcance da norma jurídica.
Hermenêutica – ciência / arte da interpretação.
A legislação que cuida da exclusão do crédito tributário (2 modalidades: isenção e anistia),
suspensão da exigibilidade do crédito e a legislação que dispensa o cumprimento de
obrigação acessória deverá ser interpretada literalmente. Essa interpretação literal é buscar o
sentido da norma mediante atenção ao sentido das palavras que a acompanham, aqui
significa que elas serão interpretadas somente assim, ou seja, devem ser interpretadas
restritivamente.
Art. 111, CTN. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Em leis punitivas no caso de dívida, deve-se ser aplicada a mais favorável desde que não
esteja definitivamente julgado o caso (questão não respondida acima). Trata-se da esfera
administrativa ou judicial? Judicial.
FIM DO PROGRAMA.