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DIREITO DO MAR

"LAW OF THE SEAS"

Márcio Guimarães *
Trata-se o presente trabalho de uma apostila, contendo cinco paginas, sobre Direito do Mar, parte
da disciplina de Direito Internacional, material baseado na obra Curso Elementar de Direito
Internacional Público de autoria de J.F. Rezek.

O Direito do Mar e parte importante do Direito Internacional publico, suas normas durante muito
tempo, foram apenas costumeiras. Em 1958 em Genebra foram concluídas:
1. uma convenção sobre o mar territorial
uma convenção sobre o alto mar
uma convenção sobre pesca e conservação dos recursos vivos do alto mar
uma convenção sobre a plataforma continental
Restou comprovado que destes quatro temas nem todos tiveram sua total aceitação sendo certo
que as discussões foram travadas em uma época de marcada pelo questionamento dos princípios
e normas antigas. Os oceanos não eram mais uma simples via de comunicação navegatória mas
sim fonte de inestimável valor econômico que iria dominar o enfoque nos tempos modernos.
Charles Russeau era um dos críticos a idéia do mar como res communitis, ali não vendo qualquer
elemento condominial, sobretudo quando convertido o oceano em palco de guerras, apara ele
melhor conceituação seria de res nullius ou seja uma coisa singular não pertencendo a ninguém
insuscetível de apropria cão. Esse conceito de res communitis defendido por Rosseu e outrora
infundado começou a fazer algum sentido com a evolução dos regimes.
A convenção das nações unidas sobre o direito do mar foi concluída, depois de quase nove anos
de negociação, em Montego Bay, na Jamaica, em 10 de dezembro de 1982, compõe-se de
trezentos e vinte artigos e vários anexos. Entrou em vigor no dia 16 de novembro de 1994, um ano
após a reunião do quorum de sessenta Estados ratificantes ou aderentes.
O Brasil, que ratificou a convenção em dezembro de 1988, tratou de ajustar seu direito interno aos
preceitos daquela antes mesmo de entrada em vigor e pois, antes de encontrar-se obrigado no
plano internacional. A lei n.º 8617 de 4 de janeiro de 1993, reduz a doze milhas a largura de nosso
mar territorial e adota o conceito de zona econômica exclusiva para cento e oitenta e oito milhas
adjacentes.
Os navios são engenhos flutuantes dotados de auto propulsão que possui nome, um porto de
matricula, uma determinada tonelagem, e tem sobretudo em função da matricula uma determinada
nacionalidade que lhe confere o direito de arvorar bandeira, distinguem-se os navios mercantes,
públicos ou privados, dos navios de guerra, segundo a Convenção de 1982, o fato de pertencerem
a forças armadas de um Estado soberano encontrar-se sua população submetida as regras
militares.
• As águas interiores
No âmbito espacial da soberania de todo Estado existem águas interiores estranhas ao direto do
mar, destarte não versadas na Convenção de 1982 como casos podemos citar os rios e lagos de
água doce e os pequenos mares interiores carentes de interesse internacional. As águas interiores
referidas na Convenção se referem às águas de mar aberto que fazem parte daquela grande
extensão de água salgada em comunicação livre na superfície da Terra, sua interioridade é pura
ficção jurídica. Cuida-se das águas situadas aquém da linha de base do mar territorial em razão
da existência de baías, de portos e ancoradouros, ou de um litoral caracterizado por recortes
profundos e reentrâncias ou que exista uma franja de ilhas ao longo da costa na sua proximidade
imediata.
Em regra a chamada linha de base e aquela linha costeira ou litorânea na maré baixa. Essa linha
afasta-se do bordo costeiro face a existência de baías de portos ou ilhas. As ilhas costeiras não
deslocam a linha de base visto que possuem sua própria faixa de mar territorial que as circunde,
geram portanto direito próprio. As instalações portuárias são parte integrante da costa e como tal
são contornadas pela linha de base. Ressalvado mo caso das baias históricas só deslocam a linha
de base em caso de assumirem a natureza de águas interiores, quando sua concavidade for pelo
menos igual a um semicírculo, tendo por diâmetro a linha de entrada, e não excedendo essa
última, o cumprimento de vinte e quatro milhas náuticas (cerca de 44 KM). O regime jurídico das
águas interiores define que sobre as mesmas o Estado tem soberania ilimitada. O acesso aos
portos não e livre por força de alguma norma de direito das gentes, tanto os navios mercantes
quanto os navios militares que ostentem pavilhão estrangeiro só podem atracar nos portos,
adentrando pois, as águas interiores, quando autorizados pela capitania, essa autorização na
pratica e dada com antecedência e não se afasta a possibilidade de acordos entre Países
regulamentando suas atividades marítimas.
A soberania do Estado costeiro segundo a Convenção de 1982, estende-se além de suas águas
interiores, a uma zona de mar adjacente designada pelo nome de Mar territorial alcançando
também o leito do mar, o respectivo subsolo, e ainda o espaço aéreo sobrejacente.
Ocorre, no entanto como em vários ramos do direito exceção quanto a essa soberania dos
Estados, é o caso da passagem Inocente, essa norma conservadora de Direito esta impressa no
artigo oito inciso segundo da Convenção e resguarda a prerrogativa de passagem reconhecida em
favor de navios mercantes ou de guerra de qualquer estado desde que esta seja continua e rápida
e nada podendo degenera-la sob pena de ser considerada ato ilícito, aos navios passantes são
proibidas manobras militares bem com ações de pesquisa e buscas cientificas não autorizadas.
Aos submarinos prescrevem-se que naveguem na superfície e arvorem seu pavilhão
O estado costeiro e responsável pela regulamentação da passagem inocente em seu território
bem como de prover a forma de conduta dos visitantes e a segurança das instalações portuárias,
meio ambiente e das infrações a própria disciplina de passagem, podendo até se julgar necessário
determinar a rota marítima a ser seguida pelos navios transeuntes.
• Mar Territorial
A idéia de soberania do estado costeiro sob seu mar territorial esta diretamente ligada com o
imperativo de defesa do território, No começo do século XIX adotava-se uma faixa de três milhas
marítimas, visto que tal extensão era o alcance Máximo da artilharia naval e costeira, no século
XX, sempre sobre atos unilaterais os Estados estenderam suas faixas indiscriminadamente pra a
até doze milhas, em 1952 alguns Países (Chile, Peru e Equador) decidiram estender sua faixa de
mar territorial para 370 Km, justificando invocações de imperativos de ordem econômica.
A convenção de 1982 manda que seja de doze milhas marítimas, cerca de vinte e dois
quilômetros a largura da faixa de mar territorial de todo o Estado costeiro, mas consagra duzentas
milhas a titulo de zona econômica exclusiva.
Mede-se a largura da faixa de mar territorial, seja de doze ou de duzentas milhas, a partir da linha
de base, isto é, da linha litorânea de maré baixa, alternada com a linha de reserva de águas
interiores quando ocorrem baías ou portos, leve-se em conta que as ilhas, como no caso
brasileiras de Fernando de Noronha e Trindade devem dispor de faixa própria, em igual extensão
o que determina a conjugação de suas águas territoriais com as do continente, quando deles
tiverem próximas, ilhas artificiais, plataformas bem como baixios a descoberto (ilhas que
submergem a maré baixa) não possuem mar territorial próprio.
• Zona Contígua
Cuida-se de uma segunda faixa, adjacente ao mar territorial, e, em principio, de igual largura, onde
o Estado costeiro pode tomar medidas de fiscalização em defesa de seu território e de suas
águas, no que concerne á alfândega, a imigração, á saúde, e ainda á disciplina regulamentar dos
portos de do transito pelas águas territoriais. Num artigo único a Convenção de 1982 refere-se a
zona contígua, sumariando essas prerrogativas do Estado costeiro e estabelecendo o limite de
faixa que não poderá ir além de vinte e quatro milhas marítimas contadas da mesma linha de base
do mar territorial.
• Zona Econômica Exclusiva
Trata-se de uma faixa adjacente ao mar territorial, que se sobrepõe e a faixa da zona contígua, e
cuja largura máxima é de cento e oitenta e oito milhas marítimas contadas do limite exterior
daquele, com o que se perfazem, destarte, duzentas milhas a partir da linha de base. Embora
satisfatória a enumeração dos direitos que o Estado costeiro e os demais Países têm na zona
econômica exclusiva, a convenção se abstém de definir essa zona, e também da zona contígua,
como sendo parte do alto mar, sem prejuízo de se lhes aplicarem regimes jurídicos especiais.
Bem ao contrario a Convenção parece favorecer a idéia de que essas áreas são conceitualmente
distintas, e de que o alto mar é apenas aquilo que, ainda hoje, inúmeros autores preferiram ver
como alto mar propriamente dito, pela não-incidência de qualquer regime jurídico diferenciado e
necessariamente restritivo da liberdade total de uso comum. O alto mar segundo a Convenção de
1982 começa a partir de duzentas milhas de distancia de qualquer território.
Sobre a zona econômica exclusiva o Estado goza de limitada e exclusiva soberania ele exerce
direito sobre a exploração e aproveitamento dos recursos naturais existentes na água e no leito e
no subsolo também exercendo jurisdição sobre os seres marinhos sua preservação e
investigações cientificas.
É possível que um Estado adote um mar territorial de largura inferior a doze milhas marinhas ,
neste caso sua faixa de zona econômica exclusiva poderá ter mais de cento e oitenta e oito
milhas, observado o limite total de duzentas milhas contadas a partir da linha de base.
No caso de países sem litoral a convenção estabelece que através de acordos eles tem direito de
aproveitar os recursos vivos em base eqüitativa e do excedente das zonas econômicas exclusivas
de seus vizinhos mediante acordos regionais ou bilaterais para que determinem suas condições e
participação.
• Plataforma Continental e Fundos Marinhos
Antes que se falasse, nesta segunda metade do século, em mar territorial de duzentas milhas ou
em zona economicamente exclusiva, a plataforma continental oferecia aos estudiosos um
interesse maior. Cuida-se geograficamente, daquela parte do leito do mar adjacente da costa, cuja
profundidade em geral não excede duzentos metros, e que, a uma boa distancia do litoral, cede
lugar a inclinações abruptas que conduzem aos fundos marinhos. Sob essa plataforma o estado
costeiro exerce direitos soberanos de exploração dos recursos naturais, e assim sucedia mesmo
na época em que a largura dos mares territoriais variava entre três e doze milhas e em que por
causa disso a maior parte da plataforma jazia sob águas de alto mar. A chamada "Guerra das
Lagostas" travada entre Brasil e França, resultou da presença constante de navios franceses em
águas próximas do mar territorial brasileiro, que era de três milhas, para o recolhimento intensivo
daquele crustáceo. As águas eram de alto mar e portanto a pesca era livre. O Brasil sustentou que
o crustáceo como espécie predominantemente rasteira e não nadadora não possuía seu habitat
no mundo hídrico e sim na plataforma continental brasileira, o que restou decisão favorável ao
Brasil que suspendeu as atividades de pesca a lagosta até entendimento entre os dois países.
Nos termos da Convenção de 1982, o limite exterior da plataforma continental coincide com a
zona economicamente exclusiva, duzentas milhas a partir da linha de base, a menos que o "bordo
exterior da margem continental" (ou seja, o limiar da área dos fundos marinhos) esteja ainda mais
distante: neste caso, o bordo será o limite da plataforma, desde que não ultrapasse a extensão
total de trezentas e cinqüenta milhas marítimas.
Ao leito do mar na região dos fundos marinhos e ao respectivo subsolo a Convenção de 1984 da o
nome de área, a área fica alem dos limites de jurisdição nacional, ou seja das diversas
plataformas continentais. A área e seus recursos constituem segundo a Convenção, patrimônio
comum da humanidade. Esta foi a norma que fez com que os EUA repudiassem o tratado, teriam
preferido que o fundo marinho permanecesse no estatuto jurídico com res nullius, a espera de
quem primeiro, com sua tecnologias, pudesse explora-la. A Convenção uma Autoridade
Internacional do Fundos Marinhos integrada pelos Estados-Parte a quem incumbirá a
administração desta área.

• Alto Mar
A liberdade do auto mar é ampla tanto em matéria de navegação quanto para qualquer finalidade
não podendo emanar de nenhum Estado qualquer ação restriticionista em relação ao alto mar.
O principio da liberdade viu-se afirmar por Roma no tempo de sua hegemonia, sofreu desgaste na
idade média pelos anseios feudais de domínio que as potências navais despertaram, foi
proclamado com vigor por juristas-teologos, espanhóis do século XVI. O moderno direito
convencional , parte do principio da liberdade e disciplina um padrão mínimo de conduta.
O alto mar deve ser utilizado para fins pacíficos e no exercício de suas liberdades cada Estado
deve considerar o interesse dos demais, a todos se impõe a conservação dos recursos oferecidos
pelo mar. As naus de guerra de qualquer pavilhão podem apresar embarcação destinada a pratica
de pirataria ou crime, para que sobre elas seu estado exerça jurisdição. Sob o nome de
perseguição continua a Convenção de 1982 consagra a possibilidade de naus serem perseguidas
por prática de ilícito, prosseguindo em seu encalço dentro do mar territorial ou zona contígua de
outro Estado, sendo que esta perseguição deve ter começado em um daqueles espaços afetos ao
Estado costeiro,. Não tenso sido possível a captura deve-se cessar a perseguição bem como se o
mesmo adentrar o mar territorial de seu próprio Estado.
• Transito Marinho Estreitos e Canais
Se o corredor hídrico entre dois Estados é grande o suficiente para que ao mares territoriais não
se toquem, não existe problema visto que existe uma faixa que não pertence a jurisdição de
nenhum dos dois, lembre-se que a soberania dos Estados na zona economicamente exclusiva é
exclusivamente finalistica só dizendo respeito ao aproveitamento econômico e a finalidade
investigatória. O estreito típico é p corredor cujas águas integram o mar territorial de um ou mais
Estados , e que assegura a comunicação entre espaços de alto mar ou zona econômica exclusiva,
interessando a navegação internacional. A Convenção de 1982 garante nos estreitos o direito de
passagem em transito a navios e aeronaves , civis ou militares de qualquer bandeira, sendo
diferente da passagem inocente pelas características retro citadas.
Os mais notórios estreitos internacionais são o de Gibraltar que liga o Atlântico ao Mediterrâneo e
envolve águas territoriais marroquinas , espanholas e britânicas.; Magalhães, que liga no extremo
sul da América o Atlântico ao Pacífico tocando o Chile e Argentina também podemos citar os
estreitos turcos de Bósforo e Dardanelos, que dão acesso do Mar Negro ao Mediterrâneo sobre
todos estes e alguns outros foram editados no passado regras para seu uso em época de paz ou
de guerra.
Os canais também são corredores que facilitam o trânsito entre dois espaços marítimos, porem
não constituem obra da natureza. Daí a assertiva de que o regime jurídico de todo canal deva ser
ditado pela soberania que assumiu o compromisso de construí-lo em seu próprio território, o canal
de Corinto, que, construído pela Grécia, recorta um istimo no solo grego, assegurando conexão
cômoda entre o mar Egeu e o mar Jônico, partes do Mediterrâneo, a Grécia formulou seu
regulamento, assegura sua disciplina e percebe taxas pelo trânsito, em bases igualitárias para
navios de qualquer nacionalidade.
Os dois canais mais importante foram construídos no território de países impossibilitados de arcar
com o custo do empreendimento, daí a influência de Estados e capitais estrangeiros ,
determinando originalmente, num e noutro caso a edição de um regime internacionalizado em
bases convencionais.
O canal de Suez, construído em 1869 no território egípcio, então subordinado a soberania do
império Otomano. Tem uma extensão de cento e sessenta quilômetros planos e liga o
Mediterrâneo ao Oceano Indico pelo Mar Vermelho.
O cana de Suez foi expropriado e nacionalizado em 1956 pelo governo republicano do Egito que
fez valer a autoridade de sua decisão apesar de protestos de países como Grã-Bretanha e
França, canal esteve fechado e após ser reaberto o Egito transformado pela expropriação em
titular do domínio do canal, assegura o livre transito de navios de qualquer espécie ou bandeira
garantindo a segurança da navegação e percebendo taxas igualitárias.
O canal do Panamá cujos oitenta e um quilômetros escalonados em degraus, mediante um
sistema de comportas proporcionam valiosa comunicação entre as áreas centrais do Atlântico e
do Pacífico, teve sua construção levada a termo em 1914. Seu regime jurídico foi estabelecido em
1903 entre o governo local e o dos Estados Unidos Pais empreendedor da construção por haver
sucedido a companhia francesa Ferdinand de Lesseps, e falira, e por haver favorecido o território
panamenho na sua independência em face da republica da Colômbia. No que concerne a
disciplina o canal do Panamá pouco difere dos outros, ali existe ampla liberdade, sem
discriminação de qualquer espécie e as taxas só são mais elevadas em razão dos custos mais
elevados que Suez e Kiel por exemplo.
No calor de sua independência o Panamá concedeu em caráter perpetuo o uso a ocupação e o
controle de uma faixa territorial com a largura de dez milhas entre o litoral Atlântico e o litoral
Pacifico do pais (a zona do canal), bem como o monopólio da administração do canal e sua
defesa militar, em contrapartida o governo do Panamá recebeu dez milhões de dólares e duzentos
e cinqüenta mil dólares como aluguel anual das zona. Percebendo a desvantagem o Panamá fez
varias tentativas pra mudança do tratado de 1903 só obtendo êxito em 1977 conseguindo retomar
até 2000 a administração, responsabilidade militar e incrementar sua exploração econômica.

Bibliografia:
Curso Elementar
Direito Internacional Público
J.F. Resek
Editora Saraiva 5º Edição 1995.

* Aluno da Faculdade de Ciências Jurídicas


Penúltimo ano - Unimonte - Santos/SP
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