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PROFESSOR FABRÍCIO

1) Na provável evolução dos seres vivos, acredita-se que os vírus surgiram após o aparecimento de diferentes grupos,
tanto procariontes como eucariontes. Baseando-se na estrutura viral e dos organismos celulares, aponte argumentos
que reforcem esse provável mecanismo evolutivo.
- Por não terem metabolismo próprio, os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Necessitam, portanto, de uma
célula hospedeira para serem multiplicados.
- A hipótese mais aceita sobre a origem dos vírus é que eles derivam de trechos de ácidos nucléicos que “escaparam”
de organismos celulares. Dessa forma, teriam surgido a partir de bactérias, protistas, fungos, plantas e animais. Essa
hipótese é sustentada pela grande similaridade existente entre o material genético dos vírus e das células que eles
infectam – similaridade maior do que a verificada entre os diferentes tipos de vírus.

2) Baseado(a) nos fenômenos que envolvem a duplicação das moléculas de DNA e RNA respectivamente, explique
por que é mais difícil desenvolver vacinas eficientes e duradouras contra vírus de RNA e retrovírus do que para vírus
de DNA.
Porque os vírus de DNA carregam consigo um sistema de enzimas de reparo que conserta erros que acontecem
durante a duplicação. Já os vírus de RNA não possuem esse sistema. Dessa forma, os vírus de RNA são mais
mutagênicos, o que dificulta a fabricação de vacinas duradouras.

3) Analise a situação a seguir. “Em um experimento feito em laboratório foram preparados meios de cultura para os
seguintes organismos:
MEIO 1: Bactéria A, autótrofa e produz uma enzima específica para a digestão de proteínas de capsídeo de vírus
bacteriófagos.
MEIO 2: Bactéria B, heterótrofa e utiliza os nutrientes do meio em que se encontra.
MEIO 3: Vírus bacteriófago; realiza ciclo lítico.”

Ao serem colocados em um mesmo meio de cultura, qual(is) dos organismos ainda poderia(m) ser observado(s) após
algum tempo? Justifique sua resposta.
A bactéria A, uma vez que o vírus bacteriófago não conseguirá realizar o ciclo lítico na mesma.

4) Leia o texto abaixo:


Crianças vivendo num Mundo com AIDS

No mundo existem quase 40 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV, sendo que 40%, aproximadamente,
são mulheres. No final de 1997, um milhão de crianças com menos de 15 anos estavam infectadas, sendo que 90%
desse total vive em países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, inclusive nos Estados Unidos, os
cuidados pré-natais diminuíram a incidência da AIDS perinatal.
Entre 1987 e 1999, 30.000 crianças de até 15 anos perderam a mãe para a síndrome, segundo um estudo do
Ministério da Saúde (gráfico).
Esse é um dos lados mais cruéis da mudança de perfil da síndrome. No início da epidemia, a doença estava
restrita a homossexuais e usuários de drogas injetáveis que compartilhavam seringas infectadas. No Brasil, em
1988, quase metade dos portadores de Aids eram gays e um em cinco era usuário de drogas. Nos últimos cinco
anos, as relações heterossexuais passaram a ser a principal forma de transmissão da doença. O resultado é que
aumentou dramaticamente o número de mulheres atingidas.
Na década de 80, havia uma mulher contaminada para cada dezessete homens na mesma situação. Agora, a
proporção é de uma para dois. É nesse contexto que as crianças se transformam em vítimas potenciais da Aids.
Algumas correm o risco da contaminação ainda no útero materno e todas vivem sob a ameaça de morte da mãe. Há
no país cerca de 200.000 filhos de mulheres portadoras do HIV. Três em cada dez são crianças cujas mães já
desenvolveram a doença.
(Veja, 09/02/2000, com adaptações de U.S. Department of
Health and Human Services - pg 1085 a1091 e
www.aids.gov.br )

Com base no texto, no gráfico e em


conhecimentos correlatos, aponte pelo menos duas
formas de reduzir a incidência perinatal de AIDS em
cada um dos casos citados abaixo:

a- Mulher solteira e sexualmente ativa:


Gab Exerc vírus

b- Mulher casada e com pretensão de engravidar:


2005.doc

c- Mulher grávida portadora de HIV:


1 –1
a- uso de camisinha durante as relações sexuais;
redução do número de parceiros sexuais.
b- Realizar exame pré-nupcial e/ou pré-natal;
Exigir do companheiro exame pré-nupcial; fidelidade de ambos
c- Tomar AZT a partir do 4º mês de gravidez;
Não amamentar.

5) No início da epidemia, a transmissão sexual da AIDS era praticamente restrita a homossexuais. Atualmente, em
alguns países, particularmente nas sociedades industrializadas, intervenções efetivas vêm diminuindo a transmissão
do HIV por práticas homossexuais masculinas. Embora dados de incidência sejam esparsos, em cerca de 20 países o
número de novas infecções adquiridas deste modo provavelmente se estabilizou ou mesmo decresceu nos últimos
cinco anos, atribuindo-se tal tendência não só às intervenções realizadas mas também a características
comportamentais destas populações, supostamente mais suscetíveis à organização, mobilização e reconhecimento
dos riscos. Por outro lado, em todas as sociedades, a transmissão heterossexual responde por um número crescente
de infecções. Abaixo são apresentados dados epidemiológicos dos casos de AIDS no Brasil e no DF de 1984 a 1999.
(www.aids.gov.br, com adaptações)

Sabendo-se que a infecção heterossexual entre adolescentes de 13 e 19 anos em 2000 no Brasil era 2,2% (de um
total de 2,9%) na população feminina e de 1% (de um total de 2%) na população masculina, e baseando-se no texto,
nos gráficos e em conhecimentos sobre AIDS/HIV, responda:

a) Cite dois fatores comportamentais/psicológicos que poderiam explicar a maior incidência de casos de AIDS entre
heterossexuais a partir de meados da década de 1990 no Brasil e entre 98 e 99, no Brasil e no DF.
b) Cite um fator biológico que poderia explicar o maior número de adolescentes do sexo feminino infectados em
relação a adolescentes do sexo masculino.
a) O não uso de camisinha devido à:
• abuso de álcool e drogas è sexo inseguro;
• namoro firme: se for pedido o uso de camisinha o(a) parceiro(a) pode desconfiar de infidelidade;
• paixão: imagem falsa de segurança negando os riscos inerentes ao não uso de preservativos;
• mulheres jovens: medo de serem abandonadas pelo parceiro caso exijam o uso da camisinha;
• apelo erótico dos meios de comunicação: propaga-se sexo como algo não planejado e comum e, na maioria
das vezes, ninguém se infecta nem adoece;
• pensamento machista de que AIDS ainda só é transmitida através de relações homossexuais ou drogas
injetáveis.
b) Mulheres jovens possuem células de defesa imaturas dentro da cavidade vaginal e no colo do útero que não
impedem a infecção, como nas mulheres mais velhas;
O esperma possui maior concentração de vírus do que a secreção vaginal;
O tempo de exposição ao líquido seminal é maior nas mulheres, uma vez que a vagina é interna e de difícil acesso pra
ser lavada, ao passo que o pênis é externo e fácil de lavar após o ato sexual. Dessa forma, os homens possuem
grande capacidade de transmissão de DSTs, o que, por sua vez, facilita a infecção pelo HIV;
As mulheres são assintomáticas para um grande número de DSTs, além da maioria das infecções serem intravaginais
Gab Exerc vírus

(somente o exame ginecológico é capaz de detectar). Isso faz com que grande parte dessas infecções não sejam
tratadas. Dessa maneira, aumentam as chances de contrair HIV.
2005.doc

2 –2
6) Como forma de prevenir a infecção pelo HIV, foi feito um teste em laboratório utilizando enzimas de restrição que
reconhecem o DNA em determinados pontos e “picotam”a dupla fita. A partir do dado acima mencionado e dos
conhecimentos sobre o ciclo de vida do HIV, justifique como esse teste poderia ajudar no controle da AIDS, uma vez
que o HIV é um vírus de RNA.
O HIV é um retrovírus, ou seja, vírus de RNA que faz transcrição reversa. Através da enzima transcriptase reversa, o
RNA viral serve de molde para a síntese de DNA viral, que se insere no material genético da célula hospedeira e
inicia a produção de novos vírus. Dessa forma, assim que o DNA viral é produzido é imediatamente picotado, não se
inserindo no núcleo da célula hospedeira, o que bloqueia o ciclo.

7) Analise a tabela abaixo sobre a distribuição dos casos de AIDS, segundo período de diagnóstico e categoria de
exposição no Brasil, ente 1980 e 2000 para responder à questão.

Categoria de 1980- 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 TOTAL
exposição 1990
% % % % % % % % % % % %

Sexual 55,3 49,6 49,9 48,5 48,1 46,8 46,7 50,1 60,4 61,8 64,7 52,2
Homossexual 31,1 23,1 21,0 17,9 16,6 14,3 13,2 12,9 13,3 12,6 13,4 17,4
Bissexual 14,8 12,6 11,5 9,7 9,3 8,0 6,9 7,4 9,1 9,3 6,6 9,7
Heterossexual 9,4 13,9 17,5 20.8 22,2 24,5 26,6 29,5 38,0 40,0 42,8 25,0

Sangüínea 23,9 28,8 27,0 25,8 22,9 21,1 19,7 17,5 13,9 12,4 10,0 20,5
Hemofílico 2,5 1,1 0,6 0,4 0,4 0,4 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 0,6
Transfusão 3,0 2,2 2,0 1,8 1,6 1,6 1,4 0,9 0,1 0,1 0,1 1,4
Drogas
injetáveis 18,4 25,5 24,4 23,5 26,9 19,2 17,9 16,3 13,6 12,3 9,9 18,5
Perinatal 1,6 2,3 2,4 2,4 3,0 3,3 3,5 3,6 3,0 2,6 2,2 2,8

Dados obtidos do site www.aids.gov.br

a) Considerando que a camisinha é o único método eficaz na prevenção da AIDS, cite 2 fatores que poderiam ter
contribuído para a redução da transmissão homo e bissexual da aids e o aumento da transmissão heterossexual nos
períodos apresentados (não considerar transmissão sangüínea nem perinatal).
b) Cite um fator que poderia ter contribuído com a redução da transmissão de AIDs por drogas injetáveis.
c) Cite um fator biológico/comportamental que poderia ter contribuído com o aumento de AIDS perinatal até 1997 e
com sua posterior redução até 2000.
a) (1) Conscientização de homo e bissexuais, que passaram a usar a camisinha durante o sexo e/ou até mesmo
reduzir o número de parceiros sexuais; (2) não uso de camisinha por parceiros heterossexuais, principalmente
aqueles estáveis, por acharem que não se encontram dentro do grupo de risco ou pelos motivos expostos na questão
5 item a (mesmo sem ambos terem realizado exames).
b) Não compartilhamento de seringas por parte dos usuários; distribuição de seringas para usuários de drogas por
parte do governo.
c) Não uso de camisinha entre casais (pelos motivos citados na questão 5 item a), culminando na gravidez muitas
vezes sem acompanhamento pré-natal.

8) A AIDS ou SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é hoje um problema pandêmico, isto é, atinge em
proporções epidêmicas um número significativo de países em todo o mundo. Segundo informações coletadas via
Internet (http://www.applicom.com/tcrs/wwwpg6.htm), até janeiro deste ano os casos de AIDS notificados à OMS
(Organização Mundial da Saúde) foram de 1.291.810, sendo os países com maior número de casos: Estados Unidos
(501.310), Brasil (71.111), Quênia (56.573), Uganda (46.120) e Tanzânia (53.247). Este triste quadro poderia ser
modificado se as populações pudessem ter acesso às informações, se conscientizassem da gravidade do problema
e praticassem as medidas de prevenção desse mal.
"O vírus HIV, causador da AIDS, é transmitido de pessoa a pessoa através de relações sexuais, por
exposição direta a sangue contaminado ou da mãe para o filho, durante a vida intra-uterina ou através da
amamentação. No corpo, o vírus invade certas células do sistema imunitário - incluindo os linfócitos T auxiliadores, ou
CD4 - multiplica-se dentro delas e se espalha para outras células. (...)" (John G. Barlett e Richard D. Moore. Scientific
American 279, 64-67, 1998).
Gab Exerc vírus
2005.doc

3 –3
O gráfico indica as quantidades de células CD4 (linha
cheia, com escala à esquerda) e de vírus (linha
interrompida, com escala à direita) no sangue de um
paciente que não recebeu tratamento algum no curso de
uma infecção pelo HIV. Com base no texto, no gráfico e
em conhecimentos correlatos, responda ao que se pede:

a) "Os doentes com AIDS apresentam maior sensibilidade


a doenças infectocontagiosas". Justifique essa afirmação,
relacionando-a com a função desempenhada pela célula
parasitada pelo HIV.
b) Em que fase, indicada pelo gráfico, a doença teria
maior probabilidade de se espalhar? Justifique.
c) Que fase do gráfico poderia indicar o aparecimento dos
primeiros sintomas da doença? Justifique.
d) Atualmente, a maior preocupação do Ministério da
Saúde em relação à AIDS concentra-se nas mulheres. Em
1985, a relação homem/mulher contaminados era de 25
para 1. Entre 1999 e 2000, essa relação já era de 2 para 1
e, curiosamente, a maior incidência da doença na mulher
foi observada em casais com mais de cinco anos de união e que não faziam uso de drogas injetáveis.
Com base nessas informações, APRESENTE uma explicação plausível para este aumento do número de mulheres
soropositivas.
a) O HIV infecta e destrói células do sistema imune essenciais ao mecanismo de defesa específica (linfócitos T CD4
ou auxiliares), debilitando o sistema imunológico e facilitando a instalação de infecções oportunistas.
b) Durante a fase assintomática (principalmente a crônica). Uma vez que não existem sintomas aparentes, as pessoas
não fazem exames por não desconfiarem da contaminação e também não se preocupam com a prevenção.
c) A partir do momento em que o nível de células CD4 torna-se igual e/ou inferior dos vírus HIV, pois a capacidade de
defesa imunológica fica bastante comprometida.
d) questão 5, itens a e b.

9) "Obesidade contagiante" (Superinteressante, janeiro 2001, com adaptações)


Se um obeso dissesse que ganhou aquele peso todo como se pega uma gripe você não acreditaria, certo?
Mas o endocrinologista de origem indiana Nikhil Dhurandhar e seu chefe Richard Atkinson, da Universidade de
Wisconsin, em Madison, Estados Unidos, estão considerando seriamente essa possibilidade: a de que certos tipos de
obesidade podem, de fato, ter origem em vírus.
Atkinson, especialista no assunto, já desconfiava que alguns tipos de vírus provocam excesso de peso em
cães ao desregular parte do sistema cerebral que controla o apetite. Nikhil apresentou a ele o vírus SMAM-1,
responsável por uma epidemia que matara centenas de galinhas em uma área rural perto de Bombaim em anos
anteriores. Uma característica da obesidade originada por vírus seria o ganho de peso dissociado de altas taxas de
gorduras como o colesterol e os triglicérides. As galinhas indianas vitimadas pelo SMAM-1 eram assim: gordas, mas
com baixos níveis de colesterol e de triglicérides. Proibido pelo governo americano de importar o SMAM-1 para
estudá-lo nos Estados Unidos, o médico indiano selecionou um grupo de vírus da mesma família para testar em
células de ratos de laboratório. Foi como descobriu o vírus Ad-36, que tornou as células três vezes maiores do que as
não-contaminadas. Infectados com o Ad-36, os ratinhos passaram a desafiar as balanças.
O vírus provocaria a inflamação do hipotálamo, glândula que regula o metabolismo do corpo humano. Com o
órgão comprometido, a pessoa passa a comer mais ou a gastar menos calorias do que o ideal para o equilíbrio de seu
organismo. Os dois cientistas de Wisconsin acreditam que o vírus que infectaria os humanos é do mesmo grupo que
contamina as galinhas, pois detectaram anticorpos a ele em vários obesos que examinaram em Wisconsin.
Baseando-se no texto e em conhecimentos sobre vírus, responda:

a) Que tipo(s) de material(is) genético provavelmente possuem o SMAM-1 e o Ad-36, para que o organismo dos
animais infectados não consiga eliminá-los? Justifique (o item só terá valor mediante justificativa correta)
b) Como poderíamos explicar o fato dessa virose "saltar" de uma espécie para outra, se os vírus são específicos?
a) Provavelmente DNA. Também pode ser retrovírus, que, através enzima transcriptase reversa produz uma cópia
de DNA a partir do RNA viral. O DNA viral instala-se no material genético da célula hospedeira, sendo difícil sua
eliminação.
b) è Através de mutações e/ou recombinações dos materiais genéticos dos vírus de espécies evolutivamente
próximas e que convivem intimamente OU
è Quanto mais próximas evolutivamente duas espécies, maior é a homologia entre o DNA de ambas e,
Gab Exerc vírus

conseqüentemente, maior é o número de receptores celulares comuns (vírus que se "encaixam" nesses receptores
2005.doc

comuns podem infectar ambas as espécies)


4 –4
10) No século das armas de destruição maciça e das guerras mundiais, nada matou tantos tão rápido quanto a gripe
espanhola, também chamada influenza. Em 1918, quando a Europa acabava de enterrar dez milhões de vítimas da
Primeira Guerra, surgiram na Espanha os primeiros casos, daí seu nome. Os sintomas eram de uma pneumonia
extremamente contagiosa propagada pelo ar. Ainda não havia antibióticos e os pacientes morriam aos milhares. Em
questão de meses, o contágio evoluiu para uma pandemia mundial que fulminou 21 milhões de pessoas, 1% da
humanidade. O total de vítimas não confirmadas pode ter sido maior. Há quem diga que a espanhola matou entre 40 e
50 milhões. A velocidade com que se alastrou foi impressionante quando se leva em conta que não havia aviões de
passageiros e as viagens eram feitas de navio. Em números gerais, a Segunda Guerra matou mais: 50 milhões em
seis anos de conflito. Se a gripe tivesse durado tanto, dizimaria 63 milhões. A Aids, só para comparar, matou 200 mil
pessoas desde 1980.
Em 1920, tão misteriosamente como surgiu, a gripe desapareceu. Tudo indica que a gripe espanhola foi
causada por uma mutação no microorganismo que ataca os porcos. A descoberta comprova a teoria de que os vírus
de gripes suínas são os mais contagiosos quando atacam humanos. Duas outras epidemias que surgiram na Ásia em
1957 e em Hong Kong em 1968 foram transmitidas por porcos. (Isto É, 2 abril 1997)
Baseando-se no texto e em conhecimentos sobre vírus, responda:

a) Que tipo de ciclo reprodutivo o vírus da gripe espanhola manteve no corpo dos afetados durante a pandemia da
Gripo Espanhola? Justifique.
b) No trecho "Ainda não havia antibióticos e os pacientes morriam aos milhares", a reportagem incorre num erro
grave. Justifique.
a) Ciclo lítico, pois a doença evoluiu de uma forma muito rápida, matando milhares de pessoas.
b) Antibióticos não atuam contra vírus, pois a ação dos antibióticos se dá em parede celular ou em membrana ou
em metabolismo, coisas que vírus não possuem.

11) Amostras de varíola são utilizadas em testes com macacos nos EUA

A varíola é um dos maiores matadores da história. Mas agora ela está à mercê da humanidade, com o vírus
vivo em apenas dois laboratórios, nos EUA e na Rússia. Então por que, em vez de dar o esperado golpe de
misericórdia, a Organização Mundial da Saúde votou por adiar sua destruição?
A OMS diz que é para permitir que as pesquisas continuem. Mas até outubro, D. A. Henderson, que conduziu
a campanha de erradicação da varíola, dizia que as últimas amostras do vírus deveriam ser destruídas. O vírus vivo é
inútil para o teste de novas drogas e vacinas potenciais, ele escreveu, já que afeta apenas humanos.
Então, o que mudou? A resposta é que a equipe de Peter Jahrling, no Instituto de Pesquisa Médica para Doenças
Infecciosas do Exército americano em Fort Detrick, Maryland, finalmente conseguiu infectar um punhado de macacos
cinomolgos. Eles ainda não têm um modelo animal perfeito da doença, mas esperam que logo possam testar vacinas,
drogas e ferramentas de diagnóstico. (...) (Folha de São Paulo, 29/01/2002, com adaptações)

Baseando-se no texto e em conhecimentos sobre e mecanismos de infecção dos vírus, justifique o motivo pelo qual
ainda não se tem um modelo animal perfeito da doença, apesar dos testes em macacos cinomolgos. (Leve em conta o
trecho grifado).
O vírus da varíola utiliza receptores celulares presentes apenas em humanos. Nos macacos cinomolgos devem
existir receptores semelhantes, porém não iguais.

12) Estudo relaciona esquizofrenia com vírus


Fragmentos semelhantes a genes de vírus foram encontrados no fluido cerebrospinal (líquido do encéfalo e da
medula espinhal) e no tecido cerebral de pacientes com esquizofrenia, revela estudo publicado na revista da
Academia Nacional de Ciências dos EUA, a "PNAS" (www.pnas.org).
A pesquisa traz indícios de que vírus possam estar envolvidos no desenvolvimento dessa doença mental em
até um terço dos casos. Se a relação for comprovada em novos estudos, abre a perspectiva de apoiar o tratamento da
doença com drogas antivirais.(...) (Folha de São Paulo 11/04/2001, com adaptações)
Baseando-se no texto e em conhecimentos sobre vírus, responda:
Que tipo(s) de material(is) genético provavelmente possuem os vírus mencionados no texto, para que o organismo
dos infectados não consiga eliminá-los? Justifique.
DNA ou retrovírus, que através da enzima transcriptase reversa faz DNA a partir do RNA viral; pois somente o DNA é
capaz de se integrar ao material genético da célula hospedeira. Integrados, não serão eliminados se a célula
hospedeira também não o for.

13) O Papilomavírus Humano ou HPV é um vírus que infecta células epiteliais da pele e da mucosa, causando
diversos tipos de lesões como a verruga comum e a verruga genital. A infecção por alguns tipos de HPV é o principal
fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo uterino.
É um vírus icosaédrico, não envelopado e com ácido nucléico constituído de DNA de dupla-fita, circular, com
Gab Exerc vírus

cerca de 8000 pares de bases. Existem cerca de 100 tipos virais de HPV descritos até o momento e destes,
2005.doc

aproximadamente 30 são encontrados no trato ano-genital. (http://www.ipog.com.br/hpv.htm)


5 –5
Existe uma maior prevalência entre pacientes com idade entre 17 e 33 anos, com um pico entre 20 a 24 anos.
O número de parceiros sexuais é considerado como fator de risco importante para a aquisição da infecção pelo HPV.
O período de incubação varia de 3 a 18 meses e a persistência das lesões pode ser avaliada em semanas,
meses ou anos. Esta variação parece estar mais relacionada com particularidades do hospedeiro que do vírus, a
exemplo do que é observado em pacientes com imunodeficiências que parecem ser portadores de lesões mais
exuberantes e persistentes. (http://www.anticorpos.com.br/galeria/C_hpv_biol.htm)
No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para a incidência e mortalidade por câncer do
colo uterino no ano de 2000 era de cerca de 17.251 casos novos e cerca de 3.625 óbitos (Estimativa da Incidência e
Mortalidade por Câncer no Brasil 2000: Rio de Janeiro, INCA,2000) .

a) Que tipo de ciclo reprodutivo o HPV mantém no corpo dos pacientes que justifica o período de incubação variando
entre 3 a 18 meses? Justifique sua resposta .
b) Cite 2 fatores biológicos que justifique o motivo pelo qual há maior possibilidade de eliminação espontânea do HPV
pelo organismo masculino, em relação ao feminino, no qual o HPV causa mais danos.
c) Justifique a frase “O número de parceiros sexuais é considerado como fator de risco importante para a aquisição da
infecção pelo HPV”.
d) Apesar da juventude atual ser historicamente a mais bem informada e conscientizada em relação ao uso de
camisinha na prevenção de DST’ s, há maior prevalência do HPV entre pacientes jovens, além do aumento crescente
do número de adolescentes grávidas. Cite 2 fatores sócio-comportamentais que justifiquem esses dados.
e) Baseando-se no ciclo de vida dos vírus e nos mecanismos de ação dos ácidos nucléicos virais, explique por que a
infecção por alguns tipos de HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo uterino.
a) Lisogênico, pois o DNA viral está integrado ao material genético da célula, porém não altera seu metabolismo e,
conseqüentemente, não aparecem sintomas da contaminação.
b) - Devido ao atrito, durante o ato sexual é mais fácil ocorrerem microdilacerações (microcortes) na vagina do que no
pênis, expondo mais as mulheres à contaminação.
- Mulheres jovens possuem células de defesa imaturas dentro da cavidade vaginal e no colo do útero que não
impedem a infecção.
- Mulheres são assintomáticas para um grande número de DSTs, além da maioria das infecções serem intravaginais
(somente o exame ginecológico é capaz de detectar). Isso faz com que grande parte dessas infecções não sejam
tratadas, aumentando as chances de contaminação pelo HPV.
- A higienização da vagina é mais difícil de ser realizada, uma vez que é interna.
c) Quanto maior o número de parceiros, maior o risco de se relacionar com algum contaminado com HPV ou outras
DST’ s (que aumentam as chances de contaminação pelo HPV).
d) O não uso de camisinha devido à:

abuso de álcool e drogas è sexo inseguro;


-
namoro firme: se for pedido o uso de camisinha o(a) parceiro(a) pode desconfiar de infidelidade;
-
paixão: imagem falsa de segurança negando os riscos inerentes ao não uso de preservativos;
-
mulheres jovens: medo de serem abandonadas pelo parceiro caso exijam o uso da camisinha;
-
apelo erótico dos meios de comunicação: propaga-se sexo como algo não planejado e comum e, na maioria
-
das vezes, ninguém se infecta nem adoece;
- pensamento de que isso só acontece com os outros.
e) Ao inserir seu material genético na região do genoma da célula hospedeira que
controla as divisões celulares, promove intensa proliferação celular, podendo
desencadear o câncer.

14) A Primeira Guerra Mundial iniciou em 1914 e terminou no final de 1918. O saldo
foi de oito milhões de mortos e 20 milhões de mutilados. Nessa mesma época, o
mundo assistiu estarrecido e impotente a uma outra máquina de matar: a gripe
espanhola. Ela atacou, entre setembro e novembro de 1918, o planeta inteiro e deixou
mais de 20 milhões de mortos - 1% da população. Só nos Estados Unidos, 500 mil
pessoas morreram, mais do que o número de soldados mortos no campo de batalha
durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, Guerra da Coréia e Guerra do Vietnã
juntas.
Hoje, já se sabe que a epidemia surgiu nos Estados Unidos e não na Espanha. O
primeiro caso foi registrado no estado do Kansas, em março de 1918. Pesquisadores
acreditam que o vírus teria saído de um cercado com porcos. O vírus da gripe quase
sempre está presente nos corpos de aves. Os humanos não são infectados por eles
mas animais domésticos sim. Provavelmente os suínos do Kansas comeram dejetos
das aves da região e passaram o vírus para seu dono. (Figura: Superinteressante,
agosto 2001; Texto: Galileu 104, com adaptações)
Gab Exerc vírus
2005.doc

Baseando-se no texto, no esquema e em conhecimentos sobre vírus, justifique a


6 –6
frase: “Provavelmente os suínos do Kansas comeram dejetos das aves da região e passaram o vírus para seu
dono”.
Houve recombinação entre os materiais genéticos dos vírus da gripe suína e da gripe humana, formando um
terceiro tipo de vírus, capaz de infectar humanos.

15) Analise os textos e responda.

Texto I

“... Neusa Molina sentiu-se tão mal que procurou o hospital da cidade onde morava, Tupi Paulista. Duas horas depois
seu estado havia piorado. Menos de 48 horas depois entrou em choque, com grave insuficiência respiratória. Morreu
afogada pelas próprias secreções pulmonares. A doença fez uma vítima fatal em dois dias. Diagnóstico inicial:
dengue. Denis, filho de Neusa Molina, inconformado, buscou ajuda no Instituto Adolfo Lutz. Uma equipe do Centro de
Controle e Prevenção de Doenças (CDC) analisou amostras do sangue da mãe de Denis. Resultado: Síndrome
Pulmonar provocada por um hantavírus, um vírus mortal transmitido por ratos, mais precisamente: a contaminação se
dá no campo, no solo, na terra, através do contato pelo ar com partículas de urina ou fezes de ratos. Os cientistas
conhecem pelo menos 14 tipos de hantavírus. Dois têm os mais numerosos registros de casos de doenças em todo o
mundo: o que causa a febre hemorrágica com síndrome renal (HFRS) e o que provoca a síndrome pulmonar (HPS).”
(Extraído da Revista ISTOÉ, 1º/julho/1990, com adaptações.)
Texto II

“Causa das mortes em São Sebastião/DF identificada: contaminação por hantavírus”.


(Extraído do Jornal de Brasília, 01 de julho de 2004, com adaptações)

a) Se os vírus são considerados organismos tão específicos quando relacionados ao seu preferencial hospedeiro,
como se explica que tenham se instalado tanto no rato como no homem?
b) Uma vez que os ratos não desenvolvem a doença, eles se comportam, então, como meros reservatórios, enquanto
que nos homens, a doença se manifesta. Com base nestes modos de ação, cite que tipo(s) de ciclo(s) reprodutivo(s)
os hantavírus apresentam. (Leve em conta as evidências destacadas nos textos.)
a) Devido ao parentesco evolutivo (ambos são mamíferos), ratos e homens possuem receptores comuns. O Hanta
vírus provavelmente utiliza um desses receptores comuns para se instalar em ambos os hospedeiros.
b) No rato: no máximo lisogênico, mas provavelmente nem entra nas células para ser eliminado através da urina ou
fezes; no homem: lítico (provoca doença pulmonar ou renal).
Gab Exerc vírus
2005.doc

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