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MARCO AURÉLIO TOLEDO DUARTE

Advocacia Cível – Empresarial – Internacional


Rua Desembargador Motta, n. 3588
Curitiba – Paraná – Tel: (41) 3335-5577

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA FEDERAL DE PONTA


GROSSA-PARANÁ

Autos: 5000692-98-2011.4.7009 (Medida Cautelar de Exibição)

NILSON ANTONIO PIETROBOM, já devidamente


qualificado nos autos em epígrafe, ajuizado em face da CAIXA ECONOMICA
FEDERAL, também já qualificado, por intermédio de seu advogado adiante
assinado, vem, respeitosamente e com todo o acatamento perante V. Excia,
nos termos do art. 535, II, do Código de Processo Civil e art. 93, IX, da
Constituição Federal, interpor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO em razão de
OBSCURIDADE E OMISSÃO sobre a qual devia pronunciar-se Vossa
Excelência.
Preliminarmente, requer o impetrante que os presentes
embargos sejam conhecidos, pois presentes os pressupostos processuais de
admissibilidade, interrompendo-se, com efeito, o prazo a interposição de
eventuais recursos, nos termos do art. 538, caput, do CPC.
No mérito, requer seja dado provimento aos embargos de
declaração, principalmente em seus “efeitos infringentes”, pelas razões de
direito que serão demonstradas utilizando-se a reprodução da respeitável
decisão.
1. DO INDEFERIMENTO DO PEDIDO LIMINAR
Foi dito na r. sentença que (permita o destaque
Excelência!):

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“Não vislumbro a existência de periculum in mora a


justificar a concessão da medida com a supressão do
contraditório”.
“Assim, os fundamentos da peça inicial ora
apresentada (falta de assinatura do contrato para
fins de registro) não repercutem aos fundamentos
jurídicos presente pedido, por se trata de relações
jurídicas diversas, ainda que originarias do mesmo
contrato”.
2) DA OMISSÃO NA DECISÃO EM RELAÇÃO AO PEDIDO DE EXIBIÇÃO
DA PLANILHA EVOLUTIVA DO FINANCIAMENTO
Importante ressaltar que a Medida Cautelar de Exibição
de Documentos apresentada, objetiva, e tem como fundamento a recusa do
Banco Réu na EXIBIÇÃO dos documentos apresentados na peça inicial,
(itens 5.3 e 8), a seguir:
5.3. Os documentos que devem ser exibidos pela
instituição financeira requerida são:

1) Contrato por Instrumento Particular de Compra e


Venda de Imóvel Residencial Quitado, Mútuo e
Alienação Fiduciária em Garantia, Carta de Crédito
com Recursos do SBPE no âmbito do Sistema
Financeiro da Habitação – SFH - n° 1.5555.0115701-
2, ELABORADO E ASSINADO PELAS PARTES, em
20/04/2010, nas dependências do Banco Réu, para
que o Autor possa proceder o devido registro do
Instrumento no Cartório de Registro de Imóveis de
Imbituva-Paraná;

2) Contrato De Financiamento Imobiliário – Proposta,


Opção de Seguro e Demais Condições para Vigência
do Seguro (rubricados e assinados 20-04-2010);

3) PLANILHA EVOUTIVA DO FINANCIAMENTO,


constando enventuais aplicações de juros compostos,
anatocismo, taxas, “diferenças de prestação”, taxas,
de desde a data da assinatura do contrato
(20/04/2011), até a presente data.

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Item 8 -
1.a. Seja concedida Medida Liminar, “inaudita altera
pars” para se determinar a imediata exibição dos
seguintes documentos, a seguir:
1.b. Contrato por Instrumento Particular de Compra e
Venda de Imóvel Residencial Quitado, Mútuo e
Alienação Fiduciária em Garantia, Carta de Crédito com
Recursos do SBPE no âmbito do Sistema Financeiro da
Habitação – SFH - n° 1.5555.0115701-2;
1.c. Contrato de Apólice de Seguro,(devidamente
assinado e rubricado pelas);
1.d. PLANILHA EVOLUTIVA DO FINANCIAMENTO,
constando eventuais aplicações de juros compostos,
anatocismo, quando poderão ficar provados (índices de
juros, mora, encargos, tarifas, taxas, seguros, multa,
“diferença teórico pago”, “diferença de prestação”,
desde a assinatura do Contrato (22/04/2011), até sob
pena de pagamento de multa diária a ser
prudentemente arbitrada pelo Juízo, cujo percentual
requer seja fixado em R$ 1.000,00 (mil reais) por dia
de descumprimento da medida e sem qualquer limite
ao valor ora dado à causa, sem prejuízo de reputar-se
verdadeiros os fatos que os referidos documentos o autor
pretenderá ou pretenderia provar.
Assim se manifesta a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça:
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO. Banco. Liminar. É possível
o deferimento de liminar para a apresentação de
documento bancário relacionado com negócio
reconhecidamente celebrado entre as partes. Presentes
os requisitos, nenhuma razão existe para que se
cumpra a ordem apenas depois da sentença de
procedência. Recurso não conhecido. (STJ. RESP
410737 / MG ; RECURSO ESPECIAL 2002/0013369-4,
Relator(a) Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102),
Data da Publicação/Fonte DJ 02.12.2002 p. 317 ).

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Ora,Excelência, O PEDIDO DA EXIBIÇÃO DA


PLANILHA EVOLUTIVA DO FINANCIAMENTO foi claro e cristalino quando
explicitou detalhadamente as dúvidas e controvérsias das taxas de juros
aplicadas e demais termos constantes nos documentos de difícil compreensão,
ou seja, o Autor que é parte suficiente na relação contratual corroborou que
está tentando obter os extratos/planilhas, e está sendo ignorado pelo Banco
Réu.
Logo requer que a omissão seja sanada, com os efeitos
infringentes para que seja deferido o pedido de apresentação da Planilha
Evolutiva do Financiamento, nos termos da fundamentação da peça inicial.
3) DA OMISSÃO NA DECISÃO EM RELAÇÃO A NOTIFICAÇÃO
EXTRAJUDICIAL DO AUTOR SOLICITANDO A EXIBIÇÃO DOS
DOCUMENTOS E O SILÊNCIO DA REQUERIDA
3.1. Inobstante o Autor tenha ajuizado Medida Cautelar
de Exibição de Documentos, e tenha apresentado a Notificação Extrajudicial
solicitando os documentos a Requerida, a decisão foi omissa sobre a
Notificação e o silêncio da Requeria, ou seja, fundamentação do indeferimento
e a inexistência do “periculum in mora”, considerou apenas no fato que “ o
contrato apresentado pela parte autora não estar assinado pelos contratantes”.
3.2. Ora, Excelência, a simples recusa do banco Réu em
exibir os documentos solicitados pessoalmente pelo Autor e através de
Notificação Extrajudicial, são mais que suficientes para confirmar a urgência
no deferimento da liminar, notadamente porque fere diametralmente o direito
do Autor, como também o art. 1º, II, da Resolução 2878 do Banco Central, a
seguir:
Art. 1º. Estabelecer que as instituições financeiras e
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil na contratação de operações e na
prestação de serviços aos clientes e ao publico em geral,
sem prejuízo da observância das demais disposições
legais e regulamentares vigentes e aplicáveis ao sistema
financeiro nacional, devem adotar medidas que objetivem
assegurar:
II – RESPOSTA TEMPESTIVA ÀS CONSULTAS, ÀS
RECLAMAÇÕES E AOS PEDIDOS DE INFORMAÇÕES
FORUMLADOS POR CLIENTES E PÚBLICO USUÁRIO
DE MODO A SANAR, COM BREVIDADE E EFICIÊNCIA,
DÚVIDAS RELATIVAS AOS SERVIÇOS PRESTADOS
E/OU OFERECIDOS, BEM COMO ÀS OPERAÇÕES
CONTRATADAS, OU DECORRENTES DE
PUBLICIDADE TRANSMITIDA POR MEIO DE
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QUAISQUER VEÍCULOS INSTITUCIONAIS DE
DIVULGAÇÃO (...)”.
Assim se manifesta a jurisprudência em relação à
obrigação da exibição de documentos comuns as partes e o deferimento
da liminar do pedido do autor, sem audiência da outra parte, a seguir:
"MEDIDA CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS
- INSTRUMENTO DE CONTRATO DE MÚTUO E
EXTRATO DE CONTA CORRENTE BANCÁRIA -
DOCUMENTOS DE INTERESSE COMUM DAS PARTES
- DEFERIMENTO LIMINAR DO PEDIDO DO AUTOR,
SEM AUDIÊNCIA DA OUTRA PARTE - AGRAVO DE
INSTRUMENTO IMPROVIDO - Por constituir obrigação
do estabelecimento bancário a exibição de documentos
comuns às partes, consistente na apresentação de
instrumento de contrato de cheque especial e no
fornecimento de extrato de conta corrente, impõe-se o
improvimento do agravo de instrumento por ele interposto
da decisão pela qual o juiz deferiu liminarmente, sem a
sua prévia audiência, a medida cautelar de tais
documentos, formulada pelo correntista, uma vez
demonstrado o preenchimento por este dos requisitos do
fumus boni juris e do periculum in mora." (TAMG, AI n.
0307740-3, 7ª C.Cív., rel. Juiz Fernando Bráulio, DJMG
de 15.11.2000).

Colhe-se o mesmo entendimento de voto da lavra da


Ministra Nancy Andrigui, em análise de caso em que se discutia a abusividade
de cláusulas contratuais:

"Insurge-se o agravante por entender incumbir ao


agravado o ônus de demonstrar o fato constitutivo de seu
direito, qual seja, carrear aos autos o contrato
entabulado entre as partes. Contudo, aplicou
corretamente o acórdão recorrido a regra inserta no art.
358, III, do CPC, afastando, via de conseqüência, o
disposto no art. 333, I, do CPC, porquanto "sendo de
responsabilidade da instituição bancária apresentar
cópia da avença firmada e vindo informação que não
logrou localizá-la, deve o Banco arcar com os
respectivos ônus de sua negligência" (f. 128).
Dessarte, não prosperam as aduzidas violações aos
dispositivos de lei acima elencados, porque, forte no art.
358, III, do CPC, não se admite a recusa de exibição
de documento comum às partes." (sem grifos no
original - AgRg no Ag 511.849/RS, Rel. Ministra NANCY
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ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 23.09.2003,
DJ 10.11.2003 p. 190).

Ainda neste sentido:

"NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS - PETIÇÃO


INICIAL - INDEFERIMENTO - O contrato objeto do pleito
revisional constitui documento imprescindível à
propositura da ação (art. 283 do CPC). Cabe à parte
autora, antes de ingressar em juízo, solicitar que a parte
que o possui lhe forneça cópia dele. Havendo resistência
no seu fornecimento abre-se a possibilidade de que tal
pretensão seja exercida pela via judicial. E quando esse
documento for indispensável para a elaboração da
petição inicial, a sua apresentação deverá ser
precedida de medida cautelar de exibição de
documentos, procedimento preparatório (arts. 844 e
845 do CPC). Apelação improvida" (TJRS - Apelação
Cível nº 70003595097, 11ª Câmara Cível, Rel. Des.
Voltaire de Lima Moraes, J. 29/05.2002).

"Exibição de documentos. Extratos bancários.


Precedentes da Corte. 1. Não se pode negar a exibição
de extratos que alcançam toda a relação contratual
apenas porque poderiam ser obtidos por meio da internet.
Parte-se, assim, do pressuposto que todos têm
computador e sabem manejá-lo. Esta Terceira Turma,
pelo menos em duas oportunidades, demonstrou que "a
circunstância dos documentos estarem
semanalmente à disposição dos clientes não
desonera a instituição financeira de exibir a
documentação pleiteada pelo autor, oportunizando
informações suficientes, adequadas e verazes a
respeito dos contratos entabulados, pois àquela
incumbe, ex vi legis, o dever de exibi-Ias se instada a
fazê-lo, em razão do contrato celebrado com os
autores" (REsp n° 330.261/SC, Relatora a Ministra
Nancy Andrighi, DJ de 8/4/02; REsp n° 617.031/RS, da
minha relatoria, DJ de 13/2/06). 2. Recurso especial
conhecido e provido." (sem grifos no original - REsp
706.367/RS, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO
MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em
20.04.2006, DJ 14.08.2006 p. 279).

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EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO. Banco. Liminar. É


possível o deferimento de liminar para a
apresentação de documento bancário relacionado
com negócio reconhecidamente celebrado entre as
partes. Presentes os requisitos, nenhuma razão existe
para que se cumpra a ordem apenas depois da sentença
de procedência. Recurso não conhecido. (STJ. RESP
410737 / MG ; RECURSO ESPECIAL 2002/0013369-4,
Relator(a) Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102),
Data da Publicação/Fonte DJ 02.12.2002 p. 317 )

Tal entendimento é corroborado pelo Superior Tribunal


de Justiça:

"CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PROVA.


JUNTADA. DOCUMENTOS. O Juiz pode ordenar ao
banco réu a juntada de cópia de contrato e de extrato
bancário, atendendo aos princípios da inversão do
ônus da prova e da facilitação da defesa do direito do
consumidor em Juízo. Art.6o, VIII, do CDC. Art. 381 do
CPC. Exclusão da multa do art. 538 do CPC. Recurso
conhecido em parte e provido". (REsp 264.083/RS, Rel.
Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR, QUARTA TURMA,
julgado em 29.05.2001, DJ 20.08.2001 p. 473)

Nesta esteira, é de fundamental importância que a


OMISSÃO seja sanada, ou seja, imperiosa a análise e devida fundamentação
de V. Excia. sobre o tema, e mais, o aclaramento sobre o fato (envio da
Notificação Extrajudicial pelo Autor e o silêncio da Requerida), ser
considerado ou não fato notório e relevante para o deferimento da decisão
da Medida Cautelar, ou se o entendimento de V. Excia é no sentido de
irrelevância sobre o assunto para a presente lide.
4) DA OMISSÂO SOBRE AS AMEAÇAS DE COBRANÇA PELA
REQUERIDA E A OBSCURIDADE EM RELAÇÃO A INSCRIÇÃO DO
AUTOR NO SERASA
Em relação à inserção do Autor no Serasa, foi dito na r.
sentença, o seguinte:
“Afasto a alegação de perigo da demora na decisão do
processo. Quanto ao inscrição no SERASA não merece
prosperar, pois a inscrição é realizada no caso de
débitos entre os contratantes”.

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Por outro lado o Autor apresentou o comprovante da


inserção no SERASA, a seguir:
REGISTRO SPC EM OUTRAS BASES
DATA DO ATRASO: 20/10/2010 (A correspondência de
ameaça de Execução Extrajudicial aponta para
inadimplência entre 10/2010 e 01/2011.
VALOR: R$ 3.374,65

INFORMANTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

CONTRATO: 00000155501157012
Ocorre que restou caracterizada OMISSÃO E
OBSCURIDADE na decisão em relação à efetiva ameaçada apresentada nos
autos, e a OBSCURIDADE quanto a inscrição no SERASA, e o seu
indeferimento baseado em “débitos entre os contratantes”.
Logo, segundo a decisão de V. Excia., restou corroborado
, primeiro, na necessidade do reconhecimento de que há um imóvel como
garante, segundo, que se não houve registro, a execução é inócua, logo,
sendo o negócio jurídico imperfeito, qual o motivo para o indeferimento do
pedido de exclusão do nome do Autor do SERASA?
Diante dos fatos, importante destacar que o art. 6º do
Código do Consmidor:
Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
(...)
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
com a inversão do ônus da prova a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação, ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências”.
Também o art.18, VII, da Resolução 2878 do Banco
Central do Brasil, assim preceitua:
Art. 1° (...) as instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil, na contratação de operações e na prestação de
serviços aos clientes e ao público em geral, sem prejuízo
da observância das demais disposições legais e
regulamentares vigentes e aplicáveis ao Sistema

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Financeiro Nacional, devem adotar medidas que
objetivem assegurar:
VII – EXPOR NA COBRANÇA DA DÍVIDA, O CLIENTE
OU O USUÁRIO A QUALQUER TIPO DE
CONSTRANGIMENTO OU AMEAÇA.
Nesta esteira, assim se manifesta a jurisprudência sobre
o tema, a seguir:
CONTRATO BANCÁRIO – AÇÃO DE REVISÃO
CONTRATUAL EM TRAMITAÇÃO – POSSIBILIDADE DE
ÊXITO – VEDAÇÃO À INSCRIÇÃO DOS NOMES DA
OBRIGADA PRINCIPAL E DOS DEVEDORES
SOLIDÁRIOS NOS CADASTROS DE RESTRIÇÃO DO
CRÉDITO – TUTELA ANTECIPADA NEGADA –
DECISÃO REFORMADA – AGRAVO DE
INSTRUMENTO PROVIDO – I – Pendente discussão
judicial sobre o contrato bancário tido como inadimplido,
havendo plausibilidade nas teses jurídicas invocadas e,
pois, possibilidade de êxito da ação revisional intentada,
não há como se admitir a inscrição do nome da obrigada
principal e de seus garantes nos órgãos restritivos do
crédito. II – Ainda que seja a cautelar o procedimento
adequando para a obtenção da vedação de inscrição
do nome dos devedores nos órgãos de registro
creditório negativo, não constitui nenhuma heresia
jurídica a sua concessão no âmbito da tutela
antecipada, privilegiando-se, em relação à forma, o
conteúdo da pretensão. (TJSC – AI 00.017695-8 – 4ª
C.Cív. – Rel. Des. Trindade dos Santos – J. 08.02.2001).
CONTRATOS BANCÁRIOS – AÇÃO REVISIONAL –
DISCUSSÃO DO EXATO MONTANTE DO DÉBITO –
POSSIBILIDADE DE ÊXITO NÃO AFASTADA –
INSCRIÇÃO DOS NOMES DOS OBRIGADOS NOS
REGISTROS CREDITÓRIOS NEGATIVOS – TUTELA
ANTECIPADA – INDEFERIMENTO – DECISÃO
INSUBSISTENTE – AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO – É medida de todo salutar a vedação da
inscrição dos nomes dos obrigados em contratos
bancários nos organismos controladores do crédito,
quando pendente ação revisional cuja possibilidade de
êxito não está afastada. Muito embora seja mais

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adequada juridicamente, para tal finalidade, o uso da


medida cautelar, não se constitui em heresia jurídica
o deferimento da tutela antecipada para tal finalidade,
pena de tornar-se preponderante a forma em
detrimento do conteúdo. (TJSC – AI 00.016006-7 – 4ª
C.Cív. – Rel. Des. Trindade dos Santos – J. 08.02.2001).
Diante dos fatos, consubstanciado na GARANTIA
CONSTITUCIONAL DE ACESSO À INFORMAÇÃO E DECORRÊNCIA
NATURAL DA RELAÇÃO JURÍDICA CONTRATUAL, notadamente o art. 1º,
,II, da Resolução 2878 do Banco Central do Brasil (que preceitua sobre a
tempestividade dos banco às consultas, e aos pedidos de informações
formulados pelos clientes), e art. 93, IX, da CF, requer o que segue:

Logo,requer seja sanada a obscuridade e omissões na


fundamentação da decisão que indeferiu a liminar pleiteada, com os efeitos
infringentes, conforme entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de
Justiça, em votação unânime, concedeu efeito infringente depois de
constatada contradição no julgado recorrido: EDclREsp 238.932/DF, 5ª Turma,
rel. Min. Felix Fischer, j. 4.4.2000, DJ 15.5.2000, p.187..

Cândido Rangel Dinamarco, comentando a


natureza jurídica dos embargos de declaração e a excepcionalidade de sua
eficácia infringente, no tocante ao suprimento de uma omissão, diz que:

“A primeira hipótese de legítima eficácia


infringente dos embargos declaratórios vem
da própria sistemática desse remédio
processual, conforme concebida pelo
legislador e presente nos termos explícitos
do art. 535 do Código de Processo Civil. A
situação em que essa eficácia se manifesta
de modo mais agudo é a dos embargos
fundados em omissão sobre algum dos
pedidos cumulados, ou sobre algum
fundamento da demanda ou da defesa (art.
535, inc. II). A decisão que supre
omissões dessa ordem pode ter
repercussão direta sobre o julgamento
do mérito, até mesmo para inverter
substancialmente o teor do julgamento.
Pensar, p. ex., na sentença que se omite por

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completo sobre a prescrição alegada pelo


réu e julga procedente a demanda inicial. Ao
suprir essa omissão em sede de embargos
declaratórios, o juiz pode, legitimamente e
sem a mínima infração ao sistema, acolher a
defesa e, ao acolhê-la, alterar radicalmente
a conclusão do decisório – extinguindo, pois,
o processo com julgamento do mérito a
favor do réu e não mais do autor. É explícito
o Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal, ao estabelecer que os embargos de
declaração limitar-se-ão a suprir
obscuridade, contradição ou lacuna do
acórdão embargado, „salvo se algum outro
aspecto da causa tiver de ser apreciado
como conseqüência necessária‟ (RISTF, art.
338). Nesses casos, sendo pedida pelo
embargante e podendo ser concedida
pelo juiz uma alteração substancial no
teor do decisum, os embargos
declaratórios são dotados de
desenganada feição recursal” (nova era
do processo civil, 2ª ed., Malheiros, SP,
2007, pp. 189/190).

5 - REQUERIMENTOS FINAIS

Pelo exposto, REQUER:

Com fundamento no art. 535, inciso II, seja conhecido os


embargos, pois tempestivos, para o aclaramento do Acórdão, com o intuito de
que seja dado provimento para o fim indicado, e assim requer seja dado
provimento aos embargos de declaração, reconhecendo-se o “efeito
infringente”, com o deferimento da liminar pleiteada, nos termos da peça
inicial, e subsidiariamente que sejam esclarecidos os pontos obscuros e
omissos, a seguir:

a) Seja sanada a OMISSÃO NA DECISÃO EM


RELAÇÃO AO PEDIDO DE EXIBIÇÃO DA PLANILHA EVOLUTIVA DO
FINANCIAMENTO, nos termos do item 2;

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b) Seja sanada a OMISSÃO NA DECISÃO EM


RELAÇÃO A NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO AUTOR SOLICITANDO A
EXIBIÇÃO DOS DOCUMENTOS E O SILÊNCIO DA REQUERIDA, nos
termos do item 3;
c) Seja sanada a OBSCURIDADE E OMISSÂO
SOBRE AS AMEAÇAS DE COBRANÇA PELA REQUERIDA E A
OBSCURIDADE EM RELAÇÃO A INSCRIÇÃO DO AUTOR NO SERASA,
para que seja excluído imediatamento no nome do Autor no SERASA;
d) A interrupção do prazo para a interposição de
eventuais recursos nos termos do art. 538, caput, do CPC.

E. Deferimento.

Curitiba, 23 de Março de 2011.

MARCO AURÉLIO TOLEDO DUARTE ADV°.

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