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http://www.iaradocarmo.com.br/comportamento.php?artigo_id=31
:Psicossomática::
1. Lidando com a Morte
A missão tradicional do médico é aliviar o sofrimento humano; se puder curar,
cura; se não puder curar, alivia; se não puder aliviar, consola. Ao pensar na
morte, seja a simples idéia da própri...
2. Cancer e Emoções
É difícil alguém estar realmente preparado para o diagnóstico de câncer.
Quando isso acontece a primeira atitude é de negação. Normalmente as
pessoas custam muito a acreditar que aquele diagn...
4. Depressão e Câncer
As pessoas que recebem um diagnóstico de câncer, passam por vários níveis
de estresse e angústia emocional. O medo da morte, a interrupção de planos
futuros, as mudanças físicas e psíquicos, as mudanç...
6. Diabetes e Emoções
A Diabetes mellitus, aportuguezada para Diabetes Mellito e agora sóDiabete, é
um distúrbio do metabolismo que afeta primeiramente os açúcares (glicose...
9. Suprarrenais e Emoções
O Hipotálamo é uma área cerebral nobre e intimamente relacionada às
emoções. Ele ativa a Hipófise e todo o Sistema Nervoso Autônomogerando
respostas físicas e psicológicas ...
Para uma melhor compreensão de Psicossomática, citamos Luiz Miller de Paiva, em seu livro
Medicina Psicossomática, onde define: “Doença psicossomática é uma manifestação expressa
predominantemente pelo sistema vegetativo (simpático e parassimpático) ou pelos
hormônios (...). A doença psicossomática não é somente o intento de expressão de uma
emoção e sim uma resposta fisiológica das vísceras a constantes estados emocionais”.
Os somaticistas são levados a considerar, de maneira cada vez mais explícita, o fato de que
um corpo, sadio ou doente, é sempre um corpo de relação com o meio, envolvido por
emoções, animado por movimentos afetivos, e que os psiquiatras, psicólogos ou
psicanalistas, tendem a ver, ao funcionamento somático e nos seus desequilíbrios, um dado
constantemente intrincado com a vida psíquica e indissociável da noção de equilíbrio psíquico
do indivíduo. Sugerem a importância em buscar na biografia de um paciente e no
conhecimento de sua organização psíquica, o apoio para alcançar uma compreensão mais
global de sua doença.
Admite a Psicossomática como uma filosofia de trabalho, um plano de vida, uma postura, um
posicionamento do profissional diante do seu paciente e mais que isso, diante de pessoas
que não sejam seus pacientes. Vê a Psicossomática como uma filosofia de vida
Aponta que somente na relação com o paciente, quando aceitamos as suas qualidades e as
suas dificuldades, é que podemos percebê-lo como uma pessoa em experiência na vida e
respeitá-lo nas suas atuais condições. É dessa forma que poderemos dar o primeiro passo
para tentar ajudá-lo.
“Toda pessoa carente de saúde é, antes de tudo,uma PESSOA, mesmo quando as suas
condições físicas e psíquicas o pareçam negar...”
Na medicina tradicional, a dor está associada à lesão real ou potencial dos tecidos.
O que significa dor, na psicossomática?
Para a Psicossomática o adoecimento não é algo que vem de fora e se superpõe ao homem.
É um modo peculiar da pessoa de expressar em circunstâncias adversas. É, como suas
outras manifestações, um modo de existir, ou de coexistir, já que o homem não existe,
coexiste.A cada dia o ser humano se depara com situações que podem gerar sentimentos de
alegrias bem como dor, sofrimento, abandono, desamparo e angústia e, diante disso, cada
indivíduo vai se manifestar de forma peculiar diante da vida e do adoecer. Algumas dores
chamadas de dores psicossomáticas, apesar de doerem no corpo físico e de ser bem real em
termos físicos, nada têm a ver com o plano físico; pode até existir algum adoecimento no
corpo físico, no entanto, essa dor psicossomática não está no plano físico – está na alma - é
uma dor psicológica, emocional. Para delimitação do campo da psicossomática, torna-se
necessário que se fale em três grandes áreas: 1) acepção (significação) mais restritiva:
quando o distúrbio é acompanhado por alterações anatomoclínicas ou biológica objetiváveis
(ex.: asma brônquica); 2) acepção num sentido menos restrito: engloba as manifestações
puramente funcionais, sem lesão orgânica subjacente, resultante de distúrbios de certas
funções vitais (ex.: certas constipações crônicas ou de certas hipertensões arteriais lábeis);
3) num sentido mais amplo: abrange a expressão somática das emoções (como a angústia)
ou as manifestações somáticas dos distúrbios de humor.
O ser humano é uma unidade complexa onde seus aspectos físicos e mentais estão inseridos
em um estado de interação simbiótica. Essa interação já era descrita por Aristóteles: “psique
(alma) e corpo reagem um com outro, uma mudança no estado da psique produz uma
mudança no corpo e vice-versa”. Dessa forma, podemos dizer que todas as doenças têm
seus aspectos psicológicos; deve ser levado em consideração, não só a doença, mas todo o
processo do adoecer. A patologia passa então a ser interpretada como algo que não está
“funcionando bem’’ tanto em suas características físicas como mentais. Adoecer também é a
expressão de um estado psíquico atípico como se o sujeito expressa-se através do soma
(corpo) seus males psíquicos. As alterações emocionais estão presentes, antes e durante o
curso da patologia, podendo estas alterações emocionais ser dos mais diversos cunhos, seja
um sentimento de insegurança, retraimento social, dificuldade para expressar seus
sentimentos sensibilidade afetiva muito aumentada, e capacidade de lidar com perdas e
frustrações.Podemos assim então interpretar que a manifestação somática está interligada
de maneira muito próxima à tentativa de manter o prazer, resgatar algo que se perdeu, que
tem medo de perder ou na manutenção de algo em alguém que se quer para o
futuro.Angústia e ansiedade designam um sentimento penoso de espera ou um medo sem
objeto; constituem um estado afetivo doloroso, desencadeado por um perigo imaginário, ou
sinalizando-o, em geral inconsciente, o que distingue do medo, estado afetivo, diretamente
ligado à ameaça representada por um objeto ou situação definidos.A angústia comporta uma
modificação de uma ou várias funções vegetativas, segundo a predominância da excitação
do sistema nervoso simpático ou do parassimpático. Dependendo dos casos, pode
desencadear uma aceleração cardíaca, uma dispnéia, uma perturbação do trânsito intestinal,
uma variação das secreções sudoríparas, salivares ou gástricas, do surgimento de espasmos
musculares, etc.Mesmo quando a angústia é uma expressão essencialmente somática, ela
permanece um fenômeno de característica acima de tudo afetiva.
Emoção causa dor? Até que ponto? Se sim, como controlar as emoções para
extingui-la?
O adoecer está intimamente ligado com a capacidade do sujeito lidar com suas emoções e
sentimentos, a manifestação dos sintomas é um sinal de que algo não vem fluindo bem há
algum tempo, esses sintomas a quebra dos seus limites em suportar e superar
adversidades.A saúde é o equilíbrio dinâmico entre os diversos sistemas que compõem o ser.
Qualquer alteração em um dos sistemas (psicológico, neurológico, endocrinológico ou
imunológico), acarreta um desequilíbrio em todas a partes do indivíduo. O estresse
continuado, ocasionado por um trauma não sobrepujado, mina o sistema imunológico
propiciando o descontrole de neuro-transmissores cerebrais (entre eles a serotonina e a
noradrenalina), causando depressão. As alterações emocionais estão presentes, antes e
durante o curso da patologia, podendo estas alterações emocionais ser dos mais diversos
cunhos, seja um sentimento de insegurança, retraimento social, dificuldade para expressar
seus sentimentos sensibilidade afetiva muito aumentada, e capacidade de lidar com perdas e
frustrações.Podemos assim então interpretar que a manifestação somática está interligada
de maneira muito próxima a tentativa de manter o prazer, resgatar algo que se perdeu, que
tem medo de perder ou na manutenção de algo em alguém que se quer para o futuro.
Dentre as sete dores que vamos detacar na reportagem (citadas acima), quais são
mais presentes na psicossomática? O que isso significa?
Existe como tratar a dor sem tratar o psicológico? Ou, nesse caso, o tratamento se
torna paliativo?
As emoções falam através do corpo e dos sintomas. Não adianta tratar apenas com remédios
uma série de sintomas inespecíficos enquanto o verdadeiro problema se encontrar no
inconsciente da pessoa. O estudo psicossomático é uma possibilidade de se conhecer o
paciente de forma integral, onde o sintoma é conseqüência de vários fatores, inclusive ou
talvez principalmente, emocional. O adoecimento do ser humano é uma das formas de
expressão quando ele se encontra no limiar do sofrimento. Cabe ao profissional da área da
Saúde, buscar compreender essa forma de linguagem. Foi a única maneira que o paciente
encontrou para dizer que ele não está absolutamente, conseguindo lidar, com um certo
equilíbrio, com as situações difíceis da sua vida.
Psicologia Hospitalar e Psicossomática: Psicóloga de formação Clínica, Hospitalar e
Psicossomática - UNIP (1994).
Pós-Graduada em Psicologia Hospitalar pela PUC/SP. Mestre em Psicologia pela Universidade
São Marcos. Fundadora e Coordenadora do CEPPS Centro de Estudos e Pesquisas em
Psicologia e Saúde/SP coordenando cursos de Psicologia Hospitalar e da Saúde em São
Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.