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Roosevelt S. Fernandes
Acredito que as duas frases é que definem, em relação à Educação Ambiental (EA),
a real necessidade de uma reflexão de algumas de suas premissas básicas.
Ou seja, nossas inferências não são opiniões pessoais – em EA este tipo de postura
vale muito, pois se admite “ter longa experiência na área” o que, em muitos casos,
sem ter uma componente de “avaliação de resultados”, fica restrita a “pensar que
tudo vai bem, e não pode ficar melhor”.
Tenho feito uma cruzada no sentido de “induzir uma reflexão sobre a EA do século
passado e aquela que precisamos para o século XXI” e tenha observado muitas
reações. Infelizmente (os que admitem que não há nada a repensar) partem do
princípio que esta reflexão é um “processo de identificar e reconhecer falhas” e,
deste modo, não tem muito interesse que isso ocorra. Entende-se esta “postura
reativa” a uma nova realidade que “exige mudanças”.Não mudanças de identificação
de falhas, mas sim de “aprimorar pontos onde se faz necessário um novo tipo de
reflexão”.
Por este motivo é que estamos “provocando mentes esclarecidas” – que tenham
condições de (em rede) concordar ou discordar da nossa postura, para que se
chegue a uma posição mais consolidada e menos reativa em relação à proposta.
.
Nosso grupo (NEPA) adota a postura de “sustentar posições” frente a dados
pesquisados (fatos), e respeitamos as opiniões dos outros (não poderia ser diferente
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Proibida cópia total ou parcial sem referência ao NEPA
NEPA – Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental
para quem pretende o diálogo), mas que estas outras opiniões venham também
lastreadas em fatos, de modo que seja possível comparar experiências positivas ou
negativas em diferentes contextos.
Acho que essa é uma postura que a atual sociedade não pode se negar a fazer
(pelo menos iniciar) sob pena de estar assumindo a idéia de que o princípio da
prevenção não tem lugar no âmbito da Educação Ambiental.
Concordo como ponto de discussão – mas discordo como “restrição a idéia proposta
de iniciar uma discussão” – que os resultados de um programa dessa natureza só
pode ser mensurados em um horizonte muito amplo de acompanhamento
(gerações), mas não posso aceitar que não se possa lançar mão de “caminhos de
avaliação em curto prazo” (após aplicação do programa) onde se tente mensurar a
diferença – certamente positivo - entre o nível de percepção ambiental (e social) do
segmento que irá receber o programa e aquele avaliado após sua conclusão (ganho
no nível de percepção ambiental do segmento social envolvido no programa de EA).
Não grupo não é dono da verdade (ninguém é), mas gostaria muito de saber que
estamos fazendo parte consciente dela.
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