investigação que tem por finalidade a descrição sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto. Âmbito Aplicável a todos os meios de comunicação e tipos de conteúdos. Instrumentos Analíticos qualitativos; suportes informáticos e estatísticos. História da Análise de Conteúdo Antecedentes: Hermenêutica e Retórica; Investigação Sociológica (Weber, 1910).
A História da AC está vinculada ao desenvolvimento da
Comunicação de Massas nos Estados Unidos:
– Estudos quantitativos sobre conteúdos veiculados:
[H. Lasswell, Propaganda Technique in the World War, 1927; Berelson e Lazarrsfeld, The analysis of communications content, 1952); – Expansão, a partir dos anos 60, para as áreas de Ciências Sociais e Humanas, Estudos Culturais e de Ciências da Comunicação e Jornalismo; – Incorporação de novos instrumentos e técnicas (computadores, estatística). AC: pré-requisitos metodológicos
Os contextos e factores históricos, económicos e sociais
do material, objecto, texto ou dados a analisar; Estudos anteriores realizados; A formulação de hipóteses que possibilitem o levantamento de unidades de registo e categorias inerentes ao campo de investigação; A determinação de categorias unívocas; A utilização das mesmas unidades de medida e categorias ao longo de todo o processo de investigação; A codificação dos dados e a sua tabulação; A explicitação dos mecanismos de inferência. AC: Parâmetros
1. Definir claramente qual o objectivo da
Investigação (grandes panorâmicas e tendências); 2. Identificar o Corpus e organizar a amostra; 3. Identificar unidades de registo categorizáveis e universais; 4. Identificar, com base no conhecimento das áreas cientificas, unidades de registo temáticas. AC: Unidades de Registo
Variáveis (unidades de registo)
de Forma, de Conteúdo e de Discurso 1. As variáveis de forma fundamentam- se nas Teorias dos Media e do Jornalismo; 2. As variáveis de conteúdo fundamentam-se nas áreas temáticas do objecto analisado; 3. As variáveis do discurso fundamentam-se nas Teorias da Análise do Discurso. AC: Unidades de Registo Variáveis de Forma (TV): Exemplo:
var1 (Identificação, ID), onde se atribui o número à peça;
var2 (Canal de Televisão) descrimina o canal generalista a que pertence a peça; var3 (Dia/Mês/Ano) atribui uma data à peça registada; var4 (Dia da Semana) identifica se o dia da peça corresponde a um dia de semana ou fim-de-semana; var5 (Tempo) pretende identificar, em minutos e segundos, o tempo despendido na exibição da peça; var6 (Alinhamento) regista o momento de exibição das peças em função do seu posicionamento na abertura ou no fluxo do jornal televisivo; var7(Tipo de peça) caracteriza o género de peça televisiva; var8 (Cenário TV) identifica o cenário principal onde se desenrola a acção da peça; var8A (Cenário TV) identifica um segundo cenário onde se desenrola a acção da peça. AC: Unidades de Registo Variáveis do Discurso (TV) Exemplo:
var14 (Enquadramento) caracteriza o tipo de narrativa,
dominante, utilizado na peça; var15 (Tom) atribui à peça um tom dominante; var16 (Argumentação) identifica o tipo de argumentação dominante na peça; var17 (Actores) regista os indivíduos presentes na peça; var17A (Actores) regista os indivíduos presentes na peça; var18(Vozes) regista o actor com maior intervenção na peça; var18A (Vozes) regista o actor com a segunda maior intervenção na peça; var18B (Vozes) regista o autor com a terceira maior intervenção na peça; AC: Vantagens
1. É uma metodologia utilizável em todas
as áreas científicas; 2. É autónoma do objecto; 3. É pouco dispendiosa; 4. Produz dados quantificáveis e de leitura universal; 5. Produz dados qualificados (por exemplo, tendências). AC: Desvantagens
A AC apresenta algumas dificuldades
frente a outras metodologias; Definição de uma amostra representativa; Determinação de unidades possíveis de analisar e medir; Definição operacional de categorias; Obtenção de formas confiáveis de codificação. AC: Procedimentos 1. Fase de pré-análise Leitura flutuante; escolha e aceitação da amostra; formulação das hipóteses e dos objectos; definição das unidades de registo; definição de categorias e unidades de registo. 2. Exploração do material - Operações de identificação, codificação e tabulação de unidades de registo e de categorias. 3. Tratamento dos resultados obtidos - Tratamento estatístico; tratamento qualitativo dando suporte a procedimentos de inferência, interpretação e validação. Bibliografia BARDIN, L. (1988) Análise de Conteúdo, Lisboa: Ed.70. BAUER, M.e GASKELL, G. (2002) Pesquisa Qualitativa com texto, imagem e som, Petrópolis; Vozes. BERGER, A.A. (2000) Media and Communication Research Methods, London: Sage. DEACON, D., PICKERING, M., GOLDING, P. e MURDOCK, G. (1999) Researching Communications, London: Oxford University Press. JENSEN, K.B. e JANKOWSKI, N.W. (1991) A Handbook of Qualitative Methodologies for Mass Communication Research, London: Routledge. SEALE, C. (org.) (2004) Reseaching Society and Culture, London: Sage.