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Milton Friedman

O economista norte-americano Milton Friedman é atualmente o decano da Sociedade


do Mont Pèlerin, tendo participado de sua fundação, em 1948, com Friedrich Hayek. Ao
longo de sua extensa vida acadêmica, cuja reputação foi conquistada à frente do
Departamento de Economia da Universidade de Chicago, EUA, Milton Friedman
publicou inúmeras obras sobre política e história econômica. Em 1976 ganhou o prêmio
Nobel de Economia, dois anos após Hayek. Outros colegas seus da Universidade de
Chicago também fariam jus ao prêmio, entre os quais se destacam George Stigler
(também fundador da Sociedade do Mont Pèlerin) e Gary Becker.

Os estudos de econometria levaram Milton Friedman a fundar a chamada "escola


monetarista" que, em síntese, estabelece uma forte correlação entre a oferta de moeda e
o nível de atividade econômica. Ao longo das décadas de 60 e 70 Friedman foi uma das
poucas vozes a defender a disciplina monetária (e fiscal) como única saída para o surto
de inflação que os governos em quase todos os quadrantes do mundo estavam
provocando. Até mesmo os Estados Unidos chegaram a ter quase 20% de inflação anual
no final do governo Carter (1980).

Friedman sempre defendeu idéias que, a princípio, causaram grande polêmica, mas
com o tempo revelaram-se soluções econômicas sensatas e desejáveis. Hoje ele defende
a extinção pura e simples do Federal Reserve (Banco Central americano) e do Fundo
Monetário Internacional porque suas equivocadas políticas monetárias têm causado
enormes danos à economia americana e à mundial.

A obra mais conhecida de Milton Friedman chama-se Capitalismo e Liberdade e foi


originalmente publicada nos Estados Unidos em 1962. Essa obra alcançou grande
repercussão, pois seu autor não se limitou a discorrer sobre economia pura. Numa
linguagem coloquial, Friedman aborda questões como a da relação entre liberdade
econômica e liberdade política, o papel do governo numa sociedade livre, política fiscal,
educação, monopólio, distribuição de renda, bem-estar social e combate à pobreza.
Afirma, por exemplo, que devido ao fato de ‘vivermos em uma sociedade, em grande
medida, livre, tendemos a esquecer o limitado espaço de tempo e a parte do Globo na
qual surgiu o que se chama de liberdade política: o estado típico da humanidade é a
tirania, servidão, miséria. O século XIX e o começo do século XX no mundo Ocidental
destacam-se como uma exceção à tendência histórica de desenvolvimento. A liberdade
política, nesse sentido, claramente surgiu com o livre mercado e o desenvolvimento das
instituições capitalistas. Da mesma maneira como a liberdade política na era dourada da
Grécia e nos primeiros dias da era Romana.’

Desde essa época Friedman já vinha se preocupando com a questão educacional. A


falência do ensino público (que consegue conjugar péssima qualidade e altos custos)
americano levou-o a propor um esquema simples e de enorme repercussão social.
Simplesmente tirar o Estado da educação. O dinheiro que hoje é mal gasto nos
estabelecimentos públicos de ensino deveriam ser convertidos em "vouchers" ou cupons
para cada aluno, de tal forma que, com esses recursos, seria possível pagar a
mensalidade de uma escola privada. Caberia aos pais escolherem o melhor colégio para
seus filhos. A competição que naturalmente se estabeleceria entre as escolas garantiria
uma melhoria constante do ensino. Os pais também passariam a interferir mais no
processo educacional, exigindo melhores cursos e qualificação dos professores, pois
poderiam facilmente mudar seus filhos de colégio.

No começo de 1999 Milton Friedman concedeu uma entrevista e abordou o problema


da crise cambial brasileira, então no auge. Suas palavras permanecem até hoje com
enorme atualidade:

‘Nem o câmbio fixo nem o flutuante resolvem os problemas fiscais internos. Não há
soluções fáceis. O Brasil tem de pôr sua casa fiscal em ordem: ou corta fortemente os
gastos governamentais ou aumenta fortemente a receita governamental. Não há outro
caminho. Ah, tem outra saída: imprimir dinheiro. Mas isso levaria inevitavelmente à
inflação. No caso do Brasil, a inflação voltou porque o governo não tem mais crédito
para tomar emprestado o necessário para cobrir o déficit. O déficit fiscal brasileiro é
muito grande e isso tem de ser resolvido. Mexer no câmbio ou qualquer coisa parecida é
apenas um paliativo.’

Nessa mesma entrevista também ressaltou que o problema dos juros elevados deveria
ser solucionado pelo mercado, não pelo governo. Este é, aliás, a causa do problema.

Milton Friedman, além de autor de livros é um excelente comunicador. Nos anos 70 e


80 produziu duas séries de televisão que tiveram enorme repercussão chamadas
Liberdade para Escolher e A tirania do status quo. Ele demonstrou como a economia de
mercado pode trazer mais prosperidade e riqueza para os indivíduos do que qualquer
outra forma de organização social. Também deu uma série de conselhos práticos para
diminuir o tamanho do Estado e deixar os cidadãos mais livres para perseguirem seus
próprios objetivos. Entre suas sugestões mais importantes destacam-se a substituição do
imposto de renda progressivo por um proporcional, com alíquota única, e a limitação
para o Banco Central de emitir moeda (autorizado a emitir moeda em pequenas
quantidades e em anos alternados). Muitas de suas idéias não foram imediatamente
adotadas, mas serviram para dar um Norte à presidência de Ronald Reagan e ajudaram,
em grande medida, a recolocar os Estados Unidos no caminho da prosperidade, como já
se vê há um quarto de século.

No final dos anos 90 Milton Friedman publicou um extenso relato autobiográfico,


juntamente com sua esposa Rose, sob o título Two lucky people (Duas pessoas de sorte,
ainda sem tradução para o português). Aliás, Rose Friedman é também uma destacada
economista que colaborou intensamente com o marido, tanto na elaboração de livros
quanto nas séries para a televisão. Atualmente o casal Friedman – já nonagenário –
dedica-se à sua Fundação, na Califórnia, essencialmente voltada para o problema da
educação das novas gerações.

Friedrich Hayek

Frederick August von Hayek (Viena, 8 de Maio de 1899 — Freiburg im Breisgau, 23


de Março de 1992) foi um economista da Escola Austríaca.
Hayek fez contribuições para a Psicologia, a teoria do Direito, a Economia e a
Política. Recebeu o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel de
1974 "por seu trabalho pioneiro na teoria da moeda e flutuações econômicas e pela
análise penetrante da interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e
institucionais", que dividiu com seu principal rival ideológico, o economista socialista
Gunnar Myrdal.

Nascido em Viena, em uma família de cientistas e professores acadêmicos (seu pai era
professor de Botânica na Universidade de Viena), quando jovem, esteve indeciso entre
seguir a carreira de economista e a de psicólogo. Escolheu a Economia e seu trabalho
nesse campo é notável: em 1974, ganhou o Prêmio de Ciências Econômicas. Hayek
poderia ter-se tornado um psicólogo de igual destaque: em 1952 publicou um livro
sobre a percepção sensorial, The Sensory Order, que passou a ser incluído entre as obras
de maior relevo na Psicologia.

Na Psicologia, Hayek propôs uma teoria da mente humana segundo a qual a mente é
um sistema adaptativo. Em Economia, Hayek defendeu os méritos da ordem
espontânea. Segundo Hayek, uma economia é um sistema demasiado complexo para ser
planejado por uma instituição central e deve evoluir espontaneamente, por meio do livre
mercado. A mesma idéia foi aplicada ao Direito: Hayek sustentou que um sistema
jurídico produzido pela gradual interação entre os tribunais e os casos específicos
funciona melhor que um sistema legal planejado a priori por um legislador. Na Política,
propôs uma fórmula constituinte que procura garantir as idéias liberais, com ênfase no
conceito de "governo limitado".

As idéias de Hayek assumem especial importância por terem servido como um


contraponto teórico ao crescimento socialista, que propunha um modelo econômico pré-
planejado.

Foi um dos expoentes da Escola Austríaca de Economia e um dos mais importantes


pensadores liberais do século XX. Conhecido internacionalmente por suas contribuições
importantes no campo da economia, a partir dos anos 1940 passou a ser igualmente
respeitado pelas novas visões que trouxe ao pensamento liberal, nos campos jurídico,
político, filosófico e histórico.

Embora quando muito jovem, em Viena, tenha sido socialista, diz ter percebido
"...como estava no caminho errado" após ter tido contato, em 1922, com os trabalhos de
Ludwig von Mises. Em 1944, publicou o best-seller O caminho da servidão (Road to
Serfdom). O livro foi um brado de alerta contra os movimentos totalitários que então se
expandiam na Europa continental, obra que dedicou a seus "amigos socialistas de todos
os partidos". Hayek procurou mostrar que a tendência de substituir-se a ordem
espontânea e infinitamente complexa de mercado por uma ordem deliberadamente
criada pelo engenho humano e administrada por um sistema de planejamento central
acabava resultando inexoravelmente no empobrecimento e na servidão.
A carreira de Hayek desenvolveu-se em quatro fases. De 1927 a 1931, dos 28 aos 32
anos de idade, foi diretor do Instituto Austríaco de Pesquisas Econômicas e de 1929 a
1931, professor de Economia na Universidade de Viena, onde seguiu a tradição de
Menger, Wieser, Böhm-Bawerk e Mises. Em 1931, foi convidado a assumir uma
cátedra na London School of Economics, onde permaneceu até 1950; tornou-se cidadão
britânico em 1938. (Durante a II Guerra Mundial foi transferido para a Universidade de
Cambridge, onde conviveu com John Maynard Keynes.) No ano de 1950, Hayek
aceitou uma cátedra na Universidade de Chicago, o mais famoso centro americano de
especialistas que defendem a economia de livre mercado. Permaneceu em Chicago até
1962. De 1962 a 1969, ocupou uma cátedra em Freiburg, base acadêmica do professor

Eugen Böhm-Bawerk, onde foi Professor Emérito.(CP)* No início dos anos 1970, a
produção intelectual de Hayek estava desacelerada. Seu vigor foi retomado com a
conquista do Prêmio Nobel de 1974, concedido por suas teorias sobre o capital e por
elucidar a interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e institucionais.

O trabalho acadêmico de Hayek (exceto por sua contribuição para a Psicologia),


divide-se em três partes: a primeira, teoria econômica; a segunda, problemas de
economia política; a terceira, filosofia política e teoria do direito.

Ludwig von Mises

Mises escreveu e lecionou incansavelmente, divulgando o liberalismo clássico e um


dos líderes da Escola Austríaca de economia. Em Human Action, Mises revelou o
fundamento conceitual da economia, que chamou de praxeologia, a ciência da ação
humana. Muitos de seus trabalhos tratavam de dois temas econômicos relacionados:
economia monetária e inflação
diferenças entre economias planificadas e livre mercado
Mises defendia que as pessoas demandam dinheiro por causa da sua utilidade como
meio para aquisição de outros bens, não por algum valor intrínseco desse, e que
qualquer expansão de oferta de crédito causa ciclos econômicos. Mises sugeriu que o
socialismo falha no aspecto econômico por causa do problema do cálculo economico—
a impossibilidade de um governo socialista conseguir fazer os cálculos econômicos
necessários para organizar uma economia complexa. Mises argumentou que, sem um
economia de mercado não haveria um sistema de preços funcional, o qual considerava
essencial para alcançar uma alocação racional dos bens de capital para os seus usos mais
produtivos. O socialismo falha porque a demanda não pode ser conhecida sem preços
estabelecidos pelo mercado. A crítica de Mises da via socialista para o desenvolvimento
econômico é conhecida:
O único fato sobre a Rússia sob o regime soviético com que todas as pessoas
concordam é: que a qualidade de vida do povo Russo é muito menor do que a do povo
no pais que é universalmente considerado como o paradigma do capitalismo, os Estados
Unidos da América. Se fôssemos considerar o regime soviético um experimento
científico, poderíamos dizer que a experiência demonstrou claramente a superioridade
do capitalismo e a inferioridade do socialismo.

Estes argumentos foram ampliados por economistas austríacos posteriores, como


Hayek.
Em Intervencionismo, uma Análise Econômica (1940), Ludwig von Mises escreveu:
A terminologia usual da linguagem política é estúpida. O que é esquerda e o que é
direita? Por que Hitler é de 'direita' e Stalin, seu amigo e contemporâneo, de 'esquerda'?
Quem é 'reacionário' e quem é 'progressista'? Reação contra políticas pouco inteligentes
não deve ser condenada. E progresso em direção ao caos não deve ser elogiado. Nada
deve ser aceito apenas por ser novo, radical, e estar na moda. 'Ortodoxia' não é um mal
se a doutrina em que o ortodoxo se baseia é válida. Quem é antitrabalhista, aqueles que
querem rebaixar o trabalho ao nível da Rússia, ou aqueles que querem para o trabalho o
padrão de vida capitalista dos Estados Unidos? Quem é 'nacionalista,' aqueles que
querem colocar seu país sob os calcanhares dos Nazistas ou os que querem preservar
sua independência?

John Maynard Keynes

John Maynard Keynes (pronúncia: /ˈkeɪnz/),CB (Cambridge, 5 de junho de 1883 —


Tilton, East Sussex, 21 de abril de 1946), foi um economista britânico cujos ideais
serviram de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na
prática. Ele defendeu uma política econômica de Estado intervencionista, através da
qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos
dos ciclos econômicos - recessão, depressão e booms. Suas idéias serviram de base para
a escola de pensamento conhecida como economia keynesiana.

Na década de 1930, Keynes iniciou uma revolução no pensamento econômico, se


opondo às ideias da economia neoclássica que defendiam que os mercados livres
ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores contanto que eles fossem
flexíveis em suas demandas salariais. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as
ideias econômicas de Keynes foram adotadas pelas principais potências econômicas do
Ocidente. Durante as décadas de 1950 e 1960, o sucesso da economia keynesiana foi tão
retumbante que quase todos os governos capitalistas adotaram suas recomendações.

A influência de Keynes na política econômica declinou na década de 1970,


parcialmente como resultado de problemas que começaram a afligir as economias
estadunidense e britânica no início da década e também devido às críticas de Milton
Friedman e outros economistas neoliberais pessimistas em relação à capacidade do
Estado de regular o ciclo econômico com políticas fiscais. Entretanto, o advento da crise
econômica global do final da década de 2000 causou um ressurgimento do pensamento
keynesiano. A economia keynesiana forneceu a base teórica para os planos do
presidente estadunidense Barack Obama, do primeiro-ministro britânico Gordon Brown
e de outros líderes mundiais para aliviar os efeitos da recessão.
Em 1999, a revista Time nomeu Keynes como uma das cem pessoas mais influentes
do século XX, dizendo que "sua ideia radical de que os governos devem gastar o
dinheiro que não têm pode ter salvado o capitalismo". Keynes é amplamente
considerado o pai da macroeconomia moderna e, de acordo com comentaristas como

John Sloman, é o economista mais influente do século XX. Além de ser um


economista, Keynes era também um funcionário público, um patrono das artes, um
diretor do Banco da Inglaterra, um conselheiro de várias instituições de caridade, um
escritor, um investidor privado, um colecionador de arte, e um fazendeiro. De estatura
imponente, Keynes tinha 1,98 metro.

As obras mais famosas de Keynes foram:

- As consequências econômicas da paz (The economic consequences of peace);


Tratado sobre a moeda (Treatise on money);
- Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment,
interest and money).

As suas idéias e as dos seus seguidores foram adotadas por vários governos ocidentais
e também por muitos governos do terceiro mundos. Constituem, até hoje, a essência da
política econômica mantida nos Estados Escandinavos, cujas populações desfrutam dos
melhores padrões de vida do mundo. A sua influência começou a diminuir a partir dos
anos 70 com a ascensão dos monetaristas, provocada pela crise do dólar norte-
americano de 1971, durante o governo Nixon, quando os Estados Unidos se viram
obrigados a interromper a conversibilidade do dólar em ouro, mas ressurge depois de
1986 com a publicação do teorema de Greenwald-Stiglitz e o surgimento dos
economistas novo-keynesianos.

Eugen von Böhm-Bawerk


Eugen Böhm Ritter von Bawerk, conhecido como Eugen von Böhm-Bawerk (Brno,
Morávia, 12 de fevereiro de 1851[1] – 27 de agosto de 1914 em Viena) foi um
economista austríaco que fez importantes contribuições para o desenvolvimento da
chamada Escola Austríaca de Economia.
Nascido Eugen Böhm, seu nome foi mudado para Eugen Böhm Ritter von Bawerk,
em 1854, quando seu pai foi elevado a cavaleiro (Ritter, em alemão). Entretanto,
normalmente assinava Eugen von Böhm-Bawerk ou Eugen Böhm-Bawerk.
Estudou direito na Universidade de Viena, onde leu o livro Princípios de Economia,
de Carl Menger. Embora ele nunca tenha sido aluno de Menger, ele rapidamente tornou-
se um partidário de suas teorias. Joseph Schumpeter disse que Böhm-Bawerk "era tão
completamente entusiasmado discípulo de Menger que dificilmente é necessário
procurar outras influências". Durante o período na Universidade de Viena, Böhm-
Bawerk tornou-se amigo de Friedrich von Wieser, quem mais tarde foi também seu
cunhado.
Após completar seus estudos, ele entrou no ministério das finanças austríaco. Böhm-
Bawerk passou boa parte da década de 1880 na Universidade de Innsbruck (1881-1889).
Durante esse tempo ele publicou os primeiros dois (em um total de três) volumes de
sua magnum opus, Capital e Juro (Capital and Interest).
Em 1889 ele foi chamado a Viena pelo ministério das finanças para esboçar uma
proposta para a reforma tributária. O sistema austríaco naquele momento tributava de
forma pesada a produção, especialmente durante a guerra, fornecendo desincentivos

maciços ao investimento. A proposta de Böhm-Bawerk sugeria um moderno imposto


de renda, o qual foi logo aprovado e teve grande sucesso nos anos seguintes.
Ele então tornou-se ministro das finanças austríaco em 1895. Ele serviu brevemente, e
novamente em uma outra ocasião, embora uma terceira vez ele tenha permanecido no
cargo de 1900 até 1904. Como ministro das finanças ele lutou continuamente pela
estrita manutenção do padrão ouro legalmente fixado e um orçamento equilibrado. Em
1902 ele eliminou o subsídio ao açúcar, o qual tinha sido uma característica do Império
Austríaco por quase dois séculos. Renunciou finalmente em 1904, quando as crescentes
demandas fiscais do exército ameaçaram desequilibrar o orçamento.
Ele escreveu extensivas críticas ao pensamento econômico de Karl Marx nas décadas
de 1880 e 1890, e vários proeminentes marxistas —incluindo Rudolf Hilferding—
estiveram em seu seminário em 1905-06. Ele voltou a lecionar em 1904, com uma
cadeira na Universidade de Viena. Ele ensinou muitos estudantes, entre eles Joseph
Schumpeter, Ludwig von Mises e Henryk Grossman. Böhm-Bawerk morreu em 1914.

O primeiro volume da obra Capital e Juro, que Ludwig von Mises decretou como "a
contribuição mais eminente para a teoria econômica moderna", intitulado História e
Crítica das Teorias de Juro (1884), é um estudo exaustivo dos tratamentos alternativos
de juro: teorias de uso, teorias de produtividade, teorias de abstinência, e assim por
diante.
Igualmente foi incluída uma crítica à teoria da exploração de Karl Marx. Böhm-
Bawerk argumentou que os capitalistas não exploram seus trabalhadores; mas na
realidade ajudam os empregados ao fornecer-lhes uma renda adiantada das receitas dos
bens por eles produzidos, dizendo "o trabalho não pode aumentar sua parte às expensas
do capital." Em particular, ele argumentou que a teoria marxista da exploração ignora a
dimensão de tempo na produção, que ele discutiu em sua teoria de roundaboutness (em
inglês) e que uma redistribuição de lucros de industrias capitalistas minará a
importância da taxa de juros como uma ferramenta vital de política monetária. Desta
crítica segue que, de acordo com Böhm-Bawerk, o valor inteiro de um produto não é
produzido pelo trabalhador, mas que o trabalho pode somente ser pago no valor atual de
todo o produto previsível.
O livro Karl Marx and the Close of His System (título em inglês) de 1896 examina a
teoria marxista do teoria do valor-trabalho, acreditando que o suposto erro no sistema de
Marx tenha sido resultado de uma auto-contradição da lei do valor marxista, a saber
como a taxa de lucro e os preços de produção do terceiro volume da obra O Capital de
Karl Marx, contradiz sua própria teoria do valor apresentada no primeiro volume.
Böhm-Bawerk também ataca Marx por minimizar a influência da oferta e demanda em
determinar o preço permanente, e para a ambiguidade deliberada com tais conceitos.
A obra Positive Theory of Capital (título em inglês) de 1889, proposta como um
segundo volume para Capital and Interest, tratando sobre os processos de produção
consumidores de tempo da economia, e sobre o pagamento de juros que eles acarretam.
O Livro III, que é parte do segundo volume, tem o título de Value and Price(em inglês)
desenvolve as ideias de Menger da utilidade marginal delineadas em sua obra Princípios
de Economia para então desenvolver a idéia de valor subjetivo em relação com o
marginalismo, na qual as coisas têm somente valor enquanto as pessoas querem tais
bens:
Um fazendeiro pioneiro tinha cinco sacos de grão, sem maneira de vendê-los ou de
comprar mais. Ele tinha então cinco possíveis usos—como alimentação básica para si
mesmo, alimento para construir força, alimento para suas galinhas para variação

dietética, um ingrediente para fazer uísque, e alimentação para que seus papagaios o
divirtam. Então o fazendeiro perdeu um saco de grão. Em vez de reduzir cada atividade
por um quinto, o fazendeiro simplesmente esfomeou os papagaios, como eram de
menos utilidade do que os outros quatro usos, em outras palavras, eles estavam na
margem. E é na margem, e não com uma visão ampla, que nós fazemos decisões
econômicas.
Further Essays on Capital and Interest (1921) foi o terceiro volume e que
originalmente começou como apêndices para o segundo volume.
Suas críticas às teorias de Marx eram postas sob intenso escrutínio por economistas
marxistas, tais como Nikolai Bukharin, que defendeu em Economic Theory of the
Leisure Class[2] que as suposições axiomáticas de Böhm-Bawerk de liberdade
individual em suas teorias subjetivistas são falaciosas e que fenômenos econômicos
apenas podem ser compreendidos sob o prisma de uma análise histórica da sociedade
coerente e contextualizada, tal como a de Marx.
Muitos dos trabalhos de Böhm-Bawerk foram trazidos aos Estados Unidos por um
industrialista de Chicago e libertário ávido Frederick Nymeyer através da Libertarian
Press.

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