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O uso das TIC em contexto educativo apresenta efeitos positivos na aprendizagem dos alunos,
desde que as metodologias aplicadas sejam adequadas. Nesta formação um dos objectivos
primordiais era a reflexão sobre a aplicação deste software na prática didáctica das Ciências
Humanas e Sociais. E foi proveitoso. Apresentarei de forma sucinta tudo aquilo que me foi
dado observar durante a formação e sobretudo no trabalho individual de adaptação a um novo
instrumento de trabalho.
Acredito com afirma Laferrié (1996) que “a tecnologia por si só não muda directamente o
ensino ou a aprendizagem. Pelo contrário, o elemento mais importante é como a tecnologia é
incorporada na instrução.”
É importante perceber que o uso das TIC em sala de aula apesar de ser imprescindível numa
escola moderna, o modo como se usa é extremamente importante para que os resultados
sejam satisfatórios.
Esta acção de formação levou-me a equacionar as seguintes questões:
O uso de quadros interactivos em sala de aula contribui para a melhoria do sucesso e
motivação dos alunos? Tem associadas resistências, sobretudo por parte dos professores?
Todos sabemos (caso estejamos nesta profissão por vocação) que para se obter uma
verdadeira mudança, a escola deverá disponibilizar as disciplinas que caracterizam a
sociedade de informação e ter como objectivo principal a formação do aluno para a inserção
numa sociedade que muda rapidamente. Como diz Papert (1993) “ a sociedade está a mudar
mais depressa que a escola “, pelo que se deve exigir que esta se modernize e se adapte às
novas circunstâncias.
Na última reorganização curricular do ensino básico, é referido que “não basta adquirir
conhecimentos, é necessário compreender, dar sentido e saber usar o que se aprende, assim
como desenvolver o gosto por aprender e a autonomia no processo de aprendizagem.”
Poderíamos então concluir que serão os professores a aplicar metodologias que desenvolvam
o gosto pela aprendizagem e ensinem os alunos a aplicar os conhecimentos.
Hoje em dia tornou-se unânime a utilização de tecnologias multimédia em educação, existindo
numerosos trabalhos sobre este tema e na minha opinião, torna-se importante, a qualidade do
processo ensino – aprendizagem, aquando da inserção dessas tecnologias.
As ferramentas de apresentação estão a ganhar popularidade junto dos professores que
pretendem partilhar ideias e informação com grupos de alunos. As aplicações interactivas são
essenciais para envolver os alunos numa aprendizagem com recurso à tecnologia.
Primeiro de tudo, o que é um quadro electrónico interactivo? É um dispositivo de apresentação
que é ligado a um computador. As imagens do computador são projectadas para o quadro
através de um projector digital, onde podem ser vistas e manipuladas. Os utilizadores podem
controlar o software no computador ou no próprio quadro. Os utilizadores podem adicionar
notas e clarificar alguns pontos, usando as canetas do próprio quadro. Utilizando o seu dedo
Perante este panorama o que podem fazer as TIC e neste caso em particular o uso dos QI pela
melhoria da qualidade do ensino; que contribuição pode ter para combater o insucesso e
aumentar os níveis de aprendizagem dos alunos?
Penso que poderemos fazer um bom trabalho mas para tal teremos que realizar mudanças
drásticas nas metodologia dos professores, mas podemos dizer que no futuro, será mais
provável termos um QI em cada sala de aula do que um quadro preto.
Para terminar este trabalho fazemos referência a algumas perspectivas e sugestões para o
futuro, no campo da utilização de QI em sala de aula:
• Permitir mais tempo de uso do QI pelos alunos durante as aulas, e verificar se este
facto é ou não vantajoso para a aprendizagem dos alunos.
• A existência de conteúdos em Português apropriados para o QI vai ditar o sucesso
rápido ou lento desta ferramenta, isto é, caso existam recursos com qualidade e
diversificados a breve prazo tornará mais rápida e fácil a utilização por parte dos
docentes.
• Serão os professores a peça chave desta inserção, pois caberá a eles o esforço
inicial de se formarem.
• Os centros de formação de professores deveriam ter acções de formação onde
possam usar o QI, quer especificamente para aprenderem a trabalhar com o QI, quer
noutras acções pois, aumentava a qualidade destas e proporcionava mais formação e
interesse aos professores.
Quanto a esta acção e além da reflexão que me permitiu devo realçar a forma simples e prática
como foi apresentada. Apesar disso, devo notar que este tipo de acções deve ser mais
demorado e deveriam ter uma avaliação centrada no trabalho prático dentro da acção e não
pela apresentação de um trabalho.
Reconheço que o facto de já ter lidado com outro software me trouxe desvantagens pois não
tive tempo para a adaptação a esta nova ferramenta.
Finalizo agradecendo a oportunidade desta formação e pela abertura que me proporcionou de
observar e reflectira sobre uma realidade muito diferente da que eu tinha vivido até há quase
dois anos atrás.
De facto, a cultura de Escola tem muito a ver com as possibilidades de sucesso de qualquer
nova ferramenta de trabalho que se introduza no ramo educacional…
A formanda:
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(Maria Regina Teixeira)