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Profº Nivaldo Azevedo Doutrina DIREITO CONSTITUCIONAL 1

V – DAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DA AFRONTA ÀS NORMAS DO


DO PROCESSO LEGISLATIVO – CF, art. 59 a 69 PROCESSO LEGISLATIVO

Como já retratado nas considerações iniciais, O DESCUMPRIMENTO DAS REGRAS DO PROCESSO


I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
LEGISLATIVO IMPLICA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI OU ATO NORMATIVO EDITADO,
ATACADA ATRAVÉS DOS CONTROLES PREVENTIVO E REPRESSIVO DE
O estudo das normas constitucionais é de extrema importância, uma vez ele nos retrata CONSTITUCIONALIDADE.
as limitações estabelecidas pelo Poder Constituinte Originário (PCO) à ação criadora do
Poder Legislativo (Poder Constituído). O controle repressivo, exercido pelo Poder Judiciário, poderá ocorrer pelo MÉTODO DIFUSO
(ex.: mandado de segurança ajuizado por membro do Congresso Nacional)
O Poder Legislativo é o órgão constitucional independente e autônomo com competência quanto pelo MÉTODO CONCENTRADO (ADIN, ADECON e ADPF).
para, com exclusividade, salvo exceções constitucionais de delegação de competência ao
Executivo (Lei Delegada e Medida Provisória), editar atos normativos inovando a ordem
jurídica (atos normativos primários).
VI – DA OBRIGATORIEDADE DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS ADOTAREM O
Como a divisão das funções estatais não é absoluta, o Judiciário e o Legislativo também MODELO LEGISLATIVO FEDERAL
exercem, em casos excepcionais, a função normativa. Todavia, NÃO INOVAM A ORDEM
JURÍDICA, ou seja, NÃO CRIAM DIREITO NOVO, exceção feita somente ao Poder Executivo no AS REGRAS BÁSICAS E O MODELO ESTABELECIDO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SÃO DE OBEDIÊNCIA

tocante à edição das Leis Delegadas e Medidas Provisórias. É curial esclarecer que tal OBRIGATÓRIA PELOS ESTADOS E MUNICÍPIOS.
situação não retira nem afronta os poderes do Legislativo, uma vez que a competência
exercida pelo Executivo decorre diretamente da Constituição, ou seja, o Executivo exerce Devem as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas adotarem os mesmos atos
competência legislativa excepcional que lhe foi outorgada diretamente pelo Poder legislativos indicados no art. 59 da Carta Política. Entretanto, podem, no uso de sua
Constituinte Originário. autonomia constitucional (art. 18), suprimir a adoção de algum (Ex.: Medida Provisória).

Por ser um Poder Constituído, o Legislativo tem sua ação condicionada e limitada às O que é defeso é a adoção de ato legislativo estranho ao modelo federal, o que
regras do processo constitucional de formação de normas, delas não podendo se afastar, significaria estender a condição jurídica de ato normativo primário a diploma normativo
sob pena INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. Vale dizer: Toda norma produzida em não reconhecido pelo Poder Constituinte Originário (PCO). Este é entendimento seguido
descompasso com os princípios e normas do Processo Legislativo possui a eiva da pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
inconstitucionalidade, mesmo que seu conteúdo esteja em absoluta conformidade com o
texto da Magna Carta.
VII – DA REGRA DO SOBRESTAMENTO (TRANCAMENTO DA PAUTA)
Portanto, podemos então concluir que estudar o Processo Legislativo é exercer verdadeiro
controle de constitucionalidade, pois é a Constituição quem vai determinar quais atos A Constituição Federal de 1988 aboliu o instrumento da APROVAÇÃO POR
normativos o Poder Legislativo pode editar, bem como definir quais os requisitos, limites,
DECURSO DE PRAZO, adotando a REGRA DO SOBRESTAMENTO (CF, art.
prazos, fases e procedimentos que devem ser obedecidos para que a norma produzida
64, § 2º).
não possua a eiva da inconstitucionalidade.
O Sobrestamento é a suspensão temporária da deliberação de qualquer
II - CONCEITO
proposição, enquanto não for decidido o motivo que ocasionou o trancamento
da pauta.
Para o insigne constitucionalista Alexandre de Moraes, o Processo Legislativo como ser
conceituado como: Logo, na forma estabelecida na Magna Carta, nos casos em que o Presidente
“Conjunto ordenado de disposições que disciplinam o procedimento a ser da República solicitar a apreciação, em REGIME DE URGÊNCIA, de projetos de
obedecido pelos órgãos competentes na produção das leis e atos normativos”. lei de sua iniciativa, se Congresso Nacional não ultimar a votação no prazo
constitucional (100 dias), a mora parlamentar não terá o condão de gerar a
Para o magistério do professor Robério Nunes dos Anjos Filho, o Processo Legislativo “é o
meio, constitucionalmente previsto, através do qual os órgãos legislativos realizam atos destinados aprovação tácita da norma em formação.
à elaboração das espécies normativas”.
O atraso terá por única e exclusiva conseqüência jurídica o trancamento da pauta, ficando
Ao nosso sentir, É O DUE PRECESS OF LAW SEGUIDO PELO PODER sobrestadas a votação de todos os demais projetos, exceção feita somente as Medidas
LEGISLATIVO NO EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO CONSTITUCIONAL Provisórias que, por força de expressa disposição constitucional (art. 62, § 6º), sua
PRECÍPUA. tramitação pretere a dos projetos de lei, mesmo aqueles em regime de urgência
presidencial.
Trata-se de corolário do princípio da legalidade, uma vez que ninguém será
Além da tramitação das medidas provisórias e dos projetos de lei em regime de urgência,
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de espécie encontramos também a aplicação da REGRA DO SOBRESTAMENTO no caso de não
normativa devidamente elaborada pelo Poder Competente e em conformidade com apreciação do veto, no prazo de 30 dias (CF, art. 66, § 6º), em sessão conjunta do
as regras constitucionais de produção de atos legislativos (Processo Legislativo). Congresso Nacional.

III - ESPÉCIES NORMATIVAS


VIII - DOS QUORUNS DE APROVAÇÃO
O art. 59 da Constituição Federal indica quais são os atos normativos primários que
podem ser editados pelo Poder Legislativo. São eles: Como a deliberação legislativa ocorre em órgãos colegiados, as decisões sobre
 EMENDAS À CONSTITUCIONAL; a norma em formação são tomadas conjuntamente por seus membros. Por tal
razão, necessário se faz definirmos os quoruns de aprovação aplicados nas
 LEIS COMPLEMENTARES;
casas legislativa, conforme definição previamente estabelecida na Magna
 LEIS ORDINÁRIAS;
Carta.
 LEIS DELEGADAS;
 MEDIDAS PROVISÓRIAS; QUORUM é a exigência constitucional ou regimental de um número mínimo de
 DECRETOS-LEGISLATIVOS; parlamentares que devem estar presentes para a prática de determinado ato
 RESOLUÇÕES. ou que devam se manifestar, em um sentido, a respeito de determinada
matéria.
Todos esses atos legislativos encontram seus fundamentos na Carta Política, possuindo
campo de ação legislativa próprios e processos legislativos específicos. Por tal razão, Dentro do Processo Legislativo encontramos dois tipos de quoruns de inegável
segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) não há hierarquia entre importância, verbis:
eles, salvo em relação à Emenda Constitucional e os demais atos normativos
a) QUORUM DE PROVAÇÃO - número mínimo de votos necessários para que
primários, pois, como adotamos o modelo de CONSTITUIÇÃO RÍGIDA (PRINCÍPIO DA
determinada matéria seja aprovada.
SUPREMACIA DAS NORMAS CONSTITUICIONAIS), o Legislativo edita a Emenda
b) QUORUM DE PRESENÇA - número de presença mínima exigida numa Casa para
Constitucional no exercício do PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR, não
que se dê a abertura da sessão ou seu prosseguimento.
ocorrendo, neste caso, simples ação legislativa inovadora da ordem jurídica.
Os quoruns de aprovação podem ser subdivididos na seguinte forma:
IV - DA AÇÃO DO EXECUTIVO NO PROCESSO LEGISLATIVO a) MAIORIA SIMPLES – a norma será aprovada se obtiver a votação favorável
de 50% + 1 dos PRESENTES (CF, art. 47, primeira parte). Também chamada
Não obstante o processo constitucional de produção de normas jurídicas ser conduzido de MAIORIA RELATIVA. É utilizado na aprovação das LEIS ORDINÁRIAS;
pelo Legislativo, o Executivo possui uma fase específica para sua atuação dentro do
processo legislativo ordinário denominada DELIBERAÇÃO EXECUTIVA (SANÇÃO OU b) MAIORIA ABSOLUTA - a norma será aprovada se obtiver a votação
VETO), decorrente do SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS adotado pelo Poder Constituinte favorável de 50% + 1 dos MEMBROS DA CASA (CF, art. 69). É utilizado na
Originário (CF, art. 2º). É imperioso registrar que a deliberação do Poder Executivo ocorre aprovação das LEIS COMPLEMENTARES;
imediatamente após o encerramento da Deliberação Parlamentar.
c) QUORUM QUALIFICADO – a norma será aprovada se obtiver a votação
Outra forma de atuação executiva é a iniciativa legislativa para elaboração das Leis favorável de 3/5 dos MEMBROS DA CASA (CF, art. 60, § 2º). É utilizado na
Delegadas e Medidas Provisórias, casos em que a edição do ato normativo primário aprovação das EMENDAS CONSTITUCIONAIS.
decorre diretamente da ação do Poder Executivo.
É curial consignar que para que haja a votação e aprovação de uma norma,
Essas duas situações evidenciam, à luz de todas as luzes, que o Legislativo não possui deve estar presente um número mínimo de parlamentares, sob pena da sessão
poderes absolutos para inovar a ordem jurídica, sofrendo limitações constitucionais à sua legislativa ser redesignada para data futura. Esse quantitativo mínimo de
ação criadora de atos normativos primários. parlamentares, imprescindível para deliberação de qualquer projeto de lei, é o
que denominamos de QUORUM MÍNIMO DE INSTALAÇÃO (QUÓRUM DE
A interferência direta do Executivo no Processo Legislativo só não ocorrerá quando a PRESENÇA OU PRESENCIAL).
norma for produzida pelo Poder Constituinte Derivado Reformador (Emenda
Constitucional) e para regulação das matérias de competência exclusiva do Congresso O QUORUM MÍNIMO DE INSTALAÇÃO tem previsão constitucional (CF, art.
Nacional (Decretos Legislativos – CF, art. 49), bem como privativas de suas casas 47, segunda parte) e exige que estejam presentes, na sessão, 50% + 1 dos
(Resoluções – CF, arts. 51 e 52). membros da casa.

Para exemplificarmos as relações decorrentes dos quoruns de aprovação e do quorum


mínimo de instalação, tomaremos como base uma Casa Legislativa composta de 500
parlamentares. Na sessão legislativa designada para a data X tinha em sua pauta os
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seguintes atos em formação: um projeto de lei ordinária versando sobre meio-ambiente; e seja discutido e votado apenas nas comissões temáticas permanentes, sem a
um projeto de lei complementar versando sobre matéria tributária e uma proposta de necessidade de ir a Plenário para ultimação da deliberação legislativa (CF, art.
emenda à constituição (PEC) visando à alteração de determinado artigo da Magna Carta. 58, § 2º, inciso I).
Na abertura da sessão, estavam presentes 450 parlamentares.
Sendo aprovado...
Podemos então estabelecer as seguintes conclusões: 3º. REMESSA PARA OUTRA CASA OU PARA A PRESIDÊNCIA DA
1. Quorum mínimo de instalação (251 parlamentares) = requisito satisfeito, uma vez que a REPÚBLICA
presença foi de 450 legisladores, podendo ocorrer a votação do conteúdo da pauta;
2. Quorum de aprovação da LEI ORDINÁRIA (MAIORIA SIMPLES) = 226 votos Sendo rejeitado...
favoráveis 3º. ARQUIVADO
3. Quorum de aprovação da LEI COMPLEMENTAR (MAIORIA ABSOLUTA) = 251 votos
favoráveis;
4. Quorum de aprovação da EMENDA CONSTITUCIONAL (QUORUM QUALIFICADO) =
Em face do PRINCÍPIO DO BICAMERALISMO, qualquer emenda ao projeto aprovado
300 votos favoráveis.
por uma das casas, haverá, obrigatoriamente, que retornar à outra, para que se
pronuncie somente sobre esse ponto, podendo aprová-lo ou rejeitá-lo, de forma
XI - DAS ESPÉCIES DE PROCESSO LEGISLATIVO definitiva.
Portanto, os projetos de lei deverão, sempre, ser aprovados por ambas as Câmaras.
Segundo a melhor doutrina, podemos classificar os processos legislativos em três SOMENTE NO CASO DE APROVAÇÃO COM EMENDAS É QUE RETORNARÁ À CASA INICIADORA.
espécies, quais sejam:
1. COMUM OU ORDINÁRIO – é o mais extenso e detalhado na Magna Carta. É o utilizado na SE HOUVER APROVAÇÃO POR UMA DAS CASAS E REJEIÇÃO PELA OUTRA, O PROJETO DE LEI SERÁ ARQUIVADO.
elaboração da Lei Ordinária;
EMENDA PARLAMENTAR é a proposição apresentada como acessória de outra,
2. SUMÁRIO – é aquele que prevê a existência de prazo para que o Congresso sendo a principal um projeto de lei ordinária, complementar, projeto de código, emenda à
Nacional delibere sobre determinada matéria. Constituição, projeto de decreto legislativo, etc. As emendas podem ser supressivas,
Conforme a atual Carta Política (CF/88), é aquele utilizado na aprovação dos projetos de substitutivas, modificativas, aditivas, aglutinativas. Estas são emendas que alteram
lei de iniciativa privativa do Presidente da República em que é solicitada por ele a o mérito da proposição. Há emendas que alteram apenas o enunciado lingüístico, as
apreciação parlamentar (Câmara e Senado) em REGIME DE URGÊNCIA. O processo emendas de redação. SUBEMENDAS SÃO EMENDAS A EMENDAS.
sumário tem o seu prazo fixado constitucionalmente, DEVENDO SEU ULTIMADO EM 100 (CEM)
DIAS, sob pena de trancamento da pauta (REGRA DO SOBRESTAMENTO). O Processo
As referidas emendas possuem a seguinte significação jurídica:
Sumário é, na sua essência, ordinário. O que o difere deste é a tramitação em a) SUPRESSIVA - é a que manda eliminar qualquer parte de outra proposição.
regime de urgência. b) AGLUTINATIVA - é a resultante da fusão de outras emendas, ou destas com o texto, por
transação tendente à aproximação dos respectivos objetos.
Processo Legislativo Sumário não pode exceder de 100 (cem) dias = 45 d. c) SUBSTITUTIVA - é a apresentada como sucedânea a parte de outra proposição,
CÂMARA UTADOS + 45 d. SENADO FEDERAL + 10 d. EMENDAS). denominando-se substitutivo quando a alterar, substancial ou formalmente, em seu
conjunto.
d) MODIFICATIVA - é a que altera a proposição sem a modificar substancialmente.
3. ESPECIAIS – são aqueles utilizados na elaboração de Emendas à Constituição, Leis
e) ADITIVA - é a que se acrescenta a outra proposição.
Complementares, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, Decretos-Legislativos,
Denomina-se SUBEMENDA a emenda apresentada em Comissão a outra emenda e que
Resoluções e Leis Financeiras (PPA, LDO, LOA e para abertura de créditos adicionais).
pode ser, por sua vez, supressiva, substitutiva ou aditiva, desde que não incida, a
São especiais porque diferem do processo ordinário. supressiva, sobre emenda com a mesma finalidade.

Denomina-se EMENDA DE REDAÇÃO a modificativa que visa a sanar vício de linguagem,


X - FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO incorreção de técnica legislativa ou lapso manifesto.

Autógrafo é a cópia autêntica da aprovação parlamentar do projeto de lei,


XI – DA FASE INTRODUTÓRIA devendo refletir as transformações introduzidas na proposição legislativa.

Consiste na iniciativa de apresentação do projeto de lei ou da proposta de emenda à Constituição A proposição, aprovada em definitivo pelas Casas Legislativas, será caminhada, em
(CF, art.60, I a III, e art. 61, caput e § 2º). autógrafos, à sanção, à promulgação ou à deliberação pela outra Casa, conforme o caso.
Os autógrafos reproduzirão a redação final, aprovada pelo Plenário ou Comissão.
A iniciativa legislativa é a capacidade, constitucionalmente atribuída a uma pessoa
O autógrafo procedente de uma Casa ficará arquivado na outra.
ou órgão, de iniciar o processo legislativo, através da apresentação de projetos
de lei ao Poder Legislativo. XII.2 - DA DELIBERAÇÃO EXECUTIVA
A iniciativa pode ser:
A DELIBERAÇÃO EXECUTIVA ocorre através das seguintes ações do
1. PARLAMENTAR – é a iniciativa de lei que advém de Deputados Federais ou de Senadores da
Presidente da República:
República, quer dizer, dos membros do Congresso Nacional;
2. EXTRA-PARLAMENTAR – é a iniciativa de lei atribuída a indivíduos ou a órgãos alheios ao Poder  SANÇÃO – é a aquiescência (concordância) do Presidente da
Legislativo. É exercida pelo Presidente da República, Tribunais Superiores (CF, art. 93, art. 96, República aos termos de um projeto de lei devidamente aprovado pelo
inciso II), Ministério Público (CF, art. 127, § 2º) e cidadãos (iniciativa popular de lei – CF, art. 14, Congresso Nacional.
III c/c art. 61, § 2º); Pode ser expressa, nos casos em que o Presidente manifesta-se
3. CONCORRENTE – é aquela que pertence a vários legitimados ao mesmo tempo, ou seja, que pode favoravelmente, no prazo de 15 dias úteis, ou tácita, quando silencia nesse
ser exercida por vários legitimados de uma só vez (Ex.: parlamentares e o Presidente da República); mesmo prazo.
4. EXCLUSIVA – é aquela reservada a determinado cargo ou órgão (Ex.: projetos de iniciativa E, ainda, total ou parcial, conforme concorde ou não com a totalidade do
privativa do Presidente da República – CF, art. 61, § 1º) projeto de lei já aprovado pelo Parlamento.
É na FASE INTRODUTÓRIA que se define em qual das duas casas legislativas será
iniciada a apreciação do projeto de lei (DELIBERAÇÃO PRINCIPAL) e,  VETO – é a manifestação de discordância do Presidente da República
conseqüentemente, qual delas atuará como revisora (DELIBERAÇÃO REVISIONAL). com o projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo. É irretratável, não
podendo o Presidente mudar a sua opinião.
As espécies de deliberação podem ser assim sintetizadas, verbis: Pode ser jurídico, nos casos em que o Presidente entende ser o projeto de lei
a) Deliberação Principal – feita pela primeira casa que conhecer do projeto de inconstitucional (aspecto formal), ou político, quando entende ser
lei; contrário ao interesse público (aspecto material), e, ainda, poderá existir o
b) Deliberação revisional – feita pela casa revisora, após a deliberação principal. veto jurídico-político (por ambos os motivos).

HIPÓTESES EM QUE A CONSTITUIÇÃO DEFINE A CASA INICIADORA CARACTERÍSTICAS DO VETO:


Os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal a) Expresso – decorre de uma manifestação de vontade do Presidente;
Federal, dos Tribunais Superiores e dos Cidadãos TERÃO INÍCIO NA CÂMARA DOS b) Motivado – deve apontar as razões da inconstitucionalidade ou da falta de
DEPUTADOS, conforme preceituam os arts. 61, § 2º e 64, caput, da Constituição interesse público;
Federal. De igual forma, as Medidas Provisórias TERÃO SUA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO c) Formalizado – deve se feito sempre por escrito;
INICIADAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS (CF, art. 62, § 8º)
d) Total ou parcial – atinge todo o projeto de lei ou somente o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
É defeso, pela Carta Política, O VETO DE PALAVRAS, FRASES OU ORAÇÕES
XII - FASE CONSTITUTIVA INTERCALADAS.
e) Supressivo – o veto suprime artigos, parágrafos, incisos ou alíneas, não podendo
É aquela em que o projeto de lei passa por ampla discussão e votação nas adicionar nada ao texto do projeto de lei;
casas legislativas e, em seguida, é submetido à apreciação do Poder Executivo. f) Superável ou relativo – o veto não encerra de modo absoluto o andamento do
projeto de lei, uma vez que poderá ser afastado pela maioria absoluta dos Deputados e
Consiste na discussão e votação sobre a matéria nas duas casas legislativas
Senadores, em escrutínio secreto, em sessão conjunta do Congresso Nacional.
(DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR), bem como a posterior sanção ou veto do chefe
do Poder Executivo (DELIBERAÇÃO EXECUTIVA).
A sanção e o veto incidem sobre o projeto de lei e não sobre a lei, pois somente a partir
da sanção ou da rejeição do veto é que teremos a lei.
XII.1 - DA DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR
XIII - FASE COMPLEMENTAR
A DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR ocorre nas seguintes fases:
1º. INSTRUÇÃO NAS COMISSÕES:
A FASE COMPLEMENTAR consiste na PROMULGAÇÃO e PUBLICAÇÃO da
a) Análise Constitucional – COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA (na CD - ...e de
lei. A primeira lhe garante EXECUTORIEDADE; a segunda lhe dá NOTORIEDADE.
redação; no SF - ...e cidadania);
b) Análise de Mérito – COMISSÃO TEMÁTICA.
Se vistas à luz do rigor doutrinário, a Promulgação e a Publicação não configuram atos de
2º. DISCUSSÃO E VOTAÇÃO EM PLENÁRIO (SE FOR O CASO) natureza legislativa, pois não integram exatamente o processo legislativo, já que se
Uma das grandes inovações do Processo Legislativo pátrio, estabelecida pela promulga e publica-se a lei, que já existe desde a sanção ou rejeição do veto.
Constituição Federal de 1988, é a autorização para que um projeto de lei tramite
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XIII.1 - PROMULGAÇÃO A PUBLICAÇÃO é o ato pelo qual se dá CONHECIMENTO PÚBLICO da
existência do ato normativo.
A PROMULGAÇÃO é o ato pelo qual o Poder Executivo ATESTA QUE A
É POR MEIO DA PUBLICAÇÃO DA LEI QUE A NOTÍCIA DA PROMULGAÇÃO É
ORDEM JURÍDICA FOI INOVADA VALIDAMENTE e, por conseqüência, A LEI É
LEVADA AOS SEUS DESTINATÁRIOS.
VÁLIDA, EXECUTÁVEL E OBRIGATÓRIA.

A promulgação é a consagração pela ordem jurídica da existência da lei. É o Trata-se de comunicação dirigida a todos os que devem cumprir o ato normativo,
informando-os de sua existência e de seu conteúdo.
atestado de que ela nasceu para ser aplicada e executada.

É A ATESTAÇÃO DE EXISTÊNCIA DA LEI E PROMULGAÇÃO DE SUA É o ato que veicula e notícia o nascimento da lei, seu conteúdo e forma, decorrendo daí
EXECUTORIEDADE. sua obrigatoriedade.

A promulgação significa que a ordem jurídica foi inovada, declarando que uma lei existe, É promovida através da inserção do texto da norma no DIÁRIO OFICIAL.
que possui determinado conteúdo, que foi produzida segundo procedimento
constitucionalmente previsto e, em conseqüência, deverá ser cumprida. A promulgação A publicação também é da competência do Presidente da República, que poderá, de
forma concomitante, promulgar a lei e determinar sua publicação.
não faz a lei, mas os efeitos desta só se produzem após aquela.
Salvo previsão diversa, a lei entra em vigor na data de sua publicação. Logo, uma vez
Como já asseverado anteriormente, incide sobre um ato perfeito e acabado (a própria lei),
publicado, o ato normativo está apto a produzir efeitos jurídicos externos, possuindo
atestando sua existência e promulgando sua executoriedade.
eficácia para criar direitos e obrigações no mundo fenomênico. Com a publicação, a lei
obriga a todos ao seu cumprimento, ninguém dela podendo se escusar ao argumento de
que não a conhece.
O projeto de lei torna-se lei, ou com a sanção presidencial, ou mesmo com a
derrubada do veto por parte do Congresso Nacional, uma vez que a promulgação SEM A PUBLICAÇÃO A LEI NÃO ENTRA EM VIGOR E, VIA DE CONSEQÜÊNCA, NÃO
refere-se à própria lei. TERÁ EFICÁCIA.

DIFERENÇA ENTRE A PROMULGAÇÃO E A PUBLICAÇÃO


A promulgação cabe ao próprio Presidente da República, mesmo nos casos
A PROMULGAÇÃO É ATO DO EXECUTIVO LIGADO A EXECUTORIEDADE DA LEI,
em que seu veto haja sido derrubado pelo Congresso Nacional. Se a lei não for
ENQUANTO QUE A PUBLICAÇÃO É LIGADA A NOTORIEDADE
promulgada no prazo de 48hs, pelo Presidente da República, a competência
(CONHECIMENTO) DA NORMA CRIADA.
transfere-se ao Presidente do Senado Federal e, se este não o fizer em
igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo (CF, art. 66, § 7º).
A PROMULGAÇÃO É A DECLARAÇÃO DE QUE A ORDEM JURÍDICA FOI INOVADA –
CRIAÇÃO DE DIREITO NOVO; A PUBLICAÇÃO, A CIÊNCIA À SOCIEDADE DESTA
As Emendas à Constituição são promulgadas pelas MESAS da Câmara dos Deputados e
OCORRÊNCIA.
do Senado Federal (CF, art. 60, § 3º).

XIII.2 - PUBLICAÇÃO

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