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➢ Cintilografia miocárdica
É um teste em que a captação de um radioisótopo pelo músculo cardíaco é
proporcional à sua perfusão. Pode-se fazer o exame em repouso ou sob
esforço físico ou farmacológico. Zonas isquêmicas, menos bem perfundidas
serão reveladas.
Com o passar do tempo as zonas isquêmicas, com pouco contraste podem
ficar iguais às bem perfundidas mostrando ser transitória a isquemia.
Diminuição de perfusão que persiste depois de 3 a 4 horas, geralmente indica
a existência de zonas de infarto, recente ou antigo.
Algumas doenças infiltrativas do coração, bloqueios de ramo e miocardiopatias
dilatadas podem apresentar distúrbios de perfusão persistentes. A cintilografia
miocárdica sob esforço tem um índice de acerto de 75 até 90% e um índice de
falso-positivo de até 30% (ou seja, de dar positivo quando não é).
A cintilografia miocárdica está indicada para os seguintes casos:
1. Quando o ECG de repouso ou esforço é difícil de interpretar devido
alterações como bloqueio de ramo, baixa voltagem, alterações metabólicas.
2. Para confirmar ou invalidar o resultado de um ECG de esforço, quando o
traçado não concorda com o quadro clínico.
3. Localizar a zona de isquemia.
4. Diferenciar uma área de isquemia da de um infarto.
5. Para confirmar a revascularização depois de uma cirurgia de bypass.
6. Como um indicador de prognóstico em pacientes com doença coronária
conhecida.
Uma das limitações para a realização mais seguida desse exame, em nosso
meio, é o seu alto custo.
➢ Cateterismo cardíaco
Através de uma artéria, é introduzido um cateter (sonda) que é dirigido até a
aorta e aí nas coronárias, para obtermos a coronariografia ou então
cinecoronariografia. Se o cateter ultrapassar a válvula aórtica atingindo o
ventrículo esquerdo, injeta-se um contraste para obtermos a angiografia do
ventrículo esquerdo. A injeção do contraste radiopaco vai gerar as imagens
que podem ser fotografadas ou filmadas ou gravadas em computador.
Quando o contraste é injetado nas coronárias, obtemos imagens que, sendo
filmadas, originam a cinecoronariografia, termo muitas vezes usado como
sinônimo de cateterismo cardíaco. As imagens assim obtidas permitem ver as
artérias coronárias e ver se estão abertas ou obstruídas, parcial ou totalmente.
A coronariografia é o exame mais definitivo para o diagnóstico das doenças
desses vasos.
A mortalidade pelo exame é de 0,1 % e a morbidade é de 1 até 5 %, o seu
preço é elevado, e por isso é pouco usada como método de diagnóstico de
coronariopatias.
A coronariografia está indicada em:
1. Pacientes em estudo para realização de cirurgia de revascularização ou
procedimentos de dilatação das coronárias, naqueles pacientes que não
responderam bem à terapêutica conservadora com medicamentos.
2. Pacientes em que se considera a possibilidade de intervenções, como no
ítem anterior, por apresentarem angina instável, angina pós-infarto ou
naqueles em que os testes não invasivos mostram grande probabilidade de
doença de alto risco.
3. Também se faz esse exame em pacientes que tem estenose da válvula
aórtica e que apresentam manifestações sugestivas de doença isquêmica.
Nesses casos é importante poder saber se as manifestações isquêmicas são
causadas pelo baixo débito decorrente da estenose ou se os sintomas são
provocados pela doença das coronárias. Um outro motivo para realizar a
coronariografia é naqueles pacientes que deverão ser submetidos a uma
cirurgia cardíaca por outra razão. Se for detectada uma doença isquêmica,
se poderá, num mesmo procedimento, corrigir as duas enfermidades.
4. Pacientes que foram submetidos a cirurgia de revascularização nos quais os
sintomas isquêmicos retornaram. Usa-se para saber se o bypass ou outros
vasos estão obstruídos.
5. Pacientes com insuficiência cardíaca nos quais se suspeita de uma doença
cardíaca corrigível pela cirurgia, como aneurisma ventricular, insuficiência
mitral ou disfunção isquêmica reversível.
6. Pacientes com arritmias graves que possam ter sido provocadas por doença
coronariana corrigível.
7. Pacientes com dores no peito de causa desconhecida ou com
miocardiopatias de etiologia desconhecida.
A coronariografia mostra o local, o número e o grau de obstrução dos vasos. As
obstruções maiores de 50% geralmente são consideradas de significado
clinico, embora as obstruções maiores de 70% sejam as que provocam as
manifestações isquêmicas. Essas informações são de valor prognóstico.
Prognósticos baseados na coronariografia
O prognóstico difere se tivermos uma, duas ou as três coronárias doentes, e é
pior se a principal artéria coronária esquerda estiver comprometida.
Em pacientes com angina estável, 20% têm uma, 30% têm duas e 50% têm as
três coronárias doentes. Em 10% encontramos a coronária esquerda principal
atingida.
Dos pacientes que têm o ECG de esforço muito alterado ou estudos
cintilográficos fortemente positivos, 75 até 95% têm três vasos, ou a artéria
principal esquerda, doentes.
Um outro dado importante obtido com a coronariografia é que ela mostra quais
os vasos e se esses vasos devem ser submetidos a angioplastia coronária ou
se há indicação de cirurgia de revascularização.
Testes Não Invasivos
➢ (ECG) Eletrocardiograma de repouso
É um dos exames mais realizados. É um exame barato, rápido e fácil de fazer.
Exige um aparelho relativamente barato.
As informações dadas pelo exame são relativamente fidedignas, 25 % dos
pacientes com angina tem o ECG normal. As alterações decorrentes de angina
no ECG podem se confundir com mudanças causada por hipertrofias
ventriculares, distúrbios de condução seqüelas de infartos antigos, etc.
O ECG é útil para o controle evolutivo de uma doença cardíaca já confirmadas
por outros métodos de diagnóstico.
➢ Monitorização (Holter)
Aparelho usado para registrarmos um eletrocardiograma durante muitas horas
afim de detectarmos arritmias. O paciente registra num diário as suas
atividades e sintomas afim de podermos correlacionar esses dados com
eventuais arritmias registradas.
➢ Ecocardiograma
É um exame que permite avaliar as medidas e a mobilidade das paredes das
diferentes cavidades do coração, as válvulas cardíacas e sua capacidade
funcional, o fluxo do sangue e a direção desse fluxo. Revela ainda anomalias
congênitas ou adquiridas do coração. Analisa o pericárdio, revelando e a
presença ou não de derrames. Por dados obtidos no ecocardiograma,
podemos avaliar a função do coração e através de exames periódicos fazer
um diagnóstico evolutivo de doenças e suas conseqüências.
➢ Angiografia digital
É o registro de imagens de vasos. Esse método é usado para avaliar os vasos
do coração ou cérebro e permite ver se existe e onde existe uma obstrução ou
diminuição de fluxo do sangue. Usa-se para isso um contraste que é injetado
numa veia. O aparelho de RX deve ser capaz de obter imagens muito
rapidamente.