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Programa de

Multiplicação Seriada
de Conhecimentos
em Produtos e Serviços

Encontro de Trabalho
Derivativos

Fazer aprendendo,
Aprender fazendo.

Banco do Brasil
Diretoria de Finanças
Diretoria Gestão de Pessoas
junho 2007
Encontro de Trabalho – Derivativos 2
Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil


Encontro de Trabalho – Derivativos 3
Caderno do Participante

Papel

Desenvolver a excelência humana e profissional de seus públicos, por


meio da criação de valor em soluções educacionais, contribuindo para a
melhoria do desempenho organizacional e o fortalecimento da imagem
institucional do Banco do Brasil

Pressupostos Educacionais

O Profissional do Banco do Brasil é...

Sujeito de seu processo formativo. Participa da ação que gera o


seu próprio crescimento e o desenvolvimento da organização.

Ser situado histórica e culturalmente, capaz de compreender e


transformar sua realidade.

Ser de consciência, com capacidade de apreensão e análise


crítica, capaz de lidar com a complexidade de seu mundo.

Ser de liberdade, capaz de superar os condicionamentos de sua


situação e nela intervir, aceitando-a, rejeitando-a ou
transformando-a.

Pessoa que, ao lidar com os desafios profissionais, faz a


diferença, na medida em que detém conhecimentos e capacidade
intelectual que conferem caráter único à Empresa.

Agente de resultados, capaz de posicionar a empresa na liderança


dos mercados em que atua.

Sujeito atuante no desenvolvimento das pessoas com as quais se


relaciona, compartilhando o conhecimento no convívio pessoal e
profissional.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 4
Caderno do Participante

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Encontro de Trabalho – Derivativos 5
Caderno do Participante

Carta de Princípios da RSA no Banco do Brasil

O Banco do Brasil se compromete a:

1. Atuar em consonância com valores universais, tais como direitos humanos,


princípios e direitos fundamentais do trabalho, princípios sobre meio
ambiente e desenvolvimento;

2. Reconhecer que todos os seres são interligados e que toda forma de vida é
importante;

3. Repelir preconceitos e discriminações de gênero, orientação sexual, etnia,


raça, credo ou de qualquer espécie;

4. Fortalecer a visão da Responsabilidade Sócio-Ambiental como


investimento permanente e necessário para o futuro da humanidade;

5. Perceber e valer-se da posição estratégica da corporação BB nas relações


com o Governo, o Mercado e a Sociedade Civil para adotar modelo próprio
de gestão da Responsabilidade Sócio-Ambiental à altura da corporação e
dos desafios do Brasil contemporâneo;

6. Ter a transparência, a ética e o respeito ao meio ambiente como


balizadores das práticas administrativas e negociais da Empresa;

7. Pautar relacionamentos com terceiros a partir de critérios que observem os


princípios de responsabilidade sócio-ambiental e promovam o
desenvolvimento econômico e social;

8. Estimular, difundir e implementar práticas de desenvolvimento sustentável;

9. Enxergar clientes e potenciais clientes, antes de tudo, como cidadãos;

10. Estabelecer e difundir boas práticas de governança corporativa,


preservando os compromissos com acionistas e investidores;

11. Contribuir para que o potencial intelectual, profissional, artístico, ético e


espiritual dos funcionários e colaboradores possam ser aproveitados, em
sua plenitude, pela sociedade;

12. Fundamentar o relacionamento com os funcionários e colaboradores na


ética e no respeito;

13. Contribuir para a universalização dos direitos sociais e da cidadania;

14. Contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência.

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Caderno do Participante

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Caderno do Participante

SUMÁRIO

UNIDADE I – CONHECER O MERCADO DE DERIVATIVOS


CONCEITO 9
COMO TUDO COMEÇOU 9
MERCADO DE BOLSA X MERCADO DE BALCÃO 10
INSTITUIÇÕES QUE TEM PAPEL FUNDAMENTAL NAS NEGOCIAÇÕES 11
PARTICIPANTES 12
UNIDADE II – TIPOS DE DERIVATIVOS
OPERAÇÃO A TERMO 15
MERCADO FUTURO 17
SWAP 20
SWAP A TERMO 22
OPÇÕES 23
UNIDADE III – PRODUTOS PADRONIZADOS
TERMO DE MOEDAS 29
SWAP 32
OPÇÕES FLEXÍVEIS DE MOEDAS 35
BB DERIVATIVOS COMMODITIES METÁLICAS 38
UNIDADE IV – ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA DO BB 41
PÚBLICO-ALVO, DISTRIBUIÇÃO E ABORDAGEM AOS CLIENTES 41
ESTRATÉGIA DE TESOURARIA E PREÇO DE TRANSFERÊNCIA 42
FLUXO DAS OPERAÇÕES 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45
ANEXO – TABELA DE INDEXADORES (SWAP) 47

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Caderno do Participante

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Encontro de Trabalho – Derivativos 9
Caderno do Participante

1 – Conhecer o Mercado de Derivativos

OBJETIVO:
Identificar os principais produtos e o funcionamento do mercado de derivativos .

1.1 – CONCEITO:

Derivativo é um contrato ou título cujo valor de mercado está vinculado ao


(deriva ou resulta do) preço de outro contrato ou título.

Exemplo:
- Uma ação é um ativo principal. Tem seu preço formado pelas negociações no
mercado, que reconhece além do desempenho passado da empresa, a
expectativa de resultados futuros;
- O direito e/ou o compromisso de comprar ou vender essa ação por um preço
fixado em uma data futura é um derivativo. Seu preço depende da expectativa
que teremos em relação ao preço da ação. Se o direito é de comprar a ação
por determinado preço em uma data futura e o preço da ação no mercado à
vista cair, esse direito vale menos. Se o preço da ação subir, esse direito vale
mais.

Alguns autores chamam de ativo-objeto ao título ou ativo cujo derivativo


está vinculado. No caso de derivativos ligados a índices, esses mesmos
autores não aceitam chamar esses índices de ativo-objeto.

1.2 – COMO TUDO COMEÇOU...

As operações com derivativos existem desde os primórdios, embora só


tenham sido sistematizadas muito tempo depois. Na Bíblia, Gênesis, capítulo
29, é possível encontrar o primeiro contrato de opções e o primeiro calote em
derivativos. Foi quando Labão lançou uma opção de compra do ativo Raquel,
sua filha, para Jacó, com preço de exercício de sete anos de trabalho. No

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Encontro de Trabalho – Derivativos 10
Caderno do Participante

vencimento da opção, Jacó optou por exercer o direito, porém Labão não
entregou a sua filha, primeiro default nesse mercado.
Em períodos anteriores à civilização greco-romana já aconteciam
negociações que, de alguma forma, determinavam preços para transações
futuras. No Japão, em 1730, surgiram negociações a termo de recibos de arroz
com especificações de condições de pagamento, qualidade, quantidade e
prazo de entrega futura. No próprio interior do Brasil podemos encontrar raízes
históricas dos derivativos, quando surgiram operações a termo do tipo venda
futura de produtos agrícolas com preço determinado.
Curiosidades à parte, embora as negociações com commodities existam
desde a idade antiga, tendo se expandido na idade média com a
especialização do comércio, nos Estados Unidos os contratos futuros se
popularizaram, em 1848, com a criação da Chicago Board of Trade (CBOT). Na
Europa, os mercados futuros surgiram em Liverpool, em 1878. No Brasil, a
Bolsa de Mercadorias de São Paulo – BMSP, fundada em 1917, introduziu
operações a termo para negociação futura de produtos agrícolas, em especial
café, boi gordo e algodão.

1.3 - MERCADO DE BOLSA X MERCADO DE BALCÃO

Mercados de Bolsa e Balcão


Bolsa Balcão Balcão Não- Operações
Organizado Organizado Privadas

Negociação Pregão viva- Pregão Telefone Telefone


voz ou Eletrônico
eletrônico

Compensação, Câmara de Câmara de Câmara de Operações


liquidação e Liquidação e Liquidação e Liquidação e registradas em
custódia Custódia das Custódia de Custódia cartório,
Bolsas. Balcão Privada podem ou não
Ex.: Clearing Organizado Ex.: Cetip ser
de Câmbio Ex.: Soma custodiadas
BM&F em Câmara.

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TIPOS DE MERCADOS
MERCADO DE BOLSA X MERCADO DE BALCÃO

Contratos padronizados; Contratos flexíveis;


Vencimentos definidos; Vencimentos negociados;
Margens de garantia; Sem aporte de garantias -
Risco de crédito;
Ajustes Diários; Sem ajustes diários
Maior Liquidez em prazos Baixa Liquidez.
específicos.
Maior transparência Menor transparência
9

As operações com clientes são realizadas no mercado de balcão.


Embora os preços sejam formados a partir do mercado de bolsa, a diferença
entre os preços praticados nesses mercados decorre da maior flexibilidade
oferecida no mercado de balcão, bem como do risco de crédito envolvido.

1.4 - QUEM SÃO, NO BRASIL, AS INSTITUIÇÕES QUE TEM PAPEL FUNDAMENTAL NAS
NEGOCIAÇÕES?

BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros, onde são negociados contratos de


mercadorias, futuros, opções e swaps.

BOVESPA – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo: a bolsa de ações


brasileira. Por acordo de integração (março/2000) absorveu a Bolsa de Valores

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Encontro de Trabalho – Derivativos 12
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do RJ e as outras 7 bolsas regionais então existentes. Passou a ser a única, no


Brasil, onde se negociam ações e seus derivativos.

CETIP – Central de Custódia e Liquidação de Títulos: entre outros, realiza o


registro dos títulos privados.

BANCOS – são os principais intermediários das operações de balcão. Na


Bolsa, sua atuação pode ser em interesse próprio (sua própria tesouraria) e no
interesse de seus clientes.

1.5 - PARTICIPANTES:

Participantes
Arbitradores

Market
Hedgers Especuladores
Makers
Tesourarias

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I - Hedger: Busca proteção. Aceita a possibilidade de reduzir seu resultado


para minimizar seu risco.
Exemplo: Um produtor agrícola quer proteger-se contra a queda do preço de
seu produto na época da colheita. Para não correr esse risco, aceita fixar o
preço da venda futura. Se o preço cair: ele garantiu o preço fixado, não
sofrendo o prejuízo. Se subir acima do pactuado, ele deixou de ganhar o
aumento.

II - Especulador: Busca o ganho, aceitando correr o risco.


Exemplo: Acreditando que o preço de um determinado ativo vai subir, compra
no futuro por um preço abaixo de sua própria expectativa, visando lucrar com a
diferença.

III - Arbitrador: Busca o lucro sem correr risco.


Exemplo: Se um produto estiver sendo vendido ao mesmo tempo em New York
e Londres, porém a preços diferentes, o arbitrador fará dois negócios ao
mesmo tempo, então, comprará no mercado de menor preço e venderá no
mercado de maior preço.

IV – Tesourarias: O objetivo da tesouraria é gerir os recursos financeiros da


instituição. Captar e aplicar esses recursos e as estratégias utilizadas darão
origem a ganhos e perdas e conseqüentemente implicarão na necessidade de
controle e de administração de liquidez. A transparência é condição necessária
na gerência desses recursos que objetivam a maximização da riqueza da
Instituição.

V - Market Maker: Agente que se propõe a garantir liquidez mínima e


referência de preço para ativos previamente credenciados.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 14
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2 – Tipos de derivativos

OBJETIVOS:
a) Conhecer o impacto (genérico) nas finanças das empresas não-
financeiras;
b) Identificar os diversos tipos de derivativos e algumas das estratégias
aplicáveis aos produtos.

Impacto de risco:
a) No comportamento de hedger: diminui a exposição ao risco;
b) No comportamento de especulador: aumenta a exposição ao risco.

2.1 - OPERAÇÃO A TERMO:

Mercado a Termo

Características:

- Normalmente negociados em ambientes de


balcão ou em operações privadas;
- Flexibilidade dos contratos;
- Não-Intercambialidade;
- Liquidação pode ser física ou financeira;
- Não exige margem de garantia;
- Ajuste somente no vencimento;
- Há Risco de Crédito da contraparte
6

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Principais Mercados a Termo

- Termo de Ações;
- Termo de Ouro;
- Termo de Moedas (NDF);
- Termo de Juros;
- Termo de PU de Títulos Públicos.

Vantagens e desvantagens:

O mercado a termo tem a desvantagem de possuir baixa liquidez,


podendo ser necessário carregar a operação até o vencimento.
Além disso, cada uma das partes está exposta ao risco de crédito
representado pela outra parte, tendo em vista que, em geral, tais contratos não
exigem incorporação de garantias.
As vantagens referem-se à maior flexibilidade e no caso de contratos
com entrega física da mercadoria, ao fato de propiciar ao vendedor a colocação
de sua mercadoria e ao comprador a aquisição do produto.

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2.2 - MERCADO FUTURO

Mercado Futuro

Características:

- Normalmente negociados em Bolsas;


- Padronização dos contratos;
- Intercambialidade;
- Liquidação pode ser física ou financeira;
- Exige margem de garantia;
- Ajustes diários, pela diferença entre o preço de
negociação (ou abertura) e o preço de fechamento
(ou de liquidação);
- Risco de crédito assumido pela Clearing House
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Principais Mercados Futuros

- Futuro de Moedas;
- Futuro de Juros;
- Futuro de Commodities;
- Futuro de Índices;
- Futuro de Cupom Cambial;

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Vantagens e desvantagens:

O mercado tem a vantagem de possuir maior liquidez, permitindo o


encerramento de posições antes do vencimento dos contratos.
Além disso, depois de registradas nas bolsas, a Clearing House interpõe-
se como garantidora final dos contratos, mitigando o risco de crédito da
contraparte.
Como desvantagem, a padronização do tamanho dos contratos e dos
vencimentos, bem como a exigência de margens de garantia e ajustes diários
oneram o acesso às bolsas.

Exemplo:

- Um produtor rural precisa se proteger contra uma provável queda de preço do


produto durante a safra. Hoje o produto está cotado para a pronta entrega a R$
40,00/saca, sendo que ele necessita receber pelo menos R$ 20,00/saca para
pagar seus custos. Procura então uma corretora, onde é informado que
existem contratos futuros, cujo preço atual é de R$ 38,00/saca e com
vencimento durante o período da safra. O produtor aceita vender sua produção
por meio da venda de tais contratos futuros ao preço de R$ 38,00/saca.

Conseqüências do contrato:
a) Em relação ao mecanismo de ajuste diário:
- Se o preço do contrato futuro subir o produtor deverá depositar o valor do
ajuste. Ele deverá manter depositada a diferença entre os R$ 38,00
contratados e o preço de mercado. Por exemplo, se o preço chegar a R$
42,00/saca, o produtor deverá depositar R$ 4,00/saca (R$ 42,00 – R$
38,00). Esse dinheiro só retorna ao produtor em forma de ajuste se houver
queda no preço do contrato futuro;

- Se o preço cair o produtor receberá o valor do ajuste. Por exemplo, se o


preço cair a R$ 33,00/saca, o produtor receberá R$ 5,00/saca (R$ 38,00 –
R$ 33,00). O produtor somente será chamado a depositar valores
referentes aos ajustes se houver elevação de preço do contrato futuro;

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Encontro de Trabalho – Derivativos 19
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b) Em relação à liquidação, o produtor terá duas alternativas:


- Entregar o produto e receber o preço de mercado. Se o valor de mercado
estiver diferente do valor contratado, isso não influirá nos ganhos, uma vez
que o produtor já terá recebido ou pago a diferença, na forma de ajustes
periódicos. Nesse caso deverá comunicar sua intenção de entregar o
produto, com antecedência, para a corretora (que comunicará à Bolsa). O
zeramento efetuado refere-se à quantidade de produto comercializada;
- Não entregar o produto. Nesse caso ele comprará contratos representativos
da mesma quantidade de produto pelo valor de mercado (R$ 35,00/saca):
ele fará uma operação inversa, zerando sua posição;

c) Em relação à margem de garantia, o produtor deverá entregar garantias à


Bolsa para que esta possa garantir a adimplência dos contratos. Tais
garantias podem ser, por exemplo, em dinheiro, títulos públicos, ouro, fiança
bancária, cotas de fundos de investimentos, respeitando-se as restrições
impostas pela Bolsa.

SITUAÇÃO DO PRODUTOR – OSCILAÇÃO DE PREÇO

Data Evento Preço de mercado Depósito Saque Situação líquida


05/09 Contratação R$ 40,00 2,00 - 2,00 D
25/09 Preço sobe R$ 41,00 1,00 - 3,00 D
10/10 Preço sobe R$ 42,50 1,50 - 4,50 D
18/11 Preço cai R$ 40,30 - 2,20 2,30 D
14/12 Preço cai R$ 39,00 - 1,30 1,00 D
07/01 Preço cai R$ 37,90 - 1,10 0,10 C
23/01 Preço cai R$ 36,80 - 1,10 1,20 C
28/02 Encerramento R$ 35,00 - 1,80 3,00 C

- Se o produtor fizer liquidação física (entrega do produto): receberá o preço


de mercado. Como já havia recebido a diferença, na forma de ajuste, estará
recebendo, na verdade, o valor contratado = R$ 38,00 = R$ 3,00 + R$
35,00;

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- Se o produtor fizer liquidação financeira (sem entrega do produto):


comprará o produto pelo preço de mercado, R$ 35,00/saca, fazendo uma
operação de “mata-mata”, cujo valor, somado aos R$ 3,00 já recebidos na
forma de ajuste, resultará no valor de R$ 38,00 inicialmente contratado.

2.3 - SWAP

É um derivativo de balcão,que consiste na troca de taxas ou índices


aplicados distintamente, sobre um mesmo valor inicial (valor nocional), onde
cada parte fica ativa em um ou mais índices ou taxas e passiva no outro,
compensando-se os valores monetários, para liquidação em determinada data
futura
As partes podem acordar entre si a troca de taxas de juros, moedas,
índices, cotações, commodities etc...
Os agentes buscam no mercado operações de swap com o objetivo de
realizar hedge, sempre que a sua atividade não gere as oportunidades de
proteção.
O swap de taxa de juros é bastante comum e objetiva propiciar a
empresa a adequação da taxa de juros de seu ativo ou passivo aos seus
interesses ou necessidades, reduzindo seus riscos. No lado do passivo uma
empresa pode, por exemplo, trocar uma taxa de empréstimo fixa por flutuante
ou vice-versa. No lado do ativo, da mesma forma, a empresa pode trocar a
remuneração de um ativo ou receita de fixa para flutuante. Normalmente, as
operações são liquidadas pela diferença, não havendo a troca do fluxo do
principal no final da operação.
Outra forma bastante comum de swap é o de moedas. Neste caso,
normalmente existe a troca do principal e dos pagamentos de taxas de juros
predeterminadas sobre um empréstimo ou ativo, aproximadamente equivalente
em outra moeda.
Suponha uma empresa cuja produção é integralmente destinada ao
mercado norte americano, ou seja, suas receitas são em dólar. Se esta
empresa faz uma captação de recursos externos, sua exposição ao risco
cambial é minimizada, já que o aumento na taxa de câmbio interna implicará,
simultaneamente, no aumento das despesas com o pagamento do empréstimo
e nas receitas decorrentes das suas exportações.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 21
Caderno do Participante

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Porém, se no exemplo anterior, a empresa não for exportadora, não se $

beneficiará dos ganhos com o aumento no câmbio, muito embora continue


sofrendo os efeitos negativos deste fato. A maneira de mitigar este risco é
contratando uma operação de swap, onde a empresa (contraparte) receberá de
um agente financeiro (participante) o resultado da variação cambial
(aumentada ou não de uma taxa de juros chamada de “cupom”), pagando por
isso o resultado da aplicação de um outro índice, como por exemplo 100% do
DI.

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No vencimento da operação, serão aplicadas ao montante inicial


(também chamado de valor nocional), os resultados das duas curvas:

• A curva da variação cambial determinará quanto a contraparte tem a


receber;

• A curva do DI determinará quanto o participante tem a receber.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 22
Caderno do Participante

Chamamos de ajuste a diferença entre a posição da contraparte e do


participante. A operação será liquidada creditando-se ou debitando-se à conta
corrente da contraparte o valor do ajuste.

2.3.1 – SWAP A TERMO

• Conceito:
Mesmas características, tributação e modelos das operações de swap. A
diferença está no fato do participante contratar hoje (data de assinatura) uma
operação que entrará em vigor em uma data futura (data base), previamente
acordada entre as partes, para um determinado vencimento (data de
vencimento).

• Características:

operação

Data de Data base Data de


assinatura vencimento

termo

O tamanho do contrato é designado em dólar, tendo em vista que o valor


nocional do contrato é corrigido pela variação cambial da data da contratação
até a data base.

Termos mais usados nas operações de swap:

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Encontro de Trabalho – Derivativos 23
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Variação cambial “careca”: variação cambial sem cupom.


Spot: o valor da moeda a mercado no momento da cotação.
Ptax:: o valor da moeda informado pelo BACEN, é calculado pela média
ponderada das cotações do dia anterior.
Cotação limpa ou cupom limpo: cotação que parte do spot.
Cotação suja ou cupom sujo: cotação que parte do ptax.
Forward: significa “termo” e normalmente diz respeito ao preço da moeda na
data da liquidação.
Spread: é a sobretaxa cobrada pelo participante.

2.4 – OPÇÕES

O contrato de opção atribui a uma parte o direito de comprar ou vender a


outra parte, em determinada data, certa quantidade do ativo principal, a um
preço preestabelecido, mediante pagamento de um prêmio. Entende-se como
ativo principal o objeto referenciado no contrato (ativos, índices ou futuros).
A opção é um instrumento que dá a seu titular ou comprador um direito
futuro e, inversamente, uma obrigação a seu lançador que, pela assunção do
risco, percebe o prêmio.

Existem dois tipos básicos de opções:

• Opção de compra (call) que dá direito ao comprador ou titular de comprar


um ativo principal por determinado preço (preço de exercício);

• Opção de venda (put) que dá direito ao comprador ou titular de vender um


ativo principal por determinado preço (preço de exercício).

As negociações são efetuadas através de contrato, nos quais:


• Comprador não oferece risco, e por isso não precisa depositar margem;
• O vendedor oferece risco, sendo obrigado a depositar margem de garantia;

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Tipos de opções quanto ao direito de exercício:


OPÇÃO EUROPÉIA: uma opção que pode ser exercida somente na data de
vencimento.
OPÇÃO AMERICANA: uma opção que pode ser exercida a qualquer tempo,
até (e inclusive) na data de vencimento.

Tipo de Opções quanto ao ativo-objeto:

No Brasil, as opções de maior liquidez são as opções sobre ações,


embora também exista o mercado de opções sobre moedas, índices e
commodities.

Especificações:

Prêmio: O preço pago pelo comprador do contrato de opções.

Data de Exercício: O prazo de validade da opção especificado no contrato. O


último dia em que uma opção pode ser exercida é denominado data de
vencimento. Na BOVESPA os vencimentos são nas terceiras segundas-feiras
de cada mês para opções sobre ações e as quartas-feiras da terceira semana,
bimestralmente, para opções sobre o IBOVESPA.
Preço de Exercício: Preço pelo qual o bem será negociado.
No mercado, o preço pelo qual uma opção é negociada é chamado de
prêmio; o valor pelo qual o bem será negociado é chamado de preço de
exercício (strike price) e a data de vencimento da opção é chamada de data de
exercício.
Uma opção pode ser padronizada (negociada em bolsa) ou flexível (negociada
no mercado de balcão). Embora sejam negociadas em balcão, as opções
flexíveis devem ser registradas em bolsa.

Características:
• Pagamento de prêmio por parte do comprador;
• Depósito de margem, no início da operação, por parte do lançador, nas
opções padronizadas;

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• Possibilidade de não ocorrer o exercício: diferente dos mercados a termo e


futuro, a opção é um direito e quem detém este direito (sempre o comprador
da opção) só vai exercê-lo se valer a pena;
• Possibilidade de encerramento antecipado da posição, mediante
negociação de posição contrária, nas operações padronizadas.

Classificação:
Quanto à posição do participante:
Long = posição comprada
Short = posição vendida

Quanto à opção estar em valor que gere lucro ou perda (quanto ao dinheiro):
Out of the money = fora do dinheiro
At the money = no dinheiro
In the money = dentro do dinheiro

CALL
Posição comprada:
Prêmio = $ 5
Preço de exercício: $ 60
Resultado da opção:
PM < 65  perda (resultado negativo)
PM = 65  não há perda ou ganho
PM > 65  ganho (resultado positivo)

30 Resultado ($)

20

10 Preço
30 40 50 60 da ação ($)
0
-5 70 80 90

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Caderno do Participante

CALL
Posição vendida:
Prêmio = $ 5
Preço de exercício: $ 60
Resultado da opção:
PM < 65  ganho (resultado positivo)
PM = 65  não há perda ou ganho

PM > 65  perda (resultado negativo)

Resultado ($)
5 70 80 90
0
30 40 50 60 Preço
-10 da ação ($)

-20

-30

PUT
Posição comprada
Prêmio: $ 7
Preço de exercício: $ 90
Resultado da opção:

PM < 83  ganho (resultado positivo)


PM = 83  não há perda ou ganho

PM > 83  perda (resultado negativo)

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Caderno do Participante

Resultado ($)
30

20

10 Preço da Ação($)
0
60 70 80 90 100 110 120
-7

PUT
Posição vendida
Prêmio: $ 7
Preço de exercício: $ 90
Resultado da opção:

PM < 83  perda (resultado negativo)


PM = 83  não há perda ou ganho

PM > 83  ganho (resultado positivo)

Resultado ($)
7 Preço
60 70 80 da Ação ($)
0
90 100 110 120
-10

-20

-30

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Caderno do Participante

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Caderno do Participante

3 - Produtos Padronizados

OBJETIVO:

Conhecer os produtos padronizados do BB (inclusive tributação)

Produtos já formatados disponíveis no LIC 185.0001.00002.0001

3.1 - TERMO DE MOEDAS

Modalidades: As operações podem ser realizadas em dólar e euro.

Características:
a) A operação de TERMO DE MOEDAS pode ser realizada nas seguintes
modalidades:
I - O BANCO poderá assumir a obrigação de vender a moeda objeto de
negociação pelo preço acordado;

II - O BANCO poderá assumir a obrigação de comprar a moeda objeto


de negociação pelo preço acordado.

Público alvo:
a) Clientes do segmento agropecuário (Cooperativas de Produção
Agropecuária e Produtor Rural) que busquem mecanismo de hedge
(proteção) para as receitas provenientes da atividade agropecuária, em
especial das commodities agrícolas;
b) Clientes Institucionais e do Pilar Atacado que busquem mecanismo de
hedge (proteção) contra os riscos inerentes à sua atividade econômica.

Universidade Corporativa Banco do Brasil


Encontro de Trabalho – Derivativos 30
Caderno do Participante

Valor mínimo:
a) Clientes do Segmento Agropecuário: US$ 30.000,00 (trinta mil dólares
norte-americanos) ou o equivalente em euros, na data da contratação;
b) Demais Clientes: US$ 100.000,00 (cem mil dólares norte-americanos)
ou o equivalente em euros, na data da contratação.

Registro: as operações de TERMO DE MOEDA são registradas na CETIP.

Liqüidação: o cliente é creditado ou debitado, na conta investimento, pelo


valor líquido da operação de TERMO DE MOEDA, na data do vencimento.

• É necessário que o cliente tenha limite de crédito disponível para a


realização da operação, posto que existe incidência de 20% do valor total;

Tributação:
a) IMPOSTO DE RENDA: As operações de TERMO DE MOEDA estão
sujeitas à incidência de imposto de renda na fonte, à alíquota de 0,005%
sobre o valor da liquidação financeira previsto no contrato, sem prejuízo
da responsabilidade do cliente no recolhimento do Imposto de Renda à
alíquota vigente. O valor do imposto retido na fonte a que se refere este
artigo poderá ser:
I - deduzido do imposto sobre ganhos líquidos apurados no mês;
II - compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados
nos meses subseqüentes;
III - compensado na declaração de ajuste anual se, após a dedução de que
tratam os incisos I e II, houver saldo de imposto retido;
IV - compensado com o imposto devido sobre o ganho de capital na
alienação de ações.

Obs: Fica dispensada a retenção do imposto de 0,005% sobre o valor da


liquidação financeira previsto no contrato, cujo valor seja igual ou inferior a R$
1,00 (um real). Ocorrendo mais de uma operação no mesmo mês, realizada por
uma mesma pessoa, física ou jurídica, deverá ser efetuada a soma dos
valores de imposto incidente sobre todas as operações realizadas no mês,
para efeito de cálculo deste limite de retenção previsto.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 31
Caderno do Participante

b) IOF: os ganhos líquidos referentes ao valor de liquidação da operação


de TERMO DE MOEDA não sofrem incidência de IOF (alíquota zero).

Exemplos de Termo de Moedas

Uma empresa pagará US$ 10 milhões por uma importação em


360 dias.
Ptax na data da operação: R$2,15
Valor da dívida no momento da operação: R$21.500 mil
Risco envolvido: Alta na cotação do dólar, elevando o valor da
sua dívida em Reais;
Alternativa: BB vende (Cliente Compra) NDF
Prazo: 360 dias
Valor R$ 2,30 (Ptax projetada para 360 dias)
Dívida prefixada em R$ 23.000 mil

16

Exemplos de Termo de Moedas

8.000

6.000

4.000

Taxa da operação BB paga


2.000 Cliente recebe
AJUSTE - R$ MIL

0
1,7 1,8 1,9 2 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8

(2.000) COTAÇÃO R$/US$ NO VENCIMENTO


Cliente paga
BB recebe
(4.000)

(6.000)

(8.000)

17

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Encontro de Trabalho – Derivativos 32
Caderno do Participante

3.2 - SWAP

CARACTERÍSTICAS:

Modalidades: A operação de SWAP pode ser com caixa ou sem caixa:

a) SWAP COM CAIXA - existe a entrega do valor nocional que será aplicado
em CDB vinculado à operação de swap.

b) SWAP SEM CAIXA - Não existe a entrega do valor nocional, existindo


apenas a troca de resultados. Poderá ser à vista ou a termo.

I - SWAP À VISTA - troca de resultados financeiros com início


imediato;

II - SWAP A TERMO - troca de resultados financeiros com início em


data posterior.

Público alvo: Clientes Institucionais e Clientes do Pilar Atacado, que busquem


proteção (hedge) contra os riscos inerentes à sua atividade econômica. Pode
ser risco de variação de taxa de juros, de taxa de câmbio e de preço de
mercadorias, entre outros.

Valor mínimo: US$ 100.000,00 (cem mil dólares norte-americanos).

Contratação: As operações de SWAP são regidas por contratos disponíveis no


LIC 185.1.

Registro: as operações de SWAP são registradas na CETIP - Câmara de


Custódia e Liquidação ou em outro sistema autorizado pelo Banco Central do
Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 33
Caderno do Participante

Liqüidação: o cliente é creditado ou debitado pelo valor líquido da operação


de swap, no dia seguinte ao vencimento, com data de balancete igual ao dia
do vencimento.

a) O resultado financeiro referente à operação de SWAP é creditado ou


debitado na conta investimento do cliente;
b) O CDB, no swap com caixa, é creditado na conta investimento
separadamente do resultado do swap;
c) O resultado gerencial relativo à operação de SWAP é creditado ou
debitado à agência, via Sistema ARI, separadamente da remuneração
obtida no CDB;
d) A liquidação antecipada ou a transferência de titularidade do CDB
implicará na liquidação simultânea da operação de SWAP vinculada.

Obs: Com relação ao crédito na conta investimento, as agências devem


se abster de realizar partida de transferência para a conta corrente uma vez
que a conta investimento possui resgate automático.

• É necessário que o cliente possua limite de crédito disponível para a


realização da operação, posto que existe incidência de 10% do valor total;

Tributação:

a) Os ganhos líquidos referentes ao valor de liquidação (diferencial) da


operação de SWAP e os rendimentos relativos ao CDB vinculado à
operação de SWAP, independentemente do resultado positivo ou
negativo da operação de SWAP, sujeitam-se à incidência de Imposto de
Renda. Os rendimentos auferidos no resgate da operação sujeitam-se à
incidência do imposto de renda na fonte, líquido de IOF, às alíquotas
abaixo, conforme o prazo:

I - 22,5% - aplicações de até 180 dias;


II - 20% - aplicações de 181 dias até 360 dias;
III - 17,5% - aplicações de 361 dias até 720 dias;
IV - 15% - aplicações acima de 720 dias.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 34
Caderno do Participante

Obs: O prazo será contado a partir de 01.07.2004 para aplicações


realizadas até 22.12.2004 e, a partir da data da aplicação, para aplicações
realizadas a partir de 23.12.2004.

b) Os ganhos líquidos referentes ao valor de liquidação (diferencial) da


operação de SWAP não sofrem incidência do IOF (alíquota ZERO);
c) Não sofrem retenção do Imposto de Renda na fonte sobre os
rendimentos obtidos nas operações de SWAP as pessoas listadas no
LIC#910.2.2.1.

Produtos BB

Exemplo Swap Dólar X CDI

Empresa exportadora tem passivos em reais a taxas pós-


fixadas e ativos em dólar.

Para se proteger contra uma eventual queda do dólar e/ou


uma alta na taxa de juros, a empresa contrata um Swap
onde ela fica Ativa (Banco Passivo) em 100% CDI e
Passiva (Banco Ativo) em USD + 6% a a (Cupom Sujo).

USD + 6% a. a.
Banco Cliente
100% CDI

23

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Encontro de Trabalho – Derivativos 35
Caderno do Participante

Produtos BB

Exemplo Swap Dólar X CDI


Dados da operação:
Empresa Ativa a 100% CDI
Empresa Passiva em VC + 6% a a
Prazo 180 dias
Valor: R$ 10 milhões
Ptax D-1: 1,9600

Supondo que ao final da operação, o CDI acumulado


tenha sido de 5,5% e a Ptax do dia anterior ao vencimento
tenha sido 1,9500, o resultado da operação será o
seguinte:

CDI = 10.550.000,00 USD = 10.247.448,98


Resultado Bruto para o Cliente = + 302.551,02
24

3.3 – OPÇÕES FLEXÍVEIS DE MOEDAS

Características:

Público alvo: Clientes Corporate, Empresarial, Institucionais e Investidores


Qualificados.

Valor mínimo: O valor mínimo a ser contratado será de US$500.000,00


(quinhentos mil dólares norte americanos) ou o equivalente em outras moedas.

Garantia: Não estão sujeitas à prestação de garantias, todavia impactam em


20% o limite de crédito do cliente, quando este for lançador da opção.

Registro: As operações são registradas na CETIP - Câmara de Custódia e


Liquidação.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 36
Caderno do Participante

Liquidação: O resultado financeiro é creditado ou debitado na conta


investimento do cliente, na data do vencimento, pelo valor liquido da operação.

Liquidação antecipada por reversão: Será permitida somente pelo volume


total da operação.

Tributação:
a) IMPOSTO DE RENDA: Na forma da legislação em vigor, as operações de
OPÇÕES DE MOEDA estão sujeitas à incidência de imposto de renda na fonte,
à alíquota de 0,005% sobre o resultado, se positivo, da soma algébrica dos
prêmios pagos e recebidos no mesmo dia, sem prejuízo da responsabilidade
do cliente no recolhimento do Imposto de Renda à alíquota vigente. O valor do
imposto retido na fonte a que se refere este artigo poderá ser:
I - deduzido do imposto sobre ganhos líquidos apurados no mês;
II - compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados
nos meses subseqüentes;
III - compensado na declaração de ajuste anual se, após a dedução de que
tratam os incisos I e II, houver saldo de imposto retido;
IV - compensado com o imposto devido sobre o ganho de capital na
alienação de ações.
b) IOF: Os ganhos líquidos referentes ao valor de liquidação da operação de
OPÇÕES FLEXÍVEIS não sofrem incidência de IOF (alíquota zero).

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Encontro de Trabalho – Derivativos 37
Caderno do Participante

Produtos BB

Exemplo de Op ções Flex íveis de Moedas

Uma empresa receberá US$ 10 milhões por uma exportação em


117 d.u
PTAX na data da operação: R$ 2,15
Valor da receita no momento da operação: R$ 21.500.000,00
Risco envolvido: Baixa na cotação do dólar, diminuindo o valor de
sua receita em Reais
Alternativa: BB vende opção de venda de dólar
Cliente compra opção de venda de dólar

26

Produtos BB

Exemplo de Opções Flexíveis de Moedas


Prazo: 117 d.u
Tipo de operação: Put
Tipo de Barreira: Sem barreira
Valor em US$: 10.000.000,00
Prêmio negociado lote mil (R$): 18,459
Prêmio total negociado (R$): 18,459 x 10.000 = 184.590,00
Preço do ativo objeto (dólar futuro no vencimento): 2,073
Preço de exercício (negociado com o cliente): 2,18
Nesta situação o cliente irá exercer a opção no vencimento,
vendendo-a por 2,18 e obtendo um resultado de R$ 1.070.000,00
=> (2,18 - 2,073) x 10.000.000

27

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Encontro de Trabalho – Derivativos 38
Caderno do Participante

3.4 - BB DERIVATIVOS COMMODITIES METÁLICAS

OBS: OS DERIVATIVOS APLICADOS A COMMODITIES AGRÍCOLAS SÃO OBJETO DE TREINAMENTO


ESPECÍFICO DENTRO DO PROGRAMA DE GARANTIA DE PREÇOS AGROPECUÁRIOS – GPA.

Conceito: O produto BB Derivativos Commodities Metálicas consiste na venda


pelo lançador (BAMB) de um contrato de opções de compra ou de venda ao
titular(cliente) que, ao comprá-lo, adquire o direito de comprar ou vender
respectivamente uma commodities metálicas a um preço prefixado, em
qualquer data, durante a vigência do contrato, opção americana. Para tanto, o
titular pagará, antecipada e definitivamente ao lançador, determinada
importância a título de prêmio.

Público-alvo: Clientes Corporate, Institucionais e Investidores Qualificados que


busquem mecanismo de hedge (proteção) de suas posições em commodities
metálicas.

Valor mínimo: O valor mínimo a ser contratado será de R$ 1.000.000,00 (um


milhão de reais).

Preço de exercício: é formado com base nas cotações diárias dos contratos
futuros do produto a que se refere, praticadas no pregão da bolsa.

Obs: Como responsável pela obrigação, o LANÇADOR estipula o PREÇO


DE EXERCÍCIO e o respectivo valor do PRÊMIO das opções por ele lançadas.

Acolhimento de proposta: Trata-se de operações que não envolvem


formalização de súmula de análise e deferimento da proposta. No entanto,
deverá ser feita pesquisa no SISBACEN / PCAM 300 – OPÇÃO 11, para
confirmar se o cliente não possui anotação restritiva junto ao BACEN.

Intermediação: O Banco atuará como intermediador das operações, que terão


como partes o cliente e o BAMB.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 39
Caderno do Participante

Produtos contemplados: Todas as commodities metálicas que apresentem


liquidez no mercado de derivativos em particular o mercado de Opções.
(Exemplo: alumínio, cobre, ouro, zinco e etc.)

Liqüidação: O resultado financeiro é creditado ou debitado na conta


investimento do cliente pelo valor líquido da operação.

Liqüidação antecipada por reversão: Será permitida somente pelo volume


total da operação.

Custos operacionais para o comprador (titular):

a) Na compra da opção:
I - PRÊMIO: estabelecido pelo LANÇADOR;
II - CORRETAGEM: US$ 15,00 por contrato de opção;
III - TARIFA DO CONTRATO DE CÂMBIO: fixada em função do valor do
contrato: LIC 30.1.300.9993; e
IV - TARIFA DA ORDEM DE PAGAMENTO (SWIFT): LIC 30.1.300.9993.

b) No exercício da opção:
I - CORRETAGEM: conforme alínea a-II acima;
II - TARIFA DO CONTRATO DE CÂMBIO e
III - TARIFA DA ORDEM DE PAGAMENTO (SWIFT).

Remuneração dos intervenientes:


a) Valor da corretagem:
I - AGÊNCIA: 70%
II - BAMB: 30%

b) Tarifa da ordem de pagamento (SWIFT): 100% da tarifa líquida para a


AGÊNCIA operadora dos contratos de opções, mediante repasse da
Agência do Grupo CÂMBIO.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 40
Caderno do Participante

Produtos BB

Exemplo de BB Derivativos Commodities Metálicas

Ativo: Cobre
Prazo: 30 d.c.
Tipo de operação: Call
Tipo de Barreira: Sem barreira
Qtde de Contratos: 5
Prêmio negociado tonelada (USD): 874,00
Prêmio total negociado (USD): 874,00 x 5 = 4.370,00
Preço de exercício (USD): 7.310,00

Preço do ativo objeto liquidação (USD): 9.000,00

Nesta situação o cliente irá exercer a opção no vencimento,


comprando-a por 7.310,00 e obtendo um resultado de USD
4.080
=> ((9.000 – 7.310) x 5)-4.370,00
29

3.5 – QUADRO COMPARATIVO

TERMO DE MOEDAS SWAP OPÇÕES


Vlr mínimo US$100.000* US$100.00O US$500.000
Impacto no Limite de crédito 20% 10% 20%
Tributação na fonte 0,005% 15% A 22,5% 0,005%
Objeto negociado taxa de câmbio a termo troca de indexadores preço de exercício
Registro CETIP CETIP CETIP
Tarifa Não Não Não

*Clientes do segmento agropecuário: US$30.000.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 41
Caderno do Participante

4 - Estratégia

OBJETIVO:

Conhecer a estratégia do BB para derivativos e o fluxo das operações.

4.1 - ESTRATÉGIA DO BB

O cenário para os próximos anos vem apontando redução nas receitas


geradas pelos produtos bancários tradicionais, identificando-se os negócios
com derivativos como uma fonte alternativa para suprir essa lacuna.
Pelo lado do relacionamento e satisfação com o cliente, as pesquisas
vêm apontando que a percepção dos clientes do Atacado — especialmente dos
clientes Corporate — sobre o BB com relação à identificação de necessidades
e oferta de soluções em derivativos ainda não atingiu o patamar desejado, o
que vem influenciando a satisfação dos clientes e consequentemente a
capacidade de realização de negócios com esses grupos.
Nesse contexto foi definido como objetivo institucional do BB para o
Atacado o aumento da participação no mercado derivativos. Na estratégia de
atuação, estão definidas prioridades: facilitadores, público-alvo — segmento de
clientes —, distribuição, produtos priorizados.

4.2 - PÚBLICO-ALVO, DISTRIBUIÇÃO E ABORDAGEM AOS CLIENTES

O grupo de clientes priorizados para a realização dos negócios foi


definido a partir da afinidade e maior potencial para o uso de operações com
derivativos, característica dos cliente do Pilar Atacado, em especial do
segmento Corporate, abrangendo os clientes sujeitos a riscos cambiais e os
clientes das cadeias de agronegócios.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 42
Caderno do Participante

A abordagem aos clientes deverá partir da premissa de que este


mercado não é similar ao dos produtos de prateleira. A força de vendas deverá
estar mais preocupada com a identificação de oportunidades negociais e
necessidades dos clientes do que com a oferta de uma ou outra solução pré-
formatada e quantificada em meta, uma vez que o risco de imagem se amplia à
medida que a solução oferecida se distancia da necessidade do cliente.

4.3 - ESTRATÉGIA DE TESOURARIA E PREÇO DE TRANSFERÊNCIA

Os derivativos geram impactos na posição estrutural do Banco (Balanço),


sendo tais impactos administrados pela DIFIN/GEROF, de acordo com os
limites estabelecidos pelo Subcomitê de Risco de Mercado e Liquidez - SRML.
O resultado da Agência é conhecido no momento do registro e é
baseado na diferença entre o preço contratado e o justo de mercado no
momento da negociação.
Os produtos já formatados constam no LIC 185.0001.00002.0001

4.4 - FLUXO DAS OPERAÇÕES

Em função da volatilidade de determinados mercados e da necessidade


de pactuar taxas muito competitivas é necessária consulta prévia às mesas de
operações da DIFIN/GEROF para se obter os parâmetros (preços de
transferência) necessários à realização dos negócios. Dependendo da
característica do ativo e porte da empresa o atendimento é realizado por
segmento diferenciado .

A Rede deve atentar para os procedimentos relativos à formalização de


contratos com o cliente e impacto no limite de crédito, dentre outros.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 43
Caderno do Participante

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Encontro de Trabalho – Derivativos 44
Caderno do Participante

Referências Bibliográficas:

 BESSADA, Octávio. O mercado futuro e de opções. Rio de Janeiro : Record.


 COSTA JR., Newton Carneiro, LEAL, Ricardo Pereira Câmara & LEMGRUBER,
Eduardo Facó (org.) Mercado de Capitais . Análise Empírica no Brasil. Coleção
COPPEAD de Administração. São Paulo : Atlas.
 LAMEIRA, Valdir de Jesus. Mercado de Capitais . Rio de Janeiro : Forense
Universitária.
 LIMA, Iran Siqueira. Fundos de Investimento. Aspectos Operacionais e
Contábeis. São Paulo: Atlas.
 LOZARDO, Ernesto. Derivativos no Brasil. Fundamentos e Práticas. São Paulo:
BM&F.
 SANVICENTE, Antonio Zoratto . Derivativos. São Paulo: Publifolha.
 SILVA NETO, Lauro de Araújo. Derivativos : Definições , Emprego e Risco. São
Paulo: Atlas.
 MARINS, André. Mercados Derivativos e Análise de Risco. Rio de Janeiro: AMS
Editora.
 FARIA, Rogério Gomes. Mercado Financeiro: Instrumentos e Operações. São
Paulo: Pearson Prentice Hall.
 HULL, John C. Fundamentos dos Mercados Futuros e de Opções. São Paulo:
BM&F.
 HULL, John C. Opções Futuros e Outros Derivativos. São Paulo: BM&F

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Encontro de Trabalho – Derivativos 45
Caderno do Participante

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Encontro de Trabalho – Derivativos 46
Caderno do Participante

ANEXO I – TABELA DE INDEXADORES (SWAP)

a) PRÉ x DI - Troca da taxa prefixada por um percentual da taxa media


de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia,
acumulado no período;
b) PRÉ x TMS - Troca da taxa prefixada por um percentual da taxa
media diária das operações com títulos públicos, registradas no
SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, acumulado
no período;
c) PRÉ x DÓLAR + JUROS (SEM CAIXA) - Troca da taxa prefixada
pelo índice correspondente à variação do preço de venda do dólar
norte-americano, no período de vigência da operação, mais juros;
d) DI X DÓLAR + JUROS (SEM CAIXA) - Troca de um percentual da
taxa media de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de
um dia, acumulado no período, pelo índice correspondente à
variação do preço de venda do dólar norte-americano mais juros, no
período de vigência da operação;
e) PRÉ X DÓLAR + JUROS (COM CAIXA) - Troca da taxa prefixada
pelo índice correspondente à variação do preço de venda do dólar
norte-americano, no período de vigência da operação, mais juros;
f) PRÉ X TR + JUROS ou TR + JUROS X PRÉ (SEM CAIXA) - Troca
da taxa prefixada pela Taxa Referencial - TR do período de vigência
da operação, mais juros, ou vice-versa;
g) DI X TR + JUROS ou TR + JUROS X DI (SEM CAIXA)- Troca de um
percentual da taxa média de remuneração dos depósitos
interfinanceiros (DI) de um dia, acumulado no período, pela Taxa
Referencial - TR do período de vigência da operação, mais juros, ou
vice-versa;
h) DI X DÓLAR + JUROS (A TERMO) - Troca de um percentual da
taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de
um dia, acumulado no período, pelo índice correspondente à
variação do preço de venda do dólar norte-americano mais juros, no
período de vigência da operação;
i) DÓLAR + JUROS X DI (A TERMO) - Troca do índice
correspondente à variação do preço de venda do dólar norte-
americano mais juros pelo percentual da taxa média de
remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI), no período de
vigência da operação;

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Encontro de Trabalho – Derivativos 47
Caderno do Participante

j) DI X PRÉ (A TERMO) - Troca de um percentual da taxa média de


remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia
acumulado no período pela taxa prefixada;
k) PRÉ X DI (A TERMO) - Troca da taxa prefixada por um percentual
da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de
um dia, acumulado no período;
l) DI X EURO + JUROS - Troca de um percentual da taxa média de
remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia,
acumulado no período, pelo índice correspondente à variação do
preço de venda do euro mais juros, no período de vigência da
operação;
m) EURO + JUROS X DI - Troca do índice correspondente à variação
do preço de venda do euro mais juros pelo percentual da taxa média
de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI), no período de
vigência da operação;
n) PRÉ X EURO + JUROS - Troca da taxa prefixada pelo índice
correspondente à variação do preço de venda do euro mais juros, no
período de vigência da operação;
o) EURO + JUROS X PRÉ - Troca da variação do preço de venda do
euro, no período de vigência da operação, mais juros pela taxa
prefixada;
p) DI X EURO + JUROS (A TERMO) - Troca de um percentual da taxa
média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia,
acumulado no período, pelo índice correspondente à variação do
preço de venda do euro mais juros, no período de vigência da
operação;
q) EURO + JUROS X DI (A TERMO) - Troca do índice correspondente
à variação do preço de venda do euro mais juros pelo percentual da
taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI), no
período de vigência da operação;
r) PRÉ X EURO + JUROS (A TERMO) - Troca da taxa prefixada pelo
índice correspondente à variação do preço de venda do euro, no
período de vigência da operação, mais juros;
s) EURO + JUROS X PRÉ (A TERMO) - Troca do preço de venda do
euro, no período de vigência da operação, mais juros pela taxa
prefixada.
OBS: Para as modalidades a termo, a data inicial de acumulação das curvas
é posterior à data da operação.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 48
Caderno do Participante

ANEXO II - EXERCÍCIOS
Exercício 1

Um produtor rural (soja) fechou contrato de exportação de parte da safra.


Suponhamos que os contratos fechados tenham as características a seguir:

30 dias: US$10.000.000,00
60 dias: US$30.000.000,00
90 dias: US$50.000.000,00

Que tipo de proteção cambial (desconsiderar a proteção do preço da


mercadoria) deve ser oferecida a este cliente, considerando que, para
adequação ao seu fluxo de caixa, não quer ter desembolso financeiro no
momento da operação e, como estratégia de planejamento tributário, pretende
postergar o pagamento de tributo em caso de ajuste positivo ?

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Encontro de Trabalho – Derivativos 49
Caderno do Participante

Exercício 2

Um empresa automobilística importa dos EUA algumas peças utilizadas na


construção do carro “GEROF”, uma vez que nem todas as peças necessárias
são fabricadas no Brasil.
Portanto a empresa tem que comprá-las da STUART, que oferece 5 meses de
prazo para que a montadora pague pelas peças.
A administração da Cia. decidiu que a empresa deve trabalhar eliminando o
risco cambial dos resultados, utilizando operações de hedge no mercado
financeiro.
O Diretor Financeiro, encarregado de cumprir a decisão da administração,
encontra-se diante de um dilema em um contrato de importação fechado com
prazo de 5 meses: a taxa de câmbio a termo projetada pelo mercado para 5
meses é de R$ 1,99. No entanto, as previsões do mercado expressas através
da pesquisa Focus, realizada pelo BC , prevê a taxa de câmbio em R$1,89 no
mesmo período, e ele concorda com essa projeção.

Considerando que a Cia. suporta uma elevação da taxa de câmbio até a


cotação de R$2,05, pergunta-se:

1 – Que tipo de proteção cambial seria a mais adequada para um cliente nesta
situação? Por que?

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Encontro de Trabalho – Derivativos 50
Caderno do Participante

Exercício 3

Uma empresa solicita um financiamento ao BB na linha MCR 6.4.


Sabendo que o cliente irá ficar passivo em TR + 11,80% a.a., e que este
exporta laranja para os EUA, pergunta-se: de que forma pode ser oferecido um
hedge ao cliente?

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Encontro de Trabalho – Derivativos 51
Caderno do Participante

Exercício 4

Em sua carteira de clientes há uma empresa farmacêutica. No processo de


fabricação dos produtos da empresa que são vendidos no mercado interno há
a necessidade de importação de alguns componentes. Em sua atuação no
mercado, a empresa enfrenta a restrições para o aumento de preços, dado que
os reajustes são determinados pelo Ministério da Saúde, que por sua vez,
estabeleceu o teto de 10% de reajuste para os próximos 3 anos.

Ao consultar alguns bancos sobre a remuneração de uma aplicação financeira


para rentabilização do excedente de caixa com prazo de 6 meses, recebeu as
seguintes cotações:
Pós-fixada: 99% do CDI
Prefixada: 10%ªª

O DI Futuro negociado na BM&F projeta taxa de 11% ªª para 6 meses. Uma


vez que considera possuir vantagem no mercado de taxas pós-fixadas, define
aplicar os recursos nesta taxa. O valor da aplicação em R$, quando convertido
pela PTAX, é igual em volume e prazo, ao de um contrato de importação
fechado na mesma data da aplicação.
O Termo de Moeda seria uma proteção adequada para este caso? Por que?
Que outro tipo de operação pode ser oferecida ao cliente?

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Encontro de Trabalho – Derivativos 52
Caderno do Participante

Exercício 5

Suponhamos que em sua carteira haja uma empresa exportadora com a


necessidade de se proteger contra flutuações do dólar. Ao analisar seu limite
de crédito, você constata que há pouca disponibilidade. Que tipo de proteção
(produto) poderia ser oferecido ao cliente?

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Encontro de Trabalho – Derivativos 53
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ANEXO III - GAME

OBJETIVO

O objetivo deste jogo é proteger os descasamentos de cada uma das 5


companhias descritas abaixo pertencentes à holding Língua de Sogra.

REGRAS

Cada equipe terá 30 minutos para estudar uma empresa e definir uma
estratégia de ação. As equipes serão formadas por 5 ou 6 componentes,
responsáveis pela avaliação e decisões de hedge.

Cada decisão de realização de operação de SWAP ou NDF será registrada


junto à “Mesa de Operações” que ira preencher formulários-boletas para
registro das operaçoes.

As condições do mercado estarão disponíveis no telão e podem ser


modificadas (ou não) a qualquer momento. Também serão divulgadas notícias
aleatórias que poderão influir de forma mais ou menos significativa e abrupta
nas taxas divulgadas pelos agentes de mercado.

A avaliação final será proporcional ao resultado obtido em cada grupo. Para


apuração do resultado será levado em consideração se o grupo protegeu ou
não suas posições, sem perdas relevantes.

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Equipe 1

Urt Y Agi Agribusiness, empresa do agronegócio, cuja produção até bem


pouco tempo era destinada exclusivamente ao mercado interno, fechou acordo
com empresa do setor de logística para colocação de seus produtos no
exterior. Realizou os primeiros negócios gerando receita em US$, que foi
totalmente travada em Reais através de operações com derivativos junto ao
BB. Para poder acessar o mercado internacional, foi obrigada a conceder prazo
de pagamento a seus clientes, o que afetou o capital de giro da empresa.
Considerando a baixa alavancagem da empresa e para manter os negócios, o
Diretor Financeiro captou R$ 30 milhões na linha MCR 6.2, ao custo de TR +
10,20%ªª e prazo de 1 ano. A empresa possui R$40 milhões aplicados em CDB
no BB, à taxa de 100% do CDI.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 55
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Equipe 2

Titi Motors, montadora de veículos automotivos, com matriz nos EUA e duas
linhas de montagem no Brasil; uma destinada exclusivamente à produção de
veículos para o mercado americano; outra destinada à produção de carros
populares comercializados exclusivamente no Brasil.
O custo de produção mensal dos carros populares é de US$ 10 milhões, assim
mensurado porque 90% dos componentes são importados da matriz
americana. Já a linha de montagem dos veículos tipo exportação, tem custo de
produção mensal de US$ 20 milhões.
A receita mensal das vendas para o mercado americano é de US$ 50 milhões.
As vendas às distribuidoras no Brasil, quando financiadas, têm juros prefixados
à taxas de mercado.
Após identificação do descasamento mensal, pede-se realizar uma operação
de hedge para o próximo mês (prazo de 30 dias). Caso a estratégia adotada
seja bem sucedida, será adotada como referência pela empresa.

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Equipe 3

Lui Zéé, indústria de produtos químicos, cujo portfólio abrange plásticos,


poliuretanos, químicos industriais, produtos de performance e tintas.
A empresa distribui sua produção integralmente no Brasil, com receita bruta
mensal de R$ 100 milhões e custos totais de produção de US$ 20 milhões, já
que 80% dos insumos são importados e cotados em dólar. Este valor é
financiado diretamente pelo sócio francês, mediante aporte e linhas de
financiamento, com juros de 7%ªª + vc e vencimento para 60 dias.

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Equipe 4

Granpa George, trading de commodities, fortemente posicionada no negócio


da soja, com funding em Reais.
Sua atuação é focada na compra da soja junto a produtores e cooperativas
rurais e venda simultânea da commoditie no mercado futuro da Chicago Board
and Trade-CBOT (cotada em US$). No dia da negociação, a margem obtida é
bastante significativa (20%), sobre o contrato fechado no valor de USD 20
milhões e prazo de 90 dias, mas as oscilações do câmbio (R$/US$) podem
comprometer o resultado na liquidação das operações. Pede-se realizar a
operação de hedge da moeda, desconsiderando o hedge de preço da
mercadoria, bem como os detalhes de ajuste e margem de garantia da
operação no mercado futuro internacional.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 58
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Equipe 5

Jiu Jitsu & Cia, mineradora de porte internacional, com fluxo de pagamentos e
recebimentos totalmente dolarizado, cuja posição de 31.12.2006 está
integralmente hedgeada. Contudo, a companhia acaba de adquirir uma nova
mineradora , que demandou alavancagem junto a bancos no Exterior, onde
captou US$15 milhões à taxa de 7,10%ªª + vc, prazo de 180 dias.

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Encontro de Trabalho – Derivativos 59
Caderno do Participante

ANEXO IV - BOLETA

GRUPO PRODUTO TIPO(C-V) VENC. VALOR TAXA

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