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Derivada
4.1 Introdução
< e movamos
9 BTS sobre o gráfico de em direção a < , até um ponto BYZ 9
0=*&Z>? 0=*+Z[6A6 B\Z]8 < ; seja Q[Z a reta secante que passa por < e B^Z ; seu coeficiente angular
Fixemos o ponto
tal que
é:
rn
r3
r2
Q3
Qn Q2 r1
Q1
f(x)
x0 xn x3 x2 x1
Figura 4.1:
Se
- : -
2 "#$ #&",'(.- )*+ " $ 456 8
:
54 6 7 8
6 6 7
existe, fazendo a mudança # / 6
:
6 7 , temos:
0" $ 12'(-)*+
2 #
-
456;7 345/98 :<-
456&7 8
7 / *
Exemplos 59.
#$%&
, % !"# 1 $
&2
&
(
!
(
$ %
&
!"#31 !
(
$ 4
# 1
P
Q
x0 1
Figura 4.2:
'(
( % (
A equação da reta tangente ao gráfico de , no ponto ! )*+ $ é + 5 !"# $ ou, equivalen-
temente, ! 5 # % .
-1 1 2 3
% - -
[2] Determine a equação da reta tangente ao gráfico de ' , no ponto .
+*
!"# $ ! ' *) 5 $
-
Seja , o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função %
passando pelo ponto
,-
'
-
! ' )*5 $ . Seja /
% -
! ' )*5 $ e 0
% -
# 1 ) ' )./ pontos da curva; o coeficiente angular da reta secante à
136 CAPÍTULO 4. DERIVADA
1/2 x0
Figura 4.4:
0.5
. .
Figura 4.5: Reta tangente a ) # % , no ponto % / 10 , ) .
$ + *
# + + +
[3] Determine a equação da reta tangente ao gráfico de %&' ) ' ' * , no ponto % 0 ) .
Utilizemos agora diretamente a definição:
$ * $ /
+ +
#"!$
% *-. ) % ) # !"#$
. % . * 2 . * , ) # !"!$ / #
, ( , ( , ( % . *32 . * , ) ,4-
( . ( . (
$ * *
Logo " .
#
, . A equação da reta tangente ao gráfico de , no ponto %
+
0
+
) é) , '
# +
.
4.3. FUNÇÕES DERIVÁVEIS 137
-2 -1 1 2
-1
Figura 4.6:
Da definição segue que a equação da reta normal ao gráfico de no ponto !"# $ % !"# $ &'& é:
(
!"# $ &
)
(
!" #
+
*
#
(
# $ !
% se !"$# !
+ )
,
Definição 24. Uma função é derivável ou diferenciável no ponto # $ quando existe o seguinte
limite:
"# !"# $ &
)
")&% * '&( " # !"# &
(
(
!"# $ &
# # $
Fazendo a mudança + )
#
(
# $ , temos:
# ,%&*'&( !"# $ - + '&
(
!"# $ &
+
)
!"# $ & :
#
$
$% &' ;
!"#1$;& é chamada a derivada de no ponto # . Como $ #<$ é um ponto arbitrário, podemos
0 +
calcular a derivada de para qualquer ponto # ! &
+
)
!"# &
$
Assim
# é função de # e
# (%!"# $ &
3
.
)*+ 3
$%,)
Definição 25. Uma função é derivável (ou diferenciável) em , se é derivável ou diferenciável
em cada # .
- "
Outras notações para a derivada de )
!"# & são: - #
ou
0
.
138 CAPÍTULO 4. DERIVADA
Exemplos 60.
"
' (
[1] Calcule ! # e ! $ # , se !%& # & .
* *
! ' !"!#
!%& &'( # !%& # ')*"!#
!%+
& &'(+#
(
&
(
' !"!# '
!%& # $ % $ % $ % ! $,& &'( # $ &-.
) ( ) ( )
Logo, !
"
#
'
"
e ! $ #
!.
'
$
[2] Calcule !
"
# se !%& #
! ' "
*
&
(
.
$
" ! "
* * *
! " ( " (
! !
!%&+&'( # & * $,& &'( * &
' *"!# ' !"!# '
!%& # $ % $ % * * * .
) ) " ( " ( " (
( !%& &,(+# & & &
Logo, !
"
#
'
*
! /
.
!
$ /
* (
" '
[3] Calcule ! # se !%& # & .
*
!%& &,(+# !%& # * ( ! ( & $ & # * *
' !"*# ')*"!# ')!"*# '
!%& # $ % $ % $ % ! ( & $ & # $ &-.
) ( ) ( )
*
" '
Logo, ! # $ .
" "
'
[4] Calcule ! # se !%& # .
$ &
" "
*
* *
! ' !"!#
!%+
& & (+# !%& # ' !"!# & &'( & ' !"*#
"
'
*
"
!%& # $ % $ % $ % ( ( .
) ( ) ( ) & & & ( &
"
*
'
Logo, ! # .
$
A função # 0
!
12* 3
& ) 4,#
*56 7
, definida por
#
*
' !%& # !%& ) #
!%& # * 8
& & )
- *
'
! *
!%& ) # !%& ) # !%& & ) #
- *
'
*
"
* ! ' "
!%& ) # !%& & ) # 8 se !%& ) #=>
!%& ) #
4.3. FUNÇÕES DERIVÁVEIS 139
!
Figura 4.7: As retas tangente e normal ao gráfico de "#$ % .
Exemplos 61.
! & '
[1] Determine as equações das retas tangente e normal ao gráfico de "#$ % $ ! , no ponto de
abscissa $() *' .
!
' '
Se $ ) então "#$ ) % + ; logo, a reta tangente passa pelo ponto " ,-+ % e seu coeficiente angular
!
'
é " % . Temos:
! . ! & . &
' '
! "#$ !() % "#$ % "#$*!+/
) % ! "#$ ! %
"#$#% "#$#%
"#$ % & ' & ' +0$12
) ) ) )
!
"
'
% + e as respectivas equações são:
.
+ $
! e+ ! $
.
"! .
3
-1 1 2
!
Figura 4.8: As retas tangente e normal ao gráfico de "#$ % .
!
[2] Determine a equação da reta tangente ao gráfico de
+ $
. .
'
. "! "#$ % $ que seja paralela à reta
Para determinar a equação de uma reta, necessitamos de um ponto "#$ )0, )3% e do coeficiente
!
angular "#$ ) % . Neste problema, temos que determinar um ponto. Sejam 4 & a reta tangente,
5 &
4 a reta dada, e 5 os correspondentes coeficientes angulares; como 4 & e 4 são paralelas,
5 & 5 !
então ; mas 5 + e
5 &
"#$ ) % , onde $ ) é a abscissa do ponto procurado; como
' ' ' '
! ! !
, resolvendo a equação , obtemos $ ! e ; a equação é
"! .
"#$ ) % "#$ ) % + ) ' " ' ! %
."# + $ )
!
' ! $ !
'
140 CAPÍTULO 4. DERIVADA
1 2
! !
ponto procurado; resolvendo a equação !"# . $ %0) , temos !"# . $ % # . e # . % )
; as equações
( (
2% ) %
são: * * # " e* * # " .
-2 -1 1 2
-1
Figura 4.10:
Exemplos 62.
"# #
Seja !"# $ % # . é contínua em todo ; em particular em
3
# .
% ! . Mas a derivada de em !
não existe; de fato:
"! ! $
% %$ &%'
()*
!"# $
(
!
! $ % $%&%'
()*
## #
4
. # . #
!!
!! ! " ! "#$
"
!!
!"!#
$%&
$% ! !"!#
$%&
! !
! " !!#
% ! " % $&
! $%&
!
!"!#
&'
!"'#
$%&
!
'
Logo, ( ! ) não existe. Para !"#
* % + ! , , ' (-! ) existe e:
'$ (-! ) " % $ se ! !
$ se ! ! & () *+
,-
' '
Do teorema segue que não existe a derivada de no ponto ! se é descontínua no ponto ! .
'
Também não existe a derivada de no ponto ! nos eguintes casos:
" !
i) Se existe "quina"no gráfico da função contínua no ponto de abscissa ! , como no ponto ! %
do exemplo anterior.
'
ii) Se é contínua em ! e se possui reta tangente vertical passando pelo ponto de abscissa ! .
Neste caso, !"!#
' (-! ) " .
$%& $()
./
Exemplos 63.
'
[1] Seja (-! ) "
!." 012345
( !$ )
! %" / ! se
" !&
#
! se ! %
'$ ( ! ) " ' (-! ) %% !' ( ! ) " (-! ( $ )0) " !
! !
!"'# !"'# 16375 89
$%& $%&
'
logo, a derivada em ! existe; então, é contínua em ! .
'
[2] (-! ) "
:; ! é contínua em todo * e não é diferenciável em ! " ! . De fato:
$' ( ! ) " ' (-! ) %1' ( ! ) " $ " &
%! ! !"!#
$%&
!.
!"!#
$%& ; *
/
142 CAPÍTULO 4. DERIVADA
-2 -1 1 2
-1
! #
!" # !" #
% "
$ '
[2] Se , então .
!
De fato, a função é contínua e seu gráfico coincide com sua reta tangente em qualquer ponto;
logo, tem o mesmo coeficiente angular. Equivalentemente,
[3] Se !" #
$
!" ;
" #$ , então
! !" #
$
%"&' % .
"
)
!"# !$# !"# " &" ( ' %*+ " (" ' # !"# "&'
' % ( ( '
De fato: !" &# !" #
$
" " " "(' )*)*)*)*) #&# " " e:
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!" !"# &#
'
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!" !"# &# "
'
" " $
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# " "(' %
!"# " (" ( ' %*+ " &" ' (
# )*)*)*)*) !$# "&' ( ! !
!" #
+
%
# + # + #
$
" "(' )
- , #
! !" #
$ ! !" # ,
! !" #
-./1, #
! !" #
$
! !" # 2/0,
, !" # !3 !" # 2/1,
! !" #
Exemplos 64.
"#$% ! &%
" . Note que:
[1] Calcule !" # , sendo !" #
% &' )
;" %
( !" #
%
" # )
" *+" () # " " #*+ , temos:
!" #
%
!" # )
" *+" () # " " *+ # # %
,
" # - ,
.
/+" #*+
,
" *, 0 #
!
[2] Calcule !" # sendo !" #
%
!" " #" /+"
.
# /+"
-
" * # . Aplicando diretamente as regras:
! !
!" #
%
$!" " #" / "
.
#$# / "
-
"
1* # " !" " #"
1/ "
.
# $ / "
-
" * #$#
e !" #
%2. " "-) " /
.
"
-
" ! #" " .
" %
%
[3] Calcule !" # , sendo !" # %
) .
! !
"
% # "
-
! ""'"
$ % !"
-
" " # !" " ! .
#
,
!"
-
" " # !" " .
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"
" # # " %& " .
#
. . -
" !" #
%& "
"# % &%
logo, %
# #$ -
% - ) % $ )
&%
"
!" # "
) )
ii) .5!" #
%
"
,
" , paralelas à reta $ ,
/ "
%
3
i) O ponto dado não pertence ao gráfico de . Por outro lado a equação da reta tangente ao
3 3 3 3 , 3 , $ "
gráfico de no ponto !" 6 & !" 6 #$# é !" # %
!
%
!" 6 # !" 6 # !" " 6 # , onde !" 6 # / " 6 * e
3 - , ,
%
!" 6 # " 6 * " 6 . O ponto *4& # pertence à reta tangente, logo, obtemos:
,
!
7% $ % - ,
" , ,
%
, -
" ,/0
" #"
!"
% . % .8%
Resolvendo a equação, obtemos: " 6 e" 6
e $
,12
" 1/
%
. "
"
- ,
% .
ii) O coeficiente angular da reta tangente no ponto " 6 é . !" 6 # * " 6 e deve ser igual ao
- ,
" !"
. % % .
coeficiente angular da reta dada; então * " 6 / ; logo, . As equações das retas
tangentes são
,
/ " /
%
e
,
/ "
,
/
%
. $ #" $ " 6
10 1
-1 1
1 5
-5 -1
*
Outra maneira de escrever o último parágrafo é: se !
$
")!" # e "
$
(#
" , nas hipóteses do
teorema, temos que:
" " "
"
! !
$
" " "
Exemplos 65.
#
$ & '('(' $+%
!*!*! $+%
! ! %
!*!*! ) $
! ! !
" !" # (# !" #(# # # !" #(# !" # !" " # " " # ,
"
-
[2] Calcule se $ ")!" $ %
e" $ $ %
.
#
"
" "
" - - -
! !
$ $ % $ %
. /0" # # . ,
!
" " "
" " " "
# #
* *
Observemos que +1!" # $ , # ; pela regra da cadeia: + !" # $
-
" # !" # , onde
$ % !
!" # "
* * *
. " . Logo, + !" #
-
" !" # , e
$ $
" %
. Calculando a última expressão
! ! ! ! !
# . #
"
2
!
$ - $ - %
[4] Se e , calcule . Pela regra da cadeia:
#
( / . "
!
"
"
"
$
"
!
"
"#
$
"3 /)
-
.) #
"#
$
" / . "
- 2
%
#
-
. . "
- 2
%
#(#
"#
" " "
" "
2
$ % $
#
+ +
" " " " "
[5] Determine # ' ( se #,% ( # -# -#,% (.(.( , # ' ( /' e # ' ( $ .+ '
+
Pela regra da Cadeia: #,% ( #,% ( # #,% (.( # -# #,% (.(.( ; logo, # ( .
+ + +
Seja uma função definida num intervalo aberto 0 . Se é derivável em 0 e #,% ( 1 ! para todo % " 0 ,
Teorema 6. Função Inversa
+ + 2
então possui inversa " derivável e:
'
# + " 2 ( #,% ( + # + " 2 #,% (.(
+ + 2 % para todo % " 0 . Derivando ambos os
Para a prova da primeira parte veja a bibliografia avançada. A fórmula pode ser obtida dire-
tamente da regra da cadeia. De fato, # ! " ( #,% (
'
# + " 2 ( #,% ( " % ! 3 % $!1 *
" 2
[3] Se " % , então: #!" % (
% " " , para todos os valores de % tais que " % seja definida. De
!
!
"
" 2
!
[5] Determine # ! ( , se #,% ( -#,% ( #,% ( ' , -# ! ( $! e # ! ( /' . Pela regra da cadeia:
! !
"
"
+
logo, # ! ( /' .
!
"
"
146 CAPÍTULO 4. DERIVADA
# $%& '
"# $ %
" !
$ '
!
De fato,
# $%& '
" !"#"$
% )
" !"#"$
% )
#
&# $ % " !
, temos :
% & % &
( ' ( '
$
"
'
# " "
Seja !
"
! $%& ' uma função derivável e considere a função: $%& '
"
'( "
Então:
# $%& '
"# $ )*(
" !
$ '
"
#
# $%& '
( +, -.
!
( # $ , temos
( /, 0.
*
# # # # # $ ; logo,
" " "
" " "
* * *
$
!
que $%& ' " $ " ; então " $%& ' " e " $ $%& ',' " " "
" " "
$ !
em particular,
$
"
( #
"
'
" "
( "
!
# $%& '
-.$ ','
"
- (
12
"
%
/ $#$
$"
"
! '
#
tem a propriedade - $ ' ' " $ -0$ ' ' , isto é, a sua derivada é proporcional à função. Aliás, isto
é o que caracteriza a função exponencial. Nos desenhos, a função exponencial em azul e sua
derivada em vermelho; para #
e #
, respectivamente: " 3 #
Exemplos 67.
( # "
'
" "
( "
!
# $%& '
789:6 ;
"
1 .
; . Fazendo
"
+$%& '
!
" 2
, temos (
# "
)
# !
$ 3 ' 1
2 !
; # &#
"
! $%& '
" !
$ 3 ' 1
2 !
;
"
2
#
.
4.6. DERIVADAS DAS FUNÇÕES ELEMENTARES 147
!
"$ #
!
% &
%-$ &
$
!
"
' !
"
!
# #
!
$ %# ' "
#
$#$%&'( & !
"
. Em particular, se :
"
$
!
% %-$ &)&
#
é uma
função derivável. Em tal caso:
"
$
! # !
!
!" #
" !" #
!%!" #
Em particular, se " $
:
!
!
!" #
"!%!" $
!
#&#&#
!
!%!" #
1 1
Figura 4.15: Função logarítmica em azul e sua derivada em vermelho; para "
#"
" "
'
e " #
'
,
respectivamente.
4.6.3 Aplicações
(
$ * . De fato, seja $ # !" # .
, se # !" # $ " , " ; então, # !" # $ !"
$
$
Para todo
! !
# )"
! ! !
# #
#
$ !
% & $
!
$
temos ; ou seja, $ ; logo,
!
#&#
!
!
!
!
148 CAPÍTULO 4. DERIVADA
! "! #$
! !*
!
e " , temos:
% &
% ! (
' ' , onde %&! ' % % & ! (
' '
$ $
%&! ' ! ! % %&! '(' " %&! %&' ! ' %&! ' , e %&! ' %&! ' %&! ' ! ! % %&! '(' " &% ! &%' ! ' &% ! ' $
! &# ! &# !
# "! # "!
!
! !
% %&! '(' :
$
%
Então, se "!
!
%&! ' ! ! % %&! '(' " %&! %&' ! )' %&! '
$
% %&! '(' % ! &# !
"! # "!
!
Exemplos 68.
" # #, 0 e #
[1] Calcule a derivada de
# - ! " ! ! " . ! ,!
0 ! $ " #! ". . Aqui / #
, ! "
!/ /
# #
respectivamente; logo: $
!" # $ %
"
[2] Calcule a derivada de $ ! % &! % # " . Aplicando logaritmo à função e usando as proprieda-
$
'%
des da função logarítmica, temos:
! ! ! %&! '
!! % ' % ! ' " ! ! % " " ' 0 ! ! %&! / " ! " 1 '
&! !
. " ! 0 ! ! %&! / " !$" 1 ' $
% %
0 !&%
/ # ! " /'" # ! ! % !&% # # ,logo:
!
Derivando: $
1 1 0 $
! " ! "" ! 1 1 0 ! "
%&! ' . ! " . ! ! / " !$" 1 / 1 " / 1 $
% %
&
% ! "
2 ! " ' # . ! . ! ! " $
! "
! !
!
! , !# . Aplicando logaritmo à expressão e usando as proprie-
dades da função logarítmica, temos: ! % ' ! ! ! %&! ' . Derivando: (! ! %&! ' " 1 e,
[3] Calcule a derivada de
!
!
!
%&! ' % ! ! %&! ' " 1 ' % ! ! %&! ' " 1 ' ! $
!
!" ,! ) !
[4] Calcule a derivada de
! ! !
. Aplicando logaritmo à expressão e usando
! #
as !
!
/'" " " , !
$
% ' %&! ' ! . Derivando: %
!
logo:
3 !
[5] Determine a equação da reta tangente ao gráfico de %&! ' ! , (!
$
) no ponto de abscissa
! 4 1.
!
4.6. DERIVADAS DAS FUNÇÕES ELEMENTARES 149
! $
Aplicando logaritmo a ambos os lados
! ' de ! , temos que: " # ! "%! # ; derivando,
* !
Figura 4.16: Gráfico de "%! # ! .
[6] Seja
*
"%! #
! "%! # . Sabendo que
*
"
(
#
+(
, verifique que: )$%*&'( , " + " (
#
!
"
*
"
(
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*
" + " (
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) *
,$)%*&'(
"
(
# " + " (
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) $%*&%( "-" + " (
#
!
#
! )$%*&%( , " + " (
#
!
+ +
"
"
, , ,
então, ( ! "
Tabela
Sejam "%! # , !."%! # funções diferenciáveis e ! uma constante. Se:
[1] ! , então #! .
+(
[2] ! , então .
(! ) (! )
[7] " , então " # #"
" # #% "%! # .
(! ) (! )
[8] , então "%! #
! !
#
"%! #
.
"%! #
[10] ! '
" "%! #-# , então
"%! #
.
"%! #
150 CAPÍTULO 4. DERIVADA
& (
[11] , , então .
! !
! !
"
# #
!
!
! !
! !"# $
"
!"# "
(! $ , onde ! , . Logo:
'(&)-*+,
"#$%!
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* "&$'!
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'
#
"
!"# "
(! $ (+*+- ,
"#$%!
! ! $ ' "
#" )' "
%
# #
!
"
onde, para calcular o último limite usamos um limite fundamental. Se )' , sabendo que
#
!"# $
' " "#$%! * *
# $ e utilizando a regra da cadeia com ! !"# $ # , temos:
#
!
!"# $ ! , ,
)'
#
" !
*
'
#
" * * "#$%!
! ! !"# $%$&! !"# $ # !
!"# $ )
"#$ # !!
+
#
Se % .!"# $ , sabendo que % !"# $
"
!
* #
$
$
e utilizando a regra do quociente, temos:
'
#
" ,
!"# $ " "&$'! ,
!"# $ "#$ ' ,
"
!
'
#
, !"# $ )
!"# $
Se
"#$%!
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!
)'
#
"
!"# $ . Se '
#
% .!"# $ , então
!
*
'
#
"#$ ' ,
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Se )'
#
"
!"# $ , então
!
* "&$'!
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"&$ '
!"# $ , então
!
% .!"# $
"&$ '
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Se % .!"# $ , então
!
"#$ ' ,
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#
"#$ '
!"# $ , então
!
*
'
#
% .!"# $
'
#
"&$ '
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Tabela
Sejam ! !"# $ , %.!"# $ funções diferenciáveis e ! uma constante. Se:
"&$ ' ,
! ! !"# $%&
$ !
!
!"# $ .
[16] Se )'
#
"#$ ' ,
! ! !"# $%$&!
!
!"# $ .
[17] Se
"&$ '
! ! !"# $%$ , então
!
% ! ! !"# $%$
"#$ '
! ! !"# $%$ +,!
!
!"# $ .
[18] Se )'
#
"#$ '
! ! !"# $%$ , então
! *
'
#
% .! ! !"# $%$
'
#
"#$ '
! ! !"# $%&
$ !
!
!"# $ .
Exemplos 69.
4.6. DERIVADAS DAS FUNÇÕES ELEMENTARES 151
% !
!"
!"#$
!
[1] Se
! "# $ .
! "# $ , . Fazendo !&# $ # , temos !&# $ ; utilizando a tabela, temos que
equações são:
(
( 1 "# # !2 # $ !
(
1 1 # , se # " # 0 !
, e
(
1 #$# !
( 2
$ !
# 1 1 # , se
#30
! ! ! !
# !
!
, ! .
-3 3
-3 3
"
&
* ( * % . Usando a fórmula do
%"&$
teorema da função inversa, temos: se ! "#$ % ! "#$ % , ou seja, " % $ , então:
.
" "#$ %-% "! ! "#$ %-% " %
!
'
& %"&$ * &
Mas, , pois . Então:
"
' '
&
' '
se
!
'
& %"&$ * '
& *
( $ " ( % .
" % $
!
! !
'
& &
' '
se
!
& ( $ " ( % .
' *
$
!
Tabela
Sejam " "#$ % , #0"#$ % funções diferenciáveis e uma constante. Se:
!"#$
!
" "#$ %
[19] Se , então .
!
" "#$ %
[21] Se , então .
!
%"
" "#$ %
! ! 0"$"
! "#$ %-% ' *
%"
" "#$ %
!"
!
%"
!
Tabela
Seja !" # derivável. Usando a regra da cadeia, temos:
[25] Se
!"#$
!" ! "#$ %&% , então ! !""# "#$ %&%$# "#$ % .
!
!"#$
!""# "#$ %&%$# "#$ % .
%" ! '
[27] Se !""# "#$ %&% , então ""# "#$ %&%$# "#$ % .
! ""# "#$ %&% , então ( ! !" ! '
!
%" !
""# "#$ %&% %" ! ""# "#$ %&%$# "#$ % .
!
[30] Se "#$ % .
! ! !
Exemplos 70.
Calcule as derivadas , sendo:
% &.
"
% & ; usando a tabela: %&e ! ' "#$ % " % & .
#
[1]
"
# "#$ % " #
!" "
#
# "#$ % "! $ "#$ % , temos ! $ ""# "#$ %&% ; logo: %% && # ' * % & .
[2] "
#
Fazendo !
# # #
$ ! ! * $ ! * .
+
!
[3] . Então
! ! !
$ +
! ! ! !
# #
Fazendo # "#$ %
* * %"&$ * , temos
! ! !
! * * !"#$ * . $
! ! ! !
# # #
"
! " %"&$ "#$ %&% . Fazendo # "#$ % !"#$ "#$ % , temos ! ""# "#$ %&% ; usando a tabela:
! !
# # #
[4]
! !
(
# "#$ % %"&$ ""# "#$ %&% ( ! "#$ % %"&$ " %"&$ "#$ %&% , !
. $ , temos
!
( # "#$ % ( $
+ (# ' "#$ % + $
, !
$ - ! )" * % . *
$ $
"
, temos #
,
!
$
154 CAPÍTULO 4. DERIVADA
!#$ %
'
"
! ! (!#$ % )
!#$ %
! !!
!!.
*
"
"
[9]
!
! ! # "
%&%
*
"
"
Fazendo !#$ % ! # "
+
, ,
!#$ % + $
" ! (! % )
!#$ % $ $
'
( $ %
*
$ % se $*+
#
)
"
& & *
" " "
$ $
$ #
+ * # *
"
% "
&
% "
& *
se , $ , # )
$ $ #
[11] Calcule a área do triângulo determinado pelos eixos coordenados e pela reta tangente à
*
curva no ponto $ ' .
"
. + * . + .
! ! " "! .
*
A reta tangente à curva
+ *
!#$ % $ # no ponto $
+
' é: " ! ' % !#$ ' % . Como ! '
" " %
!
,
, a equação da reta tangente é: . Se $ , então ; se , então $
# "
$ #
Figura 4.19:
+ "
,
[12] Uma partícula move-se ao longo da curva ' $ . Quando $ 1 a partícula escapa
pela tangente à curva. Determine a equação da reta de escape.
+ . . +
A equação da reta tangente à curva no ponto de abscissa 1 é
.
!#$ %
,
+
' $
" .
; logo, !#$ %
+
$ e
.
! 1 %
+
,
' ; a equação é:
! #
,
'
! 1 %
$
+
,
"
$"
! 1 % !#$
)
1 % , onde
4.7. DERIVAÇÃO IMPLÍCITA 155
1
3
Figura 4.20:
Definição 26. A função ' ( !"# & é definida implicitamente pela equação !"# % & ' ! , quando
!"#$% ( !"# &)& ' ! *
Em outras palavras, quando ' ( !"# & satisfaz à equação !"#$% & ' !.
Exemplos 71.
!"#$% & ' ! + , ; a função ' ( !"# & ' , + # é definida
!"#$% & ' #
!"# % & ' ! , pois !"# % ( !"# &)& ' # ! , + # & + , ' ! .
[1] Seja a equação , onde
! !
"
[2] Seja a equação !"#$% & ' ! , onde !"#$% & ' -# ( + , ; a função+ ' ( !"# & '+ , + # é definida
"
implicitamente pela equação !"# % & ' ! , pois !"# % !"# &)& ' ! , # & # ,.' ! .
!
"
[3] Seja a equação !"#$% & ' ! , onde !"#$% & ' #
/ / + 0 ; esta equação define implicitamente
!
"
! 0 + # / se + #
' ( !"# & ' !# " !
+ 0 + # / se #$% %
+
!
"
,
!"#$% ( !"# &)& ' !"#$% 0 ! 1 # 1 &)& ' ! * !
!
"
"
Observemos que nada garante que uma função definida implicitamente seja contínua, deri-
vável, etc. Na verdade, nem sempre uma equação define implicitamente alguma !"# % & ' !
função. Por exemplo, considere a seguinte equação:
# # 3!"# / & & !"# & (' )*& "! # & ' ! *
! !
Exemplos 72.
Seja &
'
!" % uma função derivável definida implicitamente pela equação "
(
! ( &)*
.
!
[1] Calcule .
[2] Verifique que a função
' !
'
!" %
& ! *
+
"
(
também é definida implicitamente por "
(
! ( & *
,
calcule .
Como & !" % , temos " ,- !" %-%
&)*
'
. Derivando em relação a " ambos os lados da igualdade
(
! ' (
' ! &
+ ## &
+ "
Então, !" % !
. Logo,
! &
+ "
0
# #
' + (
& *
É de imediato que a função !" % " também é definida implicitamente pela equação
' !
#
!
"
(
! ( &)*
e !" % &
+
1
&
+
!
.
"
Método de Cálculo
!
Dada uma equação que define implicitamente como uma função derivável de " , calcula-se
do seguinte modo:
Deriva-se ambos os lados da equação em relação a " , termo a termo. Ao fazê -lo, tenha em
mente que é uma função de " e use a regra da cadeia, quando necessário, para derivar as
expressões nas quais figure .
! !
O resultado será uma equação onde figura não somente " e , mas também . Expresse em
!
função de " e . Tal processo é chamado explicitar .
Exemplos 73.
! &
'
Calcule se !" % é uma função derivável, definida implicitamente pelas equações dadas:
$ $
[1] "
+ (
! &
! *
.
$ $ $ $
2 " "
"! $ "!
2 "
( +
"3
'
!" %-%
+
*
. "
( '
!" %
'
!" %-% ! 2
'
!" %
'
!" %-%
( &
0
! $ ! !
Logo, 2 "
( +
"
+
*
. "
(
! 2
( &
. Expressando em função de " e :
4.7. DERIVAÇÃO IMPLÍCITA 157
"
! #
$
! ! #
$ " $ (
!
&
% # '
!
!"#$ %"&$ %"&$
[2] #
$
! # ! # % ' . Derivando ambos os lados ! %)# ' "!
# ! # ! % #!
' # % '
!"#$
! . Expressando em função de # e :
!
%)# ' %)# '
!"#$
!
" " "
%)# ' ! # % '
" !"#$ (
!
[3]
!"#$
%)# ! '
$ !
. Derivando ambos os lados %
%)# '
# # % '
&
!
%)# '
'
! %)# ! ' !
! %)# '
" $'!"#$
%)# ' .
Expressando em função de # e :
$'%"&$ !
!
! %)# '
%)# '
!" ! %)#
%)#
!
!
'
'
(
O processo de derivar implicitamente pode ser usado somente se a função determinada pela
forma implícita é derivável. Mas, para os exemplos e exercícios, sempre consideraremos esta
exigência satisfeita.
$
[4] Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função implícita definida por:
#
$
%)# $! ! ' , no ponto ! " *
$ + $
*
%
$
" . Derivando a equação implicitamente:
$!
#
! # % , # ' (
"
$
%
"
" "
* *
!
#
& &
$ + $ $ e a equação desta reta é #
-2 2
-2
Figura 4.21:
[5] Determine a equação da reta tangente e a equação da reta normal ao gráfico da função
implícita definida por: %)# !
$ $
' %
$
! # %)# ! & '.' #
$ * *
no ponto $ + $ . Derivando a equação $ ! "
implicitamente
" " % "
! % !
$
!/! #
$
, # ' % #
$
! # ! , #
$
,
$
' (
* - * - *
Lembrando que #
! " *
$
*
, e $ ,temos que
"
%)# ' % $ '
! #"é .oAcoeficiente
! angular da reta
#"
&
tangente no ponto $ + $ e a equação desta reta é ! # equação da reta normal é
"
! ! # , .
158 CAPÍTULO 4. DERIVADA
-1 1
-1
Figura 4.22:
! ! ! #" $
[6] Determine a equação da reta tangente e a equação da reta normal ao gráfico da função
implícita definida por: ! ! , em qualquer ponto; ( e constantes não nulas). Derivando
a equação implicitamente:
% ! % ! ! ! "!" &
!
"
!( !( "#$
!
!
"
! !
"
"
se ( !" - " .
" " 2
Estas equações nos dão as retas tangentes e normais num ponto qualquer ! da elipse. Em *+ ( 1 ( ,
particular se , temos todas as retas tangentes e normais num ponto qualquer ! *+ ( 1 ( ,
de um círculo de raio . 2
4.7. DERIVAÇÃO IMPLÍCITA 159
[7] Determine a equação da reta tangente e a equação da reta normal ao gráfico da função
! !
"
# $
implícita definida por: ! ! , em qualquer ponto; ( e são constantes não nulas).
Derivando a equação implicitamente:
% " % #
&
!
! !
( (
# # # # #
Explicitando : !
, temos
( !
"
#
)* ' + , que é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função no ponto )*
!
"
' - ' +
e a equação desta reta é:
' " ' "
! !
# $
! !
" "
!
"
'
se ' # , . Estas equações nos dão as tangentes e normais a uma hipérbole num ponto
!
)* ' - ' +
arbitrário.
[8] Ache a equação da reta tangente ao gráfico das funções implícitas definidas por:
i) ! " ! " , no ponto " #$%&# ' . (Folium de Descartes).
ii) ( ")
* ! " * '* ! ( ") *
+ " * ' , no ponto " #$% , ' . (Lemniscata de Bernoulli).
( "
+ *
" !
"$* ( -
+
" + ."
+
( !! * ! ! "*'
! ! * ! ! "*' -
!
" "(
. Desenhos do
Folium de Descartes e da Lemniscata de Bernoulli, repectivamente:
2
4
-2 2
-4 -2 2 4 6 8
-2
Definição 27. Duas curvas são ditas ortogonais num ponto de interseção se suas retas tangentes nesse
ponto são perpendiculares. Uma família de curvas é ortogonal a outra família de curvas se cada curva de
uma família é ortogonal a todas as curvas da outra família.
Exemplos 74.
e
#
$ $ %
# "
! !
! "
e .
#
" '
& !
Figura 4.26:
! ! ! !
" "
% ! % % !
"
!
% ! %
! !
"
% !
# #
! !
e
$ % % $ % $ %
# #
!
& !
! !
$ $ % $ %
e .
#
" '
& !
Figura 4.27:
é chamada derivada segunda de e é denotada por . Se é uma função derivável, então sua
( ( ( (
"
) *
162 CAPÍTULO 4. DERIVADA
Exemplos 75.
! %.
$
[1] Sendo !)* "
#
* ! +,* -*
%
, calcule
!
! !
!)* "
#
* ! *
(
!
% % !)* "
#
+ * !
%
+ "% !)* "
#
.
( % !)* "
# %
+ *
( %
+ * !% !)* "
#
+
"! , se
!
24
#
Figura 4.28: Gráficos de "
!)* "
#
$
* # ( % !)* "
#
$
* ##! "% !)* "
#
$
%
+
! * #$%
( % !)* "
#
+ * # !% !)* "
#
+ * #$" %% !)* "
#
&
+
! * #$% .
!
!&" ' , para todo
"
# & .
, calcule ! %.
#
!
#
% #
!
#
"% #
!
#
( % !)* "
# !
#
!% !)* "
# !
#
%% !)* "
# !
#
&
! % %!
" " "
#
! % #
#
!! !"#$
!
"# %"&$ %"&$
!
"# "#
% % % %
!"# $ !"# $ !"# & $ !"# $ !"# $ !"# $
!!
&
& ' %"&$ !"#$
! & %"&$
!
"" # "#
% % % %
!"# $ !"# $ !"# $ !"# $ !"# $ !"# $
!"# $
%
'
!"# $
% %"&$
!"# ! & $ !"# $
%
' !"#$
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% %"&$
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"$ #
"
"
Logo, !"# $
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# !
$ !
! , para todo
$
" % .
" # "" #
)
[5] Seja $! # %
! & &
! ! & $
, *+
& ! "
,
. Verifique que #
' & # ! # %
.
# "" # !
# # # !"# $ + # # #
!
Derivando: # % ! # ! )
! #
!
$
!"# $ ! )
& # ! -
, # %
)
& !
./
! ! )
! !
$
!"# $ e % )
; então:
" ! & ! ! ! ! &
#
#
) '
#
&
! ) !
./ ! )
$
!"# $0$ ! # ! # ! ) #
$
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$
%
# (
# "" #
! !
# % #
# # ! " # %
[6] Se %
"
! # ! ! satisfaz à equação /
' '
% "
, determine o valor das
!
# 1$ ) #
constantes # e .
Calculando as derivadas:
# % " %
! # # ! # !"! $ +
# % " %
! # # !
.) # ! ! 1$ e # "" # % "
%
! # # !
./ # !"! $
'
% # # !#! %
logo a equação fica:
"" #
' "
! # # ! 1$
%
#
"
da qual obtemos #
"" #
%
'
-
e ! $# . %
% % %2- %
[7] Calcule , se , , e .
#
! $ !"# $ # $ ! # $ $ ! / $ $ ! / $ $ ! / $ )
$ $
"
-
!"# $
%
3! # $ ! #
! # $ + !"# $
%
! / ! # $ ! # ! # $0$
"" # "" #
$ $ $ $
) #
-
!"# $
%
!
" !
'
/ $ ! # $ ! / # $ ! # $ ! # $ ! # $0$
'
#
"" #
".
-
%
logo,
#
! $
)
Em geral, nada garante que quando calculamos sucessivamente as derivadas de uma função,
estas sejam funções deriváveis.
% &
[7] Seja !"# $ # # . Então,
/ #
&
se #
%
% (
!"# $ '
/ #
&
se # ) % (
, ,
Logo !"# $ , para todo # " %
/ # # ; analogamente temos que !"# $
%
# para todo # " ;
mas não é derivável no ponto # 4
% % . Verifique.
! & !
Por exemplo, consideremos . Estudando
"#$ % $ num pequeno intervalo contendo
' ' '!"
$ , por exemplo ( ) * ) , obtemos:
!
$ "#$ %
'
) )
'
) )
' '
' ' ' '
) ) +
' ' ' '
) ) +
! ,
' '
A reta tangente ao gráfico de no ponto $ é dada por + $ ; seu coeficiente angular
!
é + . Determinemos os coeficientes angulares das retas passando pelos pontos " ) * " ) %-% ,
! ! !
' ' ' ' ' ' ' '
" * " %-% e " ) * " ) %-% , " * " %-% , respectivamente:
! , ! ! , !
' ' ' '
. " % " ) % 0' . " ) % " % '
/
'
, ) e &
' '
,
' +1) )
) )
1 1
Figura 4.29:
. . , 2
'
/ e & são valores bastante próximos de + . Observe que se $ ($ perto de ' ), então
! & ,
'
"#$ % $ fica próxima de + $ . De fato:
!"#"$
%&'
/
!
"#$ %
,
!"#($
%&'
/
$
& ,
+ $ )
' ! )
"#$ %
!
"#$ 3 % )
! " "#$ 3 % "#$
,
$ 3 %
se $ # "#$ 3
, ! *-$ 3 )
! ,!
% pequeno.
!
A função "#$ % também é chamada linearização de ao redor do ponto $ 3 . A proximidade
! !
de "#$ % e "#$ % nos permitirá fazer algumas aplicações. A notação para "#$ % próxima a "#$ % é
!
"#$ %"# "#$ % .
4.10. APROXIMAÇÃO LINEAR 165
% &
$
O erro da aproximação é !" # !" # !" # e satisfaz à seguinte condição:
!"!#
$%& $'(
!
! &
!" # !
! $)!"!#
$%& $'(
!
!
%
!" #
&
& %
!" ' # & %
!" ' #
!
! !"
$
(
" " ' " " '
Exemplos 76.
[1] Suponha que não dispomos de calculadora ou de outro instrumento de cálculo e precisamos
resolver os seguintes problemas:
i) Se
%
!" #
$
) *
)
$
!
! representa a temperatura num arame, calcule a temperatura
%
""
(
+
# .
+ ,
% '"#
ii) Se * # $ representa o crescimento de uma população de bactérias, calcule a população
de bactérias para * $ , ( + , . ""
iii) Calcule, aproximadamente +
(
"" +
#
&
,
!
+
(
"" " +
# - - .
+
& &
"
$.+
+ !" # " / no intervalo / # /
% % & %
"
$
ii) Vamos determinar
+ ,
!" # , # - , # !" , # , com , # -1( ,
%
$ '"#
*2# (- ; então:
'"#
+ ,
" + + " "! " ! " &
" no intervalo
&
+$%
'"# * '"# ' ) * + + + $
-1( , - , ( , ( , ( (
% & % &
iii) Considere a função
%
%
!" #
$
"
+
" e " " . Então, para
&
, temos ,
!
!
" - - "
$ +
(
+
" '
$ +
%
+
#
$
, ,
$ + $ )
!" # " + " e # + ; logo,
!
!" #
$
%
+
# -
$
%
+
# !"
&
+
#
$
+
+
- "
'%
&
# /
+
(
"" +
#
&
,
!
+
(
"" " +
# - -
+
+
-('
+
(
" " (% +
#
&
# ,1(
"" -4-1(
-
20 1
[2] Considere a função logística ! " # "# ! $% . Determine sua aproximação linear no ponto
$ :
#&'
Derivando: ! " ! "# (% ; logo,
# $%
&
!
! ")* $%! ! '$ ! " (
$$
!
onde, * ! (%
$ ! " # "# $% !
.
""
[3] Calcule o valor aproximado do volume de uma esfera, construida de uma folha de aço de
+ #$ , de espessura sendo seu raio interno igual a - , .
% 0 % . Seja 0 $
" "
* ! &
- /0 ! 1 0 % ! +
1
&
erro cometido é: -2+ #$ ! " - -2+ #
!
!
"
Suponha que uma partícula move-se ao longo do gráfico da função " ! . Se "4( é um
$
# #
é:
&
distância " ! !
$
# " $"
& +
# #
tempo
$
%
"
4.11. VELOCIDADE E ACELERAÇÃO 167
v
ab v
ac
a b c
Figura 4.32:
# #
é o coeficiente angular da reta passando por !"!" !" $%$ e " $%$ . não dá informação sobre
! !
" "
" "
! . Analogamente
# #
"
!
para .
Definição 30. A velocidade instantânea de uma partícula que se move ao longo do gráfico da função
derivável &% $ em & %' , é:
%
%
! ! !
"
#!
De forma análoga definimos a aceleração média: ! # "
!
"
"!
!
.
"
Definição 31. A aceleração instantânea de uma partícula que se move ao longo do gráfico da função
duas vezes derivável ! " em # , é:
! # " ! ! " ! ! !
"
! $" ! ! !
"
Exemplos 77.
% ) %
[1] Uma partícula move-se ao longo da curva . Calcule a aceleração no
$
! $" *
!
! $" * "
! !
% + %
$
# ! # !
" ou ! + " .
$
i) A sonda atinge o solo quando ! "
atinge o solo após #
!"
#
e a velocidade é %!
! "
" ! ou seja quando e
! " # $
&
"
#
ou
! "
"
$
#
# '!
; a sonda
!"
.
O sinal negativo é porque a sonda está caindo.
ii) Se %! " " , então ! " e ! ! " & ! '
.
)
[3] Um ponto move-se ao longo do gráfico de " ( # de tal modo que sua abscissa (
!
!
! !"
"
'
"#
varia com uma velocidade constante de * . Qual é a velocidade da ordenada quando !
"
abscissa e a ordenada no instante , respectivamente. Seja
!
o
! +
instante tal que ( "
calcular a velocidade de no instante ; em outras
+ ! +
!
" "
# #
& ( ,
(
# '
!
" &.
de altura afasta-se de um farol situado a # ! ' '
!
# ,
[4] Um homem de
! do solo, com uma ,
!
4.5
1.80
x y
Figura 4.33:
Seja o comprimento da sombra e ( a distância entre o homem e o ponto do solo acima do qual
!
- -
está o farol. Pela semelhança de triângulos: #! $ " " ; logo, " ) ; então:
#
# # # #
!
# &
# # # (
! ! !
" e " ,
# ! , temos: # # ! #"
( * (
$#
# ( # ' '
!
" .
!
A velocidade de uma partícula que se move ao longo do gráfico da função derivável # " # !
no tempo é / ! " #
!
! e representa a razão do deslocamento por unidade de variação de
tempo. # %! expressa a taxa de variação de # ! por unidade de tempo:
4.12. A DERIVADA COMO TAXA DE VARIAÇÃO 169
&
& %" !"
!" # !"#"$
% '
$
# ( (
Se ' )* " é função derivável, então )* " é a taxa de variação de ' em relação a * .
A interpretação da derivada como taxa de variação se aplica em diversas áreas da ciência. Por
(
exemplo,
(
!
(
se ' # !" mede a concentração de glóbulos vermelhos no sangue no instante ,
!
(
intervalo de tempo + & e ! " mede a taxa de variação instantânea de glóbulos vermelhos
!
no instante # ! .
Exemplos 78.
)
[1] Uma partícula move-se ao longo do gráfico de ' # * & , , de modo que quando * #
abscissa cresce a uma velocidade de - . !"
a
. Qual é a velocidade de crescimento da ordenada $
! !
nesse instante?
)
Seja * # * !" a abscissa no instante e ' # * , ; devemos calcular:
! ! !
&
! ! !
' '
# *
'
! ! ! *
! ! !
' '
0 * 0
Temos: # / * e # - ; logo, * # * * # - ,! . A ordenada cresce a uma razão de
!
! !
#" *
- ,! $
. " "
- * ! *
&
'
! ! " !
'
# - *
&
-
' * #
# # , & &
-2+ , " , "
' '
logo, * . Da equação da elipse obtemos: e os pontos são: e .
! %$
- -2+
! $
3 .
[3] O tronco de uma árvore tem formato cilíndrico; se cresce à razão de ! e sua altura $
. % .
##
cresce à razão de , ! ( =metros). Determine a taxa de variação do volume do tronco
#
Seja 4 # 4 !" !
o raio no instante e # !" a altura no instante . O volume é 5 " # 4
0
;
devemos calcular ! ; derivando implicitamente:
! ! ! !
! # - 4 ! 4
& 4
0
! "$
o raio é a metade do diâmetro: 4 #
)
$# # # # ; logo, !!
, # -
4 #
,
e
!
! # , # # ; então:
!
0
! ## ! %$ # - , $
.
)
! '
170 CAPÍTULO 4. DERIVADA
! "
! #
%
! % ! %
!
-
! #" " - ! %
"
# ! !" (
logo, , pois . Logo .
! !
! !
! *
!
% ! %
"
!
i) A taxa de variação do volume da água, após horas de escoamento.
ii) A quantidade de água que sai do reservatório, nas primeiras # horas de escoamento.
i) A taxa de variação é
!
/ - ! !
" !
/
! & ; calculando em ! , temos que:
/ !
. O sinal negativo é porque o volume da água está diminuindo com o tempo,
! %
"
! !
# litros.
$!
! !
!"
[6] De um funil cônico a água escoa a uma velocidade de ' ( . Se o raio da base do funil
- ( (
é de % e a altura é de % , calcule a velocidade com a qual o nível de água está descendo,
quando o nível estiver a ( do tôpo. !
12
r 24
Figura 4.34:
" 2 $
Pela semelhança de triângulos, temos: 2 * * ; então %31 e 2 * .
!
-
*
! ! ! 4
4.12. A DERIVADA COMO TAXA DE VARIAÇÃO 171
Mas,
! " , pois o volume está diminuindo e # ! $ % ; resolvendo a equação
! % & ! !" .
!
! " , obtemos:
# !
& !
[7] Dois lados paralelos de um retângulo aumentam a uma velocidade de !
!"
, enquanto !
&
y 10
Figura 4.35:
( ()+ ! ! )+
( ' # ! ' .% ! !
Sejam e os lados do triângulo formado pela parede, a escada e o solo, no
instante . Pelo teorema de Pitágoras ; derivando implicitamente:
!
( ( # ! !/
Devemos calcular
!
. Como ! , então ( %!! ! " !
e
( ! / # ; logo,
! ! !( (
! "
! # $
"
172 CAPÍTULO 4. DERIVADA
! !
[9] A dilatação de um disco de cobre aquecido é tal que o raio cresce com a velocidade de " #
#"
. Com que velocidade cresce a área do disco quando o raio tem ? $ !
Sejam % & %' ( o raio e & ' ( a área do disco no instante , respectivamente. Então & % .
! & !%
" " "
! ! !
Derivando:
! $ % ! $
"
!% & # ! & !
! ! #"
!
! ! #" .
!
) &
[10] A lei de Boyle para gases confinados a uma temperatura constante é
) , a pressão é de !
, onde é
! !
# ! ! !
&
) & +) ' ( a pressão no instante
!
! & - !) & - !)
! ) ! )
! !
! $
&
! !
) & $ , temos: ! & - !
! ! !
! ! *%
para ,) & # ! e ! . O volume decresce à razão de
!
! ! ! *%
!
! !
.
!
"
! & - ''
!
!
')
! 0 "
!
" # "
!
!
estáveis para &" " "! , &" " # , &" " "! e &" "
onde , , e são constantes positivas. Determine e que levem as populações a ficar
#.
!
"
As populações ficam estáveis quando suas taxas de crescimento são nulas; então devemos re-
solver o sistema:
! & - ' -
&''
(
'
! ! !
"
& !
" (&
''
! & -
!
')
! "
" #
! "
& " '- #
! ( "& 0
0 &1 & & ! &#!
!