NORMATIZAÇÃO PARA A EXPORTAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES
A normatização para a exportação de animais silvestres está prevista na Portaria
Nº93, de 07 de julho de 1998 do IBAMA. De maneira resumida, relatamos abaixo pontos considerados importantes desta Portaria. A exportação de animais silvestres só poderá ser realizada por pessoa jurídica e registrada junto ao IBAMA . Em caráter excepcional, a exportação poderá ser autorizada por pessoa física, conforme exposto no Art. 3º dessa Portaria. O exportador, devidamente registrado, tem o dever de fornecer ao comprador Nota Fiscal, onde constará o número de registro no IBAMA. Nela deverá constar a quantidade, identificação da espécie (nome científico e vulgar - Caiman crocodilus yacare, vulgo jacaré-do pantanal), especificação do produto, marcas e identificações (anilhas, selos, lacres, tatuagens, identificação eletrônica (tipo e marca) e etc.). O exportador, atendendo ainda suas obrigações, deverá manter arquivo com as licenças obtidas, bem como as Notas Fiscais dos fornecedores para efeito de vistoria e fiscalização, além de apresentar relatório anual até fevereiro de cada exercício das exportações realizadas. Todos os procedimentos para a exportação de animais silvestres da fauna brasileira deverá obedecer aos modelos e protocolos do IBAMA. Os animais silvestres, com finalidade comercial, devem ser provenientes de criadouros comerciais devidamente registrados junto ao IBAMA, ou junto ao Secretariado da CITES (Comércio das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção). Quando para fins científicos, de pesquisa ou conservacionistas devem ser provenientes de cativeiros que sejam de conhecimento e registro junto do IBAMA (zoológicos, criadouros científicos ou conservacionistas) ou coletados na natureza, desde que amparados por licença de captura do IBAMA, mediante projeto de pesquisa que justifique tal captura. Toda a saída de animais silvestres deve ser justificada, documentada e acompanhada de licença expedida pelo IBAMA. Em alguns casos, como os animais vivos de espécies ameaçadas de extinção, o IBAMA solicita do importador estrangeiro a assinatura de um acordo de manejo, onde, entre outras exigências, os animais continuam pertencendo ao Governo Brasileiro, assim como seus descendentes. O acordo é assinado pela instituição brasileira que está exportando os animais, pela estrangeira que está importando e pelo próprio IBAMA. De acordo com o Art. 5º da Portaria Nº93 a exportação de agentes de controle biológico dependerá do cumprimento da Portaria Normativa IBAMA Nº131/97 de 3 de novembro de 1997 e legislação complementar. No caso de descumprimento de quaisquer normas desta Portaria o exportador terá seu registro cancelado, sofrerá penalidades administrativas, terá retida sua licença e apreendido o produto objeto da transação, além das penalidades previstas nas Leis 5.197/67, 6.938/91 e 9.605/98. Obs: Todo o conteúdo constante neste trabalho foi baseado na Portaria Nº93, de 07 de julho de 1998 do IBAMA.
As Portarias e Leis aqui citadas podem ser consultadas na sua íntegra no site: www.ibama.gov.br.