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Inferindo...

- por René Burkhardt | 18 de Setembro de 2010

- Mestre! Mestre! Te imploro que dês atenção ao meu filho, pois é o único que tenho. Um
espírito o domina; de repente ele grita; lança-o em convulsões e o faz espumar; quase
nunca o abandona, e o está destruindo. Roguei aos Teus discípulos que o expulsassem, mas
eles não conseguiram!

- Caramba! Que geração incrédula! Até quando estarei com vocês? Até quando terei que
suportá-los? Tragam-me o menino! – disse Jesus.

Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão
no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca.

- Há quanto tempo ele está assim? – perguntou Jesus ao pai do menino.

- Desde a infância! – respondeu ele. - Muitas vezes o tem lançado no fogo e na água para
matá-lo. Mas... se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.

- Se podes!!!??? Tudo é possível àquele que crê!

- Eu creio! Ajuda-me a vencer a minha incredulidade! – exclamou o pai do menino.

Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo,
dizendo: "Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele".

O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, a ponto de
muitos dizerem: "Ele morreu!".

Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé.

Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular:

- Pôxa! Por que não conseguimos expulsá-lo?

- Essa espécie só sai pela oração e pelo jejum! – respondeu-lhes Jesus.

Incríveis, as coisas que Jesus nos revela aqui! Primeiro, ao saber que Seus discípulos não
conseguiram expulsar o espírito imundo do garoto, Ele vincula o fracasso da tentativa à falta
de fé daqueles homens, Seus seguidores. Fé em quê? Fé na presença pessoal de Deus, junto
a eles, apesar de Jesus não estar fisicamente lá com eles. Fé na ação de Deus através deles.
Fé em que a libertação do menino, daquela opressão/possessão demoníaca, era a vontade
de Deus. Uma fé que já deveria ter-se desenvolvido, pelo tempo que eles andavam com
Jesus, aprendendo com Ele.

Depois, Ele questiona a fé do próprio pai do garoto. Mas, aí, já se trata de uma fé diferente.
Esse homem não havia estado com Jesus, não havia aprendido nada com Ele, como Seus
discípulos já haviam. Portanto, Jesus não poderia “cobrar” isto dele. Então, de que fé Ele
está falando aqui? Daquela que faz as pessoas se aproximarem de Jesus: ouvindo a Seu
respeito, se passa a crer que Jesus é o Filho unigênito de Deus, que é o poderoso Deus, o
Salvador de todos os homens. E, nessa fé, as pessoas se aproximam dEle, para conferirem
se isso é mesmo verdade. Assim, naquele momento, Jesus estava dizendo, àquele homem,
em outras palavras:
“Você Me trouxe seu filho, porque, em um primeiro momento, você acreditou que Eu sou o
Filho de Deus, o Messias prometido. Mas você ainda não tem certeza disto, porque você só
ouviu falar a Meu respeito, sem, contudo, Me ver face a face, sem experimentar
pessoalmente o Meu poder em sua vida. Por isto, Eu lhe digo: se você crer, realmente, que
Eu Sou, tudo lhe será possível, desde que esteja de acordo com Minha vontade. Eu vim para
dar vida! E, se a libertação de seu filho serve para dar vida a vocês, Eu quero e posso
libertá-lo, porque todas as coisas Me estão subordinadas!”.

Depois disso tudo, da libertação do garoto, e da pergunta dos discípulos, o Senhor ainda nos
revela mais: Ele diz que existe diferença entre espíritos, onde alguns resistem mais do que
outros. Mesmo assim, todos devem obediência a Jesus. Desta forma, o que permite que
alguns espíritos resistam mais do que outros?

Jesus deu a dica: falta de oração e jejum! Mas... será que o Senhor estava Se referindo à
oração e jejum específicos no momento de expulsar demônios, ou de algo que deve estar
associado à vida da pessoa? Como Ele mesmo não orou, nem jejuou com um fim específico
antes de libertar o garoto, podemos inferir que Ele Se referia ao tipo de vida da pessoa, com
relação a Deus. E, quando entendemos o que significa oração e o que significa jejum, para
Deus, passamos a compreender a profundidade dessa declaração de Jesus, que aponta para
algo bem diferente da nossa religiosidade em orar e jejuar.

Deus revelou em Sua Palavra, que devemos orar, falar com Ele o tempo todo. Que Ele Se
agrada da oração do justo. E também nos revelou que esse orar não pode ser algo com uma
forma pré-estabelecida, algo automático, que não mostra a verdade do nosso coração. Ele
diz que esse nosso falar com Ele deve ser um constante reconhecer da nossa pequenez, em
contraposição à Sua grandeza, Seu amor, Seu poder (ver Lucas 18.9-14, como um dos
exemplos). Certamente, é dessa atitude de oração diária que Jesus falou aos discípulos.

E quanto ao jejum? Há diversos casos de pessoas jejuando, descritos na Palavra de Deus. E,


em muitos deles, vemos o Senhor falando com as pessoas. Mas teria sido por conta do
jejum, que o Senhor falou com elas? O caso mais comentado, talvez, seja o jejum de vinte e
um dias, feito por Daniel. Mas, quando o anjo falou com Daniel, ele disse que a resposta de
Deus era em conseqüência de seu jejum? Não! Disse o anjo: “Desde o primeiro dia em que
você decidiu buscar entendimento e se humilhar diante do seu Deus, suas palavras foram
ouvidas, e eu vim em resposta a elas” (Daniel 10.12).

O jejum a que Daniel se propôs foi o de só comer o básico, o nosso arroz com feijão, hoje
em dia, e de beber água, como forma de deixar ainda mais evidente a grande diferença que
existe entre o ser humano e Deus. Ele ficaria mais consciente disso, não Deus. Ele estaria
em um estado de maior fraqueza verdadeiramente, não só como uma declaração vazia.
Portanto, Daniel sabia que o jejum não servia para comover a Deus, mas para provocar um
estado de maior consciência de sua fraqueza nele mesmo. E, principalmente, ele não
buscava uma vantagem pessoal. Nenhuma vantagem pessoal! Ele buscava, apenas, uma
compreensão maior, sobre os desígnios de Deus. Portanto, seu jejum não era arma de
negociação!

Daniel conhecia bem o que Deus pensava a respeito do jejum, pois isto já havia sido
declarado pelo próprio Espírito Santo, através de Isaías:

“Vocês não podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto.
Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça
como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um
dia aceitável ao Senhor?
O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo,
pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o
faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda
ao próximo?

Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua
retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda.

Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui
estou. Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar;
se com renúncia própria você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a
sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia.

O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol
e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas
águas nunca faltam” (Isaías 58.4-11).

Certamente, Jesus está nessas palavras! Tudo isto é ter uma vida íntima com o Senhor, dia a
dia. E até os demônios sabem disto! E é diante dessa intimidade com Jesus, que nenhum
desses demônios pode resistir! Você pode até morrer de fome jejuando, mas, se não tiver
esse amor presente em cada passo de sua vida, você será envergonhado!

Extraído de http://kasteloforte.blogspot.com/2010/09/inferindo.html

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