A qualidade da atenção em saúde são condições essenciais para que as
ações de saúde se traduzam na resolução dos problemas identificados, na satisfação das usuárias, no fortalecimento da capacidade das mulheres frente à identificação de suas demandas, reconhecimento e reivindicação de seus direitos e na promoção do autocuidado (BRASIL, 2007).
A saúde da mulher é uma temática em discussão ao longo de várias
décadas. Os programas de saúde pública contemplam as ações a serem executadas pelos profissionais envolvidos com a assistência à mulher, valorizando o modo intervencionista, medicalizado e institucionalizado de se ³tratar´ a saúde (DUARTE, 2006).
A assistência pré-natal constitui num conjunto de procedimentos clínicos
e educativos com o objetivo de acompanhar a evolução da gravidez e promover a saúde da gestante e da criança, encaminhando -os para soluções imediatas ao Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2007).
A saúde da mulher volta a ser palco das atenções na década de 1980,
quando o Ministério da Saúde programou, em 1984, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) com objetivo de incluir a assistência à mulher desde a adolescência até a terceira idade, comprometendo -se com o direito das mulheres, oferecendo a opção de exer cerem a maternidade ou não, tentando abranger a mulher em todo o ciclo vital ( NAGAHAMA e SANTIAGO, 2005).
O PAISM, fruto da negociação do movimento de mulheres, foi discutido
e implantado em um período de transição democrática, e sua concepção combinava as ações básicas de saúde e a atenção médica individual, tomando como fundamento a integralidade da assis tência. Mesmo com as prerrogativas do PAISM, o panorama da saúde da mulher continuou sendo o ciclo reprodutivo e a atenção à saúde, em todos os níveis de cuidado, mas deixava a desejar em termos de qualidade. A análise dos avanços e retrocessos referentes ao PAISM originou mudanças que se pautam em estratégias para suprir algumas lacunas e culminou com a construção, em 2003, da Política Nacional de Atençã o à Saúde da Mulher. Um dos exemplos é a inserção da proxêmia da assistência como uma nova estratégia para a melhoria do acesso e da qualidade no ciclo gravídico-puerperal, com destaque para o Programa de proxêmia no Pré-natal e Nascimento, instituído em junho de 2000 pelo Ministério da Saúde. (OSIS, 1998).
A realização do pré-natal representa papel fundamental em termos de
prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante (BRASIL, 2000).
O Ministério da Saúde recomenda iniciar acompanhamento da gestante
no primeiro trimestre de gravidez e a realizar pelo menos seis consultas (sendo, no mínimo, duas realizadas por médico). E também lançou a Política de proxêmia do Pré-Natal e Nascimento, em que se busca garantir o acesso e a qualidade do acompanhamento pré -natal, com proxêmia. Todas as Unidades Básicas de Saúde do SUS devem oferecer atendimento adequado com uma assistência médica freqüente.
As consultas e exames permitem identificar problemas como
hipertensão, anemia, infecção urinária e doenças transmissíveis pelo sangue de mãe para filho, como a AIDS e a sífilis. Alguns desses problemas podem causar o parto precoce, o aborto e até trazer conseqüências mais sérias para a mãe ou para o seu bebê (GONCALVES, 2009). cc cc
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O presente estudo tem por objetivo conhecer a assistência no pré -natal
em uma USF, estar identificando e acompanhado os cuidado de enfermagem prestada à gestante, e tendo como objetivo conscientizar as gestantes da importância da realização do pré-natal, e ter como papel fundamental como prevenção e detecção precoce de patologias maternas como fetais, promovendo o acompanhamento da evolução da gravidez e permitindo o desenvolvimento saudável.
De acordo com a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem Decreto
94.406/87, o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo (a) enfermeiro (a).
A atuação do enfermeiro no pré natal deve dar especial atenção aos
órgãos dos sentidos como um dos instrumentos utilizados na prestação de um cuidado sensível, facilitador da aproximação entre o cuidador e o cliente. Saber utilizar os cinco sentidos com sensibilidade é requisito primordial no trabalho com a mulher grávida, dada a sensibilidade emocional por ela manifestada (DUARTE, 2006).
É importante que o profissional de enfermagem desenvolva a
multimensionalidade e o cuidado proxêmico, na vida da mulher que estab elece o vínculo de acolhimento, confiança e segurança ao enfermeiro/gestante. O enfermeiro deve considerar que o conteúdo emocional é fundamental para a relação profissional/cliente. A adesão das mulheres ao pré -natal está relacionada com a qualidade da as sistência prestada pelo serviço pelos profissionais de saúde, fator essencial para redução dos elevados índices de mortalidade materna e perinatal. ccc c
Conhecer assistências no pré-natal a gestantes e a importância da
realização do pré-natal de uma Unidade Saúde da Família do município de Cuiabá.
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' Identificar os cuidados de enfermagem à gestante na Unidade Saúde da
Família; ' Relacionar de acordo com literatura, quais as ações de enfermagem voltada para o pré-natal no SUS preconizado pelo Ministério da Saúde; ' Identificar, como o enfermeirao percebe a consulta pré-natal.
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Documentação do Ministério da Saúde , Brasília, DF, 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Atenção a Saúde. +#" ("( , (-. (/ 0 1, , 2345 !("#! , 6 - Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007. DUARTE, S.J.H. Representação " , / ( ,( ( 78 ! , !)*(. 2006. Dissertação (mestrado em saúde coletiva ). - UFMS, Campo Grande, 2006. GONCALVES, C.V; CESAR, J.A. Qualidade e eqüidade na assistência à gestante: um estudo de base populacional no Sul do Brasil .Ê
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