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Síndrome de Burnout

UMA DOENÇA DO TRABALHO


O problema foi identificado por:

 Freudenberger (1974)
criou a expressão
staff burnout para
descrever uma
síndrome composta
por exaustão,
desilusão e
isolamento em
trabalhadores da
saúde mental.
 O termo burnout é definido,
segundo um jargão inglês,
como aquilo que deixou de
funcionar por absoluta falta
de energia.
Metaforicamente é aquilo,
ou aquele, que chegou ao
seu limite, com grande
prejuízo em seu
desempenho físico ou
mental.
 Sabendo que o trabalho ocupa grande
parcela do tempo de cada indivíduo e do seu
convívio em sociedade.
 Dejours (1992) afirmava que o trabalho nem
sempre possibilita realização profissional.
Pode, ao contrário, causar problemas desde
insatisfação até exaustão.
Hoje

 A Síndrome de Burnout é definida


como uma reação à tensão
emocional crônica gerada a partir do
contato direto, excessivo e
estressante com o trabalho.
 É caracterizada pela ausência de
motivação ou desinteresse; mal estar
interno ou insatisfação ocupacional
que parece prejudicar, em maior ou
menor grau, a atuação profissional
de alguma categoria ou grupo
profissional.
 “Boa parte dos sintomas
também é comum em casos
de estresse ocupacional,
mas com o acréscimo da
desumanização, que se
mostra por atitudes
negativas e grosseiras em
relação às pessoas
atendidas no ambiente
profissional e que por vezes
se estende também aos
colegas, amigos e
familiares”.
O problema é sempre relativo ao
mundo do trabalho
 É importante ressaltar, que
a doença atinge pessoas
sem antecedentes
psicopatológicos.
 A Síndrome afeta
especialmente aqueles
profissionais obrigados a
manter contato próximo com
outros indivíduos e dos quais
se espera uma atitude, no
mínimo, solidária com a
causa alheia.
Fatores de risco para o desenvolvimento
da síndrome de burnout

 Para enumerar os fatores de risco para o


desenvolvimento do burnout, são levadas em
consideração quatro dimensões: a
organização, o indivíduo, o trabalho e a
sociedade (World Health Organization, 1998).
Áreas mais sujeitas a tal Síndrome
 1)Saúde (Médicos, Técnicos de
Enfermagem, Enfermeiros entre
outros);
2) Tecnologia da Informação

3) Engenharia;
4) Vendas e Marketing;
5) Educação;
6) Finanças;
7) Operações;
8) Produção;
9) Religião;

 10) Funcionários de companhias


aéreas

 11) Policial ( incluindo Agentes


Penitenciários)

Depoimento
 No Rio Grande do Norte, um estudo
realizado com 205 profissionais de três
hospitais universitários constatou que 93%
dos participantes de um dos hospitais
apresentavam burnout de níveis moderado e
elevado (Borges et al., 2002).
 A Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), para
ilustrar o grau de estresse inerente ao conflito entre
aumento da competição no meio científico e diminuição
dos recursos empregados, realizou entrevistas abertas e
semi-estruturadas com estudantes de graduação, pós-
doutorandos e professores do Departamento de
Bioquímica da URFJ, respeitado na tradição em
pesquisa.
 Concluiu-se que a escassez de recursos promove
burnout, competição, estresse no trabalho e sofrimento
mental (Meis et al., 2003a).
Apesar da associação do distúrbio
com o perfil de trabalhadores já
mencionados, ele pode afetar

Executivos e donas de casa também.


Resumindo as características individuais que podem
incentivar o estabelecimento da Síndrome:

 Idealismo elevado, excesso  De certa forma, é tudo o que


de dedicação, alta as organizações esperam de
motivação, perfeccionismo, um bom profissional,ou seja,
rigidez. os ambientes corporativos
estimulam, de alguma
 “Em geral, são indivíduos
maneira, esse tipo de
que gostam e se envolvem comportamento entre os
com o que fazem, não profissionais, criando
medindo esforços para condições que podem
atingir seus próprios predispor ao adoecimento e,
objetivos e os da instituição na seqüência direta: licenças
em que atuam.” médicas e eventuais
afastamentos por longos
períodos.
Principais características da
Síndrome de Burnout:
1- SINTOMAS EMOCIONAIS:
 Avaliação negativa do
desempenho
profissional,
 esgotamento,
 fracasso,
 impotência,
 baixa auto-estima.
2- MANIFESTAÇÕES FÍSICAS OU
TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS:

 fadiga crônica, dores de


cabeça, insônia, úlceras
digestivas, hipertensão
arterial, arritmias,
perda de peso, dores
musculares e na
coluna, alergias, lapsos
de memória.
3- ALTERAÇÕES
COMPORTAMENTAIS:
 Maior consumo de café, álcool
e remédios, faltas no trabalho,
baixo rendimento pessoal,
cinismo, impaciência,
sentimento de onipotência e
também de impotência,
incapacidade de concentração,
baixa tolerância à frustração,
ímpeto de abandonar o
trabalho, comportamento
paranóico (tentativa de suicídio)
e/ou agressividade.
A Síndrome de Burnout
não deve ser confundida
com:

ESTRESSE OU DEPRESSÃO.
No primeiro caso, o aparecimento dos
sintomas psicossomáticos
 dores de cabeça, insônia,
gastrite, diarréia,
alterações menstruais,
sugere muito mais um
estresse ocupacional
crônico, algo que os
estudiosos do assunto
definem com tentativa de
adaptação a uma
situação claramente
desconfortável no
trabalho.
Com relação à depressão, chegou-se a cogitar uma
sobreposição entre burnout e depressão, no entanto, tratam-
se de conceitos distintos.
O que ambos têm em comum:
 é a disforia, o desânimo. Todavia,
avaliando-se as manifestações
clínicas, encontramos nos
depressivos uma maior submissão,
letargia e a prevalência aos
sentimentos de culpa e derrota,
enquanto nas pessoas com
Burnout são mais marcantes o
desapontamento e a tristeza. A
pessoa que vivencia o Burnout
identifica a falta de reconhecimento
do seu trabalho como
desencadeante deste processo.
Atenção ao Ritmo de Trabalho

 Na realidade, o ritmo  O ambiente de trabalho e


acelerado e as tensões as condições
no trabalho existentes organizacionais são
atualmente, por si só, fundamentais para que a
Síndrome se desenvolva,
não desencadeiam a mas a sua manifestação
Síndrome. Porém “o depende muito mais da
desgaste com rotinas reação individual de cada
extenuantes, horas pessoa frente aos
problemas que surgem na
extras e cobranças de rotina profissional. A
chefias constituem a sensação de inadequação
regra quando o assunto é na empresa e o sofrimento
trabalho nos dias de psíquico intenso
desembocam geralmente
hoje”. nos sintomas físicos,
quando não dá mais para
disfarçar a insatisfação,
porque ela afetou a saúde.
O Mercado Financeiro

 No mercado financeiro,
ansiedade e agitação são
ingredientes do trabalho. Mas,
em excesso, estes
componentes podem provocar
insônia, variação de peso,
exaustão e falhas de memória -
motivos que têm levado esta
categoria a procurar ajuda
médica e psicológica. "Os
profissionais do mercado
financeiro têm metas muito
apertadas, que exigem grande
esforço do indivíduo“.
 A equipe da Área de Saúde rotineiramente é exposta
à carga física e mental durante seu trabalho, situações de
emergência impõem tarefas que sobrecarregam o
indivíduo, a jornada de trabalho freqüentemente é
extensa, duplicada e acompanhada de plantões. O
trabalho com a doença e o sofrimento alheio
frequentemente são causas de desgaste emocional a que
esses profissionais são submetidos nas relações com o
trabalho são fatores muito significativos na determinação
dos transtornos relacionados a Síndrome de Burnout.
Hora de Parar

 O burnout foi reconhecido como um risco


ocupacional para profissões que envolvem cuidados
com saúde, educação e serviços humanos. No
Brasil, o Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999,
aprovou o Regulamento da Previdência Social e, em
seu Anexo II, trata dos Agentes Patogênicos
causadores de Doenças Profissionais. O item XII da
tabela de Transtornos Mentais e do Comportamento
Relacionados com o Trabalho (Grupo V da
Classificação Internacional das Doenças – CID-10)
cita a “Sensação de Estar Acabado” (“Síndrome de
Burnout”, “Síndrome do Esgotamento Profissional”)
como sinônimos do burnout, que, na CID-10, recebe
o código Z73.0.
 O profissional tem direito a afastar-se uma
vez que tenha sido diagnosticada a
Síndrome.
 É preciso que as empresas se conscientizem
da urgência de reavaliar a cultura de exigir
dos funcionários metas, às vezes,
impossíveis para um ser humano
O tratamento da Síndrome de Burnout é
essencialmente Psicoterapêutico
 Procurar um psiquiatra que  No processo
poderá prescrever: psicoterapêutico, além do
ansiolíticos ou enfoque individual para o
antidepressivos para atenuar alívio das dificuldades
a ansiedade e a tensão. sentidas, é necessário a
reflexão e um
redimensionamento das
atitudes relativas à atividade
profissional, objetivos de
vida e cuidados com a auto-
estima e com sentimentos
mais profundos de
aceitação”.

Estresse no Trabalho
 Torna-se de extrema importância à
conciliação das atividades profissionais com
o lazer, recomendamos aos profissionais que
não façam de suas vidas um campo de
batalha, não permitindo que o estresse tome
conta de suas vidas, procurando não se
desgastar emocionalmente, afim de não
entrarem em burnout.
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POR SUA ATENÇÃO:
OBRIGADO!!!

Lembrança de Gramado/RS

simonecarvalhoroza@gmail.com
Fone: 61-9987-0859

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