Vous êtes sur la page 1sur 30

FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL

Julio Machado

Continuidade
Definições, Interpretação Gráfica e Propriedades
e Continuidade de Funções Inversas

01 de 30
5.1 – Continuidade
De acordo com o que foi visto anteriormente neste curso, o
gráfico da função f terá um “buraco” ou uma “quebra” em um
ponto c se ocorrer qualquer uma das seguintes situações:

- a função y=f(x) não está definida em c.

y
y=f(x)

c x

02 de 30
- o limite de f(x) não existe - o valor da função e o valor
quando x se aproxima de c. do limite em c são diferentes.

y y
y=f(x)
y=f(x)

c x c x

03 de 30
DEFINIÇÃO. Diz-se que uma função f é contínua em um ponto c
se as seguintes condições forem satisfeitas:

1 – f(c) está definida (ou seja, a função está definida no ponto c)

2 – lim f ( x) existe.
xc

3 – lim f ( x) = f(c).
xc

Caso uma ou mais condições desta definição não for satisfeita,


então diz-se que f tem uma descontinuidade no ponto x=c.
Se f for contínua em cada ponto do intervalo aberto (a,b), então
diz-se que f é contínua em (a,b).

Esta definição se aplica para intervalos abertos infinitos da forma


(a,  ), (  , b) e (  ,  ).

04 de 30
No caso onde f for contínua em (  ,  ), diz-se que f é contínua
em toda parte.
De fato, as duas primeiras condições da DEFINIÇÃO estão implícitas
na terceira condição.
Na prática, necessita-se confirmar apenas que a terceira condição
é válida para mostrar que a função f é contínua no ponto c.

EXEMPLO 01
x2  4
Determinar se a função f ( x)  é contínua no ponto x=2.
x2
Solução
Deve-se determinar se o limite da função em questão quando x  2
é o mesmo que o valor da função em x=2 (a terceira condição da
DEFINIÇÃO).

05 de 30
x2  4 ( x  2)(x  2)
lim  lim  lim ( x  2)  4
x 2 x  2 x 2 x2 x 2

ATENÇÃO: a regra de utilizar apenas o maior grau do numerador


e o maior grau do denominador só vale se x   ou x   e
não se x  a (ou seja, x tende a um ponto).

A função f é indefinida em x=2 e, portanto, não é contínua naquele


ponto.
y
x2  4
f ( x) 
x2

2 x

06 de 30
EXEMPLO 02
Determinar se a função
 x2  4
 x2
 x2
f ( x)  
 4 x2


é contínua no ponto x=2.

Solução

x2  4 ( x  2)(x  2)
lim  lim  lim ( x  2)  4
x 2 x  2 x 2 x2 x 2

lim 4  4
x 2

O valor da função f(x) no ponto x=2 é f(2) = 4.

07 de 30
Este é o mesmo valor do limite naquele ponto.

A função f é contínua no ponto x=2.

y  x2  4
 x2
 x2
f ( x)  
 4 x2


4

2 x

NOTA: a função f(x) poderia ser escrita de forma simplificada


f(x) = x+2 ao invés de ser definida por partes.

08 de 30
5.2 – Algumas Aplicações
Este conceito aplica-se a importantes fenômenos físicos.

A figura abaixo é um gráfico da voltagem versus tempo


para um cabo subterrâneo que é acidentalmente cortado
por uma equipe de trabalho no tempo t=t0. A voltagem
caiu para zero quando a linha foi cortada.

t0 t

09 de 30
A figura abaixo é um gráfico de unidades de estoque versus
tempo para uma companhia reabastecer com y1 unidades
quando o estoque cai para y0 unidades.

As descontinuidades ocorrem nos momentos em que acontece


o reabastecimento.

y
y1

y0

t1 t2 t3 t4 t
tempos de reabastecimento

10 de 30
5.3 – Continuidade dos Polinômios

O procedimento geral para mostrar que uma função é


contínua em toda parte é verificar a continuidade em um
ponto arbitrário.

Da definição de limite de um polinômio viu-se que:

lim p( x)  p(a)
x a

(que é justamente a terceira condição da DEFINIÇÃO


vista em 5.1!)

Logo, os polinômios são contínuos em toda parte.

11 de 30
5.4 – Algumas Propriedades de Funções
Contínuas

Se as funções f e g forem contínuas em c, então:

(a) f + g é contínua em c.

(b) f – g é contínua em c.

(c) f g é contínua em c.

(d) f / g é contínua em c se g(c) for diferente de zero e


tem uma descontinuidade em c se g(c)=0.

12 de 30
5.5 – Continuidade de Funções Racionais

Uma vez que os polinômios são funções contínuas, e como


funções racionais são razões de polinômios, tem-se que
uma função racional é contínua em toda parte, exceto
nos pontos onde o denominador for zero.

EXEMPLO 03

Para quais valores de x há um “buraco” ou uma interrupção


x2  9
no gráfico de f ( x)  2 ?
x  5x  6

Solução
A função f(x) é contínua em toda parte exceto nos pontos
onde o denominador é zero.

13 de 30
Assim, resolvendo a equação

x 2  5x  6  0
obtêm-se dois pontos de descontinuidade, x=2 e x=3.

14 de 30
5.6 – Continuidade de Composição
Suponha que lim simbolize um dos limites
lim lim lim lim lim
xc x c  x c  x  x

Se lim g(x) = L e se a função f for contínua em L, então

lim f (g(x))  f (L)


Ou seja:
lim f (g(x))  f (lim g(x))

Em palavras, este teorema afirma que um símbolo de


limite pode passar pelo sinal de função (no caso, pelo
sinal de f) desde que o limite da expressão dentro
desse sinal exista (no caso, o limite de g(x)) e a função
(no caso, a função f) seja contínua neste limite.

15 de 30
EXEMPLO 04

Achar lim 5  x
2
x 3

Solução

 
lim 5  x 2  lim 5  x 2   4  4
x 3 x 3

O símbolo de limite pode ser passado pelo sinal do valor absoluto


desde que o limite da expressão dentro do sinal do valor absoluto
exista.

OBS.01: A função |x| é contínua em toda parte.

OBS.02: O valor absoluto de uma função contínua é contínuo.


Por exemplo: o polinômio g(x) = 5 – x2 é contínuo em
toda parte; logo, conclui-se que a função h(x) = |5 – x2|
também é contínua em toda parte.

16 de 30
DEFINIÇÃO. TEOREMA
(a) Se a função g for contínua em um ponto c e a função f for
contínua no ponto g(c), então a composição f o g é contínua
em c.
(b) Se a função g for contínua em toda parte e a função f for
contínua em toda parte, então a composição fog é contínua
em toda parte.

17 de 30
5.7 – Continuidade à Esquerda e à Direita

A definição de continuidade dada anteriormente (página


04) envolve limite bilateral.

Este conceito não se aplica geralmente aos extremos do


intervalo fechado [a,b] ou aos pontos extremos de um
intervalo da forma [a,b), (a,b], (   ,b] ou [a,  ).

Para resolver este problema, considera-se que uma


função é contínua nos pontos extremos de um intervalo,
se o valor no ponto extremo for igual ao limite lateral
adequado naquele ponto.

A seguir é apresentado um exemplo.

18 de 30
A função cujo gráfico é apresentado abaixo é contínua no
ponto extremo à direita do intervalo [a,b] porque:
lim f ( x)  f (b)
x b

mas não é contínua no ponto extremo à esquerda porque:


lim f ( x)  f (a)
x a

y
y=f(x)

a b x

19 de 30
Em geral, diz-se que uma função é contínua à esquerda
no ponto c se
lim f ( x)  f (c )
x c 

e é contínua à direita no ponto c se

lim f ( x)  f (c )
x c 

Assim, define-se continuidade em um intervalo fechado da


seguinte maneira:

DEFINIÇÃO. Uma função f é dita contínua em um intervalo


fechado [a,b], se as seguintes condições são satisfeitas:
(a) f é contínua em (a,b).
(b) f é contínua à direita em a.
(c) f é contínua à esquerda em b.

20 de 30
EXEMPLO 05

O que pode ser dito a respeito da continuidade da função


f ( x)  9  x 2 ?

Solução
4
O domínio
3.5
natural desta
f ( x)  9  x 2
função é o 3

Intervalo 2.5
fechado [-3, 3].
2
y

1.5

0.5

-0.5
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
x
21 de 30
Necessita-se investigar a continuidade de f (ver a definição
na página 20):
(a) no intervalo aberto (-3,3)
(b) nos pontos extremos
Seja c um ponto qualquer no intervalo (-3,3). Então:

x c x c x c
 
lim f ( x)  lim 9  x 2  lim 9  x 2  9  c 2  f (c )

Isto prova que f é contínua em cada ponto do intervalo (-3,3).

A função f é também contínua nos pontos extremos, uma vez


que:

lim f ( x)  lim 9  x2   
lim 9  x 2  0  f (3)
x 3 x 3 x 3

lim f ( x)  lim 9  x2   
lim 9  x 2  0  f (3)
x 3 x 3 x 3

Logo, f é contínua no intervalo fechado [-3,3].

22 de 30
TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO
Se f for contínua em um intervalo fechado [a,b] e k é um número
qualquer entre f(a) e f(b), inclusive, então há no mínimo um
número x no intervalo [a,b] tal que f(x) = k.

y
f(b)

f(a)

a x b x

23 de 30
5.8 – Continuidade das Funções Inversas
TEOREMA. Se a função f tiver uma inversa, então os
gráficos de y=f(x) e y=f -1(x) são reflexões um do outro em
relação à reta y=x; isto é, cada um é a imagem especular
do outro com relação àquela reta.

y y=x
y = f -1(x)

(b,a)

y = f(x)

(a,b)

x
24 de 30
Como os gráficos de f(x) e f -1(x) são reflexões um do outro
em relação à reta y=x, é intuitivamente óbvio que se o
gráfico de f(x) for contínuo, então o mesmo acontecerá com
o gráfico de f -1(x).

TEOREMA. Se uma função f for contínua e tiver uma inversa,


então f -1 é também contínua.

25 de 30
5.9 – Alguns Tipos de Funções Contínuas
Os seguintes tipos de funções são contínuos em cada
ponto de seus domínios:

(a) funções polinomiais


(b) funções racionais
(c) funções raiz
(d) funções trigonométricas
(e) funções trigonométricas inversas
(f) funções exponenciais
(g) funções logarítmicas

26 de 30
5.10 – Mais Dois Exemplos
EXEMPLO 06
Comentar sobre a continuidade da função y=1/x ?

Solução 100

80
A função y=1/x
60
é uma função
contínua em 40

cada ponto de 20
seu domínio.
0
y

Entretanto, ela -20

apresenta um -40
ponto de
-60
descontinuidade
-80
em x=0, pois
não está -100
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
definida aí. x

27 de 30
EXEMPLO 07
Encontrar o valor de c que torna a função contínua

 2x  c x 1

f ( x)  
 x 2  3 x 1

Solução

A continuidade que se busca aqui é no ponto x=1.

Para que a função seja contínua neste ponto, o lim f ( x) deve existir
x1
– o que, no caso, implica dizer que devem existir os limites laterais

lim f ( x) e lim f ( x) – e deve existir também a função no ponto, ou


x 1 x 1
seja, f(1).

28 de 30
A primeira equação garante a existência de f(1), embora c ainda
precise ser determinado.

LEMBRETE. O valor de f(x) em x=1 não tem nada a ver com o


limite quando x  1 (ou seja, o valor da função pode até não ser
definido no ponto – o que não é o caso – mas ainda assim existir
o limite neste ponto). Para que haja a continuidade, no entanto,
deve existir f(1).

Além de existirem os limites laterais lim f ( x) e lim f ( x) ainda


x 1 x 1
deve-se garantir que:

lim f ( x)  lim f ( x)
x 1 x 1
ou seja:

lim (2x  c )  lim ( x 2  3)


x 1 x 1

29 de 30
Portanto:
lim (2x  c )  lim ( x 2  3)
x 1 x 1

2(1)  c  (1) 2  3

2c  4

c2

30 de 30

Vous aimerez peut-être aussi