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Belo Horizonte
2010
Dissertação de Mestrado Engenharia de Energia – CEFET/MG ii
Belo Horizonte
2010
Banca Examinadora:
Dedicatória
Dedico essa conquista a Deus que sempre me deu forças para continuar lutando e por tudo
que Ele sempre nos tenta ensinar. Fazendo com que acreditemos a cada momento na sua
glória e principalmente em nós mesmos.
Agradecimentos
Aos meus pais Valdira e Eustáquio, que mesmo em todos os momentos difíceis que vivemos
nesses últimos anos estiveram sempre presentes e compartilhando de todas as minhas lutas.
Ao meu querido e amado marido Adriano por ter vivido intensamente todos estes momentos
sempre ao meu lado com muito carinho e amor.
Aos meus irmãos, principalmente a minha irmã Cristiane pelos exemplos de força que me
ensinou muito durante essa fase de batalhas, que agora ela esteja comigo e nossa família
eternamente na salvação do Nosso Senhor.
E a toda minha família sempre presente que nos dá um sentido para continuar vivendo e
lutando para atingir nossos objetivos.
A todos os meus amigos, parentes, que de uma maneira ou de outra participaram deste
período nos dando muita força e apoio em tudo que precisávamos.
Agradeço ao meu orientador prof. Paulo Eduardo Lopes Barbieri pela força, paciência e
incentivo em todas as horas e momentos difíceis desses últimos anos.
Epígrafe
“A liberação da energia
atômica mudou tudo,
menos nossa maneira de
pensar”.
(Albert Eisntein)
Resumo
Palavras-chave: Célula a Combustível, turbina a gás, ciclo combinado, ciclo híbrido, co-
geração
Abstract
This study examines the performance of a high-temperature solid oxide fuel cell combined
with a conventional recuperative gas turbine (GT–SOFC) plant, as well as the irreversibility
within the system. Individual models are developed for each component, through applications
of the first, second laws of thermodynamics and exergetic analyses. The overall system
performance is then analyzed by employing individual models and further applying
thermodynamic laws for the entire cycle, to evaluate the thermal efficiency, entropy
production, exergy efficiency and, exergy destruction of the plant. The results of an
assessment of the cycle for certain operating conditions are compared against those available
in the literature. The comparisons provide useful verification of the thermodynamic
simulations in the present work. The main parameters analyzed were the compression ratio
(rp) and the turbine inlet temperature (TIT). A comparison between the GT–SOFC plant and a
traditional GT cycle, based on identical operating conditions, is also made, showing an
increase of power in order of 71%.
Keywords: Fuel cell, gas turbine, combined cycle, hybrid cycle, cogeneration
Lista de Figuras
Figura 2.1 Diagrama da “pilha” construída por Grove em 1839. ............................................... 9
Figura 2.2 Esquema de uma célula a combustível. Timpanaro, Carvalho et al. (2006)........... 13
Figura 2.3 Íons transportados através do eletrólito para cada tipo de CACs. González (2007)
.................................................................................................................................................. 15
Figura 2.4 Três tipos de CCOS tubular: (a) Condução ao redor do tubo, e.g. Siemens; (b)
Condução ao longo do tubo, e.g. Acumentris; (c) Segmentado em Série, e.g Mitsubishi e Rolls
Royce. ....................................................................................................................................... 17
Figura 2.6 Principais formas de produção de hidrogênio. Pehnt. e Ramesohl. (2004) ............ 20
Figura 3.2 Ciclo simples de turbina a gás com recuperador de calor. ...................................... 24
Figura 3.3 Ciclo simples de turbina a gás com turbina de potência. ........................................ 25
Figura 3.4 Ciclo simples de turbina a gás com recuperador de calor, reaquecimento e
Figura 3.5 Evolução da distribuição geográfica das reservas provadas mundiais de gás natural.
.................................................................................................................................................. 33
Figura 3.6 Evolução da participação do gás natural na demanda por setor. Energia (2009) ... 34
Figura 4.4 Gráficos do levantamento dos artigos publicados de 1998 para 2009. ................... 43
Figura 4.5 Esquema de ciclo combinado CCOS-TG. (Haseli, Dincer et al. (2008b)). ............ 48
Figura 4.7 Comparação geração de entropia do ciclo convencional TG e ciclo híbrido CCOS-
Figura 4.8 Comparação do parâmetro emissões de CO2. Haseli, Dincer et al. (2008b) .......... 52
Figura 4.9 Estimativa eficiência sistemas de geração de energia, Eg&G Technical Services
(2004). ...................................................................................................................................... 54
Figura 6.2 Rendimento do ciclo para temperaturas de entrada da turbina diferentes em função
da rp. ......................................................................................................................................... 81
Figura 6.5. Comparação entre a geração de entropia do ciclo Brayton regenerativo em função
Figura 6.9. Comparação do rendimento do ciclo CCOS-TG obtidos pelo modelo de Haseli,
Dincer et al. (2008b) e pelo modelo proposto e o rendimento do ciclo Brayton regenerativo
Figura 6.11. Comparação da geração de entropia do ciclo CCOS-TG obtidos pelo modelo de
Haseli, Dincer et al. (2008b) e pelo modelo proposto e a geração de entropia do ciclo Brayton
Figura 6.12. Comparação entre a geração de entropia para o ciclo Brayton regenerativo e o
Figura 6.14. Comparação ente o trabalho de rede obtido para o ciclo CCOS-TG e aquele
Figura 6.15. Comparação entre o trabalho especifico de rede para o ciclo CCOS-TG obtido
pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b) e pelo modelo proposto em função da
Figura 6.16. Comparação entre a eficiência exergética obtida pelo modelo proposto e aquela
Figura 6.17. Comparação entre a destruição de exergia obtida pelo modelo proposto e aquela
.................................................................................................................................................. 95
Figura 6.19. Comparação entre a eficiência do ciclo em função da razão de pressão para três
Figura 6.20. Comparação entre a eficiência exergética do ciclo em função da razão de pressão
Figura 6.21. Comparação entre a potência de rede produzida pelo ciclo CCOS-TG em função
Figura A.1. Imagem do modelo para o ciclo Brayton regenerativo no software EES ........... 108
Figura A.2. Resultado obtido diretamente do software EES onde mostra todas as variáveis
Figura A.3. Imagem do EES dos resultados com exergia do CCOS-TG para TET=1250K e
rp=4......................................................................................................................................... 114
Lista de Tabelas
Tabela 2.1– Resumo dos diferentes tipos de células. ............................................................... 14
Tabela 4.2 Testes e demonstrações dos sistemas híbridos construídos pela Siemens
Westinghouse. .......................................................................................................................... 42
Tabela 4.3 Resumo dos tipos de sistemas híbridos de acordo com sua eficiência. Haseli,
Tabela 5.1 Parâmetros de operação de dois tipos de célula. Larminie (2003) ......................... 69
Tabela 6.1 Resultados para o ciclo convencional para parâmetros rp=4 e TET=1100K. ........ 80
Tabela 6.2 Resultados ciclo CCOS-TG para parâmetros rp=4 e TET=1250K. ....................... 85
modelos de Haseli, Dincer et al. (2008b), de Haseli, Dincer et al. (2008b) e de Tse, Galinaud
FC – “Fuel Cell”
GT – Gas turbine
TG – Turbina a Gás
PEMFC - Proton Exchange Membrane Fuel Cell / Polymer Electrolyte Membrane Fuel Cell
Rp – razão de pressão
Lista de Símbolos
H2 Molécula de Hidrogênio _
O2 Molécula Oxigênio _
Ni Niquel _
Ti Temperatura K
Pi Pressão Pa
ηi Rendimentos %
Qi Calor gerado kJ
Rp Razão de pressão _
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................ 1
2 Células a Combustível...................................................................................................... 7
1 Introdução
na oferta de energia, devido a esse aspecto são necessárias novas fontes alternativas de
geração de energia. De acordo com Calais (2000) calculou-se um déficit de 7GW em 2003, o
do país. Assim de acordo com o sítio do ministério de minas e energia (MME), Energia
(2009) o valor de potência instalada é de 13257MW das usinas termelétricas existentes até
início 2008. Segundo Tavares (1999) uma das alternativas de produção de energia elétrica
seriam através do gás natural, incentivada por fatores como o preço e menor poluição em
comparação com as usinas que utilizam óleo combustível. Lembrando-se que os impactos
ambientais decorrentes da queima do gás natural são menos intensos do que a queima de óleo
combustível. De acordo com Walter (1994) a maior oferta de gás natural facilita a produção
de energia elétrica pelo setor privado. Atualmente com a entrada do Pré-Sal nos planos do
governo federal e de acordo com Plano Nacional de Energia 2030, Energia (2009), a oferta de
gás natural será muito maior o que prevê o aumento de termelétricas e o aumento do uso de
gás combustível na área industrial devido à migração da maioria dos equipamentos, como por
A princípio, o uso do gás natural em instalações termelétricas pode ser realizado por meio
de qualquer tecnologia: turbina a gás, motores a pistão, queima em caldeiras entre outros.
Dessa forma, sistemas de geração de potência mais eficientes e que poluem menos são
necessários. Entretanto, uma das tecnologias mais eficientes para a geração termelétrica é a
utilização de ciclos híbridos, pois tal tecnologia permite a obtenção de altos rendimentos
térmicos, em geral acima de 50%. Assim conforme citação de documentos do MME, Energia
Dentro deste contexto, a geração de potência através de sistemas híbridos que utilizam
células a combustível são uma das mais promissoras tecnologias, devido à sua alta eficiência
células a combustível são sistemas de geração de energia muito atraentes, devido à geração de
eletricidade altamente eficiente com baixos efeitos negativos para o ambiente; confirmada
através de vários modelos encontrados na literatura. Entre tais sistemas destacam-se aqueles
que utilizam células a combustível do tipo óxido sólido (CCOS) e turbina a gás (TG),
Segundo o trabalho de Ide, Yoshida et al. (1989) que comparam as eficiências térmicas e
elétricas líquidas do sistema híbrido utilizando três tipos de células a combustível, foi
verificado que as células de óxido sólido CCOS operando em pressões elevadas e atuando
eficiências.
utilizar um eletrólito (O-2) no estado sólido como íon condutor necessita de temperaturas de
operação elevadas em torno de 1000°C para a produção de eletricidade, sendo esse aspecto
a gás (ciclo Brayton) proporcionam segundo Calise, D'accadia et al. (2006) eficiência teórica
global que é definida pelas eficiências térmica e elétrica de até 70%. Eficiência que depende
Nos últimos anos, muitos pesquisadores estão envolvidos na investigação tanto da célula a
combustível CCOS quanto nos sistemas híbridos CCOS-TG, nos quais são avaliados o
Granovskii, Dincer et al. (2007), Ghanbari Bavadsad (2007) e Haseli, Dincer et al. (2008a).
Segundo Haseli, Dincer et al. (2008a) estudos teóricos de ciclos híbridos CCOS-TG têm
despertado grande interesse por vários pesquisadores ao redor do mundo, como por exemplo,
o Department of Heat and Power Engineering at Lund University na Suécia cujo objetivo é
Nesse sentido, ciclos denominados híbridos, os quais utilizam turbina a gás e células a
energia renovável como fonte de combustível. Tais ciclos quando comparados ao tradicional
termodinâmico de um sistema híbrido CCOS-TG o qual inclui uma análise tanto da primeira
como da segunda lei da termodinâmica. Esses conceitos serão aplicados a cada componente
desempenho individual de cada componente e sua relação com o desempenho global do ciclo.
1.1 Objetivos
1.2 Metodologia
com sua configuração geométrica: plana e/ou tubular. Sendo desenvolvidos modelos
caixa preta por serem mais simplificados e mais adequados para analise do ciclo híbrido
CCOS-TG proposta no presente trabalho. Dessa forma, modelos termodinâmicos para cada
componente do sistema híbrido, como por exemplo; compressor, trocador de calor, turbina,
proporcionando assim uma análise numérica dos sistemas energéticos baseados em célula a
combustível.
Este modelo poderá possibilitar, por meio de uma análise paramétrica, relacionar os fatores
obtidos pelo modelo serão comparados com aqueles fornecidos pela literatura. A comparação
aperfeiçoamento do modelo, assim como, fornecerá subsídios para análise dos resultados.
O software utilizado na análise numérica será o Engineering Equation Solver (EES) que
Este item apresenta, resumidamente, o conteúdo de cada capítulo que compõe o presente
estudo.
classificação.
regenerativo e o CCOS-TG.
Referências bibliográficas.
2 Células a Combustível
A célula a combustível é uma tecnologia que foi criada no século XIX, conhecidas assim
pela ciência há mais de 150 anos foram consideradas uma grande curiosidade do século, mas
agora estão sendo pesquisada e difundida devido a sua alta eficiência e aos problemas
potencial termodinâmico que mede o trabalho “útil” que se obtém num sistema isotérmico e
isobárico, quando um sistema se desenvolve de um estado bem definido para outro estado
bem definido. A energia livre de Gibbs (G) é igual ao trabalho trocado entre o sistema e o
meio envolvente menos o trabalho das forças de pressão durante uma transformação
reversível do mesmo estado inicial para o mesmo estado final. Assim, a energia livre Gibbs é
G H T S (2.1)
As células a combustível não são consideradas máquinas térmicas de Carnot e assim sua
eficiência não esta limitada à eficiência de Carnot. Nas máquinas térmicas, os átomos do
combustível são oxidados, portanto doam elétrons aos átomos de oxigênio que são reduzidos.
Desta reação resulta a liberação de energia térmica, transformada em energia cinética pelos
A primeira célula a combustível foi construída em 1801 por Humphrey Davy, que realizou
estudos em eletroquímica usando carbono e ácido nítrico, no entanto foi William Grove
A “Célula de Grove”, como era chamada, usava um eletrodo de platina imerso em ácido
nítrico e um eletrodo de zinco imerso em sulfato de zinco para gerar uma corrente de 12
ampères e uma tensão de 1,8 volts. Grove descobriu que colocando dois eletrodos de platina
com cada lado de cada eletrodo imerso num tubo contendo ácido sulfúrico diluído, e os outros
dois lados separadamente conectados em tubos fechados com oxigênio e hidrogênio, uma
corrente contínua circularia entre os eletrodos. Os tubos isolados e fechados produziam água e
também gases, e ele notou que o nível de água aumentou em ambos os tubos onde a corrente
Em seguida, Grove construiu uma fonte de energia usando vinte e seis células em série
conforme mostrado na Figura 2.1. Foi através dessa experiência, o primeiro cientista a notar e
combustível (várias células a combustível conectadas em série), que utiliza gases como
reagentes.
processo de usar eletricidade para decompor a água em hidrogênio e oxigênio. Mas combinar
os gases para produzir eletricidade e água que foi à grande descoberta de William Grove.
Logo depois ele chamou o dispositivo desta experiência como “bateria a gás” – a primeira
William Grove especulava e observava que as reações que ocorriam na sua “bateria a gás”
ocorriam nos pontos de contato entre eletrodos, gás e eletrólito, mas não sabia explicar nada
Ostwald, contribuiu com muitas das teorias sobre as células a combustíveis e em 1893 ele
funcionamento químico das células foi base de trabalho para as pesquisas sobre células a
O químico Ludwig Mond dedicou a maior parte da sua carreira desenvolvendo tecnologias
para a indústria química tal como o refinamento de níquel. Em 1889, Mond e seu assistente
de 2,8 a 3,5 mA/cm2 - numa pequena área de eletrodo de 700 cm2 produzindo uma tensão de
0,73 volts.
Já na primeira metade do século XX, o cientista suíço Emil Baur, juntamente com seus
estudantes, conduziu uma grande quantidade de pesquisas com vários tipos de tecnologias de
células a combustível. Parte do trabalho de Emil Baur incluiu dispositivos de alta temperatura
(utilizando prata fundida como eletrólito) e um eletrólito sólido de argila e óxidos metálicos.
No final dos anos 30, Francis Thomas Bacon começou pesquisando células a combustível
de eletrólito alcalino (AFC- Alkaline Fuel Cell) de alta pressão, que parecia oferecer
resultados viáveis. Em 1939, ele construiu uma célula que usava eletrodos de níquel e operava
numa pressão de até 2 atm numa temperatura de 100 ºC. Durante a Segunda Guerra Mundial,
Bacon trabalhou no desenvolvimento de células que poderiam ser usadas nos submarinos da
ser suficientemente confiáveis para atrair a atenção da Pratt & Whitney. Esta empresa se uniu
com a Energy Conversion, que tinha Francis Bacon como consultor e licenciou o trabalho
missões espaciais Gemini e Apollo da NASA. Este sistema era constituído por três unidades
de pilhas a combustível alcalinas e operavam a pressões de 3,5 atm. Wendt, Gotz et al. (2000)
para 200ºC, e produziam potência de 1,4kW cada. A tensão desenvolvida variava entre 27 e
31 Volts, com uma vida útil limitada em 400 horas de operação, devido principalmente à
combustível alcalinas operando com altas pressões foi paralisada demonstrando que esse tipo
de células, tinha como principais obstáculos, para sua comercialização, o alto custo e a
diminuição dos custos e são uma das principais soluções energéticas “ambientalmente
comerciais, pois a totalidade das empresas desenvolve e testa protótipos, vendidos a grupos de
veicular em andamento no Brasil são financiados por empresas públicas ou privadas do setor
gás natural das redes já existentes ou de empresas fornecedoras de gases especiais. O país
conta com três plantas estacionárias de células PAFC (Células a combustível de ácido
fosfórico ou Phosphoric Acid Fuel Cell) em operação, duas no Paraná e uma no Rio de
Janeiro, com potência de 200 kW cada uma, alimentada com gás natural reformado a
hidrogênio; uma quarta planta localizada no Paraná aguarda comissionamento. Não existem
de veículos de passeio (projeto VEGA II, desenvolvido pela parceria MME/UNICAMP), além
dos dois projetos de ônibus a hidrogênio em andamento, em São Paulo (parceria MME,
ELETRA e CAIO).
De acordo com Eg&G Technical Services (2004), o funcionamento das CaCs (células a
diferença de potencial nas reações eletroquímicas, que geram uma corrente elétrica entre
anodo e catodo, fechando um circuito elétrico e ao mesmo tempo há também um fluxo de íons
Dessa forma, as CaCs são constituídas basicamente por dois eletrodos, um positivo e outro
negativo, designados por cátodo e ânodo, respectivamente e um eletrólito que tem a função de
Figura 2.2 Esquema de uma célula a combustível. Timpanaro, Carvalho et al. (2006)
Reações na pilha:
1
Cátodo: O2 g 2H aq 2e ¯ H 2O v 2.3
2
sua vida útil. É o eletrólito também que define o tipo de CaC, pois ele é o coração da reação
combustível podem ser classificadas de acordo com o seu eletrólito, e a partir dele têm-se
também as demais especificações de seus componentes básicos, como por exemplo, o tipo de
também que a eficiência das CaCs é praticamente a mesma para todos os tipos, mas que, no
entanto a utilização de cada tipo é bem diferente dependendo da potência gerada, bem como
Temperatura de
40 - 80°C 65 - 220°C 205°C 605°C 600 - 1000°C
operação
Eficiência (%) 45 50 45 50 50
Componentes
Baseado em Baseado em Baseado em Baseado em aço
das células Cerâmica
carbono. carbono. grafite. inoxidável.
primárias
Processamento
Processamento Reforma interna Reforma
Processamento do gás +
Controle do do gás + + interna +
do gás + Trocadores ou
calor produzido Circulação do Processamento Processamento
Trocadores geração de
eletrólito do gás do gás
vapor
Portátil e
Aplicações Naves Espaciais Estacionaria Estacionaria Estacionaria
transporte
Em toda reação eletroquímica existe uma quebra de moléculas e sua recombinação para
obter a situação desejada, no caso das CaCs os principais reagentes são o hidrogênio como
combustível e o oxigênio como agente oxidante, o que por meio das reações de oxidação-
Dessa forma para que ocorra a reação e a quebra de moléculas conforme a Figura 2.3 é
térmico apropriado, para que a reação aconteça. Um diagrama resumindo os exemplos de cada
reação eletroquímica de cada tipo de CaC com a entrada das moléculas dos reagentes
envolvidos e sua respectiva saída é mostrado na Figura 2.3. No entanto, algumas CaCs
conforme Tabela 2.1, fazem também a reforma dos hidrocarbonetos diretamente dentro da
própria CaC, como por exemplo, a CCOS devido a sua elevada temperatura.
Figura 2.3 Íons transportados através do eletrólito para cada tipo de CACs. González (2007)
Os combustíveis utilizados nas células serão melhor explicados no item 2.5 desse capítulo,
combustível.
Dessa forma, como o objetivo do presente trabalho é o ciclo combinado CCOS-TG, será
apresentado também mais detalhes do gás metano e dos materiais constituintes da célula do
tipo CCOS ou SOFC (Solide Oxide Fuel Cell), que são células a combustível que utilizam o
As CCOS possuem uma temperatura de operação extremamente alta entre 600ºC e 1000ºC
para a quais os materiais cerâmicos são, preferencialmente, utilizados como catalisadores nos
potência termoelétrica onde proporcionam uma elevada eficiência energética nos casos dos
ciclos combinados.
A CCOS é um tipo de célula a combustível de alta eficiência, que a cada dia é mais
para geração de energia estacionaria. Seu eletrólito sólido é o principal responsável por sua
processo, pois é por meio desse parâmetro que a eficiência da CCOS aumenta o desempenho
de um ciclo combinado, uma vez que a temperatura é que favorece a cinética das reações e
permite a reforma do combustível (ex.: hidrocarbonetos como o gás natural) no próprio corpo
da célula.
é o componente mais importante, pois é nele que ocorrem as reações químicas. O material do
eletrólito é que melhora sua eficiência e condutividade. Este aspecto é ainda um ponto forte
para as pesquisas na área química e de materiais, pois obtendo um material com baixo custo,
maior ciclo de vida e alta condutividade elétrica proporcionarão que as CCOSs sejam mais
tubular é mais utilizada devido a sua maior simplicidade de vedação, já os demais tipos de
CaCs como por exemplo a de membrana polimérica, são mais utilizada em veículos, e
A CCOS de geometria tubular foi a mais aceita e pesquisada pela Siemens Westinghouse
durante os últimos anos devido as suas vantagens em relação a geometria plana. E a principal
vantagem neste caso é a vedação. A Figura 2.4 mostra os tipos de geometria tubular existentes
Figura 2.4 Três tipos de CCOS tubular: (a) Condução ao redor do tubo, e.g. Siemens; (b) Condução ao
longo do tubo, e.g. Acumentris; (c) Segmentado em Série, e.g Mitsubishi e Rolls Royce.
uma combinação da geometria tubular com a plana que permite assimilar as principais
vantagens de cada geometria, este tipo foi chamado de CCOS de alta densidade de potência
(ADP - HPD sigla em inglês), mostrada na Figura 2.5. Neste tipo de configuração são
catodo e anodo. O eletrólito é a parte mais importante que garante o fluxo dos íons de
oxigênio do catodo até o anodo. Dessa forma, por não ser de grande importância no objetivo
do trabalho somente serão discutidos os materiais para estes três componentes básicos, pois os
demais materiais como, por exemplo, os interconectores, selantes, entre outros, podem ser
O material mais utilizado no eletrólito da CCOS é a zirconia (ZrO2) estabilizada como ítria
(Y2O3), a qual recebe o nome YSZ. O YSZ possui alta condutividade elétrica acima de 700°C.
espessura. No caso a porosidade pode impedir o fluxo de ambos reagentes (ar e combustível).
tamanho, entretanto não se pode perder resistência mecânica. Outros aspectos relevantes e que
devem ser seguidos são, por exemplo, ter uma espessura uniforme para reduzir as perdas
ôhmicas e deve ter uma elevada condutividade iônica e uma condutividade eletrônica próximo
de zero.
estrôncio LSM (La0,9SrMnO3), segundo Wendt, Gotz et al. (2000), com espessura acima de 2
oxidante, isto é, o oxigênio é reduzido a íons devido à transferência de elétrons. Neste caso a
a taxa de transferência de elétrons, ou seja, corrente por unidade de área. Um grande desafio
no uso do LSM como material do catodo é a temperatura e seu uso como materiais de
interconexão.
metais com níquel sintetizado na forma de oxido e zircônio (Ni/ZrO2), onde nessa
hidrocarbonetos. Este material deve ser estável em ambientes redutores e também ser um bom
condutor elétrico.
anodo, sendo assim, a área também depende da porosidade dos eletrodos. Neste caso a
Os demais materiais dos outros componentes geralmente são uma combinação de ligas
cerâmicas e que suportam as temperaturas de operação, como por exemplo, no caso dos
interconectores é usado La1-xSRxCrO3 (lantânio dopado com estrôncio e oxido cromo) que na
Como o hidrogênio é o principal reagente da reação eletroquímica chega-se a uma das mais
relevantes desvantagens da tecnologia das CACs, pois na terra não existe o hidrogênio livre; e
para ser obtido “hidrogênio puro” é necessário consumir energia na dissociação de uma fonte
deseja produzir e do seu grau de pureza, que é um fator importante para as CaCs. A produção
do hidrogênio necessita então, de uma energia externa, podendo ser uma fonte de energia
eletrólise seria o meio mais caro, pois o processo reverso de geração de energia elétrica não é
totalmente conseguido, sendo o que foi gasto para geração de hidrogênio sempre maior do que
Existe uma grande variedade de combustíveis que podem ser utilizados para a produção de
energia numa CaC, no entanto o foco do trabalho é o metano devido ao ciclo combinado e
CaC, pode ser obtidos de diversas fontes de energia primária mas, no entanto, a maior parte da
misturado com vapor de água juntamente com um catalisador a altas temperaturas, onde na
reforma do metano contido no gás natural usa-se catalisadores de níquel a temperaturas entre
750° e 1000°C, e com um excesso de vapor para não ocorrer deposição de carbono no
catalisador.
A reforma auto térmica é uma combinação das vantagens dos outros dois processos, onde a
reação exotérmica da oxidação parcial poderia ser usada para fornecer calor necessário para a
Dessa forma, o critério de seleção para cada processo de reforma depende de cada tipo de
combustível, onde o metanol e etanol são combustíveis em potencial para uso nas células a
principalmente devido a produção bem como também devido a reforma ocorrer a baixas
3 Turbina a Gás
termodinâmico idealizado por George Brayton em 1870, basicamente uma turbina a gás é um
motor térmico onde é produzido trabalho a partir de um fluxo contínuo de gases quentes,
Desde o fim da segunda guerra mundial a eficiência do ciclo das turbinas a gás tem
de potência. As unidades industriais de grande porte com turbinas de alta potência (Heavy-
Duty) são utilizadas para potências acima de 15 MW, as unidades com turbinas de média
máquinas variam de 30% para as de pequeno porte, até 50% para as turbinas de grande porte
(100 MW).
O ciclo aberto simples de uma turbina a gás está ilustrado na Figura 3.1. Nesta a máquina
possui um único eixo, de modo que todos os estágios giram em mesma rotação; esse arranjo é
onde é misturado com um determinado combustível: gás natural, gás liquefeito, querosene,
gases de baixo poder calorífico, entre outros. Os gases produtos da combustão à alta
consumida para acionar o compressor e o restante fica disponível para produção de força
motriz. Segundo Cohen, Rogers et al. (1996) os principais parâmetros do projeto que afetam a
calor, denominado recuperador de calor, que utiliza a energia dos gases quentes para pré-
aquecer o ar antes de entrar na câmara de combustão, tal como está ilustrado na Figura 3.2.
Tal procedimento reduz o consumo de combustível, pois reduz o calor gerado na câmara de
combustão. Embora esse ciclo aparentemente seja ótimo, a introdução desse recuperador de
calor só é recomendada quanto a temperatura dos gases de exaustão da turbina é maior que a
temperatura dos gases na saída do compressor. Dessa forma, é mais vantajosa para valores de
relação de pressão baixos, pois sua vantagem termodinâmica diminui para valores de relação
O ciclo regenerativo é, comumente, adotado nas micro-turbinas a gás, que são máquinas de
baixa potência (máximo de 300 kW) e utilizam um compressor e turbina de fluxo radial de
um único estágio. A eficiência dessas máquinas seria bastante baixa, aproximadamente 14%,
como nos casos em que a carga de acionamento é variável tal como um compressor, um
independente é aconselhável. Nesse arranjo, ilustrado na Figura 3.3, a turbina de alta pressão
aciona o compressor e os gases exaustos dela são direcionados para a turbina de baixa
pressão.
Uma vantagem significativa do arranjo da Figura 3.3 é que o dispositivo de partida pode
ser de tamanho menor suficientemente para acionar apenas o conjunto turbina de alta pressão
controle deve ser projetado para prevenir essa condição Cohen, Rogers et al. (1996).
O rendimento térmico da turbina a gás pode ser melhorado também através de duas
da mesma forma a divisão da expansão em estágios com o reaquecimento entre eles resulta
Figura 3.4 Ciclo simples de turbina a gás com recuperador de calor, reaquecimento e resfriamento
intermediário.
No princípio do desenvolvimento das turbinas a gás esses ciclos mais complexos foram
relação de pressão ainda estavam aquém dos valores alcançados atualmente. Mas com o
temperatura do ciclo pode ultrapassar 1650 K nos dias atuais. Sordi (2007). Dessa forma, o
ciclo simples passou a ser economicamente atrativo, atualmente existem máquinas operando
A análise dos ciclos de turbinas a gás é, em geral, realizada por meio da idealização do
ciclo. Estes ciclos ideais são importantes porque eles indicam tendências de comportamento
dos ciclos de máquinas reais. Dessa forma, os ciclos ideais são analisados como sendo
fechados, ou seja, o fluido de trabalho é uma massa de gás que é comprimida, aquecida,
clássicos de termodinâmica tais como Çengel e Boles (2006) e Cohen, Rogers et al. (1996).
isentrópicos.
componentes é desprezada.
Entretanto, conforme Cohen, Rogers et al. (1996), o desempenho dos ciclos reais diferem
componentes.
comprimido não pode ser aquecido até a temperatura dos gases na saída do
o compressor.
d. Na prática os calores específicos não são constantes com a temperatura, além disso,
fluido de trabalho.
resfriados, nesse caso até 15% do ar comprimido do compressor deve ser utilizado
Os sistemas de turbina a gás são atualmente muito difundidos nas instalações onde há
obtida em sistemas de co-geração que dispõem de gás natural. Dessa forma, apesar do termo
co-geração ser utilizado no ciclo combinado CCOS-TG é preciso ter uma boa definição para
não usá-lo de forma errônea. Por isso de acordo com Brandão (2004), co-geração pode ser
energia, elétrica (ou mecânica) e térmica, a partir de um sistema que utiliza o mesmo
utilização de energia.
geração. A segunda parte mais importante é o aparelho que produz frio, utilizando a energia
Ciclo Combinado;
Células a Combustível;
Micro-Turbinas;
interna têm, sido aplicadas adequadamente em instalações de co-geração nas últimas décadas.
Para geração de potência com uso de um aparelho que produz frio, os tipos mais aplicados
são os motores de combustão interna, muitas das vezes em grupos de mais do que um para
fazer face à variação de cargas. As turbinas de gás são utilizadas em grandes complexos de
edifícios tais como hospitais ou redes urbanas de calor e frio. As turbinas de vapor não são
As células a combustível são ideais para operação no setor terciário, devido ao seu
produção, pois ainda é elevado dificultando a sua entrada no mercado. Outra desvantagem
fundamental deste sistema, na verdade, consiste no hidrogênio, um a vez que é difícil de ser
armazenado.
Tal como todos os sistemas, o uso da turbina a gás tem vantagens e desvantagens, das
Vantagens:
de paragem);
Elevada confiabilidade;
Arranque rápido;
Desvantagens:
3.1 Micro-Turbinas
Uma última tecnologia, sob intensa investigação durante os anos mais recentes, é as Micro-
Turbinas. Uma notável investigação tem tido lugar principalmente nos EUA, para o
reduzido composto por compressor, câmara de combustão, turbina e gerador elétrico, com
potência total disponível não superior a 250KW. Para sistemas semelhantes, mas com
A maioria das Micro-Turbinas existentes no mercado tem como função principal produzir
pouquíssimos casos usando o calor. As Micro-Turbinas são na maioria turbinas a gás, com
utilizando-se recuperador de calor (regenerador) que permite aproveitar o calor disponível nos
gases de escape para aquecer o ar novo antes de este entrar na câmara de combustão.
Vários tipos de combustíveis podem ser utilizados na maioria das turbinas: gás natural,
gasolina s/chumbo, gás, óleo, alcoóis, querosene, propano, entre outros. Um compressor
adicional poderá ser utilizado quando a pressão de alimentação do combustível não for
suficiente.
anaeróbica.
aumentou de 0,7 PPM (partículas por milhão) no período pré-industrial para 1,7 PPM em
final da década de 1970 e 60% da emissão de metano no mundo é produto da ação humana,
O gás metano emanado da degradação de matéria orgânica (lixo, esgoto, resíduos animais),
pode ser chamado de biogás, sendo assim um gás combustível oriundo de uma fonte
renovável de energia. Aproveitar o potencial energético desse gás constitui uma forma de
emissões de gases de efeito estufa, bem como diminuir a poluição em vários aspectos como,
lixões, bem como nas estações de tratamento de esgoto, das agroindústrias, entre outras
energético dos aterros sanitários em 91 cidades brasileiras é de 344 MW, e em 2015 estima-se
De acordo com a Tabela 3.1 que apresenta o poder calorífico dos diferentes gases
hidrocarbonetos que são utilizados em ciclo de turbina a gás. O metano mesmo com valor
intermediário é um dos gases que possui melhor desempenho analisando todos os aspectos
necessários para uma melhor eficiência, pois mesmo o butano com maior número de
hidrogênios em sua cadeia e um maior PCI ainda possui algumas restrições de uso e
manuseio.
BIOMETANO 5500
No final do ano 2000, as reservas de gás do mundo, que por definição são aquelas com
elevado grau de certeza; atingiram a marca de 160 trilhões de m3 e, desde 1970, a maior parte
do crescimento das reservas ocorreu em países menos desenvolvidos, pois de acordo com o a
Figura 3.5 o domínio era especialmente nos países da Europa e Ásia. Por outro lado, África,
Assim, com tais descobertas e o rápido crescimento das reservas a demanda de gás natural
deverá crescer em todas as regiões do mundo entre 2002 e 2025, com destaque para a Ásia
Americano.
Figura 3.5 Evolução da distribuição geográfica das reservas provadas mundiais de gás natural.
acordo com a Figura 3.6 terá um crescimento quando utilizada na geração de energia elétrica.
PNE 2030 Energia (2009) tem-se a seguinte consideração sobre o uso do gás natural:
Figura 3.6 Evolução da participação do gás natural na demanda por setor. Energia (2009)
isso está mudando com a entrada de novas formas de geração de energia que buscam menores
M.M.E (2010), em 2004, 83% da eletricidade produzida no país foi gerada a partir de usinas
hidrelétricas. O BEN mostra, por outro lado, que esta participação era bem maior nos anos
1970, cuja média era de 90%, e nas décadas de 1980 e 1990, era de 92%, o que faz as
novas formas de energias. Os principais fatores que favoreceram a entrada das térmicas são: o
prazo menor de amortização dos investimentos e o custo de capital mais baixo com menor
risco para o setor privado com o uso de alguma energia desperdiçada no processo no caso do
As tecnologias de geração termelétrica a gás natural no Brasil podem ser divididas em três
grupos: usinas de ciclo simples, que utilizam a combustão interna para a geração de energia
vapor e gás, Figura 3.7 e por último as usinas de co-geração, caracterizadas como produção
A partir do aumento da oferta de gás natural no Brasil, da alta dos preços do petróleo e dos
avanços tecnológicos ANEEL (2005), o ciclo combinado vem sendo visto como uma
Dessa forma, a expansão de usinas termelétricas pode ser justificada, principalmente, pelo
aspecto econômico, pois tais usinas podem representar ganhos de confiabilidade no sistema e
No entanto existe um ponto de desvantagem que precisa ser considerado e avaliado, pois o
número de fabricantes de turbinas a gás em geral ainda é pequeno e, além disso, o custo do
gás natural, apesar de redução ainda é relativamente alto e atrelado ao dólar, o que pode
reduzir a atratividade dos investidores, da mesma forma que acontece com a CaCs.
Dessa maneira, uma saída são as pesquisas com uso de ciclos com mais de um
combustível, tais usinas poderiam operar com gás natural e outros combustíveis, como
Outro aspecto a ser explorado é a melhoria da eficiência global do ciclo de turbina a gás.
Nesse sentido a utilização das células a combustível, mais especificamente, as de óxido sólido
4 Ciclos CCOS-TG
convencionais (e.g turbinas a gás, turbinas a vapor, entre outros) com diferentes tipos de CaC
ou combinação dos dois tipos, sendo o sistema, adequado para as aplicações estacionárias
(centralizada ou distribuída). Outro aspecto relevante para o estudo é que o custo das CaCs,
apresentou uma queda razoável de cerca de 50% nos últimos 10 anos, tornando a tecnologia
ainda mais atraente. Com o avanço das pesquisas e as descobertas de novos materiais esse
maior escala dessa tecnologia, faz com que o avanço dessa nova forma de geração de energia
combinado com uma CCOS foi por muitos anos conhecida em conceito, porém, só
recentemente depois que as CaCs começaram a operar pressurizadas é que as CCOSs tiveram
combinados com a turbina a gás e tornando-se então uma tecnologia mais viável e atrativa.
conceito de CCOS-TG combinado comercial, e que também está sendo explorado e estudado
por outros fomentadores e fornecedores dessa nova tecnologia. Na Figura 4.1 é apresentado o
(10 bar) dentro do recipiente de pressão cilíndrico. A turbina de gás, compressor e alternador
estão localizadas atrás da CCOS. Na Figura 4.2 é apresentado o esquema do ciclo híbrido com
A configuração do sistema apresentado na Figura 4.2 é a mais usual, entretanto podem ser
podendo-se citar os trabalhos de Veyo e Forbes (1998), Bevc (1997), Fry, Watson et al.
híbrido instalado foi construído pela Companhia Canadense Ontário Hydro, e demais outras
sistema que possui capacidade mais alta tem potencial para operar também com pressões mais
altas.
300 kW 1 MW
CO 0 ppm 0 ppm
700 kPa, teria sua eficiência aumentada de 60 para 70%. Por outro lado, conforme dados da
mesmas; sendo que este fato demonstra uma grande vantagem ambiental dos ciclos híbridos.
O primeiro produto pré-comercial desenvolvido pela Siemens Power Generation foi o FS-
200, um sistema CCOS de co-geração de 125 kW operando com gás natural a pressão
atmosférica e com eficiência elétrica na faixa de 44% a 47% com carga total.
A próxima geração de sistemas CCOS está sendo desenvolvida pela Siemens Power
Generation juntamente com o programa SECA, (Solid State Energy Conversion Alliance)
A Siemens Westinghouse possui parceria com diversos centros de pesquisa como pode ser
observado na Tabela 4.2, a qual apresenta um resumo das atividades desenvolvidas nos
Através da Tabela 4.2 observa-se também que o combustível consolidado, que alcança o
melhor desempenho e utilizado desde 1992 é notoriamente o gás natural pressurizado (PNG).
Os testes também mostram que a área e o número de células da pilha tiveram grandes
Outro aspecto ainda pouco explorado é referente à análise do ciclo de vida da CCOS,
principalmente a respeito do tempo de operação como mostrado na Tabela 4.2, ou seja, a sua
vida útil. Nesse sentido verifica-se que o desenvolvimento de sistemas híbridos que utilizam
elevadas. Dessa forma vários são os fatores que necessitam de pesquisa e melhoria para a
necessidade do mercado.
Tabela 4.2 Testes e demonstrações dos sistemas híbridos construídos pela Siemens Westinghouse.
Célula
Geração No. de Operação
Ano Cliente Tamanho Combustível
(kWe) Células/pilhas (Horas)
(mm)
SCE
2000 PCCOS/TG 180 1500 1152 3257 PNG
sistemas híbridos do tipo CCOS-TG, observa-se na Figura 4.4, que representa uma pesquisa
realizada em vários sítios como, por exemplo, o “Web of Science”, um base de dados
reconhecida mundialmente e que reúne inúmeros periódicos científicos, que durante o período
de 1998 até 2009 o número de trabalhos publicados referentes a sistemas híbridos CCOS-TG
sofreu irregularidades tendo um pico de publicações no ano 2006. Tal comportamento pode
estar associado às crises energéticas, que resultou na corrida por pesquisas de novas fontes de
Figura 4.4 Gráficos do levantamento dos artigos publicados de 1998 para 2009.
Observa-se também de acordo com a Figura 4.4 e com a análise de alguns artigos que a
diminuição das pesquisas pode estar relacionada às questões econômicas e de materiais que
não sofreram grandes alterações neste período. A maioria das pesquisas encontradas é
análise experimental.
das rotinas de convergência aplicadas e em parte no tipo de simplificações que podem ser
al. (2004), Chan, Ho et al. (2003a), Calise, D'accadia et al. (2006). Haseli, Dincer et al.
e interações de calor.
que pesquisas experimentais têm um volume ainda menor, como exemplo pode-se citar o
mesmo resultado. Neste caso pode ser enfatizado o trabalho desenvolvido por Campanari e
Macchi (1998a), que adotou dados publicados de voltagem da célula e outras relações
Tabela 4.3 Resumo dos tipos de sistemas híbridos de acordo com sua eficiência. Haseli, Dincer et al.
(2008b)
densidade de corrente.
apresentados por Harvey e Richter (1994), Costamagna, Magistri et al. (2001), Selimovic e
Palsson (2002), Palsson, Selimovic et al. (2000), Braun (2002), e Calise, D'accadia et al.
(2007).
Analisando assim diversos artigos chega-se a conclusão que a maioria dos trabalhos tem
como principal objetivo obter o valor da eficiência térmica, conforme Tabela 4.2 que resume
os diferentes valores deste parâmetro obtidos por vários tipos de combinações de sistemas
cátodo e ânodo.
Na geométrica tubular, são emparelhados na forma de um tubo oco, que formam camadas
ao redor de um cátodo tubular onde os fluxos de ar passam por dentro do tubo e combustível
modelo planar é mais simples de fabricar e basicamente consiste em placas planas unidas para
formar as camadas de eletrodo-eletrólito formando assim uma maior área para obtenção de
A geometria tubular é o modelo mais avançado para o tipo de célula a combustível de alta
temperatura (CCOS) e tem sido muito desenvolvida pela Siemens. A tecnologia de geometria
e custos.
foram criados os diferentes modelos dimensionais das células, sendo classificados de acordo
(1994), Recknagle, Williford et al. (2003), Bove e Ubertini (2005). Este conceito de modelo
requer uma informação mais detalhada da célula, pois a análise é feita nas três coordenadas.
Assim nesses modelos são representados todos os processos que acontecem dentro da célula
para todos os canais de gases tais como: a direção de fluxo de íons e elétrons no eletrólito e
dimensões da célula.
Os modelos 2D não necessitam de uma informação tão detalhada da célula quanto ao 3D,
pois a análise é feita somente em duas coordenadas. Dessa forma, de acordo com Bove e
resultados tão bons quanto os modelos 3D, requerendo menos esforço matemático devido a
simplificação com um número menor de equações. Tal afirmação pode ser verificada também
no trabalho publicado por Iwata, Hikosaka et al. (2000), que apresenta um modelo 2D para
análise de uma CCOS plana com fluxo contracorrente e um modelo 3D para análise fluxo
cruzado.
Os modelos unidimensionais são aqueles ainda mais simplificados, mas que ainda analisam
preta", são, geralmente, os modelos mais utilizados. Tais modelos proporcionam uma análise
termodinâmica mais efetiva do sistema híbrido apesar de sua simplicidade. Esta abordagem,
mais aplicada na análise de sistemas híbridos, trabalha com um modelo para cada componente
combustível.
A Figura 4.5 apresenta uma configuração típica de um sistema híbrido CCOS-TG com
pelo compressor em (1) que passa pelo recuperador (2) onde é pré-aquecido pelo gás que
produzindo potência. Da CCOS os gases seguem para o combustor (4) onde é direcionado
para a turbina a gás (5), gerando eletricidade na turbina geradora (6), sendo novamente
aproveitado no recuperador para aquecimento do gás que entra na CCOS (7) e o restante
Figura 4.5 Esquema de ciclo combinado CCOS-TG. (Haseli, Dincer et al. (2008b)).
Parâmetros do ciclo e que devem ser discutidos e analisados pelo modelo são: a alta
entalpia do gás de exaustão que ajuda na mistura do combustível enviado para a câmara de
combustão (combustor); o gás que deixa o combustor a alta temperatura e alta pressão e vai
para a turbina a gás (TG) gerando trabalho para o compressor. Sendo que o gás expandido
Dessa forma é observado também na Figura 4.5 que o calor não aproveitado na célula a
combustão altamente irreversível. Com isso a eficiência pode ser melhorada se o contato entre
termodinâmica clássica.
Analisando as variáveis mais significantes que caracterizam o ciclo pode-se dizer que são a
Estas variáveis são relacionadas diretamente com variáveis operacionais como, por
exemplo, a razão de ar/combustível que entra na célula, a fração do combustível não utilizado
mesmos em relação as irreversibilidade do ciclo híbrido. Nos resultados obtidos pelo modelo
proposto por Haseli, Dincer et al. (2008a) observando as irreversibilidades, nos diferentes
combustor. Sendo assim este um ponto que merece maior observação por parte das pesquisas,
pois pode ser nele que será possível uma melhoria do ciclo.
simples com um número mínimo de componentes, baixa razão de pressão de turbina, baixa
geração de energia.
recuperação de alta temperatura para o gás de entrada da CCOS, sendo que esses fatores que
influenciarão a relação da eficiência total e das eficiências da célula CCOS, da turbina a gás,
o que os sistemas híbridos CCOS-TG apresentam eficiência térmica superior a uma planta
convencional.
citadas pode-se dizer que à medida que os avanços tecnológicos da célula a combustível são
comprovados o seu potencial comercial para os próximos anos só tende a crescer. Onde com
isto, é provável que o custo do sistema híbrido seja reduzido e em breve para ambos os ciclos
os aspectos econômicos poderão se igualar até mesmo no tempo de vida útil da planta.
Figura 4.6 Comparação da eficiência térmica do ciclo convencional TG e ciclo híbrido CCOS-TG,
Haseli, Dincer et al. (2008b)
Observando a Figura 4.7 nos resultados da geração de entropia verifica-se que o sistema
híbrido CCOS-TG apresenta uma taxa de geração entropia mais elevada que o ciclo
Figura 4.7 Comparação geração de entropia do ciclo convencional TG e ciclo híbrido CCOS-TG,
Haseli, Dincer et al. (2008b)
A Figura 4.8 apresenta a comparação do aspecto mais pertinente relacionado aos dois
muito menores que do ciclo de turbina convencional. Além disso, na Figura 4.8 a razão de
Sendo que as emissões do sistema de CCOS-TG não são sensíveis à mudança da taxa de
compressão, devido à condição de desempenho estável deste tipo de sistema, até mesmo para
Figura 4.8 Comparação do parâmetro emissões de CO2. Haseli, Dincer et al. (2008b)
que o grande desafio a ser superado é o custo dos sistemas híbridos, ou seja, o custo de
instalação por kW de energia elétrica gerada. A revisão da literatura mostra uma queda nestes
valores de 2000 até 2008 em torno de 50%, mas ainda hoje a tecnologia convencional é
aproximadamente dez vezes mais barata que tecnologia híbrida. Neste caso é essencial para
um sistema híbrido CCOS-TG buscar soluções seja por meio de pesquisas experimentais ou
teóricas, com o intuito de redução do custo do kW instalado bem como, incentivar pesquisas
que avaliam aspectos importantes tais como o ciclo de vida, a manutenção e a operação desses
sistemas.
grande passo e pode contribuir para a consolidação dos sistemas híbridos. Estes sistemas
também podem ganhar pontos com a promessa de gerar energia mais limpa validando as
Foi verificado com a revisão bibliográfica que o potencial do ciclo híbrido CCOS-TG para
aplicação no futuro próximo é vasto. Foi percebido também que o mais importante neste
validação dos modelos propostos, como também, contribuir para a redução de custos.
Nesse sentido, trabalhos mais recentes como, por exemplo, o de Arsalis (2008) que
na Coréia através do trabalho de Lim, Song et al. (2008) podem ser citados.
“Fuel Cells HandBook” publicado por Eg&G Technical Services (2004), onde verifica-se que
a melhor opção é a que incorpora a célula CCOS no ciclo de turbina a gás apresentando assim
O sistema híbrido CCOS-TG tem um futuro muito promissor para geração distribuída,
demanda de ciclos de híbridos no setor industrial por causa das preocupações com meio
a geração distribuída.
eficiência térmica de sistemas de geração de energia dentro de uma planta de produção que
100
90
80
Sistema Híbrido SOFC-TG
70
Células a Combustível
60
Eficiência (LHV) %
50 Ciclo combinado TG
Ciclo Melhorado TG
40
Máquina Combustão Interna
30 Microturbinas
Ciclo simples TG
20
10
0
0,1 1 10 100 1000
Energia Saída (MW)
Figura 4.9 Estimativa eficiência sistemas de geração de energia, Eg&G Technical Services (2004).
chamado de “caixa preta” foi escolhido para na analise do ciclo híbrido CCOS-TG. Dessa
por exemplo Çengel e Boles (2006) e serão apresentados resumidamente nos próximos
tópicos.
O modelo que será utilizado para a célula a combustível CCOS segue aquele proposto por
Haseli, Dincer et al. (2008a), que se trata de um modelo semi-empírico, no qual são utilizadas
A partir da definição dos modelos para cada componente, um algoritmo computacional foi
Parâmetros Padrões
de entrada
Resultados de cada
componente η, S, Ex
W, η, S, Ex
obtidos pelo modelo foram comparados com aqueles fornecidos pela literatura.
do ciclo combinado CCOS-TG, figura 5.3. Tal procedimento possibilitou fazer a comparação
entre as eficiências térmicas de cada ciclo, conforme a Figura 4.6 obtida pelo modelo
Tais etapas forneceram subsídios para a análise das vantagens em se utilizar em um ciclo
correta interpretação dos resultados e dos parâmetros que mais influenciam na eficiência
térmica e as irreversibilidades.
célula a combustível com uma turbina a gás alcançando uma elevada eficiência. Num ciclo
para volumes de controle com fluxo de massa em cada subsistema que compõe o ciclo.
entra sai
m m (5.1)
e, i s, i
i i
entra V2 sai V2
Q m h e gz m h s gz W (5.2)
vc e,i e 2 e s,i s 2 s vc
i i i i
onde h é a entalpia específica, Wvc é a trabalho por unidade de tempo, Qvc é o calor transferido
sai entra Q
S m s m s k (5.3)
ger s, i s, i e, i e, i
i i k Tk
de calor à temperatura T.
A entropia pode ser usada para prever se um processo qualquer que envolve iterações de
energia pode ocorrer ou, ainda, se os sentidos dos processos de transferência do calor são
possíveis. Também se pode dizer que a Segunda Lei da Termodinâmica governa os limites de
que pode ser extraído do conjunto sistema – meio ambiente, quando são permitidas interações
entre eles até que se atinja o equilíbrio termodinâmico. Quando o equilíbrio é alcançado, se
diz que o sistema se encontra no estado inativo irrestrito. Ao contrário da energia, a exergia de
um sistema pode ser destruída se este sistema sofre processos irreversíveis. Além disso, os
valores da exergia de dois sistemas com a mesma quantidade de energia podem ser muito
diferentes, o que indica que a energia de um desses sistemas pode ser mais bem aproveitada
na produção de trabalho. Assim, pode-se dizer que a exergia é uma medida da qualidade de
(1995). Uma vez que nem toda a energia contida em um sistema poderá ser transformada em
trabalho, a sua exergia será sempre menor que a sua energia interna; ou se tratando do fluxo
de matéria saindo de um volume de controle a sua exergia será sempre menor que a sua
entalpia. A energia será igual à exergia quando a primeira for: energia cinética, potencial,
entra V2 sai V2
W m h e gz T s m h i gz T s
vc e, i e 2 e o e s, i i 2 s o s
i i
i i (5.4)
T
Q 1 o T S
k T o ger
k k
carregada pelos fluxos de entrada e saída de massa no volume de controle. O terceiro termo da
direita representa a exergia carregada pelos fluxos de calor que entram ou que saem do
volume de controle para outro volume de controle. O último termo da direita representa a
destruição de exergia.
Dessa forma, o fluxo exergia física específica em um volume de controle é dado por,
ex fisica h ho Po ,To To s so Po ,To
V2
2
gz (5.5)
presente trabalhão desprezam-se as variações de energia cinética e potencial a Eq. (5.5) Pode
ex fisica h ho Po ,To To s so Po ,To (5.6)
I T S (5.7)
o ger
Contudo, o conceito de exergia é mais amplo do que o da exergia física. Ele também deve
se uma troca de massa entre eles até que seja alcançado o equilíbrio das espécies químicas.
Sordi (2007)
equilíbrio de temperatura e pressão com o entorno de referência, mas com uma composição
um processo idealizado em que se retira cada substância da mistura através de uma membrana
entorno até que o potencial químico da substância se iguale ao seu padrão no entorno. Dessa
forma, o trabalho que pode ser obtido através de um processo reversível que leva o sistema do
estado de referência restrito até o estado de referência onde há equilíbrio completo (“estado
n
exquimica yi i o,i (5.8)
i 1
avaliado de acordo com cada combustível e sua reação química, bem como o equilíbrio dos
produtos com a composição global. Onde neste capitulo chega-se a exergia química Eq. 5.9
calorífico de cada combustível e a uma constante geral para a maioria dos hidrocarbonetos
homologados.
exquimica
1, 065 (5.9)
PCI
referência o estado em que eles se encontram na atmosfera padrão. A composição dos gases é
dada com base na fase gasosa úmida, assim como as pressões parciais dos componentes. A
mesmo estado de entrada até a mesma pressão de saída. Um processo pode ser chamado de
isentrópico se a entropia é constante durante o processo, para que isso ocorra necessariamente
variação de exergia avaliada entre o estado real de entrada e o estado real de saída.
Kotas (1995) denomina esse parâmetro de eficiência racional e Wark (1995) denomina de
efetividade. Segundo esses autores a eficiência de segunda lei pode ser definida como a razão
entre a exergia produto e a exergia insumo de um processo. Para utilizar este conceito é
componentes do ciclo de turbina a gás e célula a combustível CCOS, Figura 5.2, um modelo
deste ciclo de potência. Dessa forma, são descritos nos itens subseqüentes as equações para
cada componente, assim como para o ciclo. Devido à similaridade entre os modelos as
equações para o ciclo Brayton regenerativo, Figura 5.1, não serão apresentadas.
5.1 Compressor
W h -h
Cs 2s 1 (5.11)
C W h -h
Ca 2 1
W m (h -h ) (5.12)
C 1 2 1
m s +m s +S =0 (5.13)
11 2 2 ger,C
Ex = TO S (5.14)
dest,C gen,C
m (ex - ex )
= 3 2 1 (5.15)
II ,C W
C
5.2 Recuperador
T -T
3 2 (5.16)
recup T - T
7 2
m (h h ) m (h h ) (5.17)
2 3 2 7 7 8
S = m (s - s )- m (s - s ) (5.18)
ger , recup 2 3 2 7 7 8
Balanço exergético
Ex = TO S (5.19)
dest,Recup gen,Recup
m (ex - ex )
= 3 3 2 (5.20)
II ,Re cup m (ex - ex )
7 7 8
Dessa forma é apresentado a seguir análise das equações que regem o funcionamento da
célula começando assim pela Eq. (5.10) que mostra os reagentes e os produtos da reação
4 2 2 2
A primeira etapa a ser analisada é o critério de mistura de gases ideais, onde existe
são listados com relação à temperatura a uma pressão de referencia fixa P0 que é admitida
como 101,3 kPa. A variação da função de Gibbs de um gás ideal com a pressão a temperatura
fixa é determinada pela equação 2.1 apresentada anteriormente e melhor explicada na equação
para cálculo da mudança da entropia nos processos isotérmicos apresentada pela equação
P
g h - T (s) s R T ln 2 (5.22)
u P
1
Assim a função de Gibbs para cada componente i de uma mistura e gases ideais a sua
g (T , P ) g*(T ) R T ln P (5.23)
i i i u i
chega-se a definição da função de Gibbs padrão conforme a Eq. 5.22. Onde os s são os
coeficientes estequiométricos retirados da equação da reação Eq. 5.21.
-Δg* (T)
ν ν
PCC PDD R T
Δg(T)= -RTln =e u (5.24)
P ν A P νB
A B
Da Eq. (5.24) tem-se a definição para a constante de equilíbrio Kp, a qual é dada por,
ν ν
PCC PDD
Kp (5.25)
P ν A P νB
A B
Dessa forma, o cálculo do Kp da Eq. 5.24 para temperatura ambiente de 25°C (288 K) teria
g* (T ) g* (T ) g* - (T ) g* (T ) g* (T ) (5.26)
CO CO H O H O CH CH O O
2 2 2 2 4 4 2 2
-(-800750KJ / kmol)
ln(Kp)= = 323,04 (5.28)
8,314KJ / kmol.K * 298K
P P2
CH O
Kp 4 2 1,96 x10140 (5.29)
P P2
CO
2
H O
2
célula a combustível que é realizado por meio da equação de Nernst e que é fundamental para
Dessa forma, Eq. 5.30 apresenta a equação de Nernst que rege o cálculo a tensão na célula.
P P2
RT CH O
E= E + ln 4 2 (5.30)
o 8F
P P2
CO2 H 2O
C/mol).
A equação de Nernst provê uma relação entre o potencial ideal padrão Eo, para a reação da
produtos.
O conjunto de equações das Eqs. 5.33 até 5.37, apresentam assim o procedimento para
avaliar as irreversibilidades da célula. Onde pode ser visto na Eq. 5.39, que a energia elétrica
A voltagem da célula, Vcélula, conforme mostra a Eq. 5.31 é o potencial ideal de equilíbrio,
Nernst, e as perdas de tensão da célula). Já a Eq. 5.32 mostra os três componentes das perdas
V = E - ΔV (5.31)
célula perdas
V V V V (5.32)
perdas ativação ôhmica concentração
Analisando assim cada perda separadamente e suas constantes de acordo com Eg&G
j
V Aln (5.33)
ativação j
0
Onde a perda por ativação é definida como sendo as perdas relativas ao valor necessário
ou a polarização conseqüente para que ocorra a reação. Assim a constante A definida pela Eq.
5.34 é alta para uma reação eletromecânica baixa e proporcional a temperatura e a densidade
j0 pode ser considerada a densidade onde inicia a sobrecarga de tensão que move para zero.
RT
A (5.34)
2 F
elétrica aplicada.
Já para a perda ôhmica é definida como as perdas causadas pela oposição ao fluxo de íons
no eletrólito e oposição ao fluxo de elétrons no material dos eletrodos; produzindo perdas por
V jr (5.35)
ôhmica
densidade. Onde é definida como a perda pela velocidade de consumo de reagentes nos
reagentes, o que faz com que essa diminuição provoque uma queda de tensão.
j
V = -Bln 1- (5.36)
concentração j
1
operação.
RT
B= (5.37)
2F
reação química, onde se tem uma relação do trabalho da célula e da tensão com a taxa
estequiométrica denominada λ de fluxo de massa de ar, que geralmente é duas vezes maior.
Larminie (2003)
W
m 3,57 10 7 célula,DC (5.38)
ar V
célula
A partir da literatura Larminie (2003) e Eg&G Technical Services (2004) ficou resumida
na tabela 5.1 os principais valores que foram utilizados nos cálculos dos dois tipos mais
Dessa forma nos próximos passos são mostrados os fechamentos dos balanços de massa e
W V jA N (5.39)
célula,DC célula célula pilhas
m h +m U
3 3 metano célula metano
PCI+m
metano célula
1-U h
metano metano
= (5.40)
W +m h
célula,DC 4 4
= m s m s ( ms )
metano célula
S (5.41)
ger,célula 4 4 3 3
Balanço exergético
Ex = m ex m ex
dest,Célula 3 3 combCélula PH
(5.42)
m U ex - m ex W
combCélula comb CH 4 4 célula,DC
W
= célula,DC
(5.43)
II ,Célula (m ex m U ex )-(m ex - m ex )
combCélula PH combCélula comb CH 4 4 3 3
5.4 Combustor
Q Q
S m s - m s -( ms ) Perdas - Comb (5.46)
ger,Comb 5 5 4 4 metan o comb T T
surr Comb
Balanço exergético
Ex = m ex m (1-U )ex m
dest,Comb 4 4 combCélula comb CH combComb
T (5.47)
(ex ex )- m ex ( 1 1 )Q
PH CH 5 5 Tadiab perdas
(m ex - m ex )
= 5 5 4 4 (5.48)
II ,Comb m (1-U )ex m (ex ex )
combCélula comb CH combComb PH CH
W h -h
η = TGa = 5 6 (5.49)
TG W h -h
TGs 5 6
W W (5.50)
TG C
m s m s S 0 (5.51)
5 5 6 6 ger,TG
Balanço exergético
Ex = TO S (5.52)
dest,TG gen,TG
m (h - h )
= 5 5 6 (5.53)
II ,TG m (ex - ex )
5 5 6
(h - h )
η = 6 7 (5.54)
TP (h - h )
6 7s
W = m (h - h ) (5.55)
TP 6 6 7
Balanço exergético
Ex = TO S (5.56)
dest,TP gen,TP
W
= TP (5.57)
II ,TP m (ex - ex )
5 6 7
m m m
4 3
U
metano célula metano
m
metano célula
. 1-U
metano (5.58)
m =m =m (5.59)
1 2 3
m = m +m (5.60)
5 4 metano comb
m m m m (5.61)
5 6 7 8
m h m U PCI Q -m h -Q
1 1 metano célula metano Comb 8 8 Perdas
(5.62)
W W
TP célula,DC
W W W (5.63)
ciclo inv célula ger TP
W
η = ciclo (5.64)
ciclo Q
total
+ m
comb metano celula metano metano
Q =Q U PCI (5.65)
total
Balanço exergético
Ex = m ex m (ex ex )- m ex W (5.66)
dest,Rede 1 1 comb CH PH 8 8 rede
W
= rede (5.67)
II ,Rede m (ex ex )
comb CH PH
Os dados padrões de operação básicos dos ciclos são os relacionados nas tabelas 5.2 e 5.3
foram utilizados para o ciclo Brayton regenerativo e o CCOS-TG, já a tabela 5.4 estão
Razão Pressão 4
Rendimento da TG 0,84
Rendimento da TP 0,89
Perdas de Pressão %
Regenerador 4
Pilha CCOS 4
Combustor 5
Eo 1,01 [V]
R 8,314 [kJ/kmol-k]
Kp 1,96x10140
A 0,02
B 0,5
Assim conforme a Figura 5.3 a temperatura dos produtos atinge um valor máximo quando
processo de combustão em regime permanente é determinada pela Eq. (5.68) definindo Q=0 e
entre as entalpias dos produtos e dos reagentes, fazendo interpolações entre os resultados.
Q -W H - H (5.68)
p r
H =H (5.69)
p r
o o o o
N (h h -h ) N (h h -h ) (5.70)
p f p r f r
Para nosso problema foi feito um procedimento do EES dentro da simulação do ciclo para
combustor. A seguir foi feito a título de exemplo o cálculo da temperatura dos produtos para o
gás metano que entra em uma câmara de combustão adiabática que opera em regime
permanente a 25° C, 101,32 kPa e excesso de ar de 50%. Na Eq. 5.50 é mostrada a equação
Uma vez que todos os reagentes estão no estado de referencia padrão e assumindo o
comportamento de gás ideal para o ar e os produtos os valores das entalpias são dadas
conforme a tabela 5.4, dados retirados do apêndice A-26 de Çengel e Boles (2006). No caso a
tabela resumiu somente os dados das substâncias da equação para o combustível metano.
CH4 -74850 -
O2 0 8682
N2 0 8669
KJ
(1kmolCO )[(3923520 h - 9364) ]
2 CO Kmol CO
2 2
KJ
(2kmolH O)[(241820 h - 9904) ]
2 H O Kmol H O
2 2
(5.72)
KJ
(11,28kmolN )[(0 h - 8669) ]
2 N KmolN
2 2
KJ KJ
(1kmolO )[(0 h - 8682) ] (1kmolCH )[(74850 h ) ]
2 O KmolO 4 CH KmolCO
2 2 4 2
T 1789 K (5.74)
prod
usado no modelo simulado para obter a temperatura adiabática da chama para o combustível
foram utilizados somente na simulação do ciclo híbrido CCOS-TG, onde a maioria dos
parâmetros da célula são obtidos diretamente da literatura como, por exemplo, do livro texto
do Larminie (2003).
Após a entrada de todas as equações e dos parâmetros de operação foi simulado o modelo
desenvolvido por Klein e Alvarado (1995) e obtido os resultados que foram analisados
6 Resultados e Discussão
simulação foi aplicada ao ciclo Brayton regenerativo, Figura 5.1, a fim de proporcionar além
Os resultados parado modelo para o ciclo híbrido CCOS-TG são, também comparados com
aqueles obtidos por Haseli, Dincer et al. (2008b), Haseli, Dincer et al. (2008b) e Tse,
da turbina a gás, pois diretamente afetam a eficiência e produção de potência destes ciclos e
ciclo Brayton regenerativo, para o qual o rendimento térmico do ciclo foi de,
turbina a gás (TET) de 1100K, razão de pressão (rp) de 4 e vazão de massa ar de 4,123kg/s.
A vazão em massa de ar foi definida pela Eq. (5.38) que fornece a vazão em massa de ar
Tabela 6.1 Resultados para o ciclo convencional para parâmetros rp=4 e TET=1100K.
Resultados Obtidos Valores
Ar
1500
Pa
0k
40
a
1250
kP
0
a
30
kP
0
20
a
kP
4
0
10
1000
5
T [K]
750 3
7
500
2
1
250
5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5
s [kJ/kg-K]
temperatura de entrada da turbina reduz o rendimento do ciclo para toda faixa de razão de
pressão, verifica-se também que o máximo rendimento é obtido para a razão de pressão esta
entre 4 e 6 mais ou menos igual a 5 para T=1250k e 4 para T=1100K, assim como usamos a
0,6
ciclo T=1250 K
0,5 ciclo T=1100 K
0,4
ciclo
0,3
0,2
0,1
0
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
rp
Figura 6.2 Rendimento do ciclo para temperaturas de entrada da turbina diferentes em função da rp.
da Figura 4.17 obtidos por Haseli, Dincer et al. (2008b) observa-se, na Figura 6.3 uma boa
no presente trabalho.
0,40
TET = 1250 K Haseli et al. (2008)
Modelo Proposto
0,35
ciclo
0,30
0,25
0,20
2 4 6 8 10 12 14
rp
Figura 6.3. Comparação entre os resultados para o rendimento do ciclo em função da rp obtidos por
combustor é o componente que mais gera perdas para o sistema sendo assim o ponto de
rendimento do ciclo.
1200
rp = 4 1- Compressor
TET = 1100 K 2 - Recuperador
1000 3 - Combustor
4 - Turbina a gás
5 - Turbina de potência
Sger [W/K] 800
600
400
200
0
1 2 3 4 5
Componente
Na Figura 6.5 é apresentada uma comparação entre os resultados obtidos pelo modelo
de Haseli, Dincer et al. (2008b) e pelo modelo proposto para a geração de entropia do ciclo
Observa-se na Figura 6.5 que a geração de entropia obtida pelo modelo proposto é
menor que aquela obtida pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b), ou seja, o presente
modelo subestima a geração de entropia do ciclo em média 7,7%. Tal fato pode estar
relacionado aos modelos utilizados para o cálculo das propriedades termodinâmicas, pois o
presente modelo utiliza o programa EES® (Engineering Equation Solver), desenvolvido por
Klein e Alvarado (1995) o qual já disponibiliza modelos para o cálculo dessas propriedades,
enquanto que o modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b) utiliza na simulação o programa
MATLAB 7.2. Entretanto, pode ser verificado que ambas as gerações de entropia do ciclo
aumentam com a razão de pressão na mesma taxa. Dessa forma, verifica-se que o modelo
regenerativo.
4,0
TET = 1250 K Haseli et al. (2008)
Modelo Proposto
3,5
3,0
Sger [kW/K]
2,5
2,0
1,5
1,0
2 4 6 8 10 12 14
rp
Figura 6.5. Comparação entre a geração de entropia do ciclo Brayton regenerativo em função da rp
1200
rp = 4
TET = 1100 K
1000
Temperatura [K]
800
600
400
200
0
1 2 3 4 5 6 7
Ponto no Ciclo
temperatura dos gases de exaustão apresenta valores da ordem de 540K, ou seja, poderia se
aproveitar essa energia em várias outras situações, como por exemplo, em aquecimento de
água.
Na segunda parte da simulação foram realizadas análises do ciclo CCOS-TG, Figura 5.2,
ou seja, foi inserida no ciclo a célula a combustível, conforme o modelo matemático descrito
energia e exergia.
Observa-se na Tabela 6.2 que o rendimento deste ciclo é, aproximadamente, 1,75 vezes
maior do que aquele obtido para o ciclo Brayton regenerativo, Figura 6.2, demonstrando que a
A Figura 6.7 apresenta uma representação no diagrama T x s dos pontos do ciclo CCOS-
componente do ciclo.
Ar
1700
Pa
0k
1500
40
a
kP
0
30
a
kP
1300 5
0
20
a
kP
0
10
1100 6
4
T [K]
3 7
900
700
2 8
500
300
1
100
5,0 5,3 5,6 5,9 6,2 6,5 6,8 7,1 7,4 7,7
s [kJ/kg-K]
0,65
0,6
ciclo CCOS-TG
0,55
0,5
0,45
ciclo
0,4
0,35
ciclo Brayton Regenerativo
0,3
0,25
0,2
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
RazaoPressao
Observa-se na Figura 6.8 que o máximo rendimento é obtido para uma razão de pressão
que esta entre os valores 4 e 6 mais ou menos igual a 5 para o Brayton Regenerativo e até 3
para o Ciclo Combinado, mas como foi usado uma divisão em relação ao trabalho de {Haseli,
2008 #3} de 2 em 2 adotamos o valor 4 que seria um melhor valor intermediário para ambos
os ciclos. Assim para toda a faixa de razão de pressão analisada o rendimento do ciclo híbrido
calculadas pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b) e aquelas obtidos pelo modelo
proposto. São também apresentados os valores das eficiências do ciclo obtidas pelo modelo
Observa-se na Figura 6.9 uma boa concordância entre os resultados para o rendimento do
ciclo entre o modelo proposto e o modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b). As divergências
entre os resultados podem estar relacionadas aos modelos utilizados no cálculo das
0,70
TET = 1250 K
0,65
0,60
0,55
Ciclo CCOS-TG
0,50 Haseli et al. (2008)
ciclo
Modelo Proposto
0,45
0,30
0,25
0,20
2 4 6 8 10 12 14
rp
Figura 6.9. Comparação do rendimento do ciclo CCOS-TG obtidos pelo modelo de Haseli, Dincer et
al. (2008b) e pelo modelo proposto e o rendimento do ciclo Brayton regenerativo obtido pelo modelo
proposto.
Na Figura 6.10 é apresentada a geração de entropia para cada componente do ciclo CCOS-
TG. Nessa figura observa-se que o combustor é o elemento que possui a mais alta geração de
6.4. Dessa forma, o combustor é o componente que mais contribui para o aumento da
irreversibilidade do ciclo.
CCOS-TG, Figura 6.10 e o ciclo Brayton regenerativo, Figura 6.4, observa-se uma redução
de, aproximadamente, 59% Tal redução pode estar associada à redução da vazão em massa de
800
1 - Compressor TET = 1100 K
700 2 - Recuperador rp = 4
3 - CCOS
4 - Combustor
600
5 - Turbina a gas
6 - Turbina de potência
500
Sger [W/K]
400
300
200
100
0
1 2 3 4 5 6
Componente
total do ciclo não sofreu grandes variações, pois há a geração de entropia associada à célula a
combustível. Tal fato pode ser verificado na Figura 6.11 que apresenta uma comparação entre
a geração de entropia obtida pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b) e o modelo
proposto, juntamente com aquela obtida pelo modelo proposto para o ciclo Brayton
regenerativo.
A diferença entre a geração de entropia obtida pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b)
e a obtida pelo modelo proposto, pode estar associada ao cálculo das propriedades
termodinâmicas, tal fato já foi verificado para a geração de entropia do ciclo Brayton
regenerativo, Figura 6.5. No entanto o trabalho de {Haseli, 2008 #3} não apresenta a
eficiência do ciclo, pois mesmo com o aumento da entropia da célula a combustível a geração
Observa-se também na Figura 6.11 que a geração de entropia do ciclo aumenta com o
3,5
Ciclo CCOS-GT TET=1250K
Haseli et al. (2008)
Modelo Proposto
2,5
2,0
1,5
2 4 6 8 10 12 14
rp
Figura 6.11. Comparação da geração de entropia do ciclo CCOS-TG obtidos pelo modelo de Haseli,
Dincer et al. (2008b) e pelo modelo proposto e a geração de entropia do ciclo Brayton regenerativo
obtido pelo modelo proposto.
A Figura 6.12 apresenta uma comparação entre a geração de entropia para o ciclo
entropia no combustor. Entretanto, a geração de entropia total dos ciclos, praticamente não se
alterou, pois apesar da redução da geração de entropia no combustor para o ciclo CCOS-TG,
ponto 4, é superior àquela apresentada na Figura 6.6 para o ciclo Brayton regenerativo, ponto
combustor.
2600
rp = 4 Ciclo Brayton regenerativo
2400
TET = 1100 K Ciclo CCOS-TG
2200
1- Compressor
2000 2 - Recuperador
1800 3 - Combustor
4 - Turbina a gás
1600
Sger [W/K]
5 - Turbina de potência
1400 6 - CCOS
1200 7- Geração de Entropia Total
1000
800
600
400
200
0
1 2 3 4 5 6 7
Componente
Figura 6.12. Comparação entre a geração de entropia para o ciclo Brayton regenerativo e o ciclo
CCOS-TG.
1400
rp = 4
1200 TET = 1100 K
1000
Temperatura [K]
800
600
400
200
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Ponto no Ciclo
ordem de 540K, ou seja, poderia se aproveitar essa energia em várias outras situações.
Na Figura 6.14 é apresentada uma comparação ente a potência de rede obtida para o
ciclo CCOS-TG e aquele obtido para o ciclo Brayton regenerativo em função da razão de
3600
2700
2400
Wrede [kW]
2100
1800
1500
1200
900
600
300
0
2 4 6 8 10 12 14
rp
Figura 6.14. Comparação ente o trabalho de rede obtido para o ciclo CCOS-TG e aquele obtido para o
Na Figura 6.15 é apresentada uma comparação entre o trabalho especifico de rede para
o ciclo CCOS-TG obtido pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b) e pelo modelo
proposto. Observa-se nesta figura que o modelo proposto no presente trabalho superestima em
média o trabalho de rede específico em relação ao modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b) em
3%. Tal fato pode estar associado ao cálculo das propriedades termodinâmicas. Vale salientar
pelo modelo proposto segue aquele apresentado pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b),
turbina.
700
rp = 4 Ciclo CCOS-TG
675 Haseli et al. (2008)
Modelo Proposto
650
625
wrede [kJ/kg]
600
575
550
525
500
800 1000 1200 1400 1600
TET [K]
Figura 6.15. Comparação entre o trabalho especifico de rede para o ciclo CCOS-TG obtido pelo
modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b) e pelo modelo proposto em função da temperatura de entrada
da turbina a gás.
se como temperatura e pressão de referência os valores, respectivamente de, 288,15 K e 101,32 kPa
obteve-se os valores da eficiência exergética (II) e destruição de exergia (Exdest) para este ciclo.
Os resultados obtidos pelo modelo proposto são comparados com os resultados obtidos pelo
modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b). Dessa forma, o desempenho exergético do ciclo
Na figura 6.16 é apresentada uma comparação entre a eficiência exergética obtida pelo
modelo proposto e aquela obtida pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b).
0,64 0,64
Haseli et al. (2008) rp = 4 Haseli et al. (2008)
TET = 1250 K
0,62 Modelo Proposto 0,62 Modelo Proposto
0,60 0,60
0,58 0,58
II
II
0,56 0,56
0,54 0,54
0,52 0,52
0,50 0,50
2 4 6 8 10 12 14 16 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600
rp TET [K]
Figura 6.16. Comparação entre a eficiência exergética obtida pelo modelo proposto e aquela obtida
pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b)
Observa-se na Figura 6.16 uma boa concordância entre os resultados obtidos pelo modelo
proposto e aqueles obtidos pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b). Verifica-se também
que a razão de pressão tem maior influência na redução da eficiência exergética, sendo que a
maior eficiência exergética é também obtida para razão de pressão igual a 4 como nos casos
Na figura 6.17 é apresentada uma comparação entre a destruição de exergia obtida pelo
modelo proposto e aquela obtida pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b). Observa-se na
Figura 6.17 uma boa concordância entre os resultados obtidos pelo modelo proposto e aqueles
obtidos pelo modelo de Haseli, Dincer et al. (2008b), sendo que a diferença entre os modelos
da turbina foi em média de, aproximadamente, 5,5%. Tais diferenças podem estar associadas
2000 2000
TET = 1250 K Haseli et al. (2008) rp = 4 Haseli et al. (2008)
Modelo Proposto Modelo Proposto
1800 1800
Exdest [kW]
1600 1600
Exdest [kW]
1400 1400
1200 1200
1000 1000
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600
rp TET [K]
Figura 6.17. Comparação entre a destruição de exergia obtida pelo modelo proposto e aquela obtida
800
rp = 4 1- Compressor
700 TET = 1100 K 2 - Recuperador
3 - CCOS
600 4 - Combustor
5 - Turbina a gás
500 6 - Turbina de potência
Exdest [kW]
400
300
200
100
0
1 2 3 4 5 6
Componente
CCOS-TG. Nota-se que a maior contribuição na destruição da exergia ocorre na CCOS, pois
proposto no presente trabalho e os resultados obtidos pelos trabalhos de Haseli, Dincer et al.
(2008b), de Haseli, Dincer et al. (2008b) e de Tse, Galinaud et al. (2007) que foram base para
Tabela 6.3 Resultados comparativos entre o modelo proposto no presente trabalho e os modelos de
Haseli, Dincer et al. (2008b), de Haseli, Dincer et al. (2008b) e de Tse, Galinaud et al. (2007)
Resultado dos Parâmetros Unidade Presente Estudo Haseli et al Tse e al.
Razão de Pressão - 4 4 4
Temperatura de Entrada da Turbina a gás K 1250 1250 1250
Eficiência térmica da planta % 62,16 60,55 59,40
Eficiência exergética % 58,15 57,90 -
Destruição de Exergia kW 1441,00 1360,00 -
Potência específica compressor kJ/kg 173,66 175,70 174,00
Potência específica gerador kJ/kg 172,76 146,40 158,00
Potência específica CCOS kJ/kg 491,94 437,50 440,00
Potência específica total kJ/kg 600,20 583,90 598,00
Potência da rede kW 2524,00 2419,30 2457,40
Vazão em massa ar kg/s 4,123 4,123 4,110
Vazão em massa combustível combustor kg/s 0,0166 0,0172 0,0177
Vazão em massa combustível célula kg/s 0,0645 0,0626 0,0645
termodinâmicas, um a vez que os modelos de Haseli, Dincer et al. (2008b), de Haseli, Dincer
et al. (2008b) e de Tse, Galinaud et al. (2007) utilizam na simulação o programa MATLAB®
o qual via de regra não disponibiliza modelos para o cálculo dessas propriedades. Já o modelo
proposto no presente trabalho utiliza como programa para a simulação o EES® (Engineering
Equation Solver), desenvolvido por Klein e Alvarado (1995) o qual já disponibiliza modelos
Galinaud et al. (2007) para este tipo de ciclo. Entretanto, utilizando o modelo proposto no
presente trabalho em uma análise paramétrica, pode-se avaliar qual a razão de pressão e
funcionamento para o ciclo CCOS-TG, tal fato pode ser verificado por meio das Figuras 6.19
a 6.21.
Observa-se nas Figuras 6.19 a 6.20 que na medida em que a temperatura de entrada da
turbina se eleva o rendimento do ciclo é menor para razões de pressão abaixo de 6. Entretanto,
para razões de pressão acima de 6 verifica-se que o rendimento do ciclo é superior para
temperatura de entrada da turbina superiores. Dessa forma, conclui-se que para razões de
pressão reduzidas inferiores a 6 deve-se utilizar temperatura de entrada da turbina menor para
se obter um maior rendimento do ciclo e que para razões de pressão acima de 6 deve-se optar
Outro aspecto relacionado às Figuras 6.19 a 6.20 é que para uma razão de pressão de 6 não
salientar que a escolha das condições operacionais da turbina esta intimamente relacionada ao
0,66
TET = 1100 K
0,64
TET = 1250 K
0,62 TET = 1400 K
0,6
ciclo
0,58
0,56
0,54
0,52
0,5
0,48
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
rp
Figura 6.19. Comparação entre a eficiência do ciclo em função da razão de pressão para três
0,62
TET = 1100 K
0,6 TET = 1250K
TET = 1400 K
0,58
0,56
II,ciclo
0,54
0,52
0,5
0,48
0,46
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
rp
Figura 6.20. Comparação entre a eficiência exergética do ciclo em função da razão de pressão para três
Na Figura 6.21 é apresentada uma comparação entre a potência de rede produzida pelo
ciclo CCOS-TG em função da razão de pressão para três temperaturas de entrada da turbina a
gás. Nesta figura também é indicado, esquematicamente, os pontos de máximo para cada
Observa-se na Figura 6.21 que o ponto de máxima potência se descola em direção a maior
3000
2900
TET = 1100 K
o
2800
xim
TET = 1250 K
Má
TET = 1400 K
2700
Wrede [kW]
2600
2500
2400
2300
2200
2100
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
rp
Figura 6.21. Comparação entre a potência de rede produzida pelo ciclo CCOS-TG em função da razão
Comparando-se as Figuras 6.19 e 6.20 com a Figura 6.21 observa-se que um aumento da
rede tendo-se para cada par razão de pressão e temperatura de entrada da turbina um ponto de
máximo, porém nesta condição de máxima potência de rede verifica-se que o rendimento do
ciclo, Figuras 6.19 e 6.20, não esta em sua condição de máximo. Dessa forma, pode-se dizer
que para a condição de máxima potência de rede a destruição de exergia também é maior,
uma vez que o rendimento do ciclo pela 2ª Lei da Termodinâmica, Figuras 6.20, é menor.
7 Conclusões
combustível são uma das mais promissoras tecnologias, devido à sua alta eficiência térmica e
de energia muito atraentes, pois prometem a geração de eletricidade altamente eficiente com
baixos efeitos negativos para o ambiente. Entre tais sistemas destacam-se aqueles que utilizam
células a combustível do tipo óxido sólido (CCOS) e turbina a gás (TG), chamados de ciclos
o qual inclui uma análise tanto energética como exergética. Esses conceitos serão aplicados a
global do ciclo.
foram comparados com aqueles obtidos por Haseli, Dincer et al. (2008b), Haseli, Dincer et al.
(2008b) e Tse, Galinaud et al. (2007) os quais apresentaram boa concordância demonstrando
a validade do modelo.
Uma análise comparativa entre os resultados para o ciclo CCOS-TG e aqueles obtidos para
entrada da turbina a gás (TET), pois afetam diretamente a eficiência e produção de potência
avaliar o ciclo CCOS-TG de acordo com vários parâmetros, e que alguns valores são
ao aspecto econômico.
Dessa forma, um grande passo para que possam ocorrer mudanças significativas com
relação a células a combustível seria a busca por maiores incentivos no aspecto de pesquisas
experimentais, onde se uniria a parte de projeto da célula na busca de novos materiais, assim a
utilização de sistemas com micro-turbinas a gás que ainda são equipamentos encontrados
investimentos para a que a mesma possa ser disseminada no mercado, pois além do aspecto de
melhoria no rendimento tem o aspecto mais importante das novas fontes de geração de
Como sugestão de trabalhos futuros envolvendo a análise do ciclo CCOS-TG seria uma
maior aplicabilidade com menor custo; bem como uma análise do ciclo de vida do mesmo
Outro aspecto que também poderia ser abordado e comparado seria a introdução no ciclo
CCOS-TG de uma caldeira de recuperação a fim de aproveitar a energia residual dos gases de
exaustão.
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Apêndice A
Figura A.1. Imagem do modelo para o ciclo Brayton regenerativo no software EES
Figura A.2. Resultado obtido diretamente do software EES onde mostra todas as variáveis trabalhadas.
"################################################################################"
################################################################################"
T_fuel=T[1]
Theo_air=120
T_air=T[3]
x=1
y=4
Moles_O2=(y/4 + x) *(Theo_air/100 - 1)
Moles_N2=3,76*(y/4 + x)* (Theo_air/100)
Moles_CO2=x
Moles_H2O=y/2
T_adiabatica=T_prod
################################################################################"
"Dados padrões:"
P[1]=101,325 [Kpa]
RazaoPressao=4
T[4]= 1250 [K]
m[1]=4,123 [kg/s]
eta_compressor=0,81
eta_combustor=0,98
eta_TG=0,84
eta_TP=0,89
eta_geradorAC=0,95
efetiv_reg=0,8
PCI_metano=50050 [KJ/Kg]
s[1]=Entropy(Air;T=T[1];P=P[1])
s[1]=s_s[2]
P[2]=RazaoPressao*P[1]
h_s[2]=Enthalpy(Air;s=s[1];P=P[2])
eta_compressor=(h_s[2]-h[1])/(h[2]-h[1])
W_c=m[1]*(h[1]-h[2])
S_genc=m[1]*(s[2]-s[1])
T[2]=Temperature(Air;h=h[2])
s[2]=Entropy(Air;T=T[2];P=P[2])
s[3]=Entropy(Air;T=T[3];P=P[3])
T[3]=Temperature(Air;h=h[3])
efetiv_reg=(h[3]-h[2])/(h[6]-h[2])
S_genrec=(m[2]*(s[3]-s[2]))-(m[7]*(s[6]-s[7]))
s[3]=s_s[4]
s[4]=Entropy(Air;T=T[4];P=P[4])
h[4]=Enthalpy(Air;T=T[4])
Q_Comb=m_metano*PCI_metano
Q_perdas=m_metano*((1-eta_combustor)*PCI_metano)
Q_Comb-Q_perdas=m[4]*h[4]-m[3]*h[3]
h_metano=Enthalpy(CH4;T=T[1])
s_metano=Entropy(CH4;h=h_metano;P=P[3])
S_gencomb=m[4]*s[4]-(m[3]*s[3]+m_metano*s_metano)-Q_Comb/T_adiabatica+Q_perdas/T[1]
P[4]=P[3]-5*P[3]/100
eta_TG=(h[4]-h[5])/(h[4]-h_s[5])
W_TG=-W_c
W_TG=m[4]*(h[4]-h[5])
P[5]=Pressure(Air;s=s[4];h=h_s[5])
s[5]=Entropy(Air;P=P[5];h=h[5])
T[5]=Temperature(Air;h=h[5])
S_genTG=m[4]*(s[5]-s[4])
P[1]=P[7]
P[6]=P[7]+4*P[7]/100
h_s[6]=Enthalpy(Air;s=s[5];P=P[6])
eta_TP=(h[5]-h[6])/(h[5]-h_s[6])
T[6]=Temperature(Air;h=h[6])
T[7]=Temperature(Air;h=h[7])
s[6]=Entropy(Air;T=T[6];P=P[6])
s[7]=Entropy(Air;T=T[7];P=P[7])
S_genTP=m[5]*(s[6]-s[5])
W_TP=m[5]*(h[5]-h[6])
W_liq=W_TP
m[1]+m_metano-m[7]=0
m[1]=m[2]
m[2]=m[3]
"m[3]+m_metano=m[4]"
m[5]=m[4]
m[5]=m[6]
m[6]=m[7]
m[1]*h[1]+Q_Comb-m[7]*h[7]-Q_perdas-W_TP=0
W_rede=eta_geradorAC*W_TP
m_ar=m[1]
eta_ciclo=W_rede/Q_Comb
eta_TH=W_liq/Q_Comb
AC=m_ar/m_metano
S_gerCICLO=S_genc+S_genrec+S_gencomb+S_genTG+S_genTP
Figura A.3. Imagem do EES dos resultados com exergia do CCOS-TG para TET=1250K e rp=4.
"###############################################################################"
Ciclo CCOS-TG."
"###############################################################################"
PROCEDURE EXERGIA (T[1];T[4];T[5];T[6];P[1];h[1];
h[2];h[3];h[4];h[5];h[6];h[7];h[8];s[1];s[2];s[3];s[4];s[5];s[6];s[7];s[8];h_metano;s_metano;PCI_metano;m[
1];m[2];m[3];m[4]; m[5];m[6];m[7];m[8];m_metanocelula;Utilizacao_metano;m_metanocomb;
W_celulaDC;W_rede;W_c;W_TP;W_TG;Q_comb;Q_perdas;Q_genCelula; T_adiabatica :
S_genc;S_genrec;S_genCelula;S_gencomb;S_genTG;S_genTP;S_genciclo;E_CH;
E_PH;X_destcel;X_destcomb;X_destciclo;X_destc;X_destrec;X_destTG;X_destTP;eta_IIcelula;eta_IIc
omb;eta_IIc;eta_IIrec;eta_IITG;eta_IITP;eta_IIciclo)
S_genc=m[1]*(s[2]-s[1])
S_genrec=(m[2]*(s[3]-s[2]))+(m[8]*(s[8]-s[7]))
S_genCelula=m[4]*s[4]-(m[3]*s[3]+m_metanocelula*s_metano)
S_gencomb=m[5]*s[5]-m[4]*s[4]-(m_metanocomb)*s_metano-Q_Comb/T_adiabatica+Q_perdas/T[1]
S_genTG=m[5]*(s[6]-s[5])
S_genTP=m[6]*(s[7]-s[6])
"S_genciclo=m[8]*s[8]-m[1]*s[1]-(m_metanocelula+m_metanocomb)*s_metano-
Q_Comb/T_adiabatica+Q_perdas/T[1]"
S_genciclo=S_genTP+S_genTG+S_gencomb+S_genCelula+S_genrec+S_genc
"Cálculo da Exergia:"
T_0=288,15 [K]
P_0=101,32 [kPa]
h_0=Enthalpy(Air;T=T_0)
s_0=Entropy(Air;T=T_0;P=P_0)
h_0metano=Enthalpy(CH4;T=T_0)
s_0metano=Entropy(CH4;T=T_0;P=P_0)
E_PH=(h_metano-h_0metano)-T_0*(s_metano-s_0metano)
E_CH=1,065*PCI_metano
Ex[1]=(h[1]-h_0)-T_0*(s[1]-s_0)
Ex[2]=(h[2]-h_0)-T_0*(s[2]-s_0)
Ex[3]=(h[3]-h_0)-T_0*(s[3]-s_0)
Ex[4]=(h[4]-h_0)-T_0*(s[4]-s_0)
Ex[5]=(h[5]-h_0)-T_0*(s[5]-s_0)
Ex[6]=(h[6]-h_0)-T_0*(s[6]-s_0)
Ex[7]=(h[7]-h_0)-T_0*(s[7]-s_0)
Ex[8]=(h[8]-h_0)-T_0*(s[8]-s_0)
X_destcel=m[3]*Ex[3]-
m[4]*Ex[4]+m_metanocelula*E_PH+m_metanocelula*Utilizacao_metano*E_CH-W_celulaDC
X_destcomb=m[4]*Ex[4]-m[5]*Ex[5]+m_metanocelula*(1-
Utilizacao_metano)*E_CH+m_metanocomb*(E_PH+E_CH)
X_destc=T[1]*S_genc
X_destrec=T[1]*S_genrec
X_destTG=T[1]*S_genTG
X_destTP=T[1]*S_genTP
X_destciclo=m[3]*Ex[1]-m[5]*Ex[8]+(m_metanocelula+m_metanocomb)*(E_PH+E_CH)-W_rede
eta_IIcelula=W_celulaDC/(m[3]*Ex[3]-
m[4]*Ex[4]+m_metanocelula*E_PH+m_metanocelula*Utilizacao_metano*E_CH)
eta_IIcomb=(m[5]*Ex[5]-m[4]*Ex[4])/(m_metanocelula*(1-
Utilizacao_metano)*E_CH+m_metanocomb*(E_PH+E_CH))
eta_IIc=(m[3]*(Ex[1]-Ex[2]))/W_c
eta_IIrec=(m[3]*(Ex[3]-Ex[2]))/(m[5]*(Ex[7]-Ex[8]))
eta_IITG=(m[5]*(h[5]-h[6]))/(m[5]*(Ex[5]-Ex[6]))
eta_IITP=W_TP/(m[5]*(Ex[6]-Ex[7]))
eta_IIciclo=W_rede/((m_metanocelula+m_metanocomb)*(E_PH+E_CH))
"################################################################################"
T_fuel=T[1]
Theo_air=120
T_air=T[4]
x=1
y=4
HR=enthalpy(CH4;T=T_fuel)+ (y/4 + x) *(Theo_air/100) *enthalpy(O2;T=T_air)+3,76*(y/4 + x)
*(Theo_air/100) *enthalpy(N2;T=T_air)
HP=HR
HP=x*enthalpy(CO2;T=T_prod)+(y/2)*enthalpy(H2O;T=T_prod)+3,76*(y/4 + x)*
(Theo_air/100)*enthalpy(N2;T=T_prod)+(y/4 + x) *(Theo_air/100 - 1)*enthalpy(O2;T=T_prod)
Moles_O2=(y/4 + x) *(Theo_air/100 - 1)
Moles_N2=3,76*(y/4 + x)* (Theo_air/100)
Moles_CO2=x
Moles_H2O=y/2
T_adiabatica=T_prod
END "PROCEDURE TEMP_ADIABATICA"
"###############################################################################"
"Dados padrões:"
P[1]=101,3 [Kpa]
T[1]= 288,15 [K]
m[1]=m_ar
RazaoPressao=4
T[5]= 1100 [K]
N_pilhas= 11540
eta_compressor=0,81
eta_combustor=0,98
eta_TG=0,84
eta_TP=0,89
eta_geradorAC=0,95
efetiv_reg=0,8
PCI_metano=50050 [KJ/Kg]
s[1]=Entropy(Air;T=T[1];P=P[1])
P[2]=RazaoPressao*P[1]
h_s[2]=Enthalpy(Air;s=s[1];P=P[2])
eta_compressor=(h_s[2]-h[1])/(h[2]-h[1])
W_c=m[1]*(h[1]-h[2])
T[2]=Temperature(Air;h=h[2])
s[2]=Entropy(Air;T=T[2];P=P[2])
s[3]=Entropy(Air;T=T[3];P=P[3])
T[3]=Temperature(Air;h=h[3])
efetiv_reg=(h[3]-h[2])/(h[7]-h[2])
m[1]*(h[3]-h[2])=m[5]*(h[7]-h[8])
T[4]=Temperature(Air;h=h[4])
s[4]=Entropy(Air;T=T[4];P=P[4])
E=E_0+((R*T_pilha)/(8*F))*D
V_celula=E-delta_perdas
W_celulaDC=(V_celula*Densidade_corrente*A_celula*N_pilhas)/1000
delta_perdas=V_activacao+V_ohmica+V_concentracao
V_activacao=A*ln(Densidade_corrente/Densidade_normal)
V_ohmica=Densidade_corrente*resistencia_especifica
V_concentracao=-B*ln(1-Densidade_corrente/Densidade_maxima)
V_P=59*ln(P[4]/P[3])
V_T=0,008*(T[4]-T[3])*Densidade_corrente
Q_genCelula2= (N_pilhas*Densidade_corrente*A_celula*delta_perdas)/1000
Q_genCelula=0
m_ar=3,57e-7*gama*W_celulaDC*1000/V_celula
h_metano=Enthalpy(CH4;T=T[1])
s_metano=Entropy(CH4;h=h_metano;P=P[3])
m[3]*h[3]+m_metanocelula*Utilizacao_metano*PCI_metano+m_metanocelula*(1-
Utilizacao_metano)*h_metano=W_celulaDC+m[4]*h[4]
P[5]=P[4]-5*P[4]/100
s[5]=Entropy(Air;T=T[5];P=P[5])
h[5]=Enthalpy(Air;T=T[5])
Q_Comb=((1-Utilizacao_metano)*m_metanocelula+m_metanocomb)*PCI_metano
Q_perdas=((1-Utilizacao_metano)*m_metanocelula+m_metanocomb)*((1-
eta_combustor)*PCI_metano)
Q_Comb-Q_perdas=m[5]*h[5]-(m[3]+Utilizacao_metano*m_metanocelula)*h[4]
h_s[6]=Enthalpy(Air;s=s[5];P=P[6])
eta_TG=(h[5]-h[6])/(h[5]-h_s[6])
T[6]=Temperature(Air;h=h[6])
s[6]=Entropy(Air;T=T[6];P=P[6])
P[7]=P[8]+4*P[8]/100
h_s[7]=Enthalpy(Air;P=P[7];s=s[6])
eta_TP=(h[6]-h[7])/(h[6]-h_s[7])
s[7]=Entropy(Air;T=T[7];P=P[7])
T[7]=Temperature(Air;h=h[7])
T[8]=Temperature(Air;h=h[8])
s[8]=Entropy(Air;T=T[8];P=P[8])
W_TP=m[5]*(h[6]-h[7])
W_liq=W_TP
m[1]=m[2]
m[2]=m[3]
m[4]=m[3]+m_metanocelula*Utilizacao_metano+m_metanocelula*(1-Utilizacao_metano)
m[5]=m[4]+m_metanocomb
m[6]=m[5]
m[7]=m[5]
m[8]=m[5]
m[1]*h[1]+m_metanocelula*Utilizacao_metano*PCI_metano+Q_Comb-m[8]*h[8]-Q_perdas-
Q_genCelula=W_TP+W_celulaDC
W_rede=eta_geradorAC*W_TP+eta_inversorDCAC*W_celulaDC
W_rede_esp=W_rede/m[8]
Q_tot=m_metanocelula*Utilizacao_metano*PCI_metano+Q_Comb
eta_ciclo=W_rede/Q_tot
eta_Th=W_liq/Q_Comb