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Introdução

Em meio às grandes corporações e multinacionais que dominam os fatores que


formam o mercado capitalista mundial, como a produção de bens e serviços, as
instituições financeiras surgem e assumem a posição privilegiada de as mais rentáveis e
mais lucrativas organizações empresariais do mercado global. Seus produtos,
indispensáveis ao desenvolvimento de qualquer empreendimento empresarial, também
se firmam como necessários e até fundamentais para manutenção da economia e da
família que hoje já não passa sem um produto financeiro de crédito. Não é difícil
compreender a importância do crédito como fonte de recursos para empresas e mais
especificamente para o cidadão, esse produto financeiro vem facilitar a satisfação das
necessidades desses agentes e torna possível a realização dos sonhos de muitos.
Todavia, quando o assunto é crédito, todo cuidado é pouco, pois são tantas as
instituições financeiras e muito mais, é o número e diversidade de linhas de créditos
(produtos financeiros), colocadas a disposição do público consumidor através de
intermediários financeiros no mercado de créditos. Fatores como prazos, sistemas de
amortização, encargos financeiros, garantias e taxas de juros, constituem alguns dos
muitos conceitos a serem considerados na análise financeira das opções que envolvem
fontes de financiamentos como origem de recursos, seja para pessoa jurídica ou física,
sendo esta última o foco do nosso trabalho.

As dificuldades em encontrar atendimento especializado, pessoal devidamente


capacitado e treinado, que ofereçam esclarecimento e detalhamento dos muitos fatores
que compunha os produtos de créditos, nas empresas que atuam neste segmento em
Santarém. Exige ainda hoje da população local e pouco esclarecida em finanças, mesmo
em pleno século XXI _época marcada pela informatização e pelo alto e facilitado fluxo
de informações_ recorrer à indicação de amigos, conhecidos ou funcionários mal
orientados, quando da necessidade de se obter uma nova fonte de financiamento
(crédito), quando não, aceitam a oferta do primeiro que lhe propõem alguma facilidade
na consecução desse produto, como “parcelas que cabem no seu bolso”. Buscamos
então através deste trabalho, Identificar quais os critérios utilizados hoje pelo cidadão
santareno para analisar e avaliar as diversas opções de crédito destinado a pessoa física
(como um produto financeiro), que são colocadas a disposição do público consumidor
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através dos agentes intermediários do mercado financeiros de créditos em Santarém,


cidade alvo do trabalho em questão. Com tudo, procuramos então determinar:

Quais recursos são utilizados pela população, para escolha de um produto de


crédito dentre tantos colocados a disposição do consumidor no mercado de Santarém?

Como o cidadão santareno define sua capacidade de cumprir com obrigações


financeiras (empréstimo ou financiamento)?

Quais instituições financeiras e produtos de créditos, dispostos no mercado


santareno, são mais requisitados e comumente utilizados pela população?

Qual ferramenta de auxílio o cidadão de Santarém freqüentemente faz uso, para


prestar-lhe esclarecimentos quanto às terminologias financeiras empregadas nos
contratos de créditos?

Norteados por estes propósitos e focados numa maneira de suprir a carência da


população no que se refere a conhecimento e habilidade de analisar produtos
financeiros, principalmente o crédito. Visualizamos então, a criação de um guia (manual
informativo e de instrução), que satisfizesse tais necessidades da comunidade santarena
e com potencial de tornar-se referencial para quem buscar um produto dessa natureza
em nossa região (Oeste do Pará), atendendo a todo cidadão (pessoa física) e até
empresas (pessoa jurídica), oferecendo embasamento científico suficiente para que se
possa discernir sobre as muitas opções de crédito existentes e assim poder definir a mais
viável e mais compatível com a situação do momento. Correspondendo desta forma
com as expectativas de uma sociedade carente de instrução, no que diz respeito à
administração financeira, mas que merece o auxílio, respeito e atenção de empresários,
profissionais e acadêmicos de nossa cidade que atuam nessa área.
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1- Base Teórica:

Os empréstimos através do mercado de crédito aqui no Brasil, mais precisamente


em Santarém do Pará, constituem um importantíssimo meio de capitalização e uma
forma ponderada de satisfazer necessidades, realizando sonhos de pessoas e objetivos de
empresas. Contabilmente, os empréstimos são conhecidos como “capital de terceiros”.
Entendamos aqui o capital como o conjunto de bens, direitos e obrigações de um
particular e o capital de terceiros como a parcela correspondente às obrigações
assumidas. Para Montana e Charnov (1998, p. 67), “capital de terceiro é aquele dinheiro
emprestado à organização para ser usado em negócio”. Já para Gitman (2004, p. 264):
“Capital de terceiros inclui todos os empréstimos de longo prazo contraídos pela
empresa, incluindo as obrigações emitidas” e de uma forma mais sucinta afirma Ribeiro
(2003, p. 55): “Corresponde a parte do patrimônio que a empresa deve a terceiros”. São
normalmente negociados através de intermediários financeiros do mercado de crédito
como as empresas financeiras, os bancos e outros, devidamente legitimados pelas
autoridades monetárias do país, essas entidades constituem o sistema financeiro
nacional e respondem pela transferência de recursos dos agentes superavitários para os
deficitários. Mas, como em todo e qualquer empreendimento empresarial, trabalhar com
empréstimos também têm seus riscos e conseqüentemente seus custos, que naturalmente
serão repassados ao tomador final deste produto, o consumidor.
Os agentes denominados credores (financeiras e bancos), fazem esforços para
captar recursos na praça a ponto de reunir um volume satisfatório de fundos, que venha
suprir as requisições de montantes feitas por seus clientes emprestadores e que ainda
lhes possibilite, através de suas operações, proverem-lhes de um retorno digno e
satisfatório. Nesta operação os credores captam pequenos volumes de fundos de
numerosos poupadores e aplicadores, denominados de agentes superavitários por
possuírem excedente de capital, para dispor de linhas de crédito que atendam àqueles
necessitados de empréstimos, também conhecidos como agentes deficitários, já que
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possuem carência de numerário. Há, portanto nesta atividade, um sacrifício e uma


estrutura para captação de recursos a ser remunerada pelo tomador que terceiriza
serviços à financeira, incumbida da responsabilidade de encontrar os poupadores, ou
seja, aqueles que dispõem de dinheiro para fazer aplicações, esses aplicadores sempre
buscam a melhor opção de investimento para o seu dinheiro, ou seja, uma remuneração
favorável (altas taxas de juros) sendo proporcional aos riscos existentes em determinada
operação financeira, assim, cabe aos intermediários financeiros, oferecerem vantagens e
garantias de retorno a estes investidores. Segundo Groppelli e Nikbakht (2006, p. 53):

Risco, ou incerteza acerca do futuro, também causa um declínio no valor do


dinheiro. Como o futuro é incerto, o risco aumenta com o passar do tempo. A
maioria das pessoas deseja evitar o risco, assim, valorizam mais o dinheiro
agora do que a promessa do dinheiro no futuro. Eles se dispõem a entregar
seu dinheiro pela promessa de recebê-lo no futuro apenas se forem
adequadamente recompensadas pelo risco a ser assumido.

Entretanto, essas ações tornam onerosa a transação financeira para o consumidor


final deste tipo de produto, sendo o risco o principal fator de influência sobre o custo do
crédito. Risco para Mellagi e Ishikawa (2003, p. 209): “É a possibilidade do tomador de
empréstimo não honrar seus compromissos de pagamento”
Fica evidente neste tipo de transação financeira, a existência de uma dinâmica das
taxas de juros (compensação do credor e custo do tomador) negociadas pelas
instituições credoras com seus clientes (emprestadores) no mercado de crédito e que em
parte define o custo do dinheiro (crédito) para as pessoas e empresas, sendo esta
determinada pela soma da taxa de juros oferecida coma incentivo aos agentes
superavitários e a taxa estipulada para remuneração dos intermediários financeiros,
conhecida como spread. Segundo Fortuna (2002, p. 149), “spread é a diferença entre o
custo do dinheiro tomado e o preço do dinheiro vendido, como, por exemplo, na forma
de empréstimo”. Já para Andrezo e Lima (2002, p. 2): “A diferença entre a remuneração
paga pelos tomadores de recursos e o custo do dinheiro captado dá-se o nome de
spread.”
Neste momento, se faz necessário compreender que os intermediários financeiros
utilizam esta dinâmica em suas operações e essa por sua vez, vem diferenciar o custo do
crédito, variando entre as empresas credoras como base de negociação com seus
clientes, por isso, há de ser considerada pelo tomador em potencial ao analisar as opções
deste produto financeiro existentes no mercado onde está inserido. Buscando desta
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forma, construir e manter uma harmonia na relação credor e emprestador fazendo um


casamento adequado das informações, combinando o crédito desejado com a capacidade
de pagamento, garantindo assim para si mesmo a qualidade de bom pagador e com isso,
a abertura de muitas portas, criando cada vez mais, novas e melhores oportunidades de
negócios.
1.1 O Intermediador Financeiro

Dentro de uma economia, o campo onde ocorrem as transações entre os que


possuem poupança financeira, ou seja, aqueles que têm excedente de capital e os que
dela necessitam, denomina-se mercado financeiro, onde o mercado de crédito constitui
uma subdivisão caracterizada pela existência de intermediários financeiros que
respondem pelas transações financeiras, captando recursos para as suas operações entre
aqueles que possuem fundos através de depósitos a vista, de linhas de créditos externas
e oficiais do governo, também de recursos dos próprios acionistas, remunerando esses
agentes e transferindo esses recursos para os que são carentes de capital, seja pessoa
física ou jurídica, cobrando nesta operação uma taxa pelo serviço e desta maneira,
suprindo as necessidades de fundos desses muitos consumidores através do crédito, um
dos seus muitos produtos. Afirma Hoji (2003, p. 40): “É no mercado de crédito que as
pessoas físicas e jurídicas suprem as necessidades de caixa de curto e médio prazo”. Já
para Andrezo e Lima (2002, p. 1):

Mercado de crédito é composto pelo conjunto de agentes e instrumentos


financeiros envolvidos em operações de prazo curto, médio ou aleatório.
Neste ultimo caso, Há o exemplo dos depósitos à vista, pois existe a
possibilidade de resgate a qualquer momento, mediante manifestação de
vontade do credor. Destina-se basicamente ao financiamento do consumo e a
disponibilidade de recurso de curto e médio prazos para empresas.

Muitas são as instituições que assumem a responsabilidade de captar recursos


junto aos agentes superavitários e transferi-los aos deficitários, aqui podemos citar
aquelas que operam diretamente no mercado de crédito atendendo em parte as
necessidades de pessoas físicas, caso dos bancos comerciais, múltiplos e as sociedades
de crédito, investimento e financiamento.
• Bancos comerciais: correspondem as instituições financeiras que tem
como objetivo proporcionar o adequado suprimento de recursos no mercado,
financiando as atividades comerciais, industriais e de serviços e também do cidadão. A
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captação de fundos através de depósitos à vista, constitui sua atividade básica.


Depósitos à vista para Fortuna (2002, p. 27), “nada mais são do que as contas correntes
livremente movimentáveis”;
• Bancos múltiplos: são as empresas no mercado financeiro, que em suas
atividades operam com no mínimo duas carteiras de atuação distintas, sejam comercial,
investimento, imobiliário, aceite, desenvolvimento ou leasing;
• Caixa Econômica: instituição que possui característica de banco
comercial, pela maneira como captam recursos e pelos serviços prestados aos seus
clientes, mantendo exclusividade sobre o recolhimento e aplicação do FGTS (fundo de
garantia por tempo de serviço). Entretanto, seu objetivo principal dentro do mercado
financeiro é o bem-estar social.
• Sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras): essas
organizações são responsáveis pelo financiamento de bens de consumo duráveis através
do crediário, também conhecido CDB (credito direto ao consumidor), não podendo
manter contas correntes sua principal fonte de captação é a colocação de LC (letras de
câmbio). Para Fortuna (2002, p. 31), “são títulos de crédito sacado pelos financiados e
aceitos pelas financeiras para colocação junto ao público”.
Esse é o campo de transação entre emprestadores e tomadores de crédito, onde o
retorno econômico da atividade ganha o nome de juros ou em termos percentuais, taxa
de juros, empregada como remuneração do emprestador, também correspondendo ao
custo da operação para tomadores de empréstimos. É onde o ganho das instituições
financeiras, nas transações de produtos financeiros de créditos, recebe o nome de
spread, que praticamente se dá através de um percentual.

1.2 O Crédito

O crédito é por tanto, um produto negociado no mercado financeiro, mais


precisamente no mercado de crédito, tendo por objetivo suprir a carência de recursos de
pessoas e empresas pela ampliação do poder de compra, que se dá com a transferência
de fundos dos agentes superavitários para os deficitários por intermédio das instituições
financeiras. Segundo Schirickel (1995, p. 25):
Crédito é todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder,
temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa
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de que esta parcela volte a sua posse integralmente, após decorrido o tempo
estipulado.
Esta parte do patrimônio pode estar materializada por dinheiro (empréstimo
monetário) ou bens (empréstimo para uso, ou venda com pagamento
parcelado, ou a prazo).
Este produto, ofertado pelas instituições financeiras da região de Santarém, irá em
parte compor a origem de recursos tanto do cidadão quanto de empresas na formação do
montante de capital a disposição desses agentes. As mais comuns operações realizadas
no mercado de crédito são:
• Empréstimos para capital de giro: são empréstimos com contratos
específicos, que atendem as necessidades de capital de giro das empresas;
• Desconto de títulos: é a antecipação de fluxo de caixa, por adiantamento
de valores referenciados em duplicatas de cobrança, nota promissória,
recibo de vendas de cartão de crédito e cheque pré-datado;
• Conta garantida: é uma conta de crédito com um valor limite,
normalmente movimentada pelos cheques emitidos pelos clientes,
cobrindo a carência imediata de saldo e garantindo liquidez ao correntista;
• Assunção de dívidas: é uma operação de empréstimos para empresas que
dispõem de caixa para quitação de dívidas;
• Adiantamento sobre contrato de câmbio: são adiantamentos de recursos a
empresas que comercializam com o exterior antes do embarque das
mercadorias;
• Repasse de recursos externos: representam as linhas de financiamentos e
de investimentos, disponibilizadas por instituições do exterior as
instituições nacionais, para serem repassados ao mercado;
• Financiamento de importação: importação financiada é toda operação de
aquisição de bens ou serviços no exterior, cuja saída de divisas ocorra em
algum prazo e;
• Financiamento de bens e serviços de consumo duráveis: é o financiamento
concedido aos clientes para aquisição de bens e serviços, normalmente
veículos e eletrodomésticos.
Das operações relacionadas podemos destacar aquelas que atendam, pelo menos
em parte, os interesses do cidadão, como a conta garantida e o financiamento de bens e
serviços de consumo duráveis, relacionando assim os mais usuais dos inúmeros
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produtos ou linhas de crédito existentes no mercado financeiro de crédito em Santarém


(área de abrangência da pesquisa), originárias dessas duas atividades e destinadas a
suprir as necessidades de recursos dos agentes deficitários. Mas, não podemos deixar de
considerar a importância da divisão desses produtos de acordo com as características do
consumidor final (pessoa física e jurídica). Assim, segue algumas das muitas linhas de
créditos destinadas à pessoa física (foco do trabalho) encontradas em Santarém do Pará:
• Adiantamento imposto de renda pessoa física- IRPF;
• Aquisição de veículo;
• Bens duráveis;
• Cheque especial;
• Compra de dívida;
• Crédito aporte;
• Crédito automático
• Crédito direto ao consumidor- CDC
• Crédito diretíssimo;
• Crédito para material de construção;
• Crédito pessoal MBA;
• Débito em conta;
• Desconto em folha;
• Empréstimo consignado;
• Empréstimo em cheque;
• Empréstimos pessoais;
• FINAME;
• Financiamento de veículo;
• Leasing de veículo;
• Microcrédito;
• Nota promissória 13º salário;
• Nota promissória rural;
• Penhor.
• PRONAF e;
• Refinanciamento de veículo;
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Existe uma grande quantidade de linhas de crédito no mercado santareno a


disposição do cidadão e apesar de muitas terem a mesma finalidade, ou seja,
destinarem-se ao mesmo propósito, recebem denominação diferente, que varia de
instituição para instituição de acordo com a política de gestão e o discernimento de cada
uma. Essa diferenciação de nomes só vem dificultar o trabalho de análise e avaliação
desses produtos financeiros e para quem não dispõe de embasamento científico na área
de finanças, a coisa tende a ficar ainda mais complicada, pois se amplia o leque de
informação a ser considerada no processo de avaliação, com a grande diversidade
desses produtos.

1.3 O Cidadão

O cidadão aqui representa os agentes do mercado que interagem com os


intermediários financeiros, seja compondo o grupo de investidores e aplicadores, ou
como tomadores de crédito.
Podemos então determinar que as pessoas ora encontra-se na posição de agente
superavitário. Representando assim dentro do mercado, os poucos possuidores de
excedente de capital, esses, ao buscarem através dos intermediários financeiros a
ampliação dos seus recursos, que se dá geralmente em forma de juros, confiam e
disponibilizam suas reservas as instituições financeiras. Outrora como agentes
deficitários, correspondem aos muitos indivíduos, que dentro de uma economia
possuem inúmeras necessidades e aspirações a serem supridas, mas sem recursos
suficientes para satisfazê-las, desta maneira, recorrem aos intermediários financeiros em
busca do crédito que atenda sua carência de fundos. Para Sanvicente (1987, p. 243),
“Esses dois grupos de unidades formam, respectivamente, os lados da oferta e da
procura de poupança no mercado”. Os ofertantes representam os agentes superavitários
e os demandantes por sua vez, constituem os deficitários.
Compreendamos a problemática envolvida nesta relação, visualizando a
existência de poucas maneiras de se auferir riquezas, tornando finitas as opções para
acumular numerários, por outro lado, são muitos os modos de se gastar reservas,
gerando infinitas formas de consumir os poucos recursos disponíveis. Esse é o
paradigma enfrentado pelo cidadão como agente do mercado de crédito numa economia
qualquer.
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1.4 Analisando o Crédito

O conceito do crédito define o ato do credor ceder parte do seu patrimônio a


terceiro por um determinado período de tempo e com a perspectiva de reavê-lo
integralmente ao final do prazo estipulado, relacionamos a este ato, a expectativa de
receber ou não a parte do patrimônio cedida e conferimos neste processo um risco,
inerente a operação de empréstimos. Normalmente, estipulam-se um preço
remuneratório as transações de empréstimos, denominado de taxa de juros, devendo ser
pago pelo tomador ao emprestador para compensar os riscos envolvidos e a escassez do
bem no mercado.
Vemos o empréstimo de um modo geral, apresentar a obrigação de ser
devolvido, uma vez passado o tempo estipulado na negociação e sendo sua posse
temporária, cabe ao tomador a devolução do mesmo e assim, liquidar seu débito com o
credor. Sabendo que os intermediários financeiros constituem em sua maioria os
credores em operação no mercado e que o crédito representa seu principal produto,
logo, reaver os empréstimos nem sempre traduz o objetivo dessas instituições, visto a
possibilidade de concedê-lo novamente ao cliente, vendendo mais uma vez seu produto
(o crédito) ao mesmo consumidor.
Cabe ao cidadão como consumidor de produtos de crédito, cautela, prevenção e
prudência ao analisar suas condições atuais, também as futuras e avaliar as opções de
créditos colocadas a disposição pelo mercado financeiro. Conhecendo o mercado, as
instituições com as quais esta transacionando, os produtos ofertados, os métodos e as
ferramentas científicas usadas no processo decisório, quando se trata de produtos
financeiros de crédito, o consumidor reduz as possibilidades de erros, aumentando
conseqüentemente as chances de ser bem sucedido em suas negociações com os
credores.
Já conhecemos o mercado, as instituições e os produtos, cabe agora explorarmos
os métodos, as ferramentas usadas na gestão financeira e os principais conceitos
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envolvidos na aplicabilidade de ambos. Segue alguns dos mais relevantes e mais usuais
conceitos financeiros, tratados em operações que envolvem os produtos financeiros de
créditos, são informações fundamentais para formação de uma base conceitual e
desenvolvimento de parâmetros comparativos dentro do processo de análise e avaliação:
• Inflação: fenômeno provocado pela elevação geral e continua nos preços
dos produtos e/ou serviços em determinado período, tendo como conseqüência, queda
no poder de compra do dinheiro. Para Hoji (2003, p. 55) representa “aumento
generalizado de preços, que provoca a redução no poder aquisitivo da moeda”. O
processo que ocorrer de forma contraria, aumentando o poder aquisitivo, corresponde a
deflação.
Para calcularmos a inflação familiar, já que nosso foco é a pessoa física, basta
dividirmos o total dos gastos realizados num período mais atual, pela somatória de todas
as despesas geradas no período anterior. Subtraindo de 1 (um) o quociente da divisão e
multiplicando esse resultado por 100 (cem), teremos inflação do período para resultados
positivos (+) e deflação se o produto da operação for negativo (-):
Inflação = i FÓRMULA
Gasto anterior = G1 i = [(G1/G0) -1] x 100
Gasto atual = G0
Exemplo: Se os gastos realizados por uma família neste mês foi de R$ 2.500,00 e
no mês anterior fora computado um total de R$2.250,00. Qual a inflação no período em
questão?
Resposta: i = [(2.500/ 2.250) -1] x100 = [1,11111 - 1] x100 = 0,11111 x 100 =
11,11111, aproximadamente 11,11% para o período.

• Capital ou Principal: define o montante de recurso financeiro de


propriedade, ou sob administração do credor, cedido em forma de crédito ao tomador,
que por sua vez assume a obrigação de devolvê-lo integralmente depois de decorrido
determinado tempo.
• Valor Presente: é exatamente o capital principal ou inicial da operação de
crédito, sem a incidência de juros.
• Valor Futuro: determina o montante de recurso gerado durante toda
operação, é o capital principal mais os juros incorridos de forma acumulada.
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• Capitalização: Refere-se ao tempo em que o capital cedido produz


rendimento (juros). Podendo ser:
_ Capitalização composta se os rendimentos gerados integrarem ao capital
original para produção dos juros do período subseqüente e;
_ Capitalização simples, caso os rendimentos gerados sejam produzidos pelo
capital original, sem acréscimo dos juros do período anterior.
• Taxa de juros: corresponde ao percentual, que empregado ao capital em
poder do tomador do empréstimo, define e produz a remuneração do credor, sendo esta,
um produto da aplicação da taxa sobre um determinado capital durante o período
estabelecido. Definida como:
_ Taxa nominal é aquela contratada numa operação financeira, subscrita em
contrato e expressa em percentual, geralmente relacionada a prazos anual ou mensal;
_ Taxa efetiva é a que expressa em percentual o custo total da operação, ou seja,
aquela que realmente será aplicada ao capital durante todo período de capitalização;
_ Taxa equivalente é a expressão em percentual que produz juros iguais para um
mesmo período, mesmo estando determinadas em unidades diferentes de tempo (ao dia,
ao mês, ao ano e outros). Segundo Sobrinho (1995, p. 41), “duas ou mais taxas
referenciadas a períodos unitários distintos são equivalentes quando produzem o mesmo
montante no final de determinado tempo, pela aplicação de um mesmo capital inicial”,
essa taxa pode ser calculada, somando a 1 (um) a taxa que se quer transformar e
elevando o resultado ao expoente adquirido através da divisão da unidade de tempo da
taxa que se quer, pela unidade da taxa que se tem, o produto dessa operação subtraímos
de 1 (um) e multiplicamos por cem:

Taxa que se quer = iq FÓRMULA


Taxa que se tem = it q/t
iq = [(1+ it) -1] x100
Número relativo à fração do intervalo de tempo referente à taxa que se tem = t
Número relativo à fração do intervalo de tempo referente à taxa que se quer = q
Exemplo: Calcular a taxa anual (ano com 360 dias) equivalente a 2% ao mês.

Resposta: 360/30 12
iq = [(1+ 0,02) – 1] x 100 = [(1,02) -1] x 100 = [1,26824 - 1] x100
0,26824 x 100 = 26,82418, aproximadamente 26,82% ao ano.
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• Juros: diz respeito à compensação do credor ao ceder parte do seu


patrimônio a outro, sendo muito confundido com a taxa de juros, que tem outro
conceito. Segundo Hoji (2003, p. 62): O juro pode ser entendido como remuneração do
capital de terceiro”. Podendo ser:
_ Juros simples: representa a operação de capitalização simples, onde os
rendimentos são calculados com aplicação da taxa de juros sobre o capital original e
proporcionalmente ao número de capitalizações, geralmente são utilizados em
operações de curtíssimo prazo (dia e mês), como em desconto de duplicatas, títulos e
em cobrança de juros de mora:
Juros = J FÓRMULA
Capital = C J=Cxixn
Taxa = i
Número de capitalizações (prazo) = n
Exemplo: Calcular o rendimento produzido com a aplicação de R$ 20.000,00, por
um período de 6 meses, à taxa de 4% ao mês, sob juros simples.
Resposta: J = 20.000 x 0,04 x 6 = 4.800,00
_ Juros compostos: regime de remuneração em que os juros gerados em período
anterior, integram ao capital formando um montante de recurso que irá produzir novos e
diferentes rendimentos. Conhecido vulgarmente como “juros sobre juros”.
Juros = J FÓRMULA
Capital = C n

Taxa = i J = C [(1+ i) – 1]
Número de capitalizações (prazo) = n
Exemplo: Calcular o rendimento produzido com a aplicação de R$ 20.000,00, por
um período de 6 meses, à taxa de 4% ao mês, sob juros compostos.
6 6
Resposta: J = 20.000 [(1 + 0,04) - 1] = 20.000 [(1,04) -1] = 20.000 [1,26532 - 1]
= 20.000 [0,26532] = 5.306,40
* Usando a calculadora HP 12C, temo: f REG (para limpar o registrador
financeiro); 20.000 CHS PV \\ 6 n \\ 4 i \\ FV acionar para encontrar o valor futuro da
operação (capital mais os juros) 20.000 –, o resultado será aproximadamente 5.306,38.
• Formas de pagamento: termo que determina como e quando os juros e o
principal de um empréstimo serão pagos.
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• Prazos: é o intervalo de tempo em que o capital cedido pelo credor, fica a


disposição do tomador do crédito.
• Amortização: representa a devolução do capital original, por parte do
tomador, ao proprietário, seja de forma parcial ou integral.
Não poderíamos deixar de citar dois conceitos muito expressivos e bastante
difundidos no mercado financeiro (liquidez e solvência), principalmente dentro das
instituições financeiras, esses, tratam da situação econômico-financeira e da capacidade
de cumprir e pagar dívidas.
A liquidez representa o volume de recursos disponíveis e a praticidade em
convertê-los em dinheiro com o intuito de saldar compromissos dentro do prazo,
enquanto a solvência abrange a possibilidade de liquidação das obrigações existentes.
Segundo Schrickel (1995, p.224):

Solvência e Liquidez em absoluto querem dizer a mesma coisa. A principal


diferença entre ambas é o tempo. Enquanto a Liquidez se refere à capacidade
de pagar obrigações em dia, nos devidos prazos, a solvência refere-se à
simples capacidade de liquidar compromissos (ter possibilidade de pagar).”

Quando surgem no cidadão a necessidades em adquirir bens e/ou serviços


duráveis, é comum aparecerem dúvidas quanto às possibilidades de comprar ou não e
quando a compra é preferível, então as dúvidas são em que condição adquirir, a vista, a
prazo ou através de arrendamento. A decisão deve ser tomada com base no pressuposto
de que o caixa está zerado, ou seja, não se possui numerário e a partir da convicção de
que se têm condições de absorver essa obrigação. Então qual método e ferramentas
financeiras usar para análise e avaliar das opções existentes:
Dentre os vários métodos e ferramentas existentes em finanças, apresentamos os
mais indicados para operações de crédito, financiamento e investimento de pessoa
física:
• HP 12 C:
Ferramenta financeira que auxiliar com inúmeras funções (logaritmo, estatística,
datas, etc.) é comumente usada para cálculos de parcelas de juros e de amortização
presentes numa prestação, operada dentro do que se convencionamos chamar CDC
(crédito direto ao consumidor). Possibilita conhecer o valor atual de uma dívida, mesmo
após o pagamento de certo número de prestações, seja por capitalização simples ou
composta.
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• Endividamento:
É um número índice que nos permite identificar o nível de endividamento de um
individuo, a técnica busca comparar as receitas auferidas com os gastos realizados
dentro de um determinado período de tempo. O indicador é obtido dividindo o total das
entradas (valores recebidos) pela somatória das saídas (despesas pagas) e deve ser
interpretado da seguinte maneira, para cada 1 de divida, tem-se X disponível para
pagamento da mesma.
Despesas = d FÓRMULA
Receitas = R E = R/ d
Endividamento = E
Se o interesse é descobrir o percentual de endividamento então, temos que dividir
as despesas pelas receitas e o resultado multiplicar por cem.
Despesas = d FÓRMULA
Receitas = R E = d / R x 100
Endividamento = Exemplo: Imagine ter recebido R$1.500,00 em pagamentos
durante o mês anterior e neste mesmo período somou seus gastos totalizando R$ 900,00.
Como determinar o indicador de endividamento?
Resposta: E = 900/ 1500 x 100, o resultado será aproximadamente, um
endividamento de 60% (neste caso não devemos esquecer que se trata de dividas, então
quanto menor melhor).
• Calculo do Valor atual em Capitalização Composta:
Usado quando o que se pretende é descobrir qual o valor do capital que aplicado a
determinada taxa e período, a juros compostos, produz no futuro um conhecido
montante. Consiste em determinar um valor para o instante inicial da operação, partindo
do fluxo de caixa formado pelas entradas e saídas, descontadas e considerando uma taxa
mínima de atratividade (taxa mínima aceita pelo investidor).
Valor Presente = VP FÓRMULA
Valor Futuro = VF n

Taxa da operação equivalente ao período = i VP = VF / (1 + i)


Prazo da operação = n
Exemplo: Sabendo-se que ao final de 8 meses, o valor de uma dívida será de
R$9.950,00 e que a taxa de juros compostos aplicada é de 5% ao mês. Calcular o valor
presente (o capital original ou valor atual).
22

8 8
Resposta: VP = 9.950/ (1+ 0,05) = 9.950/ (1,05) = 9.950/ 1,47746 = 6.734,55165
o resultado aproximado é de 6.734,55.
* Usando a calculadora HP 12C, temo: f REG (para limpar o registrador
financeiro); 9.950 CHS FV \\ 8 n \\ 5 i \\ PV, e o resultado da operação é
aproximadamente 6.734,55 (a análise do resultado abrange o fato de que se
pretendemos financiar, então quanto maior melhor, mas se queremos aplicações, então
quanto menor melhor).
• Calculo do Valor Futuro em Capitalização Composta:
É empregado, quando se busca identificar o montante que será produzido por um
conhecido capital, aplicado a determinado tempo e taxa, sob o regime de capitalização
composta. Trabalha a determinação de um valor num instante futuro, descontando
dentro de um fluxo de caixa as despesas das receitas, aplicando aos dois fluxos uma
taxa mínima de atratividade.
Valor Presente = VP FÓRMULA
Valor Futuro = VF n

Taxa da operação equivalente ao período = i VF = VP (1 + i)


Prazo da operação = n
Exemplo: Qual o montante gerado pela aplicação de um capital de R$ 9.000,00, a
uma taxa de 3.5% ao mês durante 6 meses, sob juros compostos?
6 6
Resposta: VF = 9.000 (1+0,035) = 9.000 (1,035) = 9.000 (1,22926) =
11.063,29793, aproximadamente 11.063,30
* Usando a calculadora HP 12C, temos: f REG (para limpar o registrador
financeiro); 9.000 CHS PV \\ 6 n \\ 3,5 i \\ FV, o valor futuro da operação é
aproximadamente 11.063,30 (a analise do resultado abrange o fato de que se
pretendemos financiar, então quanto menor melhor, mas se queremos aplicações, então
quanto maior melhor).

1.5 Análise Aprofundada

Faz-se necessário neste momento dividir o conteúdo e enfatizarmos a importância


das séries de pagamentos (SP), dos sistemas de amortização (SA), da taxa de retorno
(IRR) e do valor presente líquido (NPV) como instrumento de análise e avaliação de
23

investimento e financiamento, principalmente para empresas, onde a aplicação dessas


técnicas é mais freqüente. Entretanto, a utilização das ferramentas envolve grande
complexidade e dificuldades, seja pela extensão dos cálculos ou desenvolvimento das
fórmulas, então preferimos orientar e recomendar os usuários desse tipo de operação a
fazer uso de equipamento apropriado como auxílio na hora de aplicar esses métodos. A
calculadora HP12C constituirá nossa ferramenta base na busca de solução de problemas
que envolvam métodos de SP; IRR; NPV e SA, atendendo assim, as necessidades de
instituições empresariais e as expectativas daqueles interessados em mais detalhes e
aprofundamento.

1.5.1 Série de Pagamentos:

Alguns dos problemas financeiros mais comuns, diz respeito ao resultado de


fluxos de pagamentos e recebimentos, envolvendo entradas e ou saídas em uma mesma
operação à capitalização composta. Segundo Sobrinho (1995, p. 66); “As séries de
pagamentos podem ser definidas como uma sucessão de pagamentos ou recebimentos
V1, V2, V3...Vn, e com vencimentos sucessivos t1, t2, t3...tn.”, essas séries de
pagamentos possuem características distintas e são classificadas como:

1.5.2 Série de Pagamentos Iguais com Termos Vencidos:

Essa classificação envolve operações com entradas ou saídas de mesmo valor e


mesmo vencimento, que ocorre no final do período. Devido à grande variedade e
complexidade das fórmulas, orientamos que se utilize à calculadora HP 12C na solução
de problemas com este tipo de série para agilizar, facilitar a operação e ter maior
precisão nas respostas. Podemos então através desta ferramenta, definir:
_ O valor montante (valor futuro) da operação. FÓMULA
Montante ou valor futuro = S n

Valor das prestações = R S = R x (1+i) - 1


Principal, capital inicial, valor atual ou valor presente = P i
Número de prestações ou número de períodos = n
Taxa de juros = i
24

_ O valor das prestações (parcelas).


1. Quando se conhece o valor futuro
FÓMULA
R=Sx i
n
(1+i) – 1

2. Quando se conhece o valor presente FÓMULA


n
R = P x (1+i) x 1
n
(1+i) - 1

_ O Valor atual (capital inicial). FÓMULA


n
P = R x (1+i) - 1
n
(1+i) x 1

1.5.3 Série de Pagamentos Iguais com Termos Antecipados:

Este tipo de classificação trabalha operações com entradas ou saídas de mesmo


valor e mesmo vencimento, mas que ocorre no início do período. Podemos então através
desta ferramenta, definir:
_ O valor montante (valor futuro) da operação. FÓMULA
n
S = R x (1+i) (1+i) - 1
i

_ O valor das prestações (parcelas). FÓMULA


1. Quando se conhece o valor futuro:
R=Sx 1 1
(1+i) n
(1+i) – 1

2. Quando se conhece o valor presente: FÓMULA


n
R = P x (1+i) x (1+i) - 1
n
(1+i) x i
25

_ O Valor atual (capital inicial). FÓMULA


n
P = R x (1+i) x (1+i) - 1
n
(1+i) x i

Exemplo com série de pagamentos iguais: Qual o montante gerado pela aplicação
de 5 parcelas mensais de R$2.500,00 cada, à taxa de 1,9% ao mês.
Resposta. Usando a HP 12C:
_ Para operação em termos vencidos, f REG \\ 2500 CHS PMT \\ 1,9 i \\ 5 N \\
FV, o montante da operação é aproximadamente R$ 12.984,11.
_ Quando a operação se dá em termos antecipados, se faz necessário acionar essa
função na calculadora HP, pressionando as teclas g BEG, antes de iniciar os cálculos.
Utilizando o mesmo exemplo teremos f REG \\ g BEG \\ 2500 CHS PMT \\ 1,9 i \\ 5 N
\\ FV, o montante da operação é aproximadamente R$ 13.230,81 (a análise do resultado
deve compreender o fato de tratarmos de investimentos, então quanto maior melhor, ou
financiamento, quanto menor melhor).

1.5.4 Série de Pagamentos Variáveis em Termos Vencidos ou Antecipados:

Neste tipo de série podem ocorrer variações nos fluxos de entradas ou de saídas
em progressão aritmética, geométrica ou de forma aleatória, ocasionando dificuldade na
aplicação das muitas e complexas fórmulas existentes, usadas na análise dessas séries.
Assim propomos a utilização exclusiva da calculadora HP 12 C, como instrumento
facilitador na resolução de problemas dessa natureza. A solução envolve a mesma
problemática da NPV (valor presente líquido) e IRR (taxa interna de retorno), Como se
segue:
Exemplo com série de pagamentos variáveis: um empréstimo de R$ 22.000,00,
será liquidado em três prestações mensais e sucessivas de R$ 12.000,00, R$ 5.000,00 e
R$ 8.000,00. Considerando uma taxa de juros de 7% ao mês, como ficará o valor
presente líquido do mesmo.
26

Resposta. Usando a HP 12C: f REG \\ 22.000 CHS g CFo \\ 12.000 g CFj \\


5.000 g CFj \\ 8.000 g CFj \\ 7 i \\ f NPV, o valor presente líquido é aproximadamente
R$112,53 (onde se conclui que o fluxo de saída de 22.000, aplicado a 7%, não cobrirá
as prestações assumidas, restando uma diferença de R$112,53).

1.5.5 Método da Taxa de Retorno:

Amplamente utilizado na avaliação de investimentos, consiste em igualar em uma


data qualquer, os valores tomados emprestados ou aplicados aos valores pagos ou
recebidos. Implicitamente, assume que todos os fluxos de caixa deverão ser reinvestidos
à própria taxa de retorno, calculada na operação. Assim, comparam-se as opções de
investimento ou financiamento, pelas taxas de retorno que cada uma apresenta. Para
investimentos a que apresentar maior taxa de retorno será a melhor opção, mas para
financiamentos a análise é oposta, a menor taxa apresenta a melhor opção.
FÓRMULA
n

Valor presente Líquido = NPV NPV = 0 = ∑ CFj - CFo


Fluxo de caixa no momento zero = CFo j=1 n

Fluxo de caixa do período = CFj (1+i)


Taxa interna de retorno = IRR ou TIR
Numero de vezes em que o valor de um fluxo de caixa se repete por períodos
subseqüentes = Nj
Exemplo: um empréstimo de R$150.000,00 deverá ser pago em 8 parcelas
mensais, sendo as 3 primeiras de R$30.000,00, as 3 seguintes de R$40.000,00, a 7ª de
R$ 20.000,00 e a 8ª de R$25.000,00. Qual a TIR ou IRR dessa operação?
Resposta:
* Na HP12C para definir a IRR de um empréstimo: f REG (para limpar o
registrador financeiro); 150.000 CHS g CFo \\ 30.000 g CFJ \\ 3 g NJ \\ 40.000 g
CFJ \\ 3 g NJ \\ 20.000 g CFJ \\ 25.000 g CFJ \\ f IRR, o resultado é 13,82% ao mês
(a IRR encontrada será base para comparação com outras opções de crédito).
27

1.5.6 Método do Valor Presente Líquido:

Consiste em trazer os valores de um fluxo de caixa para o momento inicial da


operação, descontando as entradas de saídas a uma taxa de juros conhecida e
procedendo a soma desses valores.
FÓRMULA
n

Valor presente Líquido = NPV NPV = ∑ CFj - CFo


Fluxo de caixa no momento zero = CFo j=1 n

Fluxo de caixa do período = CFj (1+i)


Taxa interna de retorno = IRR ou TIR
Numero de vezes em que o valor de um fluxo de caixa se repete por períodos
subseqüentes = Nj
Exemplo: Suponhamos a possibilidade de adquirir um apartamento, pagando a
vista R$60.000,00, ou a prazo sendo uma entrada de R$16.000,00, mais 12 parcelas de
R$3.600,00 e 12 de R$5.637,20. Tendo condições de assumir a obrigação à vista ou a
prazo, mantendo nesta escolha a possibilidade de aplicar o restante do dinheiro em
títulos que rendem 6% ao mês.
Resposta:
* Na HP12C para definir a IRR de um empréstimo: f REG (para limpar o
registrador financeiro); g BEN (considera termos antecipados, como a entrada)60.000
ENTER \\ 16.000 \\ - \\ g CFo \\ 3.600 CHS g CFj \\ 12 g NJ \\ 5.637,20 CHS g CNj \\
12 g NJ \\ 6 i \\ f NPV, o valor aproximado é de -9.669,31 ( o valor negativo determina
o prejuízo que se tem com a compra a prazo).
O trabalho não atingiria seu propósito sem a exposição dos sistemas de
amortização, esses constituem as ferramentas de finanças que nos permitem analisar as
aplicações financeiras e sua capitalização, constituindo valor em uma data futura. Por
sua vez, o processo de amortização tem por finalidade determinar o resgate de uma
obrigação contraída. Destacamos os principais e mais usuais sistemas:
28

1.5.7 Sistema de Amortização Constante (SAC):

Aqui a amortização ocorre em parcelas iguais e, portanto, os valores dos juros e


das prestações são decrescentes.
Prazo = n
Amortização = A = C / n
Saldo devedor = S = S = S + J - PMT
n n-1
Juros = J= S x i
n-1
Prestação = PMT= A + J

Exemplo: suponhamos a amortização de um empréstimo de R$ 100.000,00,


contraído sob uma taxa de 10% ao mês, para liquidação em 5 parcelas mensais. Pelo
sistema SAC, teremos:

PRAZO SD DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO


0 100.000 0,00 0,00 0.00
1 80.000 20.000 10.000 30.000
2 60.000 20.000 8.000 28.000
3 40.000 20.000 6.000 26.000
4 20.000 20.000 4.000 24.000
5 0.00 20.000 2.000 22.000
TOTAIS 100.000,00 30.000,00 130.000,00

Figura 1.1: Tabela do Sistema de Amortização Constante.

Como nesse sistema as prestações são decrescentes, a tabela é montada aplicando


a taxa de 10% sobre o saldo devedor (SD) anterior ao período em questão, somando a
ele a parcela de R$ 20.000,00, equivalente a amortização do saldo devedor, que será
igual para todos os períodos e calculada dividindo o valor total do empréstimo
(R$100.000,00) pelo número de parcelas envolvidas na operação (5), o resultado
definirá a prestação para o período. O mesmo raciocínio deverá ser empregado nos
demais períodos.
29

1.5.8 Sistema Price (TABELA PRICE)

O Price é uma variação do sistema francês freqüentemente empregado no


financiamento de imóveis. No Price a taxa de juros é dada em termos nominais,
geralmente em períodos anuais, com juros calculados em base mensal, pelo regime de
capitalização simples, o que resulta numa taxa efetiva maior que a nominal. As
prestações nesse sistema são uniformes durante todo período de amortização. Por tanto,
a amortização é crescente e os juros decrescentes.
Prazo = n
Amortização = A = PMT - J
Saldo devedor = S = S = S + J - PMT
n n-1

Juros = J= S x i
n-1

Prestação = PMT= A + J

Exemplo: suponhamos a amortização de um empréstimo de R$ 100.000,00,


contraído sob uma taxa de 10% ao mês, para liquidação em 5 parcelas mensais. Pelo
sistema PRICE, teremos:

PRAZO SD DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO


0 100.000,00 0,00 0,00 0.00
1 83.620,25 16.379,75 10.000,00 26.379,75
2 65.602,53 18.017,72 8.362,03 26.379,75
3 45.783,03 19.819,50 6.560,25 26.379,75
4 23.981,59 21.801,44 4.578,30 26.379,75
5 0.00 23.981,59 2.398,16 26.379,75
TOTAIS 100.000,00 31.898,74 131.898,74

Figura 1.2: Tabela do Sistema Price.

*Usando a HP 12C para calcularmos o valor das parcelas já que são iguais: f
REG \\ 100.000 CHS PV \\ 10 i \\ 5 N \\ PMT, o valor das prestações serão de
aproximadamente R$ 26.379,75.
30

2- Metodologia

Este trabalho esta fundamentado numa pesquisa de campo, com a distribuição


aleatória e posterior coleta de 200 (duzentos) questionários em dois dos bairros da
cidade de Santarém, sendo 100 (sem) direcionados a profissionais liberais e acadêmicos
das Faculdades Integradas do Tapajós (FIT), outros 100 (sem) a residentes domésticos,
numa proporção amostral de aproximadamente um questionário para cada grupo de
trinta pessoas da população dessas duas comunidades (bairros do Aeroporto Velho e
Maracanã).
A necessidade de investigar os fatos e produzir os indicadores que determinam as
escolhas e as perspectivas da população santarena diante das opções oferecidas pelo
mercado, no que diz respeito a produtos financeiros de créditos, proporcionam um
enfoque quantitativo com pressupostos empírico-analítico ao nosso trabalho, nos
permitindo através da dedução evidenciar com determinado rigor, as relações existentes
no processo de análise e avaliação de produtos financeiros, que estabelecem as causas
dos acontecimentos, tratados como as escolhas do cidadão em relação a opções de
créditos, e os efeitos por elas gerados.
Podemos assim isolar e mensurar os acontecimentos que influenciam as decisões
da população, quando da definição e escolha deste ou daquele produto de crédito, desta
ou daquela instituição financeira e de posse de tais informações identificamos a
tendência que guia e conduz o cidadão em suas buscas por produtos financeiros dentro
do mercado de crédito em Santarém, região Oeste do estado do Pará.
A análise dos dados coletados se dará através de medidas e procedimentos
estatísticos que serão apresentados por meios de tabelas e gráficos, ampliando com isso,
a possibilidade e a facilidade de visualizar e interpretar as informações contidas nos
mesmos. Com tudo, propomos evidenciar a viabilidade, necessidade e opinião pública
sobre a implantação de um guia financeiro com enfoque na pessoa física, ou seja,
criação de um instrumento que oriente e norteie o cidadão e a família santarena, ao
analisar, avaliar e optar por um determinado produto de crédito como meio de satisfazer
as mais diversas necessidades desse público consumidor.
31

3- Resultado da Pesquisa

Os informantes deste trabalho foram orientados e garantidos quanto ao anonimato.


E o resultado do material coletado através dos questionários pode ser visualizado nas
tabelas e nos gráficos contidos no apêndice, esses foram analisados e interpretados em
conjunto com demais materiais, para maior clareza os dados foram tabulados e
ordenados, a primeira coluna da tabela apresenta as questões levadas a público, as
outras colunas abrangem os padrões iguais de respostas registrados em percentuais.
Assim, conciliando linha versos coluna, temos a porção de respostas para cada questão
levantada. Também foram utilizados gráficos, que servirão para ilustrar e facilitar a
análise dos dados, estes apresentam em cores os diversos padrões de respostas e em
número percentual, a proporção daquelas com mesmo resultado.
Este critério de análise possibilita mensurar e avaliar o trabalho através da
confrontação das informações. Assim, podemos determinar que dos 200 entrevistados
em Santarém, 78% deles utilizam os bancos comerciais como principal intermediário
financeiro enquanto 15% preferem as agências de factoring e apenas 7% buscam outras
instituições para suas operações financeiras de crédito.

Figura 2.1: Gráfico das Instituições Preferidas.

O produto mais consumido entre os pesquisados com 62% de ocorrência é o


cartão de crédito, em seguida vem o cheque especial com 23% das indicações e os 15%
restantes buscam outros.
32

Figura 2.2: Gráfico de Produtos Consumidos.

Quanto ao tipo de informação solicitada durante aquisição de um crédito,


considerando o nível de importância pelas convicções do cidadão santareno, a taxa de
juros apresentada na operação, ocupa o primeiro lugar com 54% das respostas seguida
pelo prazo para liquidação da dívida com 31% das respostas, o juro acumulado durante
todo o período de transação fica com 15% das afirmações.

Figura 2.3: Gráfico de Informações Solicitadas.

A análise do produto em negociação é feita por 69% dos participantes através de


simples comparação das taxas de juros, enquanto 31% preferem tomar os juros como
critério, assim, o menor define o melhor.
33

Figura 2.4: Gráfico de Critério de Análise.

São poucos os entrevistados que afirmam fazer uso de um tipo de ferramenta


financeira em suas análises e avaliações sobre o crédito como produto financeiro,
totalizando 15% os que dizem trabalhar com algum tipo de tabela, 7% os que se
utilizam a técnica da taxa interna de retorno e 15% faz uso do calculo do valor futuro,
entretanto, 63% das respostas representam os que não operam com qualquer ferramenta
financeira.

Figura 2.5: Gráfico das Ferramentas de Análise.

Dentre os pesquisados 69% esclarecem suas dúvidas em relação as suas


transações financeiras, com a própria instituição credora, com tudo, 31% deles não
procuram esclarecimento algum em relação aos fatores que compunham o produto de
crédito em negociação.
34

Figura 2.6: Gráfico de Esclarecimento de Dúvidas.

Quando questionados sobre à auto-avaliação econômico-financeira, as respostas


em relação a como produzir orçamentos foram definidas por 23% das pessoas,
simplesmente analisando quanto gastão, 31% quanto ganham e do total entrevistado
apenas 39% confrontam despesas e receitas na produção de seus orçamentos domésticos
os outros 7% não fazem nenhuma avaliação orçamentária.

Figura 2.7: Gráfico da Avaliação Econômico-Financeira.

A liquidez, principal indicador de estabilidade financeira, é definida por 62% dos


cidadãos pesquisados, como uma simples comparação entre as receitas e as despesas e
38% nem se preocupam com esse indicador.
35

Figura 2.8: Gráfico da Definição de Liquidez.

Dos informantes deste trabalho, 24% confirmam ter endividamento superior a


50% e outros 38% dizem estar endividados abaixo de 50%. Todavia, os 38% restantes
se quer conhecem seu nível de endividamento.

Figura 2.9: Gráfico do Endividamento.

Ao perguntarmos, qual dúvida sobre finanças gostariam de esclarecer? Do total


questionados, 38% gostariam de saber mais sobre os juros reais das transações
financeiras que realizam já 15% tem dúvidas quanto aos meios que determinam as taxas
de juros envolvidas nas negociações com crédito e os 47% restantes demonstram
interesse em saber calcular os juros incorridos, de forma parcial e/ou integral, nas
atividades financeiras.
36

Figura 2.10: Gráfico de Dúvidas Existentes.

Todas essas informações foram extraídas das tabelas e gráficos que padronizam as
respostas em relação às questões levantadas anteriormente na introdução do trabalho
facilitando a análise que confirma, o cartão de crédito como o produto mais consumido,
os bancos comerciais como instituições mais procuradas, a taxa de juros como
informação mais relevante para o cidadão santareno, as instituições financeiras como
principal fonte de esclarecimento para o consumidor de crédito em Santarém e a
revelação de que são poucos, os indivíduos preocupados com o planejamento
financeiro, que dá através do orçamento, ou com nível de endividamento e de liquidez,
indicadores responsáveis pela formação da capacidade de assumir e pagar dívidas.

Esses indicadores refletem as perspectivas e preferências da população


investigada sobre os produtos financeiros de crédito e expõem os fundamentos
financeiros do cidadão na análise e avaliação das muitas opções de crédito disponíveis
no mercado financeiro de crédito em Santarém.
37

Conclusão

O mercado brasileiro passa por um período em que o setor financeiro ocupa


posição privilegiada entre os demais, sendo o que mais cresce no país. Para a população,
isso se traduz em tempos de crédito farto e facilitado, momento em que o dinheiro
praticamente bate à nossa porta, é preciso ser forte para resistir às tentações que
acompanham o crédito, como poder satisfazer e realizar desejos e sonhos de consumo,
já que os recursos necessários estão à disposição para uso. Todavia, não se pode
esquecer, muito menos desprezar as implicações que envolvem uma operação de
crédito, ou seja, tomar um empréstimo. Temos impostos, tarifas bancárias, taxas de
juros, prazos de amortização entre outros fatores que caracterizam esse tipo operação e
que precisam da nossa atenção.
A análise e a avaliação dos fatores que compunham os produtos financeiros de
créditos, não é uma tarefa das mais fáceis, principalmente para quem tem pouca ou
nenhuma instrução sobre finanças e tão pouco conhece os atributos da administração
financeira, como é o caso da população santarena, enfatizado neste trabalho. O cidadão,
como pessoa física e foco deste trabalho, faz pouco ou nenhum uso das ferramentas
financeiras ao analisar suas transações com produtos de créditos, mesmo expressando
ter muitas dúvidas em relação a termos financeiros, quase a metade dos consumidores
não buscam esclarecimentos a respeito dos mesmos. Para essas pessoas os bancos
comerciais representam seu principal intermediador financeiro e o cartão de crédito, o
produto de crédito mais consumido. Todavia, a maioria desses indivíduos se quer
procuram determinar sua real capacidade de assumir uma nova obrigação e pouco se
38

preocupam em estipular suas condições de liquidá-la. Enfatizado e exposto no conteúdo


do trabalho, esse tipo de atitude só vem agravar e tornar evidente a falta de
conhecimento e base da população, para o gerenciamento financeiro familiar.
Alguns estudos confirmam que a qualidade de vida e o pagamento de juros são
grandezas inversamente proporcionais, isso quer dizer que quem paga muitos juros
tende a ter pouca qualidade de vida, essa afirmação quando somada ao pouco
conhecimento de finanças do cidadão santareno, só vem justificar o porquê de tantas
dificuldades financeiras e como conseqüência, problemas de endividamento; pessoais;
de saúde; de relacionamentos; entre outros pelas quais muitos brasileiros estão
passando, em virtude de sua instabilidade econômico-financeira. Para tanto, antes de
assumir uma obrigação financeira, avalie a real necessidade daquele bem ou serviço, é
sempre bom definir com antecedência a sua atual situação financeira, que se dá
confrontando as receitas futuras com as despesas previstas para o mesmo período,
acompanhar constantemente o endividamento evitando que os gastos não previstos no
orçamento (planejamento), ultrapassem 25% de toda receita. É sempre bom pagar a
vista e preservar o direito de pedir descontos, evite entrar no limite e cheque especial
devido às taxas elevadas, em se tratando de pré-datado e pagamento mínimo do cartão
de crédito, todo cuidado é pouco, pois se faz necessário muita atenção e controle para
evitar transtornos e dificuldades no futuro.
Perceba a existência da diferença, entre o poder gastar parte do que se ganha com
entretenimento e ter que usar esta parcela dos recursos disponíveis para pagar dívidas.
Não há nada de extraordinário nessa afirmativa que a possa dificultar a compreensão, o
que poderia ser transformado em benefícios e prazer é utilizado para pagar as
obrigações e os juros por ela gerados. Por tanto, essa é a realidade e o dilema enfrentado
por muitos em Santarém e no Brasil.
O nosso trabalho, só vem expor os fundamentos financeiros do cidadão na análise
e avaliação de opções de créditos em Santarém, revelando fatos, que nos permite
determinar após análise criteriosa dos dados colhidos e apresentados neste estudo, o
baixo nível de esclarecimento da população em relação a finanças, mais precisamente
sobre produtos de crédito, e a pouca preocupação deles como consumidores deste tipo
de produto na hora de produzir análise e controle de sua posição econômico-financeira,
assim como, gerir e avaliar suas fontes de recursos. Como ferramenta norteadora e guia
do cidadão que busca conhecimentos financeiros para garantir maior controle e
39

melhores critérios de decisão em finanças, o trabalho expressa plena aprovação dos


pesquisados que aspiram à criação de um guia financeiro mais direcionado às suas
necessidades cotidianas e que sejam menos complexos.

Referências:

ANDREZO, A. F e LIMA, I. S. Mercado Financeiro: aspectos históricos e


conceituais. São Paulo: Pioneira Tomson Learning, 2002.

FORTUNA, E. Mercado Financeiro: Produtos e serviços. 15ª ed. Rio de Janeiro:


Qualitymark, 2002.

GITMAN, L. J. Princípios da Administração Financeira. 10ª ed. São Paulo:


Pearson Addson Wesley, 2004.

GROPPELLI, A. A e NIKBAKHT, E. Administração Financeira. 2ª ed. São


Paulo: Saraiva, 2006.

HOJI, M. Administração Financeira: Uma abordagem prática. 4ª ed. São Paulo:


Atlas, 2003.

MELLAGI, A, F e ISHIKAWA, S. Mercado Financeiro e de Capitais. 2ª ed.


São Paulo: Atlas, 2003.
40

MONTANA, P. J. e CHARNOV, B. H. Administração. São Paulo: Saraiva,


1998.

RIBEIRO, O. M. Contabilidade Básica Fácil. São Paulo: Saraiva, 2003.

SANVICENTE, A. Z. Administração Financeira. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1987.

SCHIRICKEL, W.K. Analise de Crédito: Concessão e gerencia de empréstimos.


2ª ed. São Paulo: Atlas, 1995.

SOBRINHO, J. D. V. Matemática Financeira. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1995.


41

Anexo- A

Questionário

Prezado (a) senhor (a);


Estamos realizando um estudo sobre o relacionamento do cidadão, com produtos financeiros destinados a pessoa
física (CRÉDITO) existentes em Santarém e contamos com a sua colaboração respondendo este questionário que
se segue. Não há necessidade de identificação e assim que possível os resultados serão disponibilizado ao público.
Desde já agradecemos.
Atenciosamente;
Prof. Adm. Aurecley Gomes da Silva
Pesquisador
Questões gerais:
Nome:..........................................................................................................................Sexo:.....................................
Escolaridade:.............................................................................Estado Civil:...........................................................
Classe: (..)receita de até 03 salários; (..)receita entre 03 e 06 salários; (..)receita entre 06 a 10 salários; (..)receita
acima de 10 salários.

Questões específicas:
1- Qual instituição, você comumente procura, quando deseja realizar um empréstimo ou financiamento (operação
que gera obrigação a ser liquidada numa data futura), seja via cartão de crédito; limite bancário; cheque especial;
crediário ou qualquer outro tipo de empréstimo ou financiamento?
R=
2- Qual o produto financeiro de crédito (cartão de crédito; limite bancário; cheque especial; crediário ou qualquer
outro tipo de empréstimo ou financiamento) você mais utiliza?
R=
3- Quais as informações sobre o crédito (empréstimo ou financiamento) desejado, você costuma solicitar por
considerá-las importantíssimas?
R=
4- Como você costuma analisar as informações do crédito desejado, colhidas na instituição financeira (empresa
credora)?
R=
5- Quais recursos, ou seja, ferramentas financeiras (T.I.R./ V.P.L./ V.F./ tabelas etc.), você utiliza como suporte na
análise de propostas de crédito (empréstimos e financiamentos)?
R=
6- Como costuma esclarecer suas dúvidas sobre o produto de crédito (empréstimo ou financiamento) que você
deseja obter?
R=
7- Como você costuma fazer o seu planejamento orçamentário (programação de quando, e com o quê comprometer
suas receitas)?
R=
8- Como você define sua liquidez (capacidade de pagar dívidas com as receitas do mesmo período)?
R=
9- Como você define o seu percentual de endividamento, ou seja, a soma dos pagamentos, dividido, pela soma dos
recebimentos e o resultado multiplica-se por 100 para definir o percentual (quanto de sua receita está
comprometido com dívidas)?
R=
10- Qual a maior dúvida sobre os empréstimos e financiamentos que você consome, gostaria de esclarecer?
R=
42

Anexo- B
43

Anexo- C

MANUAL PRÁTICO DE FINANÇAS

APRESENTAÇÃO

Muitas são as dificuldades que as pessoas dizem encontra, quando buscam trabalhar com os conceitos e/ou
com ferramentas financeiras. Nosso objetivo é eliminar ou atenuar o impacto gerado pelo pouco ou nenhum
conhecimento de administração financeiro de muitas pessoas, ao defrontar-se com operação em finanças.
O Manual Prático de Finanças vem levar a público, as mais usuais ferramentas e métodos de administração
financeira utilizadas na prática. Como o interesse maior desta obra é produzir facilidades para quem busca
orientação em finanças, propomos trabalhar com a mais difundida e utilizada ferramenta de auxílio financeiro, a
calculadora HP12C.
Como são muitas as funções da calculadora HP12C, apresentaremos as informações básicas de uso e de
aplicabilidade mais freqüente deste equipamento. Os exemplos e exercícios propostos serão solucionados, com
demonstração passo a passo para melhor acompanhamento, todos solucionados com auxílio dessa grandiosa
ferramenta.
Nós propomos vários exercícios e problemáticas, que ocorrem com freqüência no cotidiano de pessoas e
empresas, aqui, nos empenhamos também em produzir com determinada ênfase, as possíveis interpretações para
os resultados encontrados. Todo esse trabalho se firma na praticidade oferecida pela HP12C em operações
financeiras e na possibilidade de análise das respostas obtidas, como meio de orientar o público alvo.

Sumário
Instruções sobre a HP12C...............................................................................................................................................I

Usando a HP12C.............................................................................................................................................................II

Práticas Financeiras com a HP12C ..........................................................................................................................III

I. Instruções sobre a HP12C:


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Aqui apresentamos as informações básicas para manuseio da calculadora HP12C, Seguindo os


questionamentos e as instruções enumeradas, será possível trabalhar de forma satisfatória com esta ferramenta.
1. Como ligar e desligar a calculadora?
_Usar a tecla (ON).
2. Como acionar as funções?
_A tecla de cor laranjada (f) aciona as funções apresentadas na calculadora em cor laranja e a tecla de cor azul
(g), aciona as funções em cor azul.
3. Como apagar registradores financeiros?
_Pressionando em seqüência as teclas (f) e (FIN).
4. Como apagar registros gerais?
_ Pressionando em seqüência as teclas (f) e (REG).
5. Como controlar o número de casas decimais?
_ Pressionando em seqüência as teclas (f) e em seguida o número desejado.
6. Como trocar separador de dígitos
_ Com a calculadora desligada mantenha pressionada a tecla (.) e ligue à calculadora pressionando (ON).
7. Como inverter os sinais de positivo e negativo?
_Sendo positivo todo número que aparecer no visor sem sinal algum, para torná-lo negativo basta pressionar a
tecla (CHS), pressionando novamente, ele volta a ser positivo.
8. Como inverter a ordem de dois fatores?
_ Para inverter a ordem em que foram introduzidos dois fatores, passando o primeiro termo para segundo, basta
pressionar a tecla (X≥Y).
9. Como manter um valor armazenado para base de operações?
_ Pressionando em seqüência as teclas (STO) e o número onde irá armazenar o valor desejado, em seguida digite o
valor que quer armazenar. Para acessar esse valor, basta pressionar (RCL). Para apagar registros use (f) e (REG).
10. Como alterar o formado de datas na memória da calculadora?
_ Pressionando em seqüência as teclas (g) (D.M.Y) que representa dia, mês e ano ou (g) (M.D.Y), mês, dia e ano.
Essa forma aparece no visor.
11. Como trabalhar cálculos usando períodos fracionados?
_ Pressionando em seqüência as teclas (STO) e (EEX), irá surgir no visor à letra (c), indicando ativa a função.

II. Usando a HP12C:


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O manuseio da calculadora HP12C é diferente das máquinas comuns, se faz necessário entender que este
equipamento, primeiro registra os valores para em seguida proceder com as operações desejadas. Assim, para
trabalhar operações simples temos que introduzir a primeira informação e dar um (ENTER), para em seguida
inserirmos a segunda informação e só depois acionamos a operação desejada, como segue:
Adição: 10 + 10 = 10 (ENTER) 10 (+);
Subtração: 20 – 10 = 20 (ENTER) 10 (-);
Multiplicação: 2 x 10 = 2 (ENTER) 10 (x);
Divisão 20 ÷ 2 = 20 (ENETER) 2 (÷);
Potenciação: 4³ = 4 (ENTER) 3 (Y*);
Radiciação: √25 = 25 (ENTER) (g) (√x).
Porcentagem: 20% de 300 = 300 (ENTER) 20 (%).

Obs. Sempre limpar os registradores financeiros (f) e (REG), antes de executar qualquer operação com a HP12C.

1. Como calcular a diferença percentual entre dois valores?


_Introduza o valor base, pressione (ENTER), em seguida digite o segundo valor e depois acione a tecla (∆%).
Ex: Vejamos a variação que ocorreu no preço de um automóvel que custou R$9.000,00 e foi vendido por
R$10.000,00.
Resposta: 9.000 (ENTER) 12.000 (∆%) → 33,33%. Neste caso o sinal positivo indica temos um ganho, mas se a
resposta fosse negativa, então teríamos uma perda de valor.
2. Como calcular a representação percentual de um valor, sendo este valor apenas uma parte de um todo?
_Introduza o valor da parte, pressione (ENTER), em seguida digite o valor do todo e acione a tecla (T%).
Ex: Se o total das vendas de uma loja durante a semana foi de R$7.950 e o melhor cliente desta loja comprou o
equivalente a R$3.920,00. Qual a representação em percentual deste cliente em relação ao todo vendido?
Resposta: 7.950 (ENTER) 3.920 (T%) → 49,31%. O valor encontrado representa o percentual da parte em
relação ao todo.
3. Como descobrir uma data no passado, tendo decorrido determinada quantidade de dias?
_Introduza a data atual, separando os dois primeiros dígitos com ponto e sem deixar espaço, em seguida entre com
o número de dias já decorridos (com sinal negativo) e pressione as teclas (g) (DATE).
Ex: Qual a data correspondente a 200 dias anteriores a 28 de outubro de 2008.
Resposta: 28.102008 (ENTER) 200 (CHS) (g) (DATE) → 11.04.2008 5. A 200 dias atrás de 28 de Outubro 2008
correspondeu ao dia 11 de Abril de 2008, sexta feira, indicada pelo número 5 no canto do visor, para a HP os dias
da semana são indicados pelos números de 1 a 7, onde o 1 representa a segunda e o 7 o domingo.
4. Como descobrir uma data no futuro, tendo decorrido determinada quantidade de dias?
_Introduza a data atual, separando os dois primeiros dígitos com ponto e sem deixar espaço, em seguida entre com
o número de dias já decorridos e pressione as teclas (g) (DATE).
46

Ex: Qual a data correspondente a 200 dias posteriores a 28 de outubro de 2008.


Resposta: 28.102008 (ENTER) 200 (g) (DATE) → 16.05.2009 6. A 200 dias após 28 de Outubro 2008
corresponderá ao dia 16 de Maio de 2009, sábado, indicada pelo número 6 no canto do visor.
5. Como descobrir o número de dias existentes entre duas datas?
_ Introduza a data mais antiga, separando os dois primeiros dígitos com ponto e sem deixar espaço, em seguida
entre com a data mais atual e pressione as teclas (g) (DATE).
Ex: Quantos dias de vida têm um homem que nasceu em 05 de Janeiro de 1975, sendo hoje 30 de Dezembro de
2008?
Resposta: 05.011975 (ENTER) 30.122008 (g) (∆DYS) → 12.413. Essa resposta corresponde ao número de dias
ocorridos entre as duas datas.

III. Práticas Financeiras com a HP12C:

1. O que é Taxa Equivalente?


_É a expressão em percentual que produz juros iguais para um mesmo período, mesmo estando determinadas
em unidades diferentes de tempo (ao dia, ao mês, ao ano e outros).
_Essa taxa pode ser calculada, somando a 1 (um) a taxa que se quer transformar e elevando o resultado ao
expoente adquirido através da divisão da unidade de tempo da taxa que se quer, pela unidade da taxa que se qem, o
produto dessa operação subtraímos de 1 (um) e multiplicamos por cem:
Taxa que se quer = iq FÓRMULA
Taxa que se tem = it q/t

iq = [(1+ it) -1] x100


Número relativo à fração do intervalo de tempo referente à taxa que se tem = t
Número relativo à fração do intervalo de tempo referente à taxa que se quer = q
Ex: Calcular a taxa anual (ano com 360 dias) equivalente a 2% ao mês.
Resposta: 1 (ENTER) 0,02 (+) 360 (ENTER) 30 (÷) (Y*)1 (-) 100 (x) → 26,82%. Valor correspondente a taxa
anual equivalente a taxa de 2% ao mês.
2. Juros Simples/ Capitalização Simples:
_A Capitalização Simples é a resultante da aplicação direta do capital pela taxa, a um determinado período.
Ex: Se você emprestou R$4.500,00 a um amigo, sob uma taxa de 12% ao mês durante 2 meses. Quanto espera
receber de juros?
Resposta: 4.500 (ENTER) 12 (x) 2 (x) 100 (÷) → 1080 -Valor correspondente aos juros.

3. Juros Compostos/ Capitalização Composta e Série de Pagamentos:


_A Capitalização Composta é o produto da aplicação de uma taxa, sobre um capital acrescido pelos juros
produzidos em período anterior, por um determinado tempo.
47

Nomenclatura:
Valor Presente = VP
Valor Futuro = VF
Taxa da operação equivalente ao período = i
Prazo da operação = N
Parcelas de pagamento ou recebimento = PMT
Ex1: Qual o montante a ser resgatado, no final de 12 meses, de uma aplicação de R$8.000,00 a taxa de 3% ao
mês?
Resposta: 8000(CHS) (PV) 12 (N) 3 (i) (FV) → 11.406,09. A resposta diz respeito ao capital mais os juros
gerados pela operação (vulgarmente conhecida como juros sobre juros).
Ex2: Qual o montante gerado pela aplicação de 5 parcelas mensais d R$2.500,00 cada, à taxa de 1,9% ao mês,
sabendo-se que as aplicações se deram ao final de cada período (termos vencidos).
Resposta: 2.500 (CHS) (PMT) 1,9 (i) 5 (N) → 12.984,11. Corresponde ao montante gerado pela aplicação das
parcelas.
Ex3: Qual o montante gerado pela aplicação de 5 parcelas mensais d R$2.500,00 cada, à taxa de 1,9% ao mês,
sabendo-se que as aplicações se deram no inicio de cada período (termos antecipados).
Resposta: (g) (BEG) 2.500 (CHS) (PMT) 1,9 (i) 5 (N) → 13.230,81. Corresponde ao montante gerado pela
aplicação das parcelas.
Ex4: Uma aplicação de R$1.540,00 rende 6 parcelas de R$150,00 por mês e um valor de resgate de R$1.000,00.
Qual a taxa de juros da aplicação?
Resposta: 1.540 (CHS) (PV) 150 (PMT) 1000 (FV) 6 (N) (i) → 4,52% ao mês.
4. Série de pagamentos variáveis, o que são?
Nomenclatura:
Valor presente Líquido = NPV
Fluxo de caixa no momento zero = CFo
Fluxo de caixa do período = CFj
Taxa interna de retorno = IRR ou TIR
Numero de vezes em que o valor de um fluxo de caixa se repete por períodos subseqüentes = Nj
_São séries de pagamentos ou recebimentos onde podem ocorrer variações nos fluxos de entradas ou de saídas em
progressão aritmética, geométrica ou de forma aleatória. A solução envolve a mesma problemática da NPV (valor
presente líquido) e IRR (taxa interna de retorno), Como se segue:
Ex: Um empréstimo de R$ 22.000,00, será liquidado em três prestações mensais e sucessivas de R$
12.000,00, R$ 5.000,00 e R$ 8.000,00. Considerando uma taxa de juros de 7% ao mês, como ficará o valor
presente líquido do mesmo.
48

Resposta: 22.000 (CHS) (g) (CFo) 12.000 (g) (CFj) 5.000 (g) (CFj) 8.000 (g) (CFj) 7 (i) (f) (NPV) →
R$112,53. Onde se conclui que o fluxo de saída de 22.000 aplicado a 7%, não cobrirá as prestações assumidas,
restando uma diferença de R$112,53.
5. Método da Taxa Interna de Retorno - IRR:
_Amplamente utilizado na avaliação de investimentos, consiste em igualar em uma data qualquer, os valores
tomados emprestados ou aplicados aos valores pagos ou recebidos. Implicitamente, assume que todos os fluxos de
caixa deverão ser reinvestidos à própria taxa de retorno, calculada na operação. Assim, comparam-se as opções de
investimento ou financiamento, pelas taxas de retorno que cada uma apresenta. Para investimentos a que
apresentar maior taxa de retorno será a melhor opção, mas para financiamentos a análise é oposta, a menor taxa
apresenta a melhor opção.
Ex: Um empréstimo de R$150.000,00 deverá ser pago em 8 parcelas mensais, sendo as 3 primeiras de
R$30.000,00, as 3 seguintes de R$40.000,00, a 7ª de R$ 20.000,00 e a 8ª de R$25.000,00. Qual a TIR ou IRR
dessa operação?
Resposta: 150.000 (CHS) (g) (CFo) 30.000 (g) (CFj) 3 (g) (Nj) 40.000 (g) (CFJ) 3 (g) (NJ) 20.000 (g)
(CFJ) 25.000 (g) (CFj) (f) (IRR) → 13,82% ao mês. A IRR encontrada será base para comparação com outras
opções de crédito.
6. Método do Valor Presente Líquido - NPV:
_Consiste em trazer os valores de um fluxo de caixa para o momento inicial da operação, descontando as entradas
de saídas a uma taxa de juros conhecida e procedendo a soma desses valores.
Ex: Suponhamos a possibilidade de adquirir um apartamento, pagando a vista R$60.000,00, ou a prazo
sendo uma entrada de R$16.000,00, mais 12 parcelas de R$3.600,00 e 12 de R$5.637,20. Tendo condições de
assumir a obrigação à vista ou a prazo, mantendo nesta escolha a possibilidade de aplicar o restante do dinheiro em
títulos que rendem 6% ao mês.
Resposta: g BEN (considera termos antecipados, como a entrada) 60.000 ENTER \\ 16.000 \\ - \\ g CFo \\
3.600 CHS g CFj \\ 12 g NJ \\ 5.637,20 CHS g CNj \\ 12 g NJ \\ 6 i \\ f NPV → -9.669,31. O valor negativo
determina o prejuízo que se tem com a compra a prazo.
7. Sistema de Amortização:
_Permite calcular partes do principal, dos juros e do saldo devedor, após um ou mais pagamentos, referente a
desembolsos ou recebimentos.
Nomenclatura:
Apresenta parte do pagamento dos juros = (f) (AMORT)
Apresenta parte do pagamento do principal = X≥Y
Apresenta o número de pagamentos amortizados = R↓
Apresenta o saldo devedor = (RCL) (PV)
Apresenta o número total de pagamentos amortizados = (RCL) (N)
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Ex: Suponha um empréstimo de R$ 60.000,00 a taxa de 1,2% ao mês, para compra de uma casa. Serão
necessárias 180 parcelas iguais e sucessivas para quitação. Como determinar o valor das parcelas, os juros e o
saldo devedor acumulados até a parcela de número 120?
Resposta:
1º Passo: 60.000 (CHS) (PV) 1,2 (i) 180 (N) (PMT) → 815,23. Valor das parcelas de pagamento.
2º Passo: 120 (f) (AMORT) → 72.554,60. Valor dos juros acumulados até a parcela de número 120.
3º Passo: (X≥Y) → 25.273,00. Valor total de amortização do principal até a parcela de número 120.
4º Passo: (RCL) (PV) → -34.727,00. Saldo devedor restante após a parcela de número 120.
Obs. Os cálculos devem ser executados de forma continua (1º; 2º; 3º e 4º passos), para não perder os registros
gerados no passo anterior, ou será necessário repetir o 1º e o 2º passos.

CONCLUSÃO

O manual prático de finanças é uma ferramenta de auxilio e suporte técnico para atividades que envolvem
operações financeiras, desenvolvido para ser aplicado exclusivamente em trabalhos com a calculadora HP12C.
A facilidade, agilidade e comodidade oferecidas pela HP12C no processo de análise e avaliação de operações
financeiras de investimentos e/ou financiamentos, formam a base deste trabalho.
Objetivando suprir a necessidade de pessoas comuns, com pouca ou nenhuma intimidade com administração
financeira, O Manual Prático de Finanças propõe elucidar, esclarecer e facilitar a vida desses indivíduos pela
compreensão e capacitação que se adquiri com a resolução acompanhada (passo a passo) dos exercícios e
exemplos propostos.
Muitos trabalharam para criar uma máquina (HP12C) capaz de satisfazer inúmeras necessidades dos operadores do
mercado financeiro, facilitando e agilizando o trabalho dos mesmos, nada é mais justo, do que tornar público e
simplificado o acesso e a utilização desta importantíssima descoberta, seja para empresas ou pessoas comuns. Esse
é o principal foco do trabalho em questão.

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