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Introdução ao estudo da fisiologia - 1

Introdução ao estudo da
fisiologia

Para compreendermos melhor o estudo da fisiologia é


preciso que tenhamos em mente importantes conceitos
biológicos. A fisiologia por definição é uma área da biologia
que estuda as funções orgânicas e os processos biológicos
da vida. A fisiologia do exercício é a aplicação da fisiologia
humana ao exercício.Estudaremos como o organismo se
comporta durante o estresse provocado pela atividade física.
Este capítulo tem o objetivo de resgatar alguns
conhecimentos básicos que serão muito importantes para o
estudo da fisiologia.Tentar sanar possíveis déficits do
aprendizado da biologia do curso médio.

Níveis de organização biológica

Todos os seres vivos são formados por átomos que,


reunidos, servirão para a construção das moléculas. A
reunião de moléculas dá origem aos organóides celulares,
antigas organóides citoplasmáticos. A célula é constituída de
um modo geral por uma membrana plasmática, citoplasma e
um núcleo (eucarióticas). Quando temos um conjunto de
células semelhantes na sua estrutura e função temos um
tecido. Diferentes tecidos reunidos formam um órgão que

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associados a outros órgãos para realizar tarefas comuns


formam um sistema. A interação de vários sistemas leve a
um organismo.
1-Átomo 2-Molécula

3-Organóide 4-Célula

5-Tecido 6-Órgão

7-Sistema 8-Organismo

CÉLULA
Membrana celular

As células encontram-se individualmente separadas por


uma membrana plasmática lipoprotéica, formada de lipídios e
proteínas, essa constituição sugeriu a dois pesquisadores,
Singer e Nicolson, o modelo do Mosaico Fluido, A
membrana celular tem funções específicas como a proteção
celular, permeabilidade seletiva, potencial de repouso,
despolarização, repolarização e transporte através das
proteínas.

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Figura 1.1 – Membrana celular.

Quanto aos processos de transporte, estes podem ser


ativos ou passivos, ou seja, utilizam ou não energia,
respectivamente. Dois desses processos são físicos: osmose
e difusão, e outros três são biológicos: transporte ativo,
fagocitose e pinocitose. As proteínas de membrana
desempenham diferentes funções:

 Adesão;
 Intercâmbio de substâncias;
 Receptores;
 Transporte ativo;

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 Ação enzimática;
 Difusão facilitada;
 Ponto de ancoragem para o citoesqueleto.

As substâncias podem ser trazidas para dentro da célula


ou expelidas. Alguns processos de transporte são ilustrados
a seguir.

Fig. 1.2 – netter, pág. 21

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Organóides celulares

O interior da célula é chamado genericamente de


citoplasma. O citoplasma é dividido em hialoplasma, parte
líquida, e organóides, componentes que compõe a célula em
funcionamento. Os principais organóides componentes da
célula são:

 Membrana plasmática;
 Lisossomos;
 Retículo endoplasmático rugoso ou granuloso;
 Retículo endoplasmático liso ou não granuloso;
 Mitocôndrias;
 Complexo de golgi;
 Centríolos;
 Ribossomos;
 Núcleo.

Cada um desses componentes está disperso no


hialoplasma interagindo uns com os outros para manutenção
das funções celulares. As reações ocorrem devido a grande
quantidade de água no interior celular que favorece o

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espalhamento de substâncias e a realização de reações


químicas.

Figura 1.3 – Organóides celulares.

Cada um dos organóides possui funções especializadas


que serão estudadas agora neste capítulo.

Membrana plasmática

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Como já foi comentado a membrana controla a entrada


e saída de substâncias da célula, ou seja funciona como o
limite da célula.

Lisossomos

São organóides membranosos, com formato esférico e


que contém enzimas digestivas. Acredita-se que sejam
originados a partir do Complexo de Golgi. Para exemplificar
a ação dos lisossomos podemos citar sua participação no
processo de defesa do organismo e em certas doença
degenerativas do organismo humano, onde se acredita que a
degeneração ocorra devido à liberação de enzimas dentro da
célula (Ex.: artrite e doenças das articulações ósseas).

Retículo endoplasmático rugoso

Esse também é um organóide membranoso e apresenta


mudança de forma de acordo com o estado da célula.
Substâncias acumuladas neste organóide podem distender
as paredes membranosas, fazendo surgir uma vesícula. Este
retículo recebe o nome de rugoso por apresentar aderidos a
suas paredes ribossomos. O retículo também participa da
síntese protéica.

Retículo endoplasmático liso

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O retículo endoplasmático liso tem com suas principais


funções o transporte de materiais dentro da célula, o
armazenamento de substâncias, regulação osmótica e
síntese de diversas substâncias. Este retículo não possui
ribossomos na sua membrana.

Mitocôndrias

A energia necessária para o metabolismo celular


provém dos substratos energéticos que ingerimos e que irão
favorecer a síntese do ATP,o “combustível” do organismo.
A maior parte da energia obtida pela célula é através das
reações que ocorrem dentro da mitocôndria. Possui uma
dupla membrana que é internamente pregueada formando as
cristas mitocondriais. Entre as cristas existe um material
fluido conhecido como matriz.

Complexo de golgi

O complexo é um conjunto de sacos achatados,


dictiossomos, e lembram uma série de pratos empilhados.
Tem a função de empacotamento de substâncias. Outras
funções são recepção de proteínas produzidas no retículo
endoplasmático rugoso, produção de muco entre as células,
formação de acrossomo em espermatozóides.

Centríolos

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Uma das funções celulares é a multiplicação e nessa


função os centríolos são a base protéica, o chamado fuso de
divisão celular. Os centríolos são formados por uma série de
microtúbulos protéicos, que fazem parte do citoesqueleto, e
de modo geral se situam próximo ao núcleo. Em cada célula
animal existe um par de centríolos, localizados
perpendicularmente um em relação ao outro.

Ribossomos

São organóides não membranosos fabricantes de


proteína celular, são também constituídos por RNA e
proteína. Sua distribuição pode ocorrer livre no citoplasma,
aderidos ao retículo endoplasmático rugoso e presos una aos
outros por uma fita de RNA.

Núcleo

É separada do citoplasma pela carioteca, membrana


dotada de inúmeros poros que permitem a passagem de
diversas substâncias. Em certos lugares observa-se uma
continuidade entre o núcleo e o retículo endoplasmático. No
interior onde ocorrem diversas reações químicas encontra-se
o nucleoplasma, material viscoso equivalente ao
hialoplasma.

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É no núcleo onde se encontra o material genético


humano (DNA e RNA). O DNA é uma macromolécula
constituída pelo ácido desoxirribonucléico. É comum dizer
que o DNA forma uma dupla hélice com uma seqüência de
informações. Cada trecho do DNA que contém uma
informação é chamado gene. O RNA é um filamento simples,
ou seja, possui uma fita de ribonucleotídeos. Outra diferença
entre DNA e RNA é que o RNA possui o açúcar ribose e o
DNA possui o açúcar desoxirribose.
Existem basicamente três tipos de RNA: ribossômico,
mensageiro e transportador. O RNA ribossômico é de maior
peso molecular e é constituinte majoritário do ribossomo. O
RNA mensageiro pé de peso molecular intermediário e atua
conjuntamente com os ribossomos na síntese protéica. O
RNA transportador é de menor peso molecular e está
encarregado de levar os aminoácidos que serão utilizados na
síntese protéica.

COMPARTIMENTOS LIQUIDOS

Após revisarmos rapidamente de noções da fisiologia


celular iremos agora abordar o primeiro assunto relacionado
com a fisiologia do exercício. Primeiramente é de grande
importância ressaltar que o corpo humano é constituído de
cerca de 60% a 70% de água (Líquido total – LT). Existem
também duas divisões do LT que são o Líquido extracelular
(LEC – 1/3 do LT) e Líquido intracelular (LIC – 2/3 do LT).

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Ainda sim o LEC se divide em Líquido Vascular (LV – 55% da


volemia) e Líquido Intersticial (LI). A partir das relações
dadas podemos então calcular a quantidade de líquidos
corporais em situação normal ou em caso de desidratação,
que normalmente ocorre quando praticantes de atividade
física não se mantém bem hidratados durante uma atividade
praticada sob forte calor e com duração prolongada. Outro
compartimento, chamado Líquido transcelular,compreende
pequeno volume de líquidos no espaço sinovial, peritoneal,
pericárdico,intraocular,subaracnóideo,nos canais
semicirculares,etc
O sangue possui em sua constituição tanto líquido
intracelular quanto líquido extracelular (plasma) e
corresponde à cerca de 8% do peso corporal total.
A principal função dos líquidos é levar as diversas inúmeras
partículas às células e delas recolher outras tantas que
serão conduzidas a outras ou eliminadas.

AFOGAMENTO

Existem duas possibilidades de afogamento quanto à


água aonde ocorre. Pode ocorrer um afogamento em água
salgada ou em água doce, caracterizando portanto dois tipos
de procedimento a serem tomados. Primeiramente
precisamos saber qual é a fisiopatologia desses dois tipos de
afogamento.

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Quando ocorre um afogamento em água salgada ocorre


um comprometimento do sistema cardiovascular e
respiratório muito grande, pois a hipertonicidade da água
salgada em relação ao plasma sanguíneo favorece a
passagem de líquidos corporais para dentro do alvéolo
pulmonar através de osmose e sais para o sangue através de
difusão. Esse acontecimento provoca hipovolemia e diminui a
área alveolar para trocas gasosas por conta do edema
pulmonar.
Em caso de afogamento em água doce o sistema que
será mais prejudicado será o sistema cardiovascular. O
hipotonicidade da água doce em relação ao plasma
sanguíneo causa uma passagem de água para o sangue que
irá provocar um aumento da pressão arterial assim como
uma maior diluição do plasma sanguíneo.
Notoriamente o afogamento em água salgada traz
maiores prejuízos por provocar danos a dois sistemas
concomitantemente. O risco de morte em casos onde o
socorro é demorado é muito maior se o afogamento
acontecer em água salgada.
Devemos salientar que essas complicações do afogamento
são tardias e que a primeira preocupação do socorrista
deverá ser a desobstrução das vias aéreas e oxigenação.
O grau de afogamento poderá ser estimado pela
sintomatologia que o afogado apresenta e obviamente,quanto
maio esse grau,maior será o risco de morte.

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