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REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE PSICOLOGIA – ISSN: 1806-0625

Ano V – Número 8 – Maio de 2007 – Periódicos Semestral

TRANSTORNO DESAFIADOR/OPOSITOR: UMA REVISÃO DE LITERATURA

PAULO, Marta Mantovanelli


Discente do Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências da Saúde – FASU/ACEG – GARÇA/SP
– BRASIL
e-mail: mamismarta@hotmail.com

RONDINA, Regina de Cássia


Docente do Curso de Psicologia - FASU/ACEG – GARÇA/SP – BRASIL
e-mail: rcassiar@terra.com.br

RESUMO

Este trabalho apresenta uma breve revisão da literatura sobre o Transtorno Desafiador
Opositor (TDO). Este é um transtorno que tem como base padrões de comportamentos
negativistas, hostis e desafiadores. Crianças que apresentam TDO apresentam tendência a se
descontrolar, discutir com adultos, recusar-se a fazer o que lhes é dito, entre outros
comportamentos de oposição. A literatura apresenta um conjunto de fatores que podem influenciar
o aparecimento do problema. Dentre eles, principalmente, os comportamentos paternos são
mencionados pela maioria dos autores. Os tratamentos recomendados com maior freqüência, são a
psicoterapia individual da criança, associada a aconselhamento e treinamento parental, entre outros
aspectos.

Palavras-chave: Transtorno, desafiador, oposição, infância, tratamento.

ABSTRACT

This work presents one brief revision of literature on Desafiator Opositor Disorder (TDO). The
TDO is a disorder that has as base negative, hostile and challenging behavior’s patterns. Children
who present TDO present trend if to uncontrol, to argue with adults, to oppose to make it what and
said to them, among others opposition behaviors. Literature presents several of factors that can
influence the initiation of the problem. Amongst them, mainly the paternal behaviors are mentioned
by the majority of the authors. The treatments more frequently recommended are the individual
psychotherapy of the child, associated to the advicing and parental training, among others aspects.

Revista Científica Eletrônica de Psicologia é uma publicação semestral da Faculdade de Ciências da Saúde de
Garça FASU/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das
Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br –
www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
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Ano V – Número 8 – Maio de 2007 – Periódicos Semestral

Key-Words: Disorder, challenging, opposition, childhood, childhood, treatment.

1. INTRODUÇÃO

O Comportamento Desafiador Opositor (TDO) consiste em um transtorno


psicológico caracterizado, principalmente, por comportamentos apresentados pela
criança no sentido de agir contrariamente àquilo que se pede ou se espera delas.
Esse problema vem sendo, progressivamente, objeto de estudos e publicações
científicas. Há um consenso entre pesquisadores quanto às características usadas
para descrever o TODO, evidenciadas, por exemplo, nos excertos a seguir.

O transtorno de oposição (TDO) é um transtorno disruptivo,


caracterizado por um padrão global de desobediência, desafio e
comportamento hostil. Os pacientes discutem excessivamente com
adultos, não aceitam responsabilidade por sua má conduta, incomodam
deliberadamente os demais, possuem dificuldade de aceitar regras e
perdem facilmente o controle se as coisas não seguem a forma que eles
desejam (SERRA-PINHEIRO et al., 2004, p.273).

Os sintomas característicos e mais comuns do problema são os seguintes,


considerando o comportamento do portador::

...freqüentemente perde a paciência; freqüentemente discute com


adultos; com freqüência desafia ou recusa-se ativamente a obedecer a
solicitações e regras dos adultos; com freqüência perturba as pessoas
deliberadamente e freqüentemente responsabiliza os outros por seu
erro sou mau comportamento. (KAPLAN; SADOCK; GREBB, 2003,
p.995).

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Especialistas no assunto afirmam que comportamentos dessa natureza


podem ser considerados, até certo ponto, como “normais” ou próprios de
determinada faixa etária, em termos evolutivos, como no começo da infância. Outra
faixa etária em que é muito comum o aparecimento desses comportamentos é na
adolescência, quando surge a necessidade de se separar dos pais e estabelecer
uma identidade própria (KAPLAN, SADOCK e GREBB, 2003, p.995).
Segundo diversos autores, comportamentos que caracterizam esse
transtorno, também, podem estar presentes em outros tipos de transtornos tais
como, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, transtornos cognitivos e
retardo mental. Como os sintomas se manifestam, geralmente, em idade pré-
escolar e podem evoluir de forma negativa, considera-se importante descrever e
caracterizar os limites, ou diferenças entre o que consiste em ‘normal ou
personalidade forte’, de condutas mal-adaptativas da infância decorrentes do TDO,
de modo a classificá-la, identificá-las e preveni-las, logo no início. Além disso, a
literatura apresenta um conjunto de fatores que podem influenciar o aparecimento do
problema. Dentre eles, principalmente, os comportamentos paternos são
mencionados, pela maioria dos autores:

Não existem padrões já definidos, mas quase todos os pais de


crianças com este transtorno desafiador opositivo, eles
próprios, são excessivamente preocupados com temas de
poder, controle e autonomia, as mães são excessivamente
controladoras e deprimidas e pais passivos - agressivos, e
muitas vezes foram filhos indesejados (KAPLAN; SADOCK e
GREBB, 2003, p.995).

Nesse sentido, é fundamental desenvolver estudos, de modo a investigar


estratégias terapêuticas direcionadas para o trabalho com essas crianças e suas
respectivas famílias, uma vez que a literatura sugere que o problema pode ser
agravado por fatores intrafamiliares.

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A meta central deste estudo é apresentar uma revisão da literatura sobre a


influencia da dinâmica familiar no surgimento e progressão dos sintomas, bem como
a importância de envolver familiares no processo de atendimento a crianças
portadoras do problema. Pretende-se com isso, contribuir para a elaboração de
estratégias psicoterápicas. Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto,
através de consultas junto a publicações em periódicos e livros-texto, no acervo da
Biblioteca da Faculdade de Ciências da Saúde (FASU/ACEG); também, foi efetuado
um levantamento de artigos, junto à base de dados em sites da Internet como:
Lilacs, Scielo, Medline, entre outros.

2. CONTEÚDO

Para facilitar o entendimento do assunto, é importante recorrer a critérios


oficiais. Conforme critérios diagnósticos estabelecidos no Manual Diagnóstico e
Estatístico dos Transtornos Mentais – Texto Revisado (APA, 2002), entende-se por
TDO:
A. Um padrão de comportamento negativista, hostil e desafiador durando pelo
menos 6 meses, durante os quais quatro (ou mais) das seguintes características
estão presentes: Freqüentemente perde a paciência; freqüentemente discute com
adultos; com freqüência desafia ou se recusa ativamente a obedecer a solicitações
ou regras dos adultos; freqüentemente perturba as pessoas de forma deliberada;
freqüentemente responsabiliza os outros por seus erros ou mau comportamento;
mostra-se freqüentemente suscetível ou é aborrecido com facilidade pelos outros;
freqüentemente enraivecido e ressentido; freqüentemente rancoroso ou vingativo;
B. A perturbação do comportamento causa prejuízo clinicamente significativo no
funcionamento social, acadêmico ou ocupacional;
C. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um
Transtorno Psicótico ou Transtorno do Humor;
D. Não são satisfeitos os critérios e conduta e, se o individuo tem 18 anos ou mais
não são satisfeitos os critérios para Transtorno da Personalidade Anti - Social.

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Ainda, segundo o que estabelece o DSM-IV-TR (APA, 2002), algumas


características e padrões do Transtorno Desafiador de Oposição podem variar, e/ou
estar associadas com outros tipos de transtornos:

O Transtorno Desafiador de Oposição é mais prevalente em famílias


nas quais os cuidados da criança são perturbados por uma sucessão
de diferentes responsáveis ou em famílias nas quais práticas rígidas,
inconscientes ou negligentes de criação dos filhos são comuns. O
Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade é comum em
crianças com Transtorno Desafiador de Oposição, assim como os
Tm
transtornos da Aprendizagem e da Comunicação (DSM-IV-TR
2002, p.126).

O Transtorno de Comportamento Desafiador Opositor na infância pode ser


acentuado por muitas variáveis. A literatura sugere que, entre outros fatores, o
prognóstico para uma criança com TDO depende, até certo ponto, de como funciona
a estrutura familiar. Também, pode influenciar no desenvolvimento do quadro, a
existência de psicopatologias co-mórbidas (KAPLAN, SADOCK e GREBB, 2003,
p.995).
Autores sugerem diferentes perspectivas de tratamento para o problema: ‘o
tratamento primário para este transtorno consiste em psicoterapia individual para a
criança, com aconselhamento e treinamento direto dos pais, acerca de habilidade de
manejo da criança (KAPLAN, SADOCK e GREBB, 2003, p.996).
Nessa linha de interpretação, terapeutas do comportamento enfatizam a
psico-educação dos pais para mudarem seu comportamento, a fim de desencorajar
o comportamento desafiador do filho e estimular o comportamento apropriado. A
terapia comportamental concentra-se no reforço seletivo e elogios ao
comportamento apropriado, ao mesmo tempo em que ignora e não reforça o
comportamento inapropriado, entre outros aspectos (KAPLAN, SADOCK, e GREBB,
2003, p.996). Segundo Serra-Pinheiro, et al. (2004), o Treinamento de Manejo
Parental, em abordagem cognitiva comportamental (TCC), tem por objetivo a

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modificação do comportamento da criança através das mudanças nos


comportamentos parentais, em relação à criança. Esse procedimento tem se
mostrado eficaz para TDO. O autor afirma, também, que as terapias cognitivas
entraram mais recentemente em evidência, alcançando índices de respostas de até
74%.
Além disso, Serra-Pinheiro et al. (2005), em seu artigo sobre a eficácia de
treinamentos de pais em grupo para pacientes com TDO, afirma que as
psicoterapias de diversas orientações teóricas têm sido utilizadas para tratar
transtornos disruptivos, sendo que a extensão de evidências que estão disponíveis
na literatura sugerem maior eficácia para os tratamentos em abordagem cognitivo-
comportamental:

TP consiste em ensinar aos pais o que modula o comportamento das


crianças e influencia a chance dele ocorrer novamente. Além disso,
ensina uma série de técnicas comportamentais envolvendo uso de
atenção diferenciada, sistemas de remuneração e de restrições de
remuneração, além de planejamento de situações de potencial
confronto (SERRA-PINHEIRO et al., 2005, p. 69 ).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considera-se importante efetuar estudos sobre o assunto, já que este


conhecimento pode contribuir com profissionais de Psicologia e de áreas afins, em
trabalho clínico e escolar, fundamentalmente. Como a família é o primeiro lugar para
o desenvolvimento da criança e a escola sendo o segundo mais importante, é
necessário pesquisar sobre o assunto, de modo a traçar estratégias de prevenção,
dentro do ambiente familiar e, também, no escolar, já que estes dois têm grande
importância na formação da personalidade e no comportamento das crianças.
Sendo assim, é preciso que sejam desenvolvidas mais pesquisas na área de
Psicologia e afins, referentes ao tema, a fim de oferecer subsídio às ações dos
profissionais às políticas públicas da saúde mental, dirigidas a essa população.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

tm
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-IV-TR : Manual diagnóstico e
estatístico de transtornos mentais. Trad. Claudia Dornelles; 4 ed. rev. Porto
Alegre: Artmed. 2002.

KAPLAN, Harold p I.; SADOCK Benjamim J.; GREBB Jack A. Compêndio de


Psiquiatria: Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 7 ed. Porto
Alegre: Artmed, 1997.

SERRA-PINHEIRO, Maria Antonia; SCHIMITZ, Marcelo; MATTOS, Paulo et al.


Transtorno desafiador de oposição: uma revisão de correlatos neurobiológicos e
ambientais, comorbidades, tratamento e prognóstico. Revista Brasileira de
Psiquiatria, v.26, n.4, p273-276. Dez. 2004.

SERRA-PINHEIRO, Maria Antonia; GUIMARÃES, Márcia; SERRANO, Maria Esther.


A eficácia de treinamento de pais em grupo para pacientes com transtorno
desafiador de oposição: um estudo piloto. Revista Psiquiatria Clínica, 2005, v.32,
n.2, p.68-72.

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