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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS.

AUTOR: DR. ANTONIO IVÁN RUIZ CHAVECO.

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS.

Para fazer possível a descrição matemática de um fenômeno real qualquer,


inevitavelmente terá que ser simplificado idealizá-lo, fazendo ressaltar e tomando em
conta só os fatores mais substanciais que atuam sobre este e desprezando os
menos consideráveis. Então surge indevidamente o problema sobre se foram
corretamente escolhidas ou não as hipóteses de simplificação.
A modelagem de muitos desses processos naturais e das Ciências em geral é feita
aplicando equações diferenciais, sejam estas do grau que forem em
correspondência com o problema que se queira estudar, o qual pode ser ou não por
médio de funções elementares, e em muitas ocasiões só podem-se descrever as
características das soluções e não escrever ela de forma implícita ou explicitamente.
Uma equação diferencial é uma relação funcional do tipo:

F ( x, y, y ' , y",..., y ( n ) ) = 0
Onde x é a variável independente e y, y ' , y",..., y ( n ) representam à função
desconhecida e suas derivadas.
Se n=1 tem-se a equação de primeira ordem seguinte:
F(x,y,y’)=0.
Tem ocasiões que essa equação pode ser resolvida com relação à derivada, a qual
se escreveria como a seguir:
y’=f(x,y) (1)
Uma solução da equação (1) é uma função y=y(x), que transforma a equação (1) em
uma identidade,
y’(x)=f(x,y(x)), igualdade que é satisfeita para todos os valores de x onde existem as
soluções da equação.
Exempo1: A função y = cekx é solução da equação y’=ky para todo x real, pois
kx
y’(x)= cke =ky(x).
Para cada valor de c ∈ R , temos uma solução da equação, mas se desejamos a
solução que passa por um ponto dado ( x0 , y0 ) do plano coordenado, nomeado plano

de fases, determina-se à solução que satisfaz essa condição, por exemplo, do

problema anterior a solução que satisfaz a condição y(0)=10, é y = 10e kx .

Teorema1: Se a função f(x,y) é contínua na região D, a equação (1) tem solução


para todo (x,y) nessa região.
Pode ser que a solução seja única, mas dada uma condição inicial ( x0 , y0 ) pode ter

mais de uma solução que passe por esse ponto, por isso é necessário conhecer as
condições de unicidade do problema.

Teorema de existência e unicidade.


A classe das equações diferenciais integráveis em quadratura é sumamente limitada;
por isso, já desde os tempos de Euler, obtiveram grande importância os métodos
aproximados na teoria de equações diferenciais. Na atualidade graça ao rápido
desenvolvimento da técnica de cálculo os métodos aproximado adquirem um valor
incomparavelmente maior.
Agora a minou resulta conveniente utilizar métodos aproximados com o uso de
calculadoras eletrônicas até nos casos em que a equação integra-se em quadratura.
Com grande freqüência a demonstração de teoremas de existência da solução da
também um método para a determinação exata ou aproximada da solução, o que
aumenta ainda mais a importância dos teoremas de existência.
A demonstração da existência das soluções de uma equação de primeira ordem da a
fundamentação do método de Euler de integração aproximada. Este método consiste
em que a curva integral buscada da equação diferencial,
dy
= f ( x, y ) ,
dx
que passa pelo ponto ( x0 , y0 ) , se substitui por uma quebrada construída por segmento

lineares cada um dos quais é tangente à curva integral em um dos seus pontos
fronteira. Nesse caso busca-se o valor da solução y=y(x) no ponto x=b, se b > x0 , o
segmento x0 ≤ x ≤ b divide-se em n partes iguais pelos pontos x0 , x1 ,..., xn , onde xn = b .

O comprimento de cada segmento xi +1 − xi = h chama-se passo do cálculo. O valor

aproximado da solução no ponto xi , é denotado por yi .


Para calcular y1 se substitui no intervalo x0 ≤ x ≤ x1 a curva integral buscada pelo
segmento de sua tangente no ponto ( x0 , y0 ) Pelo tanto,

y1 = y0 + hy '0 ,

onde y '0 = f ( x0 , y0 ) . Em forma análoga calcula-se,

y2 = y1 + hy '1 , onde y '1 = f ( x1 , y1 ) ;


y i = y i −1 + hy ' i −1 , onde y ' i −1 = f ( x i −1 , y i −1 ) , com i=3,4,...,n.
Se b < x0 , o esquema de cálculo se mantém, mas o passo h é negativo.

É natural esperar que quando h → 0 as quebradas de Euler se aproximem da gráfica


da curva integral buscada. Pelo tanto, ao diminuir o passo h o método de Euler da um
valor a cada vez mais exato da solução buscada no ponto b.

Teorema 2 (teorema de existência e unicidade): Se na equação,


dy
= f ( x, y ) (1),
dx
a função f(x,y) é contínua no retângulo D:
D = {( x, y ) ∈ R 2 / x0 − a ≤ x ≤ x0 + a, y0 − b ≤ y ≤ y0 + b} ,

E satisfaz em D a condição de Lipschitz:


f ( x, y1 ) − f ( x, y2 ) ≤ N y1 − y2 ,

Onde N é uma constante, então existe uma única solução y = y (x) ,

x0 − H ≤ x ≤ x0 + H da equação (1), que satisfaz a condição y ( x0 ) = y0 , onde,


 b 1
H < min a, ,  , M = max f ( x, y ) em D.
 M N

Observação: A condição de Lipschitz,


f ( x, y1 ) − f ( x, y2 ) ≤ N y1 − y2 ,
pode ser substituída por uma outra mais fácil de comprovar: a existência da derivada

parcial limitada f ' y ( x, y ) na região D.

Em efeito, se em D,
f ' y ( x, y ) ≤ N ,

então, ao aplicar o teorema do valor médio, obtém-se,

f ( x, y1 ) − f ( x, y 2 ) ≤ f ' y ( x, ξ ) . y1 − y 2 ,

onde ξ é um valor entre y1ey2 , pelo tanto o ponte ( x, ξ ) encontra-se em D.; por isso,

se, f ' y ( x, y ) ≤ N , então, f ( x, y1 ) − f ( x, y2 ) ≤ N y1 − y2 .

Demonstração do teorema1: Substituindo a equação diferencial


dy
= f ( x, y ) ,
dx
Coma condição inicial
y ( x0 ) = y0 ,
Pela equação integral equivalente,
x
y = y0 + ∫ f (t , y(t ))dt
x0
(2)

Para construir a quebrada de Euler y = y n (x ) que parte do ponto (x0 , y0 ) com um


H
passo hn = no segmento x 0 ≤ x ≤ x 0 + H , o processo é dividido em três etapas:
n
1) A seqüência y = yn (x ) é uniformemente convergente.

2) A função y ( x ) = lim yn é a solução da equação integral (2).

3) A solução y (x ) é única.
Para demonstrar a etapa (1), se expressa a equação (1) da forma,

y'n = f (x, yn (x)) +ηn (x) x k ≤ x ≤ x k +1 (3)

onde,

ηn (x) = f (xk , yk ) − f (x, yn (x)) ,


Em virtude da continuidade uniforme de f(x,y) em D, tem-se que

ηn ( x) < ε n (4)

onde εn → 0 quando n → ∞ .

Integrando (3) com relação a x entre x0 e x, e tendo em conta que y n ( x 0 ) = y 0 , tem-


se:
x x
y n ( x) = y 0 + ∫ f (t , y n (t ))dt + ∫ η n (t )dt (5)
x0 x0

Considerando um m>0, devido a validez de 4 para qualquer n, tem-se.


x x
y n+ m ( x) = y 0 + ∫ f (t , y n+ m (t ))dt + ∫ η n + m (t )dt (6)
x0 x0

Tomando o módulo da diferença entre (5) e (4), obtém-se,


x x
y n + m ( x) − y n = ∫ [ f (t, y n+ m (t )) − f (t , y n (t ) )]dt + ∫ [η n + m (t ) − η n (t )]dt (7)
x0 x0

A partir de (7) tendo em consideração (4) e a condição de Lipschitz quando


x 0 ≤ x ≤ x 0 + H , conclui-se que :
x
max yn+m (x) − yn (x) ≤ N max∫ yn+m (t) − yn (t) dt + (εn+m + εn ).H
x0 ≤ x≤ x0 + H
x0

De onde se conclui que,

(ε n+m + ε n )H
max yn+m (x) − yn (x) ≤ <ε
x0 ≤ x≤ x0 + H 1− NH
Para todo ε > 0 , e todo n > N1 (ε ) , assim chega-se a que y n (x ) é uniformemente

convergente em x 0 ≤ x ≤ x 0 + H , e converge y (x ) , onde y (x ) é uma função

contínua.
Para demonstrar a etapa (2), se passa ao limite na equação (5) quando n → ∞ :
x x
lim y n ( x) = y 0 + lim ∫ f (t , y n (t ))dt + lim ∫ η n (t )dt (8)
n →∞ n →∞ n →∞
x0 x0
Em virtude da convergência uniforme de y n (x ) para y (x ) , e a continuidade uniforme
de f(x,y) em D, a seqüência f ( x, yn ( x) ) converge uniformemente para f x, y ( x) . Assim ( )
pode-se passar ao limite dentro da integral na expressão (8), e assim conclui-se que:
x
y ( x) = y 0 + ∫ f (t , y(t ))dt .
x0

Para provar a etapa (3), suponha-se que existem duas soluções y1 ( x ) e y 2 ( x ) da


equação (2) tais que,

max y1 (x) − y2 (x) ≠ 0 .


x0 ≤x≤x0 +H

Assim ter-se-ia que,


x
y1 ( x) = y 0 + ∫ f (t, y (t ))dt
x0
1

E
x
y 2 ( x) = y 0 + ∫ f (t, y
x0
2 (t ))dt

Para todo, x 0 ≤ x ≤ x 0 + H , e restando membro a membro, e aplicando a condição de

Lipschitz se tem,
x
max yn+m(x) − yn (x) ≤ N max
x0 ≤x≤x0 +H x0 ≤x≤x0 +H ∫y
x0
n +m (t) − yn (t) dt
(9)
≤ NH max y1(x) − y2 (x)
x0 ≤xx≤x0 +H

Isso é uma contradição com que max y1 (x) − y2 (x) ≠ 0 , posto que pela hipótese
x0 ≤x≤x0 +H

1
do teorema H < , e de (9) se deduz que NH ≥ 1 . De isso se chega a que
N

max y1 (x) − y2 (x) = 0


x0 ≤x≤x0 +H

E assim ambas as soluções coincidem, ficando assim demonstrado o teorema.


Equações em variáveis separáveis.
Uma equação em varáveis separáveis é uma equação da forma:
f(y)dy=g(x)dx (3)
como temos a igualdade entre dois diferenciais suas integrais se diferenciam em
uma constante, assim temos que:

∫ f ( y )dy = ∫ g ( x)dx + C

Exemplo 2: Seja a equação xdx+ydy=o então sua solução é,


x2 / 2 + y2 / 2 = C , C ≥ 0
É evidente que a constante tem que ser não negativa, pois no membro esquerdo
temos uma soma de quadrados.
A continuação verá equações que podem ser reduzidas a variáveis separáveis.

1.- A equação da forma y’=f(ax+by), a y b reais, se reduz a variáveis separáveis por


médio da substituição:
z=a x+by ⇒ z’=a+by’ ⇒ z’=a+bf(z)
a que é uma equação em varáveis separáveis.

Exemplo 3: Seja a equação y’=2x+y.


dz
z=2x+y ⇒ z’=2+y’=2+z ⇒ = dx ⇒ z = Ce x − 2
2+ z
2.- A equação homogênea de primeira ordem
y
y' = f ( )
x
Pode ser reduzida a varáveis separáveis com a transformação
y dz
z= ⇒ x + z = f (z )
x dx
Que é uma equação em varáveis separáveis.

dy y  y
Exemplo 4: Seja a equação = + tg   .
dx x x
Esta equação com a transformação anterior adota a forma:
cos z dx  y
dz = ⇒ sen  = Cx , C ∈ R.
senz x  x
Exercícios:
Resolver as seguintes equações:
2
dy ex
1. =
dx ln y

(
2. x 1 + y
2
) − y(1 + x )dy = 0 ,
2
y(0)=1
dx
3. = 4t x, x(0)=2
dt

4. = ρ (ρ − 2)(ρ − 4)

5. tgydx-cotgxdy=0
6. (12x+5y)dx+(5x+2y)=0
dy
7. x = y + x2 + y 2
dx
dy
8. − ye x dx = 0
cos x
e2 x
9. senydy − dx = 0
cos 2 x

10. xydx − 4 + y 2 dx = 0 , y(1)=1

11. 1 + x 2 dy − 4 − y 2 dx = 0
( )
12. xydy = ( x + 1) y 3 − 3 y 2 + 2 y dx
x +1
13. ln ydy − dx = 0
y
14. 2x+y)dy=(4x+2y)dx

15. (x 2
)
+ xy − y 2 dx − xydy = 0

Equações lineares de primeira ordem.


Chama-se equação linear de primeira ordem a uma equação linear com respeito à
função desconhecida e a sua derivada. É dizer uma equação da forma:
y’+p(x)y=f(x) (4)
onde p(x) e f(x) são funções contínuas na região de integração.
Se f(x)=0 para todo x, a equação chama-se linear homogênea.
Para determinar a solução da equação (4) integramos a equação homogênea:
y’+p(x)y=0 (5)
e buscamos uma solução particular da equação de (4), e a soma delas é a solução
geral da equação (4).

y
Exemplo 4: Seja a equação y ' − = x 2
.
x
dy y
− =0 ⇒
dy dx
= ⇒ yh = cx
dx x y x
Para determinar a solução particular aplicaremos o método de variação da
constante, é dizer,

y p = c( x) x ⇒ y ' p = c' ( x) x + c( x)
E substituindo na equação obtemos:

c' ( x) x = x 2 ⇒ c(x)= x
3
/2 ⇒ y = cx + x3 / 2 .

Equação de Bernoulli.
A equação de Bernoulli constitui um exemplo de equação reduzível a linear, essa
equação tem a forma:

y '+ p ( x) y = f ( x) y n , n ≠ 0,1 .

Para se reduzir a linear, dividamos a equação por y n , assim temos:


y − n y '+ p ( x) y1− n = f ( x)

Equação que queda reduzida a linear só com a transformação z = y 1− n .


dy y x2
Exemplo 4: Seja a equação − = .
dx 2 x 2 y
Multiplicando por 2y obtemos a equação,

y2
2 yy ' − = x2
2x
Equação que se reduze a linear por médio da transformação, z = y 2 , chegando á
equação,
z
z '− = x2
x
cuja solução é,

x3
z = cx + , e assim,
2
x3
y = cx +
2
.
2

Exercícios.
16. y’+2xy=x, y(0)=-3.
17. xy’+y=2x, y(1)=1.

dy 1
18. = , y(-2)=0
dx x + y 2

19. y '+ y = e3 x
20. y' = 3x 2 y + x 2

21. x 2 y '+xy = 1
22. xdy=(xsenx-y)dx

1
23. xy'+ y =
y2

24. (
y ' = y xy 3 − 1 )
25. x 2 y '+ y 2 = xy
26. y '− y = e x y 2

27. xy '−(1 + x ) y = xy 2
28. x 2 y '−2 xy = 3 y 4 , y(1)=1/2.
y x
29. 2 y ' = − 2 , y(1)=1.
x y

Equação exata.
Uma equação da forma:
M(x,y)dx+N(x,y)dy=0 (6)
é uma equação diferencial exata se existe uma função U(x,y) tal que :
dU=M(x,y)dx+N(x,y)dy (7)
assim a equação toma a forma, dU(x,y)=0, e sua integral é:U(x,y(x))=C.
Considerando que a função U é duas vezes continuamente diferençável, e tendo em
conta que:
∂U ∂U
dU = dx + dy (8)
∂x ∂y
Chega-se a que, uma condição necessária e suficiente para que a equação (6) seja
exata, é que:
∂M ∂N
= , para todo (x,y) na região de integração.
∂y ∂x
De (6) e (8) tem-se que;
∂U ∂U
= M ( x, y ) , e = N ( x, y ) (9)
∂x ∂y

Integrando a primeira equação de (9) em relação a x, considerando ( x0 , y0 ) na

região de integração D, se obtém:


x
U ( x, y ) = ∫ M ( x, y )dx + C ( y )
x0

Derivando esta expressão em relação a y tem-se:

∂U ∂M
x

∂y
= ∫
x0 ∂y
dx + C ' ( y )

Fazendo uso da condição necessária e suficiente se chega a que,


y

C ( y ) = ∫ N ( x0 , y )dy ,
y0
Assim concluímos que a solução está dada por:
x y

∫ M ( x, y)dx + ∫ N ( x , y)dy = C
x0 y0
0 (10)

Exemplo 4: Seja a equação (x + y + 1)dx + (x − y 2 + 3)dy = 0 .


∂M ∂N
Tem-se que =1= , então é exata, aplicando a fórmula (10), temos que:
∂y ∂x

x y

∫ + + + ∫ − + 3)dy = C ,
2
( x y 1) dx ( x0 y
x0 y0

Chega-se a:

x2 y3
+ xy + x − + 3 y = C1 .
2 3
Há ocasiões em que a equação (6) não é exata, mas existe uma função µ ( x, y ) ,
chamada fator integrante tal que:
µMdx + µNdy = 0 ,
É exata, então,
∂µM ∂µN
= ,
∂y ∂x
Assim obtém-se que:

∂ ln µ ∂ ln µ ∂N ∂M
M− N= − (11)
∂y ∂x ∂x ∂y
Como se pode ver a equação (11) é muito difícil de resolver, mas, para casos
particulares se pode ser integrada sem muita dificuldade. Se µ = µ (x) , a equação
(11) tem a forma:
d ln µ ∂N ∂M
− N= − .
dx ∂x ∂y

Exemplo 4: A equação Linear y’+p(x)y=f(x). Pode ser integrada buscando um fator


integrante que só dependa de x, ou seja:
[p(x)y-f(x)]dx+dy=0.
Se µ = µ (x) , então,

d ln µ
µ = e∫
p ( x ) dx
− = − p ( x) ⇒ .
dx
Assim a equação linear adota a forma

[p(x)y-f(x)] e
∫ p ( x ) dx dx+ e ∫ p ( x ) dx dy=0,
Que como se pode comprovar é exata.

y
Exemplo 5: Seja a equação y '− = 3x .
x
dx
− ∫
Aqui se têm que µ = e x
⇒ µ =1/x. A equação então adota a forma:

 y  dy
 − 2 − 3 x dx + =0
 x  x
A qual é uma equação exata, assim temos que:
x y
 y  dy
− ∫  2 + 3 dx + ∫y x 0 = C
x0  x  0

E a solução é;

y
− 3 x = C1 ,
x
Então

y = c1 x + 3x 2

Observação: Para toda equação integrável em quadratura existe um fator


integrante, mas na maior parte das ocasiões é muito difícil determinar esse fator
integrante.

Exercícios:
Resolver as seguintes equações:
30. (2x-1)dx+(3y+7)dy=0
31. (5x+4y)dx+(4x-8 y 3 )dy=0

32. (y 3
) ( )
− y 2 senx − x dx + 3 xy 2 + 2 y cos x dy = 0

33. (y ln y − e )dx + x(ln y + 1)dy = 0


−x

dy
34. x = 2 xe x − y + 6 x 2
dx
 3   3 
35. 1 − + y dx + 1 − + x dy = 0
 x   y 
36. (tgx-senxseny)dx+cosxcosydy=0

(
37. 1 − 2 x 2 − 2 y ) dy
dx
= 4 x 3 + 4 xy

38. 2x-y)dx-(x+6y)dy=0

 y
39.  1 + ln x +  dx = (1 − ln x ) dy
 x
2x x2
40. dx − 2 dy = 0
y y

41. (e x
) ( )
+ y dx + 2 + x + ye y dy = 0, y (0) = 1
42. (x + y )2 dx ( )
+ 2 xy + x 2 − 1 dy , y (1) = 1 3
Aplicações das equações diferenciais de primeira ordem.

Existem múltiplos exemplos de aplicações das equações diferenciais de primeira


ordem, ente elas o desenvolvimento de capital, crescimento de colônias de
bactérias, estúdio de ortogonalidade de curvas, etc. Só veremos a modo de exemplo
as curvas ortogonais e o crescimento de colônias de bactérias.
È conhecido que dadas duas retas r1 e r2 não paralelas aos eixos coordenados são
perpendiculares se e somente se, seus coeficientes angulares satisfazem a relação:

m1 .m2 = −1 .
Duas curvas C1 e C 2 são ortogonais em um ponto se, e somente se, suas retas
tangentes forem perpendiculares no ponto de interseção.
Exemplo 6: Sejam as curvas definidas por y = x3 e x 2 + 3 y 2 = 4. elas são
ortogonais nos pontos de interseção.

Solução: Não é difícil ver que os pontos (1,1) e (-1,-1) são os pontos de interseção

dessas curvas. A inclinação da reta tangente à parábola é y ' = 3 x , logo,


2

y’(1)=y’(-1)=3.
dy x
Entretanto, a inclinação da reta tangente à elipse é = − , assim temos que as
dx 3y
tangentes nos pontos indicados têm as seguintes inclinações:
y’(1,1)=y’(-1,-1)=-1/3.
Assim temos que se cumpre à condição, portanto as curvas são ortogonais.

Quando todas as curvas de uma família G(x,y,c)=0 interceptam ortogonalmente


todas as curvas de outra família H(x,y,c)=0, então dizemos que as famílias são
trajetórias ortogonais uma da outra.

Exemplo 7: Encontre as trajetórias ortogonais da família de curvas y=c/x.


A derivada da família de hipérboles é:

c
y' = −
x2

Substituindo c=xy obtém-se,


dy y
=−
dx x
A equação diferencial da família ortogonal é:
dy x
=
dx y
Separando as variáveis e integrando obtemos:

y2 − x2 = c
Como se percebe é outra família de hipérbole.
Em muitos problemas de natureza real envolvendo crescimentos ou decrescimento
de populações aparece o problema de valor inicial seguinte:

dy
= kx, x (t 0 ) = x 0
dx
Onde em dependência do sinal de k, pode ser um crescimento ou um decrescimento
da população, sustância que se desintegra, capital, etc.

Exemplo 7: Em uma população de certa comunidade se tem um crescimento a uma


taxa proporcional ao número de pessoas presentes em qualquer instante. Se a
população duplicou em 5 anos, quando ela triplicará?

Solução: N(t)-população no momento t. Assim temo o problema:


dN
= kN , N (0) = N 0
dt
A solução desse problema tem a forma:

N ( t ) = N 0 e kt
Como para t=5 a população duplicou, temos que,

2 N 0 = N 0 e 5k ⇒ ek = 5 2 ⇒ k = ln 5 2
Assim temos que para que a população se triplique teríamos,
t
3 N 0 = N 0e t ln 5 2  ln 3 
⇒3=2 ⇒t =
5
5 .
 ln 2 
Exemplo 8: Segundo dados do IBGE a população no município de Tabatinga nos
censos dos anos de 1991 e 2000 foi respectivamente de 27. 923 e 37.919 habitantes
respectivamente. Aqui se tem que a taxa de crescimento da população foi de um
3.5%. Com esta taxa, qual deveria ser a população no ano 2010?
Solução: N(t)-população no momento t. Assim temo o problema:
dN
= kN , N (0) = N 0
dt
A solução desse problema tem a forma:

N ( t ) = N 0 e kt
3 .5
Onde N 0 = 37.919 , e k = , como t=10, tem-se que,
100
N (10) = 53.311 , o que não esta longe do que reportou o censo do 2010 que foi
52.279 habitantes.

Aplicações nas comunidades indígenas.


Um dos instrumentos usados pelos indígenas é a zarabatana o qual tem
mostrado muita efetividade na casaria.
Exemplo 9: Um índio com uma zarabatana quer atingir um macaco pendurado num
galho e coloca-se embaixo dele verticalmente, o índio aplica uma pressão
manométrica constante de P=5 kPa por detrás do dardo,o qual pesa w= 0.5N e tem
um área lateral de contato com aparte interna da zarabatana de A=1500mm2, a

separação do dardo e a zarabatana é de h= 0.01mm. A superfície interna da

zarabatana esta seca, o ar e o vapor da respiração do índio atuam como fluido

lubrificador entre o dardo e a zarabatana.

Esta mistura tem uma viscosidade de

µ =3.10-5 Ns/m2

Calcular:

a) A variação da Velocidade(V) com relação a Z, como função.

dV/dZ= f (P, D ,W A, h, V )

Quando se dispara o dardo acima verticalmente.


Solução.

Dados:

V = velocidade do dardo no instante t.

Z = altura do dardo no instante t.

t = 0, Z = 0 (boca do índio), a=dV/dt,V=dZ/dt, a aceleração e V- velocidade do dardo.

Para formar a equação diferencial precisamos da lei de viscosidade de Newton


dFi dV
=µ ,
dA dy
Fi – Força de resistência lateral do fluido a movimento do dardo.
Veja no gráfico

Da lei da viscosidade de Newton obtemos a força Fi de resistência pelo o fluido


viscoso.
dV V
dFi = µ dA = µ dA
dy h
De onde integrando
V
Fi = µ A
h
F
por outra parte P= , F –força produto da pressão manométrica,
Ai

Ai = π r 2 = π ( Di / 2 − h) 2

Aplicando a segunda lei de Newton e transformando convenientemente obtemos


dV
dV dV dZ dV
F − Fi − W = ma = m = m dZ = m =m V
dt dt dZ dt dZ
dZ
dV
onde isolamos
dZ
dV F − Fi − W PAi − µ VA / h − W Pπ ( D i / 2 − h ) 2 − µ VA / h − W
= = =
dZ mV mV mV

b) Calcular o comprimento necessário da zarabatana, sim deseja que a velocidade

do dardo na saída atinja 15 m/s.

Temos no anterior uma equação de variáveis separáveis com relação a V e Z,


obtemos.
mVdV
= dZ ,
A
P ( Di / 2 − h) π − W − µ V
2

h
integrando ambos os lados
15 l
mVdV
∫ A
= ∫ dZ ,
0 P ( Di / 2h) π − W − µ V
2 0
h
onde l é a longitude da zarabatana
De onde obtemos resolvendo as integrais uma expressão para calcular o l
Resposta l=1.88m

Exercícios:
Encontre as trajetórias ortogonais das famílias de curvas seguintes:
43. y=C/x

44. y = Cx
2

44. y = Ce − x

45. y = ( x − C )
2

1
46. y =
C + x
47. Em uma cultura, há inicialmente N 0 bactérias. Uma hora depois (t=1) o número

3N 0
de bactérias passa a ser . Se a taxa de crescimento é proporcional ao número
2
de bactérias presentes, determine o tempo necessário para que o número de
bactérias triplique.
48. A população de uma cidade cresce a uma taxa proporcional à população em
qualquer tempo.Sua população inicial de 500 habitantes aumenta 15% em 10 anos.
Qual será a população em 30 anos.
49. Segundo dados de IBGE a população de Tabatinga no ano 2010 é de 52.279
habitantes, isso representou uma taxa de crescimento com relação ao censo anterior
de um 3.4%. Com essa taxa de crescimento qual será a população no ano 2020?
Quantos anos demorarão em atingir uma população 100.000 habitantes?
50. Segundo dados de IBGE a população do Alto Solimões no ano 2010 é de
214.411 habitantes se a taxa de crescimento fosse a mesma de Tabatinga, qual será
a população no ano 2020? Quantos anos demorarão em atingir uma população de
um milhão de habitantes?

Equações lineares de ordem superior.


Muitos problemas da Ciência e a Técnica são modelados por equações de ordem
superior, em particular as equações lineares têm um role muito importante nas
aplicações fundamentalmente na Física.
Uma equação linear de ordem n tem a forma:

y ( n ) + p1 ( x) y ( n −1) + ... + pn ( x) y = f ( x) (12)

Onde p1 ( x),..., pn ( x), f ( x) são funções contínua na região de integração da equação,

[a,b]. Então para qualquer x0 ∈ (a, b) tal que:

y ( x0 ) = y 0 , y ' ( x0 ) = y '0 ,..., y ( n −1) ( x0 ) = y ( n −1) 0 (13)

Existe uma única solução de (12) que satisfaz a condição inicial (13).
Se f(x)=0 para todo x, então a equação (12) diz-se homogênea, a qual tem a forma:

y ( n ) + p 1 ( x ) y ( n − 1 ) + ... + p n ( x ) y = 0 (14)
Considerando um operador diferencial linear L tal que:

L[ y ] = y ( n ) + p1 ( x ) y ( n −1) + ... + p n ( x ) y
A equação (14) toma a forma:
L[y]=0 (15)

Propriedades.
m

1.- Se y1 ,..., ym são soluções de (15), então ∑i =1


c i y i é solução de (15).

m m
D; L[ ∑ c i y i ]=
i =1

i =1
ci L[ yi ] = 0 .

É evidente que y(x)=0 é solução de (15), isso unida a que se satisfaz a propriedade
(1) implica que o o conjunto das soluções de (15) é um espaço vetorial de
dimensão n. Assim para ter qualquer solução de (15) só precisamos de uma base
de esse espaço.

2.- Se y=u+iv é solução então u e v são soluções de (15).


D; 0=L[u+iv]=L[u]+iL[v] ⇒ L[u]=0 e L[v]=0.
n
3.- Se y1 ,..., yn , são linearmente independente, então y h = ∑c y
i =1
i i é a solução

geral de (15), é dizer toda solução de (15) expressa-se dessa forma.

y1 ,..., yn -sistema fundamental de soluções.


Seja a equação linear homogênea com coeficientes constantes,

y ( n ) + a1 y ( n−1) + ... + an y = 0 (16)

Onde ai , (i = 1,..., n) são constantes, neste caso sem muita dificuldade podem
ser determinadas as n soluções LI da equação (16), as quais serão determinadas

da forma y = ekx , dado que temos uma combinação linear de uma função e sua s
derivadas. Substituindo y = e kx na equação (16), obtém-se:

k ne kx + a1k n −1e kx + ... + an ekx = 0.


Como e kx ≠ 0 , pode-se cortar essa expressão uma vez posta em evidencia, e
assim queda a equação,

k n + a1k n −1 + ... + an = 0 (17)

A equação (17) denomina-se equação característica da equação (17), e ela permite


uma vez determinados os valores de k obter as n soluções LI.

Caso I) Se k 1 , k 2 ,..., k n são n raízes reais diferentes de (17), então,

e k 1 x , e k 2 x ,..., e k n x ,

São as n soluções LI da equação (16).

Exemplo 8: Seja a equação: y”-3y’+2y=0.


A equação característica é,

k 2 − 3k + 2 = 0
E suas raízes são k1 = 2ek1 = 1 , assim a solução geral será;

y h = c1e 2 x + c2 e x .

Caso II) Si existem as raízes k1 = a + ibek2 = a − ib , da equação (17) então,


e ax (cos bx + isenbx ), é solução da equação (16), e assim a parte real

e ax cos bx e a parte imaginária e ax senbx são também soluções de (16). E são


as duas soluções LI correspondente a essa dupla de valores próprios.

Exemplo 9: Seja a equação: y”+4y=0.


Como as raízes da equação característica,

k 2 + 4 = 0 , são 2i e -2i, tem que, a solução geral da equação é:


y h = c1 cos 2 x + c2 sen 2 x

Caso III) Se k 1 é uma raiz da equação (17) de multiplicidade m, então essas m


soluções de (16) LI têm a forma:
e k 1 x , xe k 1 x ,..., x m − 1e k 1 x

Exemplo 10: Seja a equação y”+2y’+y=0.


A equação característica tem a forma,

k 2 + 2k + 1 = 0 ⇒ (k + 1)2 = 0 ,
tem-se a raiz k=-1 de multiplicidade 2. Assim a solução geral é,

yh = c1e − x + c2 xe − x .

Exercícios:
Determine a solução geral das equações seguintes:
51. y”+9y=0
52. y’’’+y’=0
53. y’’’+2y’’+y’=0
54. y”-7y’+12y=0
55. y’’’+10y’’+25y’=0
56. y’’+2y’+2y=0
57. y’’’+3y’’=0
Determine a solução que satisfaz a condição indicada:
58. y’’-y=0, y(0)=0, y’(0)=2.
59. y”-4y’+4y=0, y(0)=0, y’(0)=8
60. y’’-4y’+9y=0, y(0)2, y’(0)=0

61. y
IV
− y = 0 , y(0)=1, y’(0)=0y’’(0)=0y”’(0)=0

Método dos coeficientes indeterminados.


Dada la equação linear não homogênea com coeficientes constantes seguinte,

y ( n ) + a1 y ( n −1) + ... + a n y = f ( x ) (18)

ou o que é o mesmo
L[y]=f(x)

Teorema: Se y h é solução de (16) e y p é solução de (18), então y= yh + y p é

solução de (18).
D: Aplicando o operador a ambos os membros, temos que.

L[y]=L[ yh + y p ]=L[ y h ]+L[ y p ]=f(x).

O método dos coeficientes indeterminado consiste em expressar por médio de

coeficientes paramétricos a solução particular y p da equação (18), parâmetros

que são determinados de modo que tal função satisfaça a equação. Esse processo
é feito em correspondência com a função f(x), de acordo a como seja essa equação
assim será a solução da equação aparecendo assim quatro casos diferentes:
Caso I.- Se f(x) é um polinômio da forma,

f ( x ) = p m ( x ) = a 0 x m + a1 x n −1 + ... + a m −1 x + a m

Se k=0 é raiz da equação característica de multiplicidade r, então a solução


particular tem a forma,

y p = x r qm ( x) = x r [b0 x m + b1 x n−1 + ... + bm−1 x + bm ]

Exemplo 10: Seja a equação, y’’-y=x+1.

A solução da equação homogênea é, y h = c1e x + c 2 xe − x , onde 1 e -1 são as

raízes da equação característica, assim temos que yp =ax+b, pois f(x) é um

polinômio de grau um e o zero não é raiz da equação característica.


Avaliando na equação temos que

(0)+(ax+b)=x+1 ⇒ a=1, e b=1, então y p =x+1.

Caso II.- Se f ( x ) = p m ( x ) e α x , e α é raiz da equação característica de


multiplicidade r, então,

y p = x r q m ( x )eαx

Exemplo 11: Seja a equação y’’+3y’+2y= e − x


Aqui temos que y h = c1e −2 x + c2 xe − x , como que α =-1 é raiz da equação

característica de multiplicidade r=1, temos que :

y p = axe − x ⇒ y ' p = −axe − x + ae − x ⇒ y ' ' p = axe − x − 2ae − x

[ axe − x − 2ae − x ]+3[ − axe− x + ae − x ]+2[ axe− x ]= e − x ⇒ a=1.


−x
Assim, y p = xe .

Caso III.- Se f ( x) = [ pm ( x) cos βx + t s ( x) senβx] , e β i é raiz da equação


característica de multiplicidade r, então a solução particular da equação (18) tem a
forma :

y p = x r [ q k ( x ) cos β x + g k ( x ) sen β x ]
Onde k=Max{m,s}, indica o grado de tais polinômios.

Exemplo 11: Seja a equação y’’-4y=cosx.


As raízes da equação características são 2 e -2, assim,

yh = c1e 2 x + c2 e −2 x
E a solução particular tem a forma:

y p = a cos x + bsenx
Derivando e substituindo na equação, temos que,
-[acosx+bsenx]-[acosx+bsenx]=cosx

Assim temos que: a=-1/5, e b=0 ⇒ y p = − 1 / 5 cos x .

IV.- Se f ( x ) = eαx [ pm ( x ) cos β x + t s ( x ) senβ x ] , e α + β i é raiz da equação


característica de multiplicidade r, então a solução particular tem a forma:

y p = x r eαx [ pk ( x) cos βx + t k ( x ) senβx ]


Onde k=Max{m,s}, indica o grado de tais polinômios.

x
Exemplo 11: Seja a equação y’’-y’= e senx .
A solução geral da equação homogênea é:
yh = c1 + c2 e x
Como que 1+i não é raiz da equação característica, a solução particular tem a forma:

y p = e x [a cos x + bsenx]
Derivando e substituindo na equação temos que,

2e x [−senx + b cos x] -[ e [a cos x + bsenx] + e x [− senx + b cos x] ]=


x

e x senx
Igualando os coeficientes de expressões semelhantes temos que:

− a − b = 1

− a + b = 0
⇒ a=b=-1/2.

Conclui-se então que

1
y p = − e x [cos x + senx] .
2
m
Teorema: Se y i é solução da equação L[ y ] = f i ( x ) (i=1,...,m), então y= ∑ y i é
i =1

m
solução da equação L [ y ] = ∑
i =1
fi .

Exercícios: Resolver as seguintes equações não homogêneas.


62. y’’’-y’=2x.

63. y’’’-y= e
2x
+x.
64. y’’+y=cosx.
x
65. y’’+2y’+y= e cos x .
x
66. y’’’+4y’’+4y’= e senx .

67. y’’+6y’+9y=9.
68. y’’’+8y=cosx+2.
x
69. y’’+4y= e senx .
70. y’’’-3y’’+2y’=2x+1.
Método de variação das constantes.
Este é o método mais geral que existe para a determinação de uma solução
particular da equação (18), inclusive aplicável a equações com coeficientes variáveis
uma vez conhecido um sistema fundamental de soluções para a equação
homogênea.
n

Se y h = ∑c y
i =1
i i é a solução geral da equação homogênea (16), então se pode

determinar uma solução particular da forma:


n
y p = ∑ ci ( x ) y i
i =1

E dizer, considerando as ci = ci (x) , não como constantes senão como funções de

x, as quais são determinadas de modo que yp satisfaz a equação (18), assim para

sua determinação forma-se um sistema que permite lhe calcular.


n
y p = ∑ ci ( x) y i = C ( x). y h , o que é o mesmo o produto escalar desses vetores.
i =1

Derivando y p temos que y' p = C ' ( x). y h + C ( x). y ' h , se consideramos que y' p

tenha a forma que corresponde aos ci constantes, então teríamos

C ' ( x). y h =0 (19)-1.

E y' p = C ( x). y ' h , derivando novamente esta expressão temos que,


y' p = C ' ( x). y ' h + C ( x). y ' 'h , se fizermos novamente a suposição anterior, temos

que

y' p = C ( x). y ' ' h , e se teria a condição.


C ' ( x). y ' h =0 (19)-2

Continuando o processo se teria


C ' ( x). y ( n −1) h =0 (19)-(n-1)

E a n-ésima condição sai de considerar y p solução de (18), e assim temos que

C ' ( x). y ( n ) h =f(x) (19)-(n)


E o sistema é :

 C ' ( x ). yh = 0

 C ' ( x ). y 'h = 0

 .......... .........
(19)
 ( n −1 )
 C ' ( x ). yh = 0
 C ' ( x ). yh
(n )
= f (x)

Esses produtos escalares podem-se expressar em forma desenvolvida, por exemplo:


n
C ' ( x). y h = ∑ c'
i =1
i yi .

Exemplo 11: Seja a equação y’’+y=1/cosx.


Como se pode ver esta não é uma das equações do tipo tratado no método de
coeficientes indeterminados. A solução geral da equação homogênea é:

y h = c1 cos x + c2 senx
Buscaremos a solução particular da forma,

y p = c1 ( x) cos x + c2 ( x) senx

Assim o sistema para determinar as ci tem a forma;


 c '1 ( x ) cos x + c ' 2 ( x ) senx = 0

 1
 − c '1 ( x ) senx + c ' 2 ( x ) cos x =
cos x

De sua solução tem-se que c2 ( x ) = x , e c1 ( x ) = ln cos x , e assim a

solução particular é a seguinte,


y p = ln cos x cos x + xsenx
E a solução geral da equação não homogênea é:

y = c1 cos x + c2 senx + ln cos x cos x + xsenx .

Exercícios: Resolver as seguintes equações não homogêneas:


71. y’’’+5y’’=4
72. y’’+y=cotx
73. y’’+4y=2/cos2x
74. y’’+9y=3/sen3x
75. y’’’+4y’=cot2x
76. y’’-4y=2x
77. y’’’-2y’’=10
78. y’’’+y’’=4x

Sistemas de equações diferenciais.

Dado o sistema de equações diferenciais linear,

x '1 = a11 x1 + a12 x 2 + ... + a1n x n + f1 (t )


x ' 2 = a 21 x1 + a 22 x 2 + ... + a 2 n x n + f 2 ( x )
.......... .......... .......... .......... .......... . (20)

x ' n = a n1 x1 + a n 2 x 2 + ... + a nn x n + f n ( x )

En forma vetorial este sistema pode ser escrito da forma

X’=AX +F(X) (21)

Onde
a11 a12 . a1n x1 f1
a21 a22 . a2 n x f
A= X = 2 F= 2
. . . . . .
an1 an 2 . ann xn fn

Para o estudo do sistema não homogêneo (21) procederemos de um jeito


semilhante a como fizermos no caso da equação de ordem superior, para isso
determinaremos inicialmente a solução geral do sistema homogêneo:

X’=AX (22)

Propriedades.
1) Se X eY são soluções de (22), então X+Y é soluão de (22).
D: (X+Y)’=X’+Y’=(AX)+(AY)=A(X+Y).

2) Se X é solução de (22), então mX, para qualquer m real é solução de (22).


D: (mX)’=mX’=m(AX)=A(mX).
As propriedades (1) e (2) permitem garantir que o conjunto das soluções de (22)
constitue um espaço vetorial.
Este espaço tem dimenção n, e uma base é dizer n soluções LI, se denomina
sistema fundamental de soluções.

3) Se X 1, X 2 ,..., X n , é um sistema fundamental de soluções, então


n
X h = ∑
i=1
ci X i

É a solução geral do sistema (22).

4) Se X=U+iV é solução de (22), então U e V são soluções de (22).


D: Temos que, X’=0, então (U+iV)’=U’+iV’, então U’=0 e V’=0.

Determinaremos as soluções LI do sistema (22) da forma

X = he kt
Aqui temo que h é um vetor constante da forma
h1
h2
h = e k é um número real.
.
hn

Substituindo X na equação 22) temos:

(A-kI)h=0 (23)

a11 − k a12 . a1n


a21 a22 − k . a2 n
=0 (24)
. . . .
an1 an 2 . ann − k

A equação (24) chama-se equação característica do sistema (22), isso indica que os
valores de k são os valores proprios y os vetores h que satisfazem (23) são os
vetores próprios da matriz A.

Para o caso de duas equações com duas funções incógnitas o sistema (22) tem a
forma:

 x ' = ax + by

 y ' = cx + dy
(24)

Neste caso a equação característica tem a forma:


a−k b
=0 (25)
c d −k
E a equação para determinar os vetores próprios é,

a − k b   h1 
   = 0
 c d − k   h 2 

Aqui temos os seguintes casos:

Caso I: Se k 1 ≠ k 2 são duas soluções reais da equação (25), então a solução


geral de (3) tem a forma:
X = c1 h1 e k1t + c 2 h 2 e k 2 t

Pois h1 e k1t e h 2 e k 2 t constituem um sistema fundamental de soluções, pois são


dois soluções LI do sistema (24).

Aqui temo que ( A − k 1 I ) h1 = 0 , ( A − k 2 I ) h2 = 0

Caso II) Se k1 = k 2 solução real da equação (25), então a solução geral de (3) tem
a forma:

X = c1 h1 e k1t + c 2 ( h 2 + th1 ) e k 2 t
Aqui temo que ( A − k 1 I ) h1 = 0 , ( A − k 1 I ) h2 = h1

Caso III) Se k1 = p + qi , k 2 = p − qi , tem-se aqui que h=u+iv, e,

x = e pt
( c 1 cos qt + c 2 senqt )
y = e ( c 1 cos qt + c * 2 senqt )
pt *

Pois,

e iqt = coqt + i sen qt

Exemplo 1: Determine a solução do sistema:


x’=2y, y’=-2x, x(0)=1, y(0)=-1

−k 2
= 0 ⇒ k + 4 = 0 ⇒ k = ±2i .
2
Solução: a)
−2 −k

 − 2i 2   h1 
    = 0 ⇒ − 2 ih1 + 2 h 2 = 0 h1 = 1
Assim
−2 − 2 i   h 2  para temos

que h2 = i , e teremos que

1  1   cos 2 t + isen 2 t 


X = e 2 it   = (cos 2 t + isen 2 t )   =   .
i   i   − sen 2 t + i cos 2 t 
E teríamos
x  cos 2t   sen 2t 
X =   = C 1   + C 2   .
 
y  − sen 2 t   cos 2 t 
Para determinar a solução que satisfaz a condição x(0)=1, y(0)=-1, é preciso
determinar os valores de C 1 e C 2 , sob essa condição.

x = c1 cos 2t + c 2 sen 2t
y = −c1 sen2t + c 2 cos 2t
De x(0)=1, y(0)=-1, temos que ,
C 1 =1, e C 2 =-1, e assim,

x = cos 2t − sen2t
y = − sen2t − cos 2t
Exemplo 2: Determine a solução do sistema:
x’=2x+6y, y’=x+y
Exemplo 3: Determine a solução do sistema:
x’=3x-y, y’=x+y

Exercícios:
Achar a solução geral dos seguintes sistemas:

 x' = 2 y

 y' = 3x + y
79.

 x' = 5 x + y

 y' = 4 x + y
80.

 x' = x + 2 y

 y' = − x − y
81.

 x' = 2 x + y

 y' = x − y
82.

II.-Resolver os seguintes problemas de valores iniciais:


 x' = − x + 3 y

 y' = x + y
83. x(0)=1, y(0)=0

 x' = − x − y

 y' = 2 x + y
84. x(0)=0, y(0)=2

 x' = 3x + 2 y

 y ' = −2 x − y
85. x(0)=0, y(0)=1

Sistema linear não homogêneo.

Para a determinação da solução geral do sistema não homogêneo (22), precisamos


da solução geral do sistema homogêneo (21) e uma solução particular de (22), pois
aqui tem lugar o seguinte resultado que fala da soma de uma solução de (21) e uma
solução de (22).

Teorema: Se X 1 é solução de (21) e X 2 é solução de (22), então

X = X 1 + X 2 é solução de (21).

D: Derivando a expressão correspondente a X, temos,

X ' = X '1 + X ' 2 = AX 1 + F + AX 2 = F


Para determinar a solução particular de (21) aplicaremos o método mais geral
que existe para a determinação de uma solução particular, este é o método de
variação das constantes, o qual consiste no seguinte procedimento. Se

X h = C 1 X h1 + C 2 X h 2 é a solução geral da equação (22), buscaremos X p

da forma:

X p = C 1 ( t ) X h1 + C 2 (t ) X h 2

Onde C 1 ( t ) e C 2 ( t ) , são determinadas de modo que X p seja solução de

(21). Derivando X p , e considerando os sistemas (21) e (22), temos que:

C '1 ( t ) X h 1 + C ' 2 ( t ) X h 2 = F (26)


O sistema (26) tem solução única, pois o determinante do sistema esta determinado
pelo sistema fundamental de soluções o qual é diferente de zero.
Exemplo: Seja o sistema

 x' = − y

 1 .
 y ' = x + cos t

−k −1
= 0 ⇒ k + 1 = 0 ⇒ k = ±i
2
1 −k

−i − 1   h1 
   = 0 ⇒ h − ih = 0 para h 2 = 1 temos h = i
 1 − i   h 2 
1 2 1

i   i   − sent + i cos t
X = e it   = (cos t + isent )   =  
1  1   cos t + isent 
x  − sent   cos t 
X =   = C1   + C 2  
 y  cos t   sent 

x h =- C 1
sent+ C 2
cost

y h = C 1 cos t + C 2 sent

Assim tem-se que,

{x p = − c1 ( t ) sent + c 2 ( t ) cos t , y p = c1 ( t ) cos t + c 2 ( t ) sent


E o sistema para determinar C 1 ( t ) e C 2 (t ) esta dado por:

{− c '1 ( t ) sent + c ' 2 ( t ) cos t = 0 , c '1 ( t ) cos t + c ' 2 ( t ) sent =


1
cos t

De aqui temos que C 1 ( t ) = t e C 2 ( t ) = − ln cos t , logo

 x p = −tsent − ln cos t cos t



 y p = t cos t − ln cos t sent
Exercícios:
Determinar a solução geral dos seguintes sistemas:

 x' = 2 x + y + 2

 y' = x − y
86.

 x' = − y + t

 y' = x + 2 y
87.

 x ' = − y + tgt

 y' = x
88.

 x ' = 2 y + sen 2 t

 y ' = −2 x
89.

 x' = y + 2

 y' = x − 3
90.

Achar a solução que satisfaz a condição indicada:

 x' = y + et

 y' = x
91. x(0)=1, y(0)=1

 1
 x' = y +
92.
 sent x(0)=1, y(0)=2
 y ' = − x
93. Um móvel é posto em movimento, a partir de uma posição inicial s(0)=0, com
uma velocidade inicial v(0)=0. Se a variação da posição e a velocidade é dada pelo
sistema:
s’=2s+v
v’=s+2v,
Se o espaço mede-se em Km e o tempo em horas, determine a posição e a
velocidade no momento T=10h.
Bibliografia:

1. Burtom, T and Grimmer, R. “On continuability of solutions of second order


differential equations”, Proc. Amer. Math. Soc. No. 29, 1971.
2. Burtom, T and Grimmer, R. “On the asimtotic behaviour of solutions of
x”+a(t)f(x)=0”. Proc. Amer. Math. Soc. No. 29, 1971.
3. Burtom, T and Townsend, C. “Stability regions of the forced Lienard equatin” .
J London Math. Soc., 1971.
4. Bibikov, Y. N. “Convergence in Lienard`s equation with a forcing term”. Vestnik
. No. 7. 1976.
5. Simmon, G.F. “Differential Equatins with applications and history notes”. Ed.
Mc. Granw-Hill. México. 1977.
6. Kaplan, W. “Ordinary Differential Equations”. Ginn and Company. 1968.

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