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Rosana Assef Faciola

Memorial apresentado à banca


examinadora do concurso para o
cargo de professor assistente para
a matéria Língua Inglesa do
Instituto de Letras e Comunicação
da Universidade Federal do Pará
(UFPA)

Belém
2009
ÍNDICE

1. Identificação p. 3

2. Analisando minha caminhada de


formação em Língua Inglesa p. 4

2.1 O primeiro contato com a língua inglesa.


2.2 Os cursos livres de inglês: uma primeira escolha.
2.3 A graduação em Letras: o gosto pelo
ensino/aprendizagem das línguas e literaturas Portuguesa e
inglesa.

3. Os eventos que me construíram


professora de inglês p. 4

3.1 A primeira experiência profissional.


3.2 Outras experiências profissionais.
3.3 O curso de especialização e o TTC.

4. Pós – Graduação e Docência no Ensino


Superior
p. 6
4.1 O Mestrado em Letras: a escolha pelos estudos
literários.
4.2 A docência no ensino superior: professora substituta da
UFPA.
4.3 O Doutorado em Psicologia: um desafio.
Identificação

Nome: Rosana Assef Faciola


Filiação:
Nascimento: / / - Belém/PA - Brasil
Carteira de identidade:
CPF:

Endereço residencial:
Bairro:
CEP: Belém, PA - Brasil
Telefone: res.: (91)
cel.: (91)
E-mail:

Cargo Atual na Carreira Universitária: Doutoranda do Programa


de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento do
Núcleo de Psicologia da Universidade Federal do Pará.
Membro da Associação Brasileira de professores de Inglês -
Braz-Tesol.
Meu nome é Rosana Assef Faciola, sou professora de Língua
Inglesa há 20 anos. Atualmente, encontro-me cursando o Doutorado
na área da Psicologia. Entretanto, como todo e qualquer produto, tem
as marcas de seu tempo e lugar e, portanto, tem uma história, a qual
parece importante situar, ainda que brevemente e é o que ora
apresento.
Aos dez anos, tive meu primeiro contato com a Língua
Inglesa. Meus novos vizinhos eram missionários americanos recém
chegados à Belém, que tinham dois filhos da minha idade e que se
tornaram meus amigos. Eles não falavam português, mas mesmo
assim, entre diálogos desconexos e gestos, brincávamos e
conversamos todos os dias. Posso afirmar que eles aprenderam suas
primeiras palavras em português comigo e eu as primeiras palavras
em inglês com eles.
Em 1977, com doze anos e querendo aprender mais da
língua inglesa, iniciei meus estudos em inglês no Aslan (American
School of Languages), onde fiz o curso básico e em seguida passei a
estudar no CCBEU até 1981.
A partir daí, já inclinada a ser uma professora de línguas,
ingressei em 1982 na UFPA, onde realizei minha graduação em Letras
(Licenciatura em Português e Inglês), concluída em 1985. Preocupada
em aprimorar cada vez mais o processo de ensino-aprendizagem de
línguas, em meu trabalho de conclusão do curso de Língua Inglesa,
por exemplo, optei pelo estudo da importância do Processo de
formação das palavras para estudantes de inglês.
Minha trajetória profissional como professora iniciou-se em
1989, no Colégio Gentil Bittencourt, onde atuei por 16 anos, como
professora exclusiva da cadeira de Língua Inglesa do ensino Médio,
incluindo o 3º ano ou o chamado convênio. Durante este período
adquiri experiência no planejamento de aulas, elaboração de
materiais e provas e organização de eventos culturais e educacionais,
como peças teatrais, show musical, no qual os alunos poderiam
cantar, dublar ou dançar músicas em inglês. Foi um período longo de
convivência com jovens, portanto futuros universitários, o que me fez
estar sempre em contato com o conteúdo e a metodologia exigida
nos vestibulares.
Em função desse grande envolvimento com a escola e com
os professores, fui eleita, em 2004, Presidente da Associação dos
professores e técnicos do Colégio Gentil Bittencourt (Associação
Gentiliana de Educadores - AGE), cargo no qual permaneci por dois
anos, promovendo cursos de atualização para professores e técnicos,
financiando pagamentos de taxas para participação dos professores
em eventos educacionais, organizando viagens para congressos em
outros estados brasileiros, implantando plano de saúde para os
associados e familiares, entre outros.
Durante esse período, também tive experiências de trabalho
como professora de Inglês em outras escolas como: Colégio Nossa
Senhora de Nazaré (1993 a 1995), Colégio Salesiano Nossa Senhora
do Carmo e Escola de Aplicação da UFPA, na qual ingressei em 2001
através de concurso para professor substituto de língua Inglesa.
Nesta última, além das experiências com alunos de ensino
fundamental e médio, tive oportunidade de receber alunos de
graduação em Letras da UFPA, que estagiavam em minhas salas de
aula. Foi um período muito gratificante pra mim, pois muito me
acrescentou como pessoa e como profissional, em termos de troca de
experiências, já que eu repassava minha vivência em sala de aula,
orientando-os e avaliando seus desempenhos e eles dividiam comigo
suas descobertas e conquistas da graduação. Acho que plantei uma
boa semente naqueles alunos, pois sei que hoje, muitos deles, que
ainda mantenho contato, já ministram aulas na UFPA e em outras
instituições de ensino e são considerados bons profissionais.
Após oito anos em sala de aula, decidi que deveria diminuir
minha carga horária de trabalho e voltar a estudar. Então, em 1996,
sentindo necessidade constante de aprofundamento dos meus
conhecimentos, comecei a estudar para me preparar para fazer um
curso de especialização. Em 1997, fui aprovada no curso de
especialização em Linguística Aplicada ao Ensino do Português, na
Universidade Federal do Pará. A opção pelo estudo da Linguística
aplicada ao ensino do Português esteve vinculada aos
questionamentos que tinha quanto ao ensino/aprendizagem de
línguas, que foram tornando-se relevantes no meu cotidiano de sala
de aula, fazendo com que eu buscasse no curso uma melhor
fundamentação para minha prática, uma vez que, desde o início de
minha formação acadêmica, tais questionamentos surgiram e foram
fundamentais para que eu pudesse melhorar a qualidade de meu
trabalho como educadora.
Isso tudo aliado ao fato de entender que, a prática
educacional exige, entre tantas outras coisas, dedicação, esforço,
vocação e, principalmente, que se caminhe junto com o crescimento
científico e tecnológico de nossa sociedade, de modo a ter condições
de poder participar de forma atuante nos novos rumos que a
educação toma em nosso país. E, em especial atenção, à importância
da língua inglesa no mundo globalizado em que vivemos.
Assim, no ensejo de complementar minha formação, em
2001, fiz o TTC (Teachers Training Course), realizado no CCBEU. Este
curso foi de grande importância para mim, pois este me ajudou a
aprimorar minha prática profissional, me proporcionando
oportunidades para observar, aplicar e avaliar novos métodos para o
ensino de línguas.
Dando continuidade à minha preparação pessoal e
profissional, em 2003, fui aprovada no curso de Mestrado em Letras,
na área da Teoria Literária. A opção pela Teoria Literária partiu, após
longa caminhada, de tentativas sempre bem sucedidas, de ensinar a
língua Inglesa através de textos literários. Minhas primeiras investidas
foram através de poesias com linguagem simples e direta, as quais os
alunos liam, recitavam, aprendendo novos vocábulos e pronúncias,
bem como a interpretação desses textos.
Em seguida, enveredei-me nas lendas Amazônicas, que os
alunos já conheciam em português, o que facilitava a leitura e
compreensão dos textos. As lendas eram lidas e encenadas em
grupos em sala de aula. O entusiasmo dos alunos e os bons
resultados apresentados me levaram a continuar investindo no uso de
textos literários em minhas aulas de inglês.
Fui além, e comecei a trabalhar com romances, em versão
simplificada para alunos de nível básico. Os alunos liam, reescreviam
em diálogos para serem encenados em forma de peças teatrais no
final do ano. O resultado foi tão gratificante que me deu idéia para
meu pré-projeto de Mestrado.
Mas, durante o curso de Mestrado, acabei me apaixonando
pela História do livro e da Leitura, e assim deixei um pouco a
preocupação com o ensino de línguas e me voltei aos estudos
literários. Foi aí que nasceu a vontade de fazer um regaste dos
folhetins publicados nos jornais de Belém do Pará, durante o século
XIX. Pesquisei três jornais da época selecionando, copiando e
ampliando os microfilmes, que foram digitalizados para análise da
temática da época. Foi um trabalho árduo, mas extremamente
gratificante, não só pela viagem ao passado, mas também, pela
certeza de oportunizar a muitos alunos e pesquisadores o prazer da
leitura e análise desses textos guardados em gavetas de uma
biblioteca.
Conclui meu mestrado em setembro de 2005. Em 2006, fui
aprovada como professora substituta de Inglês do Departamento de
Línguas e Literaturas estrangeiras da UFPA, onde permaneci até
junho de 2008, o que me proporcionou uma experiência nova na
minha trajetória profissional: a de atuar no ensino superior e com
uma visão bem ampliada do que os alunos teriam após a saída da
Universidade.
Neste período, desenvolvi atividades de docência no curso
de Letras, Licenciatura em Inglês e no Curso Livre de Línguas
Estrangeiras da UFPA, atuando em disciplinas diversas, tais como:
Compreensão e Produção em Inglês, Literaturas Americanas e
Inglesas, Teatro Anglófono, Poesia Anglófona, Prosa Anglófona,
Oficina de Formação Continuada em Língua Estrangeira e inglês
Instrumental para os cursos de Processamento de Dados, Química,
Psicologia, Geofísica, Meteorologia, Estatística, Biblioteconomia e
Ciências Contábeis.
Essa diversidade de disciplinas, mesmo exigindo muito
trabalho e dedicação, proporcionou-me um largo aprendizado, pois
precisei preparar diferentes materiais e aulas, além de outras
atividades como elaboração e aplicação de testes de proficiência,
apresentação de peças teatrais durante as aulas de Teatro Anglófono,
orientação de TCCs, participação em bancas de defesa de TCCs e
organização de eventos educacionais (I CIELLA (Congresso
Internacional dos Estudos Linguísticos e Literários na Amazônia) e V
Fórum de Línguas / I Fórum de Línguas Estrangeiras, ambos
realizados em 2007 na UFPA).
O cargo de professora da UFPA também me oportunizou o
convite para participar como tradutora do curso Educação Inclusiva,
ministrado pela profª. Regina Hasty, no II Fórum de Tecnologia
Assistiva e Inclusão Social da Pessoa Deficiente e do V Simpósio
Paraense de Paralisia Cerebral, realizado em abril de 2008, na
Universidade do Estado do Pará – UEPA com duração de 12 h.
Nos Cursos Livres de Línguas Estrangeiras da Universidade
Federal do Pará (UFPA), as experiências foram menos diversificadas,
mas com um ponto muito importante para o professor de língua, pois
o enfoque se dá na abordagem comunicativa, enfatizando as quatro
habilidades da língua, além de elaboração de materiais e provas
específicas, aplicação de testes de proficiência e no treinamento para
estagiários, nos períodos de janeiro e junho de 2008.
Como já enfatizado, a docência no ensino superior foi um
acontecimento significativo em meu processo de formação
profissional, e que possibilitou reflexões que culminaram na entrada
em um curso de Doutorado em junho de 2007. Ingressei no doutorado
como aluna especial. Por oito meses trabalhei na elaboração de meu
projeto e em março de 2008, meu projeto de doutorado foi aprovado
e minha matrícula efetivada. Posteriormente, meu projeto foi
aprovado pelo CNPq com obtenção de bolsa de estudos.
Foi um desafio conceber, como pesquisadora, o trabalho de
reflexão e pesquisa na área da Psicologia, assumindo a teoria
Bioecológica do desenvolvimento humano e o método de inserção
ecológica que me propus utilizar em minha pesquisa e assim,
desenvolver a capacidade para lidar com novos conceitos,
enfrentando o estranhamento ao novo em face de minha longa
trajetória na área de Letras.
Mas, durante as leituras sobre o desenvolvimento humano,
ratifiquei a minha concepção de que para o professor, cada vez mais,
se torna premente a necessidade de fazer perguntas vitais sobre seu
ofício, seu papel e sua responsabilidade frente aos seus alunos,
principalmente seu relacionamento com eles, pois as interações
professor/aluno em sala de aula favorecem a participação dos alunos
nas atividades desenvolvidas em sala, bem como a expressão do
saber e do pensar, base para o processo de aprendizagem e
desenvolvimento.
A pesquisa inicial, na área de desenvolvimento humano em
Psicologia resultou na publicação do artigo Relações de amizade em
sala de aula inclusiva, no livro Tecnologia & Inclusão Social da Pessoa
Deficiente, publicado pela editora EDUEPA, em 2008. Um segundo
artigo já foi submetido a uma revista qualis A da PUCRS.
O doutorado está me proporcionando mais uma
experiência didática, pois encontro-me atuando como co-orientadora
de uma mestranda do programa, cuja pesquisa versa sobre a Relação
família-escola sob a abordagem Bioecológica do desenvolvimento
humano, em uma escola inclusiva da rede de ensino público de
Belém do Pará.
Posso afirmar que no decorrer de minha trajetória
acadêmica, gradativamente, tenho tido o desafio de abandonar
perspectivas, paradigmas “mais confortáveis”, procurando lidar com
novas possibilidades em prol de minha qualificação enquanto ser
humano e profissional; o que tem se constituído no meu maior
aprendizado.
Nesse sentido, é meu desejo ter a oportunidade de poder
contribuir através de minha experiência com os futuros professores
de língua inglesa da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas da
UFPA, aliado ao fato que sempre tive uma postura ética, de
responsabilidade para com as atribuições a mim conferidas, primando
pela qualidade de minhas aulas na constante busca do
aperfeiçoamento de meu fazer pedagógico.
Concluo o presente memorial com uma afirmação de
Antonieta Celani (2009), que muito condiz com minha prática:
"O professor precisa estar preparado para se enxergar e atuar como
um pesquisador da própria prática. A reflexão proporciona isso”.

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