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Após alta em imposto, saída de

dólares supera a entrada em abril


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LORENNA RODRIGUES
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

Atualizado às 13h13.

Após as medidas anunciadas pelo governo para conter a desvalorização do


dólar, a saída da moeda norte-americana superou a entrada no início de abril e
o saldo ficou negativo em US$ 14 milhões até a última sexta-feira. No mesmo
período do ano passado, a entrada superava a saída de dólares em US$ 153
milhões.
No acumulado do ano, entretanto, a entrada líquida de dólares ficou 46% maior
do que a registrada em todo o ano de 2010, somando US$ 35,5 bilhões.
Para segurar a entrada de dólares no país e frear a desvalorização, o BC
comprou somente em abril US$ 2,9 bilhões, o que elevou o valor das reservas
internacionais, que ontem estavam em US$ 322 bilhões.
Outra medida foi tomada no fim de março, quando o governo anunciou a
cobrança de 6% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de empréstimos
feitos por bancos e empresas no exterior com prazo de até dois anos.
VALORIZAÇÃO
Reportagem publicada domingo pela Folha mostrou que o real nunca esteve
tão valorizado em relação ao dólar. Cálculos da Funcex (Fundação Centro de
Estudos do Comércio Exterior) com base na taxa real de câmbio mostram que o
poder de compra da moeda brasileira praticamente dobrou em relação ao
verificado em julho de 1994, início do Plano Real.
Segundo a Funcex, é como se o dólar estivesse 50% mais barato do que
naquela época. Ou seja, o brasileiro pode comprar o dobro do que compraria
com os mesmos reais. Se for considerado o mês de dezembro de 1998, véspera
da liberação do câmbio, o dólar estaria cerca de 40% mais barato.
Ontem, em viagem à China, a presidente Dilma Rousseff admitiu ter "grande
preocupação" com o valor excessivo do real, na comparação com o dólar.
"Estamos tomando todas as medidas possíveis [para enfrentar o problema]",
afirmou a presidente.
Entre os motivos para a valorização da moeda brasileira está a forte entrada de
dólares no país no primeiro trimestre deste ano. Foram US$ 35,6 bilhões, maior
valor da série iniciada em 1982 pelo Banco Central. É também mais que o
dobro do recorde anterior, verificado no mesmo período de 2006 (US$ 17,7
bilhões). A entrada de dinheiro cresceu no início da semana, um dia antes de o
governo anunciar novas medidas cambiais.
MEDIDAS
Na semana passada, o governo elevou o IOF para empréstimos tomados por
pessoas físicas de 1,5% para 3% com o objetivo de conter a inflação.
A elevação do IOF para pessoa física ocorreu depois de uma série de altas do
imposto para as empresas. Dias antes, o governo havia estendido a cobrança
de IOF de 6% para empréstimos de até dois anos tomados no exterior por
bancos e empresas.
Na semana anterior, o governo já havia instituído a cobrança de 6% de IOF
para empréstimos de até 360 dias. As medidas voltadas para as empresas
tinham por objetivo conter a desvalorização do dólar. A moeda americana é
cotada hoje por R$ 1,583, um decréscimo de 0,62% em relação a ontem.

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