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MANUAL DE DIREITO COMERCIAL - DIREITO DE EMPRESA

Fábio Ulhoa Coelho

CAPÍTULO 1. ATIVIDADE EMPRESARIAL


1. Objeto do Direito Comercial
EMPRESÁRIOS: pessoas vocacionadas à tarefa de combinar determinados
componentes (fatores de produção) e fortemente estimuladas pela possibilidade
de ganhar dinheiro.
Atividade dos empresários: articular fatores de produção:
CAPITAL – para obter a ação dos empresários. PRÓPRIO/ALHEIO
 reunião dos recursos financeiros para a estruturação da produção/circulação de
bens/serviços.
MÃO DE OBRA – contratação
 reunião de recursos humanos.
INSUMO – compra
 reunião de recursos materiais.
TECNOLOGIA – desenvolvimento/aquisição

EMPRESA: atividade econômica organizada de fornecimento de bens ou serviços.


DIREITO COMERCIAL cuida do exercício dessa atividade.
Objeto do Direito Comercial: estudo dos meios socialmente estruturados de
superação dos conflitos de interesses envolvendo empresários/relacionados às
empresas que exploram.
Objeto da Disciplina: leis e forma que são interpretadas pela JURISPRUDENCIA e
DOUTRINA; VALORES prestigiados pela sociedade; FUNCIONAMENTO DOS
APARATOS ESTATAL e PARAESTATAL; na superação dos conflitos de interesses.

2. Comércio e Empresa
COMÉRCIO: atividade de fins econômicos.
 Procura derrubar as fronteiras nacionais que atrapalham sua expansão.
Conseqüências: intercâmbios de culturas distintas; tecnologia; meios de
transporte; fortalecimento dos estados; povoação; guerras; escravização; recursos
naturais esgotados.
FABRIL/INDUSTRIAL: bens feitos para serem vendidos para terceiros.
BANCOS E SEGUROS: atendem a necessidade dos comerciantes.

Na Idade Média
Reunião nas CORPORAÇÕES DE OFÍCIOS (poderosas entidades burguesas que
gozavam da autonomia em face do poder real e dos senhores feudais)
- criação de NORMAS destinadas á disciplinar as relações entre os seus filiados.

Na Era Moderna
Normas pseudo-sistematizadas = Direito Comercial
Direito aplicável aos membros de determinada corporação dos comerciantes.
- uso e costumes de cada praça – importância especial na aplicação.

TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO: 1808 – 1850 no BRASIL


NAPOLEÃO Código Civil 1804
Código Comercial 1808 – França

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Fábio Ulhoa Coelho

Código Comercial 1850 - Brasil


- delimita o campo de incidência do Código Comercial.
- instrumento de objetivação do tratamento jurídico da atividade mercantil.
- proteção ao indivíduo em praticar profissionalmente atos de comércio com a
intenção de lucro
- conjunto de normas protecionistas dos comerciantes. (MERCÂNCIA)
Concordata: direito à prorrogação dos prazos de vencimento das obrigações em
caso de necessidade, a quem passava a usufruir da proteção por ele liberada.

3. Teoria da Empresa
TEORIA DA EMPRESA: Novo sistema de disciplina das atividades econômicas (de
forma específica – EMPRESARIAL) dos particulares.
- ordenamento positivo;
Código Comercial 1942 - Itália
Código Comercial 2002 – BRASIL Art. 2.045
EMPRESA: organização em que se harmonizam as classes em conflito. – ideário
fascista.
- atividade em que há obtenção de lucros com o oferecimento ao mercado de bens
ou serviços gerados mediante a organização de fatores de produção .
NÃO tem natureza jurídica de sujeito de direito/coisa
- atividade econômica organizada para a produção/circulação de bens ou serviços.
Perfis da Empresa:
SUBJETIVO – EMPRESÁRIO(sujeito) – exercente de atividade autônoma; caráter
organizativo; assunção de risco.
FUNCIONAL – própria atividade.
PATRIMONIAL/OBJETIVO – patrimônio aziendal/estabelecimento.(coisa)
CORPORATIVO – INSTITUIÇÃO – reúne empresário e trabalhadores com propósitos
comuns.
4. Conceito de Empresário
Art. 966 CC: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

PROFISSIONALISMO:
Habitualidade (não é empresário aquele que exerce esporadicamente)
Pessoalidade (deve contratar empregados)
Atividade (empresa = atividade)
PRINCÍPIO DA PRESRVAÇÃO DA EMPRESA: conservação da atividade em
virtude da imensa gama de interesses que transcendem os dos donos do negócio e
gravitam em torno da continuidade deste.
Econômica (busca gerar lucro para quem a explora)
Organizada (se encontram articulados – fatores de produção)
Produção de Bens: fabricação de produto/mercadorias. (atividade de indústria é
empresarial).
Produção de Serviços: prestação de serviços.
Circulação de bens: do comércio.
Circulação de serviços: intermediação a prestação de serviços.

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BENS: corpóreos
SERVIÇOS: obrigação de fazer.

5. Atividades Econômicas Civis


ATOS DE COMÉRCIO EMPRESARIALIDADE
Atividades civis: exercentes não podem requerer a recuperação judicial, nem
falir.
- exploradas por quem não se enquadra no conceito legal de EMPRESÁRIO;
- profissionais intelectuais;
- empresários rurais não registrados na Junta Comercial
- Cooperativas.
5.1. PROFISSIONAL INTELECTUAL
Mesmo aquele que atua exercendo sua atividade intelectual, com ajuda de
auxiliares, não é considerado EMPRESÁRIO para os efeitos da lei. Ex: médicos.
5.2. EMPRESÁRIO RURAL
Tem que requerer sua inscrição no registro das Empresas (Junta Comercial),
submetendo-se às normas do Direito Comercial. – agronegócio.
Art. 971 CC: O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode,
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que,
depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a
registro.
5.3. COOPERATIVAS
Sociedades civis/simples, independentemente da atividade que exploram.

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