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Universidade Estadual da Paraíba

Pró-Reitoria de Pós-Graduação em
Desenvolvimento Regional UEPB-UFCG
Joana d’Arc Barbosa da Silva

Tema:
Família: um espaço sob medida para as Mulheres?

Linha de Pesquisa:
Desenvolvimento e Conflitos Sociais

Resumo
O objetivo principal desse estudo é compreender a definição
dos papéis de homens e mulheres que se confunde, no decorrer da
história, com a própria trajetória da família e da sociedade brasileira.
Estabelecendo um panorama sobre as mudanças do papel da mulher
ocorridas ao longo do tempo, bem como os conflitos oriundos
dessas mesmas mudanças.

CAMPINA GRANDE – PB
FEVEREIRO DE 2011

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JUSTIFICATIVA

Ao longo da história a família esteve sempre se modificando


e nessas alterações familiares, os papéis atribuídos a mulher
também mudou.
No Brasil, as estruturas familiares se transformaram no
decorrer da história; desde o modelo de família extensa adotado no
inicio da colonização; passando pelo modelo de família nuclear no
período da urbanização; até chegar a diversidade de modelos
familiares atuais.
Estes modelos coexistem e variam de acordo com o período
histórico e com as classes sociais e as etnias. Segundo os
especialistas, o quadro atual brasileiro, é reflexo da história de um
país que teve suas bases numa sociedade patriarcal e escravocrata,
onde a elite letrada era pequena e a voz feminina baixa.
Variáveis ambientais, sociais, econômicas, culturais,
políticas ou religiosas contribuíram para o Brasil ter uma diversidade
de modelos de famílias.
Essas mudanças podem ter trazido uma série de
transformações na construção da identidade feminina. Neste
contexto, pode-se dizer que está havendo uma reinvenção, onde a
mulher assume novos papéis e novos desafios; hoje se abrem
novos horizontes para uma mulher mais consciente e livre para
escolher, que vem conquistando novos espaços, assumindo uma
multiplicidade de papéis.
Por estas e outras razões, a sociedade vem sendo marcada
por uma ascensão da mulher no mercado de trabalho e na vida
intelectual. Restando saber se esse múltiplo desempenho de
papéis contribui para a construção de identidades em que as
mulheres são autoras de suas próprias histórias ou se, é uma
armadilha que as prende as exigências do seu cotidiano; trazendo
simplesmente uma sobrecarga de responsabilidade. Para a mulher
contemporânea, trabalhar e ser uma profissional bem sucedida é

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somar responsabilidades, mais do que isto, é freqüentemente,
suportar certa medida de conflitos e culpa
Assim, parece-me ser esse um tema relevante a ser
investigado, já que os novos papéis desempenhados pela mulher na
família, tem resultado em mudanças na estrutura familiar, no
conceito de feminilidade e na identidade da mulher.

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PROBLEMATIZAÇÃO

No mundo contemporâneo, verificam-se alterações


importantes nos padrões familiares, e tudo indica que as mudanças
na organização da família estão se dando fundamentalmente, a
partir das mudanças na condição feminina, que terminam por afetar
também, os papéis masculinos. Pode-se dizer que está havendo
uma reinvenção, onde a mulher assume novos papeis e novos
desafios; e esses papeis já não se vinculam mais a identidade
sexual e sim a condição humana e suas circunstancias; agora
homens e mulheres dão ênfase as suas necessidades pessoais e
profissionais.
Nessa análise é necessário problematizar estas questões
nos seus diversos processos como uma oportunidade para conhecer
debater e refletir sobre as expressões e significados do que seja a
“família” na sociedade contemporânea .

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OBJETO DE ESTUDO

Discutir e levantar questões sobre as mudanças na estrutura


familiar, bem como compreender os novos papéis que vem sendo
atribuídos à mulher no mundo contemporâneo.

OBJETIVOS DA PESQUISA

• Estabelecer um panorama sobre as mudanças no papel da


mulher ocorridas ao longo do tempo.
• Compreender a nova face do feminino no contexto social.
• Abordar a participação da mulher no espaço público e como
isso provocou mudanças na estrutura familiar.
• Mostrar como a família estava estruturada alguns séculos
atrás e como ela tem se modificado através do tempo.

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REVISÃO DA LITERATURA

Durante muito tempo o trabalho do historiador manteve-se


exclusividade de um só sexo, no seio dessa construção histórica,
os homens exerciam seu poder e empurrava para fora destes
limites os lugares femininos. Assim sendo, a família -o espaço
comum de homens e mulheres – acabou tornando-se uma região
dispersa e confusa.
Desde a Antiguidade, a vida social, familiar e conjugal, já
suscita atenção por parte de estudiosos, por expressar a diferença
entre os sexos, como a primeira das diferenças. Engels, no seu “A
Origem da Família...” já apontava a diferença de sexos como o
fundamento mesmo da vida social, afirmando que a primeira divisão
do trabalho e a primeira oposição de classe, estabelecia-se
basicamente entre o homem e a mulher.
Em sua obra clássica, O segundo Sexo, publicada em 1949,
Simone de Beauvoir fez uma observação fundamental: “ as mulheres
não tinham historia, não podendo, conseqüentemente, orgulharem-
se de si própria”. O alerta dado pela filósofa francesa, serviu para
alertar que as mulheres tornaram-se herdeiras de um presente sem
passado, de um passado decomposto, disperso e confuso. Fundada,
pois na constatação da negação e do esquecimento, a história da
mulher emergiu e ganhou destaque, a partir da década de 1970,
atrelada à explosão do feminismo, articulada ao florescimento da
antropologia e da história das mentalidades.
Neste contexto, a história dita tradicional ganhava uma nova
fisionomia em sua trajetória, e Georges Duby é sem dúvida um
nome emblemático dessa espécie de tomada de consciência; assim
como Bruschini (1998) é a pesquisadora mais destacada em estudo
de gênero no Brasil.
Examinado a tumultuada natureza das relações pessoais,
dos casamentos e dos padrões familiares, Ulrick Beck e Elisabeth

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Beck Gernsheim ( O caos Normal do Amor, 1995) vêem nossa
época repleta de interesses colidentes entre família, trabalho, amor e
liberdade de perseguir metas individuais. O que os autores querem
dizer, é que, “um número cada vez maior de mulheres, em adição
aos homens está investindo em suas carreiras profissionais, dando
ênfase às suas necessidades pessoais e profissionais”.(Beck e
Beck-Gernsheim ).
Na família contemporânea, conforme aponta Osório (2002),
os papéis de homens e mulheres já não se articulam mais à
identidade sexual e sim à condição humana e suas circunstâncias.
Ser homem e ser mulher não define mais por si só a prontidão para
o para o exercício de papéis conjugais; o que vem ocorrendo na
maioria das famílias brasileiras de nível socioeconômico médio é um
processo de transição, no qual pais e mães compartilham as tarefas
referentes à família, especificamente aos filhos. (Wagner, Predebon,
Mosmann & Verza, 2005: Fleck & Wagner, 2003).
Já que os novos papéis desempenhados pela mulher
na família tem resultado em mudanças na estrutura familiar (Fleck e
Wagner, 2003) torna-se imprescindível compreender esta nova face
do feminino no contexto social, oferecendo novas perspectivas às
velhas questões introduzindo, por exemplo, considerações sobre a
família e a sexualidade, visando explicar como as relações entre os
sexos se estruturaram ao longo da história.

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ESBOÇO DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

É evidente que a questão da mulher está inserida na


questão cultural; assim como a família e o casamento são termos
intimamente relacionados com a sociologia e a antropologia; assim
sendo, para atingir os objetivos aqui traçados será necessário um
levantamento bibliográfico sobre o assunto da pesquisa – mulher e
família. Todo material didático publicado referente ao tema
proposto será analisado numa ótica mais profunda, visando reparar
qualquer lacuna que possa porventura ter permanecido em aberto.
Em seguida, será feito uma pesquisa documental, onde será
utilizado material complementar e tanto quanto importante, como
revistas, artigos, depoimentos, entrevistas e etc.; que possam
esclarecer talvez até com maior precisão as transformações
ocorridas na construção da identidade feminina.
Se houver necessidade, pode ser feitas entrevistas,
trabalhos de campo, para coleta de dados; depoimentos orais, como
também questionários envolvendo personagens que possam
contribuir de algum modo para a construção de um conjunto de
documentos quer irão subsidiar inúmeros estudos e pesquisas na
área estudada.

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CRONOGRAMA

Revisão Observaçã Aplicação de Entrevistas Processamento Redação


Bibliográfica o no local questionários dos dados da
da dissertação
pesquisa.
Janeiro/12 x
Fevereiro/12 x
Março/12 x
Abril/12 x
Maio/12 x
Junho/12 x
Julho/12 x
Agosto/12 x
Setembro/12 x
Outubro/12 x
Novembro/1 x
2
Dezembro/1 x
2
Janeiro/13 x
Fevereiro/13 x
Março/13 x
Abril/13 x
Maio/13 X
Junho/13 x
Julho/13 x
Agosto/13 x
Setembro/13 X
Outubro/13 x
Novembro/1 x
3
Dezembro/1 x
3

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Artigos pesquisados na Internet.


• Bruschini, Maria Cristina Aranha. Mulher, Casa e Família –
Cotidiano nas camadas médias paulistanas. São Paulo: Fundação Carlos
Chagas; Vértice, Editora revista dos tribunais, 1990.
• Flandrinn, Jean-Louis. Famílias: parentesco, casa e
sexualidade na sociedade antiga. Editora Estampa 1994. Cap. II.
• Fleck, A.C & Wagner, A. A mulher como a Principal Provedora
do Sustento Econômico Familiar. 2003
• Giddens, Anthony. Sociologia. Tradução : Sandra Regina
Netz. 6ª edição – Porto Alegre : Armed, 2005. (Cap.: Família e Cap.:
Gênero)
• Lévi-Strauss, A Família< Origem e Evolução. Coleção Rosa
dos Ventos; volume 1, editorial Villa Martha, 1980.
• Michel, Andrée. Sociologia da Família e do Casamento. Rés-
Editora 1983. Cap.: I, II e IV.
• Osório, L. C. Casais e Famílias – uma visão contemporânea,
Porto Alegre: Artmed 2002
• Priore, Mary Del. História das Mulheres: as vozes do Silencio
( texto xerocopiado)
• Theborn, Goran. Sexo e Poder: a família no mundo.
Tradução: Elisabete Dória Bilac. São Paulo : Contexto, 2006.

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