Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
IMPLICAÇÕES
RESUMO
ABSTRACT
The article turns on the alterations in the active polar regions and passive in
the crime of Rape brought by the Law in. 12.015/09, but necessarily of the
fusing between arts. 213 and 214 of the CP, as well as, still elucidate
existing controversies concerning the man to be victim of the crime of
decurrent rape of the carnal knowledge. Still, of the approach to the
problematic one of the pregnancy of the estupradora woman, as well as the
applicability of the increase of penalty foreseen in art. 334-A, III of the CP,
and the possibility of accomplishment of the abortion in pregnancy resulting
from rape in the cases of resultant pregnancy of rape, having the woman
not as victim, but as subject asset of the rape crime.
Introdução
Este trabalho tem por pretensão abordar três situações de alta relevância
ligadas à gravidez da mulher decorrente da conduta delitiva de estupro,
sendo ela sujeito ativo do crime de estupro praticado contra um homem -
vítima.
De acordo com a redação legal, verifica-se que somente o homem pode ser
sujeito ativo do delito de estupro quando a sua conduta for dirigida ao coito
vagínico. Tal ilação se deve não ao núcleo do tipo, que é o verbo
constranger, mas sim à expressão conjunção carnal, entendida como a
relação sexual normal, ou seja, a cópula vagínica, que somente pode
ocorrer com a introdução do pênis do homem na cavidade vaginal da
mulher.
No que diz respeito à prática de outro ato libidinoso, qualquer pessoa por
ser sujeito ativo, bem como sujeito passivo, tratando-se, nesse caso, de um
delito comum.
...
Na verdade, a hipótese mais parece de laboratório. Pode ser que uma
pessoa ou outra consiga ter ereção nessa situação, que não se traduz,
obviamente, na regra. Entretanto, trabalhando com a hipótese do sujeito,
mesmo sob intensa pressão, conseguir ter ereção e praticar conjunção canal
qual seria a solução para o caso?
A atual redação do art. 213 do Código Penal nos permite raciocinar com a
ocorrência do estupro, pois que o tipo penal prevê que o agente, mediante
o emprego de violência ou grave ameaça, pratique ou faça com que a
vítima permita que com ela se pratique outro ato libidinoso, e ninguém
duvidaria que quando uma mulher obriga um homem a manter com ela o
coito vagínico não esteja, também, praticando um ato libidinoso. (GRECO,
2009, p.13 e 32) adendo Lei 12.015/09
Outra questão está relacionada aos conflitos que este homem poderá vir a
sofrer com sua família, seus filhos, esposa, namorada, etc. Ficam evidentes
as várias conseqüências que o fato em destaque poderá trazer ao homem
vítima de um estupro.
Isso porque, mesmo que não seja intenção da autora do delito a decorrente
gravidez, sobrevirá sobre a vítima o ônus das conseqüências do ato.
Diante do Direito Civil, o feto não é pessoa, mas spes personae, de acordo
com a doutrina natalista. É considerado expectativa de ente humano,
possuindo expectativa de direito. Entretanto, para efeitos penais é
considerado pessoa. Tutela-se, então, a vida da pessoa humana.
Como bem destaca o permissivo legal (art. 128), não se pune o aborto
caso a gravidez seja decorrente de um crime de estupro, não fazendo
distinção entre o estupro praticado pelo homem ou pela mulher. Entretanto,
entendemos legal somente o aborto nos casos em que a mulher for a vítima
do crime de estupro, jamais aquela que por um ato ilícito praticado por sua
própria vontade engravidou. Relembremos o fato de que à época da
construção do texto legal referente ao aborto, mais precisamente ao artigo
em estudo (art. 128, II, CP), somente a mulher ocupava a posição de
vítima no crime em comento, não se discutia a possibilidade do homem-
vítima, e quando da situação ocorrida, como já discutido neste artigo, o fato
era considerado ato libidinoso.
Assim, concluímos que o referido texto legal somente é aplicável nos casos
em que o homem é o autor do delito, mesmo com advento da lei
12.015/09, que claramente possibilitou a configuração do homem como
vítima desse crime, pois, a intenção legislativa era proteger a mulher-
vítima, que nessas circunstância não teria condições emocionais de suportar
um gravidez tão indesejada, devido a todos os traumas sofridos com a
ação.
5. Considerações Finais
6. Referências
Código Penal Brasileiro (Decreto Lei no. 2.848/40). São Paulo: Atlas, 2009.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 5. ed. São Paulo:
Revistas dos Tribunais, 2009.
GRECO, Rogério. Adendo 2009, Lei n 12.015/2009. Dos Crimes Contra a
Dignidade Sexual. Niterói-RJ: Ed. Impetus, 2009.
JESUS, Damásio. Direito Penal – Parte Especial, Vol. 2. 25. ed. São Paulo:
Saraiva, 2003.
http://www.artigonal.com/direito-artigos/a-mulher-como-sujeito-ativo-do-
crime-de-estupro-e-suas-implicacoes-1846012.html