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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

Murilo Bortoline Wanderley

CONTROLE ESTATÍTICO DE PROCESSO

JERÔNIMO MONTEIRO
2010
Murilo Bortoline Wanderley

CONTROLE ESTATÍTICO DE PROCESSO

Trabalho apresentado à disciplina de


Administração de Empreendimentos
Florestais, da Universidade Federal do
Espírito Santo, como requisito para
avaliação. Prof. Dr. Franklim Chichorro.

JERÔNIMO MONTEIRO
2010

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................4

2. OBJETIVO...............................................................................................5
3. DESENVOLVIMENTO.............................................................................5
3.1 O CEP...............................................................................................6
3.2 ESTUDO DO CEP............................................................................7
3.2.1 Síntese do Estudo de Tempo....................................................7
3.2.2 Resultados Gerados CEP.......................................................12

4. CONCLUSÃO........................................................................................14

5. REFERÊNCIAS.....................................................................................14

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1. INTRODUÇÃO

Desde o início da história da humanidade, existe a preocupação com a


qualidade dos produtos oriundos da agricultura, da manufatura e da criação de
animais. Uma das técnicas usadas para examinar cereais consistia em furar os
sacos para observar a qualidade dos grãos. Isto para um estatístico significaria
apenas coletar uma amostra. Atualmente, devido a grande concorrência, a
qualidade é condição de sobrevivência da empresa e, logicamente, toda
empresa que coloca seu produto ou serviço no mercado, também tem a
preocupação com a qualidade (CORTIVO, 2005).

Toda empresa precisa de técnicas que permitam ao seu produto a qualidade


desejada. Não se pode mais apenas exigir que as pessoas façam o melhor que
podem ou cobrar resultados, é necessário o uso de ferramentas que auxiliem
no controle de falhas e no aperfeiçoamento dos processos de produção
(CORTIVO, 2005).

Com a globalização da economia, aumentou a concorrência internacional que


trouxe consigo exigências crescentes de qualidade e produtividade. Para
acompanhar o incremento da produção e garantir o abastecimento das
indústrias a custos compatíveis, as empresas, do setor da celulose, acharam
que, na maioria das vezes, a solução é aumentar o nível de mecanização das
operações de colheita de madeira para obter produções elevadas a baixos
custos (TARNOWSKI, 1999).

O controle de qualidade na atividade florestal vem sendo praticado desde o


início da década de 80, baseado em um trabalho pioneiro, da antiga Champion
Florestal, atual International Paper. Hoje, sua prática está bastante difundida na
maioria das empresas florestais. Este modelo utilizava equipes de qualidade

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externas à área vistoriada e gerava muito atrito entre a área de qualidade e a
operacional (Trindade, 2009).

Quando são observados desvios de conformidade, a própria equipe detecta e


age preventiva ou corretivamente, com ações implementadas tão logo quando
detectadas. No processo de auditorias externas da área, as correções eram
realizadas após a ocorrência do fato, com prejuízos para as organizações
(Trindade, 2009).

O controle da operação permite conhecer o processo e ter previsibilidade sobre


o mesmo, dando garantia da qualidade das atividades. As informações colhidas
nos controles, além de serem uma excelente ferramenta para tomada de
decisões diante desvios de conformidade, devem contribuir para compor um
importante banco de dados, que auxiliará a fazer inferências frente a resultados
obtidos - produtividade, facilitando a rastreabilidade e desencadeando ações
gerenciais de melhoria das operações (Trindade, 2009).

2. OBJETIVO

Este trabalho teve como objetivo exemplificar a aplicabilidade do Controle


Estatístico de Processo no setor florestal, tomando como partida a atividade
relacionada à Colheita Florestal.

3. DESENVOLVIMENTO

Segundo FALCONI (1992), controlar significa detectar quais foram os fins,


efeitos ou resultados não alcançados, analisar estes maus resultados
buscando suas causas e atuar sobre estas causas de tal modo a melhorar os
resultados. Portanto controlar significa localizar o problema, analisar o
processo, padronizar e estabelecer itens de controle de tal forma que o
problema nunca mais ocorra. A falta de padronização pode conduzir a
variações na produtividade por operador, na qualidade do produto, no custo,
etc.
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Neste sentido existem Técnicas para a Análise e Melhoria de Processos, como
os 5S, Ciclo PDCA e o Controle Estatístico de Processo. O uso do Controle
Estatístico de Processo (CEP) é uma subárea do Controle Estatístico de
Qualidade e é um método para compreender, monitorar e melhorar o processo
de produção continuamente. O CEP tradicional é aplicado em processos com
um único produto e com grande produção, foi desenvolvido para ser aplicado
para este tipo de situação com raras mudanças na produção. Entretanto,
existem situações em que o processo não é contínuo, no sentido de que a
produção é interrompida para entrada de um outro produto ou esta é em
pequenas quantidades (CORTIVO, 2005).

3.1 O CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSO

A ideia principal do CEP é que melhores processos de produção com menos


variabilidade propiciam níveis melhores de qualidade nos resultados da
produção. E surpreendentemente quando se fala em melhores processos isso
significa não somente qualidade melhor, mas também custos menores. Os
custos, assunto amplamente discutido em capitulo 10 e apenas mencionado
aqui, diminuem principalmente em função de duas razões: a inspeção por
amostragem e a redução de rejeito (SAMOHYL, 2005).

No CEP a análise inicia-se com a coleta de dados. Calculada a media e


amplitude ou desvio padrão, calcula-se os limites superior de controle (LSC) e
inferior (LIC). Plota-se um gráfico contendo as amostras e os limites. A
presença de pontos fora destes limites caracteriza a existência de causas
especiais, ou seja, o processo esta fora do controle estatístico. Ocorrendo a
presença de causas especiais, deve-se procurar pelos motivos que levaram a
estas causas e tentar soluciona-las. Uma particularidade das causas especiais
e que para sua eliminação não e necessária a mudança do processo, bastando
somente eliminar o motivo (exemplo: consertar a maquina com defeito ou
substitui-la). Corrigidas as causas especiais, renovam-se os dados através de
nova coleta, calculando-se as medias, desvios, limites superior e inferior.
Havendo apenas causas comuns, o processo esta sob controle estatístico. Não
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basta que o processo esteja sob controle estatístico, ele deve atender as
necessidades do cliente, ou seja, permanecer dentro dos limites e
especificação (Opazo, 1996).

3.2 ESTUDO DO CEP

Para a realização de um estudo exemplificando a aplicação do Controle


Estatístico de Processo na Engenharia Florestal, foram utilizadas como base
informações relativas ao trabalho “Estudo de tempos e movimentos das
operações de extração e transporte de madeira para uso em serraria e
laminação” de Siva, W. S. Porém os valores contidos no programa CEP foram
meramente empíricos, baseados em médias dos tempos reais e utilizados para
gerar as informações em gráficos abaixo citadas.

3.2.1 Síntese do Estudo de Tempo

O estudo de tempos deve ser desenvolvido com a finalidade de se determinar


futuramente, a produção e os custos, segundo normas técnico-econômicas,
ecológicas e sociais. O estudo destina-se a medir o trabalho e estabelecer um
projeto de métodos, em função do volume a ser explorado, custo dos
equipamentos, mão-de-obra envolvida e redução de impactos ambientais.

O estudo de tempos e movimentos na exploração florestal procura encontrar a


melhor técnica de se executar uma operação, enquanto determina o seu
tempo-padrão em função do aspecto econômico, social e ecológico.

Segundo ALVES (1982), entende-se por exploração florestal, o conjunto de


operações através das quais o material lenhoso quer principal quer secundário,
chegado o momento da colheita, é retirado do local da mata onde foi produzido
e é entregue no primeiro ponto do seu circuito comercial; mas geralmente,
considera-se fechado o ciclo da exploração com a colocação do material
lenhoso em carreadouro, na margem ou proximidade da mata, em local
acessível ao transporte rodoviário ou estrada principal.

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O método de estudo de tempos na exploração florestal divide-se em duas
partes principais: a) análise; b) síntese.

a) Análise: é a pesquisa de uma determinada situação atual


(convencional), não intervindo na estrutura de trabalho.

b) Síntese: compreende a pesquisa previamente estruturada (novo


método), com a finalidade de aumentar rendimento, melhorar as
condições de trabalho, aperfeiçoar o aproveitamento da mão-de-obra e
máquinas. Geralmente, faz-se várias repetições em módulos de
tamanho fixo para garantir a validade estatística dos resultados.

De acordo com SUDAM (1978), para se obter uma boa produção e uma
otimização dos lucros em exploração florestal, será sempre necessário:

a) Planejamento baseado em horas conhecidas da área a ser explorada;

b) Administração e supervisão que assegurem o uso eficiente da


floresta, das máquinas e equipamentos;

c) Rede de estradas bem planejadas e bem construídas;

d) Aperfeiçoamento das técnicas de corte, arraste e transporte e,

e) Manutenção e reparos eficazes das máquinas e equipamentos.

Segundo MIALHE (1974), o estudo de tempo e movimentos é o método mais


importante de pesquisa em operações florestais, pois o tempo consumido em
cada ciclo de trabalho, está associado ao método de trabalho. Para SOUZA
(1978), o estudo de tempos e movimentos é uma importante técnica utilizada
na racionalização do trabalho de exploração e transporte florestal.

TESTA (1983), afirmou que a cronometragem é um elemento fundamental na


exploração florestal, pois, é através dela que se analisa a operação buscando
sempre melhorá-la cada vez mais.
Material e Métodos
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• Recursos Humanos e Materiais

Materiais: Cronômetro, Bússola, Pranchetas, Fitas métricas, Lápis e


borracha, Fichas e formulários, Material de desenho.

Pessoal: (01) Engenheiro Florestal, (02) Técnicos Agrícolas (nível


médio), (10) Operários e (01) Bolsista (Estudante de Eng.ª
Florestal)

Clima

A precipitação média anual é de 2300 mm por ano. O período chuvoso,


geralmente, se inicia em dezembro, atingindo maiores índices nos meses de
fevereiro a abril.

A temperatura média anual oscila em torno dos 26º C e a umidade relativa


média está em torno de 81%.

Solo

O solo é do tipo latossolo amarelo distrófico. São solos minerais, geralmente


ácidos, muito profundos, bem drenados e bastante resistentes à erosão, não
sendo indicados para agricultura, mas sim para manejo da floresta nativa.

Relevo

A maior parte da propriedade é formada por relevo plano a suave ondulado,


situada a 50 e 60 metros de elevação acima do nível do rio urubu, cortada pelo
vale do Igarapé Tucunaré que, atravessa a propriedade e banha o Rio Urubu
pelo limite meridional.

Vegetação

A formação vegetal se caracteriza como típica de floresta tropical densa, da


subdivisão de baixos platôs dissecados. A composição florística é bastante
heterogênea. Entre as espécies de árvore encontrada com maior frequência
estão: abiurana, tauari, cupiuba, mata-mata, balateira e maçaranduba.
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Parâmetros Analisados

• Principais Atividades do Estudo de Tempo

a) Corte

b) Arraste

c) Transporte

Estas foram as principais atividades para as quais foram coletados os dados


para posterior estudo de tempo. Mas, como foi verificado a necessidade de
adaptação de outras informações no decorrer da coleta, foram sendo
introduzidas outras características objetivando chegar-se a um padrão definido.
Consequentemente, as fichas e os formulários foram sendo adaptados para
atender as mudanças apresentadas no decorrer do trabalho.

Este procedimento teve como principal objetivo, permitir o controle da produção


de cada atividade e acompanhar a sua evolução, ou seja, verificar se os
técnicos, operadores e operários adquiriam mais experiência e domínio das
técnicas ao longo do trabalho, visando melhorar o controle da produção.
Também foram registrados e observados problemas de logística, tais como,
falta de peças de reposição, problemas mecânicos, falta de combustível, dentre
outros.

Coleta de Dados

A coleta de dados abrangeu os seguintes parâmetros:

a) Tempo total de trabalho;

b) Tempo efetivo de trabalho;

c) Produção por atividade;

d) Tempos perdidos por diferentes razões e,

e) Distância.
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Método de Tempo Contínuo

Como o próprio nome já indica, os tempos das parcelas do processo de


trabalho são controladas, cronologicamente, na sequência de seu
aparecimento, portanto, progressivamente. Os tempos registrados pelo
cronômetro de funcionamento contínuo, são anotados ao final de cada parcela
de trabalho, de acordo com o período de duração em horas, minutos e
segundos acusados pelo mostrador.

Após a coleta dos tempos, recorreu-se ao botão RECALL do cronômetro, para


recuperar os registros de duração de cada parcela de trabalho.

O método de tempo contínuo permite uma representação adequada do


processo de trabalho, conforme mostramos a seguir.

Exemplo:

Ciclo n. 1 Tempo

0,00 min. Início

0,35 min. Testar ôco

1,19 min. Limpeza do fuste

7,33 min. Boca, Filete

0,35 min. Profundidade & Liberação

3,76 min. Destopar e Limpar

1,13 min. Procurar próxima árvore

Total 14,70 min.

Ciclo n. 2

0,00 min. Início

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O método de tempo contínuo é indicado principalmente para levantamentos
iniciais de processos de trabalhos desconhecidos. Pela repetição das
observações, pode-se reconhecer as parcelas de trabalho, cujos componentes
reaparecem, numa sequência constante.

3.2.2 RESULTADOS GERADOS CEP

• CARTA DE CONTROLE - Média(XBarR)

Análise de Tendência - Média(XBarR):


10 ponto(s) fora das especificações (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10)
1 ponto(s) fora dos limites de controle (3)
50% dos pontos dentro do terço médio

• CARTA DE CONTROLE - Amplitude(R)

Análise de Tendência - Amplitude(R):

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Nenhum (dos) ponto(s) fora dos limites de controle
70% dos pontos dentro do terço médio

• HISTOGRAMA

• Gráfico de Pizza

• DADOS ESTATÍSTICOS

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4. CONCLUSÃO

As informações geradas pelo programa Controle Estatístico de Processo dão


embasamento para analises das características da variação de produtividade
por operador. Este fato possibilita o aperfeiçoamento do sistema de colheita,
bem como a outros diversos setores da Engenharia Florestal.

5. REFERÊNCIAS

1. CORTIVO, Z. D. Aplicação do Controle Estatístico de Processo em


Seqüências Curtas de Produção e Análise Estatística de Processo
Através do Planejamento Econômico. P1. 2005.
2. Opazo, M. A. U. Controle Estatístico de Processos. p9. 1996.
3. SAMOHYL, R. W. Gestão da Qualidade: Teoria e Casos. Controle
Estatístico de Processo e Ferramentas da Qualidade. Cap.9 p 2005.
4. TARNOWSKI, B. C. Produtividade e Custos do Processador
Trabalhando em Povoamentos de Eucayptus grandis Hil exMaiden.
Ciência Florestal, Santa Maria, v. 9, n. 2, p. 103-115, 1999.
5. Trindade, C. Revista Opiniões Sobre o Setor de Florestas Plantadas.
Controle de Qualidade das atividades silviculturais. 2009.

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