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1– INTRODUÇÃO
2– Desenvolvimento
Como demonstra Rogério Greco “ Crime é todo o fato humano proibido pela lei penal”1
Surgiu a partir das teorias sociológicas do direito, onde o direito deixa de ser
autônomo e passa a ser meramente um fato social. Esta teoria procura saber porque
crime é considerado crime, e como demonstrado acima demonstra que o crime deve
ser um fato social, ou seja, um fato coletivo que incide na sociedade.
Marx nos mostra que “A lei está desvinculada do dever geral de dizer a
verdade, a natureza jurídica das coisas não pode comportar-se segundo a lei, mas sim
é a lei que deve comportar-se segundo a natureza jurídica das coisas.”3
Este conceito obtém um pouco mais de êxito, mas a que se mostra mais eficaz
e completa é a teoria analítica que será abordada seguir.
1
Greco, Rogério. Curso de Direito Penal- Parte Geral. p 38.
2
Hans Kelsen fundamenta isto claramente em sua obra “ Teoria Pura do Direito”
3
Cf. MARX, KARL HEINRICH. Debatten über das Holzdiebstahlsgesetz. Von einen Rheinländer (Debates
acerca da Lei sobre o Furto de Madeira. Por um Renano)(1° de Novembro de 1842), in : Marx und Engels
Werke (Obras de Marx e Engels), Vol. 1, pp. 109 - 147.
4
Frase utilizada pelo Professor Domingos Sávio Calixto em sua aula de Teoria do Delito.
O crime passa a ser: uma ação típica (prevista em lei), um ato antijurídico
(contrario daquele dito em lei) e praticado por pessoa penalmente culpável (capaz).
Logo no seu artigo 13 o código penal já traz algumas considerações sobre o tema.5
Nota-se que a relação consiste, em, que toda ação causa uma reação, isto é, o
autor atenta contra a integridade física da vitima, então sua conduta causou uma
causa. Da ação até a causa existe um vinculo. Se existe crime existe nexo causal,
logo se existe crime que não tem vitima e não tem resultado então não existirá nexo
causal.
Isto posto, vemos que o nexo causal utiliza um dos elementos da teoria analítica.
Vemos que atualmente a doutrina utiliza apenas três teorias, sendo a teoria de
Equivalência dos Antecedentes, da Imputação Objetiva e a teoria da Causalidade
Adequada. Todas estas serão expostas abaixo.
5
“O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”
6
Nucci, Gustavo de Souza. Código Penal comentado. 9º Ed, São Paulo, 2009, 140.
Também chamada conditio sine que non, é a atualmente adotada pela
legislação penal. Esta teoria consiste que: Tudo que gera causa para o todo ou o
resultado é colaborador então também será considerado crime. EX. Em uma loja um
homem compra uma arma de procedência duvidosa (ilícita), após a aquisição ele mata
cinco pessoas. Segundo a conditio sine que non, o comerciante também irá responder.
Nesta teoria vemos várias criticas, pois, então todos que colaboraram são culpados,
logo quem produziu a arma também será, a progenitora do homicida também será
presa, esta teoria vai até a existência do individuo.
Utilizando o mesmo exemplo exposto acima, vemos que para esta teoria o
comerciante não seria prezo, pois se baseia na ação delituosa do individuo e na sua
capacidade de agir (atirar). Tem muitas criticas por utilizar causalidade com
culpabilidade.
Nesta teoria vemos três requisitos para ser um crime, exista uma ação ou omissão que
fere um bem jurídico tutelado, que o resultado não aconteceria e que a vitima não
tenha colaborado para o resultado ou incentivado. Para haver o crime deve-se ter
estes três requisitos. No nosso exemplo o comerciante não iria ter cometido um delito.
Existem criticas como as outras, neste caso estão presentes porque afastam a
responsabilidade penal, isto é, desvincula o elemento subjetivo da tipicidade. Em
nosso código penal isto apenas acontece em crimes ambientais cometidos por
pessoas jurídicas.
2.4– Conclusão
Tal como as teorias da relação de causalidade, mas neste caso vemos que a
teoria adotada pelo nosso código “teoria da equivalência” não é plenamente justa,
quando comparada com o a objetiva e condição adequada. Resta-se a todos reflexões
acerca das teorias, para que em futuras mudanças penais nos mudamos para a
melhor.
Referencias bibliográficas
1) Nucci, Gustavo de Souza. Código Penal comentado. 9º Ed, São Paulo, 2009, 140.