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Fotografia

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Noções básicas de fotografia


Fazer uma boa foto não significa ter uma câmera com todos os megapixels possíveis,
ou que seja da marca mais famosa. Fazer uma boa foto é uma escolha. Uma forma de ver uma
determinada cena ou situação e, por meio do apertar de um botão congelar, o momento para
transmitir a mesma informação que foi vista pelo olho usando a fotografia.
Com o advento das câmeras digitais, grande parte dessa preocupação em registrar a in-
formação, e não apenas o momento, ficou relegada a segundo plano, se não mesmo esquecida.
A instantaneidade das câmeras digitais, o “não custo” das fotos, tornou o processo de
registro uma forma banal de passa-tempo, onde o que vale é apenas fazer um gesto ou expressão
facial diferente para se ter uma foto considerada “boa”.
Por trás de cada fotografia deveria existir um motivo suficiente para justificá-la. O fotó-
grafo não pode dispensar uma compreensão integral do real motivo que o leva a fazer determina-
da foto.
A primeira decisão a ser tomada é se sua abordagem será objetiva – para se obter a re-
produção dos fatos – ou subjetiva – no qual o fotógrafo fará um comentário visual ou expressará
a sua opinião sobre o que está fotografando.
Para se produzir boas fotos, é necessário utilizar a inteligência. Não basta apenas o conhe-
cimento técnico do funcionamento da máquina, mas questionar-se a respeito do que está sendo
realizado do objetivo da imagem e do uso que ela terá.
Ao observar uma paisagem, será que ela deveria ser fotografada apenas por ser bonita
ou impressionante? O que mais chamou a atenção para a foto? O céu, as cores, o terreno? Os ele-
mentos que a compõem? A luz que incide em determinado ponto? Elementos em primeiro plano
ou apenas um detalhe?
Uma vez formuladas essas perguntas, suas respostas virão de forma rápida e proporcio-
narão ao fotógrafo uma consciência maior do que está realizando e, como resultado, uma foto-
grafia melhor.

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Composição
Além de um tema consistente ainda há alguns passos que podem ser seguidos para se
conseguir melhores resultados na fotografia. Tais passos compreendem regras simples de compo-
sição, que contribuirão para o sucesso da mesma. A composição nada mais é que a distribuição
dos elementos e montagem da cena coberta pela área de visão.
Um dos princípios básicos de composição é sobre o centro de interesse, ou assunto da
foto. Esse não deve ser necessariamente o centro da foto. Embora seja natural apontar a lente
para o assunto e centralizá-lo, isso, na maioria das vezes, causará um efeito negativo. Como a
tendência natural é a de olhar o centro da foto, se o assunto for deslocado desse ponto, o obser-
vador focará sua atenção primeiro no ponto em que ele estiver e, depois, deslocará o olhar para
o centro, isso resultará numa “varredura” de toda a imagem com o olhar.
Se o assunto está ao centro, o observador focará sua atenção naquele ponto e não se
preocupará em observar o restante da foto.

Regra dos terços


Esta regra é um dos princípios da boa composição, aplicando-se não só à fotografia, mas
a todas as áreas onde se trabalha com elementos visuais.
Recebe esse nome pois implica na divisão da cena em três partes iguais, tanto na vertical quanto
na horizontal, como um jogo da velha.

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A intersecção das linhas cria quatro campos focais (A, B, C, D). Esses pontos, chamados de
terços, constituem centro passivo de atenção para quem olha uma cena.
A regra dos terços nos diz para colocarmos o assunto de maior atenção em algum dos
terços da cena. Não é necessário que todos os pontos sejam ocupados, mas que em algum deles
seja situado o elemento principal da foto. Em alguns tipos de fotos, esse conceito pode ser até
desprezado, mas deve ser a principal regra a ser seguida.

Primeiro plano
Uma foto bem composta depende do equilíbrio de seus elementos. Portanto, tão impor-
tantes quanto a cena central são o fundo e o primeiro plano. Objetos situados próximos à câmera
podem realçar certos aspectos da cena ou desviar a atenção do que é importante. Por isso, ao
fotografar, deve-se ter consciência do resultado que se deseja.
Objetos em primeiro plano são especialmente úteis para caracterizar situações específi-
cas. Por exemplo, uma foto representando um momento de leitura pode ter em primeiro plano
elementos que se relacionem com o prazer de ler, valorizando a foto.

Fundo da foto
Muitas vezes, ao fotografar uma cena, existe a tendência de se preocupar apenas com o
assunto que está em primeiro plano, sem dar atenção aos elementos que compõem o fundo. A
interferência de elementos pode prejudicar a leitura e a melhor compreensão da foto, principal-
mente quando cria composições bizarras ou entra em conflito com o primeiro plano, seja pelos
elementos, luzes ou cores inadequadas.

Linhas
Para aprimorar as fotos, pode-se usar linhas imaginárias dentro do assunto ou objeto. As
linhas contribuem para juntar as coisas, para dar um sentimento de fluência à paisagem, “envol-
ver” o conjunto ou relacionar entre si as coisas em diferentes partes da cena.

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Os triângulos, as forma ovais ou em “S” parecem


fluir mais, como que obrigando o observador a ver
a imagem mais ativamente.

As imagens em linha alongadas, convergentes


(formadas por perspectivas acentuadas) atra-
em rapidamente a atenção dos olhos para seus
pontos convergentes.

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Uma massa de linhas curtas em ângulos diferentes


em todas as direções, contribui para sugerir excita-
ção, confusão e caos.

Linhas do horizonte
Tal como na pintura, a escolha da posição do horizonte é um dos recursos para se dar
ênfase no assunto, criar efeitos especiais ou equilibrar os elementos da fotografia. A linha do
horizonte funciona ainda como uma escala de referência. Conforme a posição, as proporções dos
elementos se alteram.

Linha do horizonte no terço inferior Linha do horizonte no centro

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Linha do horizonte no terço superior

Zoom ótico X zoom digital


O zoom ótico aproxima a imagem por um jogo de lentes dentro da câmera e não distorce
a imagem. Já o zoom digital apenas amplia eletronicamente uma imagem existente, esse tipo de
zoom deve ser evitado, uma vez que ele provoca muita distorção na imagem.

Resolução da foto
Megapixel é o termo utilizado nas câmeras digitais para dizer o quanto uma imagem po-
derá ser ampliada. O mínimo recomendável para se revelar uma fotografia digital no formato
10x15cm é de 1.3 megapixels. Uma resolução de 1.3 megapixels significa que existem aproxima-
damente 1,3 milhão de pixels na imagem, ou seja, uma imagem de 1280 pixels de largura por 1024
pixels de altura tem exatamente 1.310.720 pixels. (Fonte: Wikipédia)
Levando em consideração que as fotos geralmente são retocadas antes de ser publi-
cadas e, às vezes, se aproveita apenas parte da foto, o ideal é usar sempre resolução máxima
da câmera.

Uso do Flash
O flash embutido que vem na maioria das câmeras é de curto alcance, geralmente de dois
a três metros, no máximo. Atenção com fotos noturnas em ambientes grandes. Em muitos casos,
é preferível desligar o flash.

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Para evitar que as fotos fiquem tremidas quando se desliga o flash, é recomendado o
uso do tripé.

Cuidado com a luz de fundo


Evite fotografar em um local que tenha muita luz de fundo em relação ao objeto a ser
fotografado. Exemplo: janela ou sol por detrás das pessoas.
O ideal é inverter o ângulo de foto: o fotografo deve ficar de costas para a luz. Não sendo
possível, utilize um flash para dar nitidez às pessoas a serem fotografadas.

Lembre-se
Antes de clicar a sua câmera, faça as seguintes perguntas a fim de obter um
bom resultado:
■ Qual é o objetivo da foto?
■ Quem ou qual é o assunto principal?
■ O que deve ser o resultado? Pessoas, arquitetura, cores ou texturas?
■ Quem será o público da foto?
Lembre-se de que um mesmo assunto pode ser interessante de formas diferentes à
públicos diferentes. No caso de fotos para artigos na Revista Adventista, ASN (Agência Sul-
Americana de Notícias) ou para o boletim da igreja, sempre se deve usar em primeiro plano a
imagem das pessoas.

Check list
■ Carregar as baterias da máquina fotográfica e do flash;
■ Ter baterias de reserva;
■ Limpar o cartão de memória;
■ Limpar a lente da máquina fotográfica;

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Postura do fotógrafo em
eventos religiosos

Postura nos eventos


Com o progresso da fotografia digital e a competição do mercado fotográfico, adquirir
uma câmera digital já não é mais um sonho distante. Desta forma, a fotografia está acessível a
pessoas de diferentes idades e níveis econômicos.
Esse progresso pode ser facilmente percebido também no público cristão que tem usado
suas câmeras para registrar eventos, cerimônias e momentos de confraternização nas igrejas.
Mas qual o limite para se obter a foto desejada?
A fotografia tem um papel importante dentro da missão da igreja. Realizada de for-
ma adequada, ela auxilia no registro da memória da igreja local e colabora para a divulgação
de suas atividades.
Na busca pelo melhor ângulo, há fotógrafos, leigos ou profissionais, com uma câmera
fotográfica na mão, não se importando em interferir na programação, agindo como se não esti-
vessem numa reunião religiosa.
Um exemplo de como a fotografia se torna um irreverente estorvo, ao invés de uma
útil ferramenta, ocorre durante as cerimônias de batismo. Amigos e familiares desejam re-
gistrar o momento. Para não perder a hora certa do clique, todos se posicionam perto do
tanque batismal.
Como há pelo menos um fotógrafo para cada batizando, o resultado é um batalhão de
pessoas à frente da igreja tirando a atenção e visão do público, além de causar tumulto e irreve-
rência. O mesmo vale para os demais eventos religiosos ou outras programações especiais.
A maioria das câmeras utilizadas pertence à da categoria compacta. Como essas câmeras
são limitadas quanto à velocidade do obturador, sensibilidade da luz e zoom, é comum o fotógrafo
conferir no monitor a imagem e refazê-la até atingir o resultado desejado. Em alguns casos essa
limitação do equipamento e as condições ruins de iluminação e posicionamento resultam em uma
imagem inútil, que não poderá ser utilizada.

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Falando em foto inútil, vale destacar as fotos feitas por celulares. Como o zoom desses
equipamentos é quase inexistente, as pessoas se posicionam ainda mais próximas aos objetos a
ser fotografados, registrando imagens que só serão utilizadas no próprio aparelho, com péssima
resolução. A pergunta que se deve fazer é: “Vale a pena atrapalhar o pregador, desviar a atenção
de 50, 100 ou 150 pessoas para obter uma foto que não vou utilizar?” A resposta é fácil.

Propósito, qualidade e quantidade


Apertar o obturador é a última etapa de um longo e fundamental caminho que passa
pela técnica e linguagem fotográfica. Um dos primeiros passos antes de se começar a fotografar é
saber claramente quais os propósitos do registro.
■ Qual o objetivo da captura?
■ Onde serão usadas as fotografias?
■ Essa foto é tão importante a ponto sua execução tirar a reverência do ambiente?
A fotografia digital viabiliza a captura de muitas imagens sem o custo do filme. Muitos
iniciantes se impressionam com essa vantagem, com o número de fotos que um cartão de me-
mória é capaz de armazenar e compram o equipamento tendo em mente a grande quantidade de
imagens que serão registradas, não a qualidade das mesmas.
Basta pensar um pouco para perceber que mais vale ter 15 fotos de qualidade, que comu-
niquem claramente o que aconteceu no evento e que poderão ser impressas posteriormente, do
que uma pasta com 100 imagens em baixa resolução, com enquadramento inadequado, tremidas,
escuras, que jamais serão utilizadas. O que importa é a qualidade, não a quantidade.
Elaborar um arquivo digital para a igreja de fotos de eventos, reuniões, cerimônias, fazen-
do parte da história.

Dicas de postura na hora de fotografar


Reúna pessoas com disposição para se qualificar no ato de fotografar eventos promovidos
pelas igrejas. Para tanto, destacamos algumas dicas básicas:
■ Escolha e capacite um grupo de fotógrafos em sua igreja.

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■ Denomine um grupo de pessoas para ser os fotógrafos oficiais de sua congregação. Dessa
forma a igreja terá mais qualidade em seus registros e menos irreverência.
■ Não teste sua habilidade fotográfica apenas no momento do evento. Com a igreja vazia,
faça testes de luz e posicionamento. Assim, você saberá as regulagens ideais da câmera e os
melhores lugares para o fotógrafo se posicionar, evitando percorrer a igreja atrás de um bom
ângulo e tentar diversas vezes a mesma foto enquanto a programação é realizada.
■ Pense bem antes de iniciar a jornada fotográfica em um evento. Reveja o propósito das
imagens e registre somente o necessário.
■ Saiba antecipadamente qual tipo de iluminação será utilizada e tenha em mãos a progra-
mação do evento para se posicionar melhor na igreja e evitar surpresas desagradáveis.
■ Fale antecipadamente com os organizadores do evento para saber quais os momentos mais
relevantes a ser registrados. Lembre-se de que o importante é a qualidade das imagens, não
a quantidade.
■ Faça parte do seleto grupo dos PQLM – Pessoas Que Lêem o Manual! Conheça todos os recur-
sos de sua câmera para obter os melhores resultados e evitar fotografar em condições nas quais
seu equipamento não corresponderá à necessidade local. Por isso é importante não se contentar
com o modo automático da câmera e aprimorar sua técnica.
■ Use roupas neutras e sem muitos detalhes. O fotógrafo precisa se vestir discretamente para
chamar o mínimo de atenção possível. Mulheres devem tomar o cuidado com o comprimento das
saias e os saltos altos que, dependendo do piso, fazem um som significantemente perceptível
■ Oriente os fotógrafos visitantes e produtoras que registrarão eventos em sua igreja sobre
a postura que devem ter no registro das imagens.
■ Eventos grandes. Os organizadores de eventos com grandes públicos conhecem a dificulda-
de de conter a massa de fotógrafos que se debate em frente ao palco para captar os melhores
momentos da programação.
■ Para camporis e batismos com grande número de batizandos, a sugestão é ter uma equipe
de fotógrafos, devidamente identificados.
■ No caso de batismos com vários tanques, o ideal é ter um fotógrafo para cada tanque
batismal. Dessa forma, não há tumulto e o fotógrafo pode registrar todos os batizandos e

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entregar posteriormente as fotos com alta qualidade para impressão. A dificuldade nesse
processo é fazer os familiares entenderem que não poderão fotografar. Um argumento forte
é o de que em uma cerimônia com 100 batizandos, por exemplo, a atuação de 100 fotógra-
fos será um caos certo.

Informações na internet
A internet oferece uma gama incrível de informações. Para aprimorar sua técnica e lingua-
gem fotográfica, a forma de comunicação é rápida, simples e dinâmica. Pesquise em fóruns como:
• www.fotografiabrasil.com
• www.mundofotografico.com.br
• www.digiforum.com.br
• www.flickr.com/groups/advfoto (grupo dos fotógrafos adventistas)

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