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Sumário: Introdução ao estudo das cartas topográficas. Definição de declive de uma
superfície, cartas de pontos intermédios e gráfico de um perfil natural.
Assim que avistaram a Terra pela primeira vez, os astronautas concluíram duas
coisas: a Terra, vista do espaço era azul e não apresentava relevo. Esta segunda
observação causou alguma surpresa pois sabe-se que à superfície, a Terra apresenta uma
variação de ~20.000 m, sendo a altura máxima a do Evereste, com cerca de 8864 m de
altitude (valor que continua a aumentar!) e a menor altitude, a da Fossa do Mindanao,
com uma profundidade de ~11.500 m.
A superfície terrestre e o seu relevo estão discriminados nas chamadas cartas
topográficas.
Sistemas de referenciação
Para estabelecermos a relação entre os pontos da superfície terrestre e os pontos no
mapa (ou carta), necessitamos de um sistema de referenciação, que se desenvolve a
partir de um sistema de eixos e de uma origem (i.e. cruzamento dos eixos origem).
–1–
Diagrama de enquadramento Æ relação entre a nossa carta e as cartas adjacentes
(1/25.000 e 1/50.000). Encontra-se no canto superior esquerdo e consiste num
rectângulo semelhante a:
Isto significa que a carta que estamos a observar é a carta número 27 e que se
chegarmos a um dos topos N, S, E ou O podemos continuar a nossa pesquisa nas cartas
9, 38, 13 ou 14, respectivamente.
No canto superior direito existe outro diagrama:
5 A – NO 1
50.000 27 250.000
Estando a ler a folha 27, na escala 1:25.000, podemos querer passar para uma carta
de escala diferente. Então, para a escala de 1:50.000, sabemos que esta zona está no
mapa 5ª, zona Noroeste; e para a escala de 1:250.000, a mesma zona está na carta 1.
Diagrama de declinações Æ indicações para determinar a declinação magnética na
zona (uso de bússolas, que indicam o Norte Magnético – NM).
NCartográfico NM PNGeográfico
Pelas 15 horas, o desvio é máximo.
NM Este ângulo reduz cerca de 7’ por ano,
NG mas esta informação encontra-se na
carta, juntamente com o ano em que
foram feitas as medições.
Merediano Central
N
9
13 27 14
38
–2–
O que é a inclinação magnética?
O norte definido pelo campo magnético terrestre não coincide com o norte
geográfico, apresenta variações (inclusivamente diurnas).
A declinação magnética é o ângulo formado entre o NM e o NG. Varia cerca de 7’ por
ano, pelo que temos de considerar a data de edição da carta.
Devido aos sistemas de projecção, existe ainda uma diferença (C) entre o Norte
Geográfico e o Norte cartográfico, esta diferença é somada à declinação magnética, nas
regiões a Leste do Ponto Central e subtraída nas regiões localizadas a Oeste.
Escalas
A escala é a relação entre as dimensões dos elementos representados no mapa
(planta, carta, etc) e as suas dimensões reais no terreno.
Representação do relevo
O principal objectivo de uma carta topográfica é representar a altimetria, a
configuração do terreno.
Ponto cotado – ponto com uma referência à altitude medida, isto é, a distância vertical
entre o ponto e o nível médio do mar ÆDATUM.
Curvas de nível – linha imaginária que une todos os pontos de relevo situados à mesma
cota (altitude).
–3–
10 m
(1) (2)
– quanto menor a equidistância das curvas de nível melhor a representação do relevo;
– quanto menor for a distância entre as curvas de nível (na carta), maior é a inclinação
do terreno e vice-versa.
Legendas
Preto – sobrecarga de relevos, vias vicinais, vias férreas, edifícios e construções.
Verde – coberto vegetal.
Vermelho – toponímia de vértices geodésicos (pontos em que se sabe a latitude,
longitude e altitude exactas), rodovias e construções adjacentes.
Sépia – referências aritméticas (curvas de nível, pontos cotados, marcos
geodésicos).
–4–
Azul – vias de telecomunicações, rios, zonas periodicamente alagadas, lagos e
construções adjacentes.
Formas de relevo
–5–
– vales: forma côncava que resulta da junção de duas vertentes, a linha
definida pela intercepção das margens do vale é o talvegue (córrego); os
vales estão representados por curvas de nível em ‘U’ ou em ‘V’, em que as
de maior altitude envolvem as de menor altitude.
Muitas vezes somos iludidos com as distâncias reais e as distâncias no mapa. Por
exemplo, no trajecto seguinte:
Distância no mapa = 5 cm
Distância real = 12 cm
Atendendo à escala, estes 5 cm no mapa correspondem a 5 x 25.000 = 125.000
cm = 1,25 Km. Mas na realidade o mesmo percurso foi de 3,0 Km (12 x 25.000 cm).
DV tg i = DV Î DECLIVE
Dh
A i
B’ % declive = DV x 100
Dh Dh
xI
50
B
40
AB 10 IB x Eqd
IB x AB
–6–
Perfil topográfico – escolhe-se um trajecto no mapa, pega-se numa bitola (que pode ser
uma folha de papel) e mede-se a distância entre os dois pontos escolhidos, marcando na
folha as diferentes curvas de nível. Trabalham-se os dados para se obter um gráfico que
reflecte o perfil do trajecto escolhido Æ Perfil natural, porque em ambos os eixos do
gráfico aparecem as mesmas medidas da escala.
Aula 2 2004.03.02
Sumário: Conclusão de um perfil topográfico natural. Introdução à utilização da
bússola: noção de azimute e azimute inverso, orientação de cartas. Método da
triangulação e localização de um ponto. Aplicação prática no exterior.
Ainda sobre o perfil topográfico, há que ter em conta a escala dos eixos: para ser
considerado um perfil natural, a escala tem que ser a mesma. Por exemplo se o mapa
estiver numa escala de 1/25 000, 1 cm no eixo das ordenadas irá corresponder a 250 m
no eixo das abcissas. Muitas vezes, para tornar o declive mais visível, faz-se uma
modificação na escala, fazendo com que 1 cm corresponda a 50 m. O declive deixa de
ser natural e passa a ser sobrelevado.
Uma outra coisa importante para a elaboração de um perfil topográfico, é a
orientação, isto é, deve-se marcar as coordenadas geográficas: NO Æ SE.
NM
As bússolas são instrumentos frágeis: um pequeno choque pode fazer com que a
agulha se solte do cone, deixando de rodar. Além destes choques, como a agulha é
susceptível ao campo magnético terrestre, também qualquer metal pode provocar uma
desregulação da mesma, podendo mesmo desmagnetizá-la. Alguns exemplos a ter em
consideração são os telemóveis, chaves, dinheiro, carros (até 5 m de distância), postes
de alta tensão (até 70-80 m de distância), tomadas eléctricas… e tudo que tenha metal.
Até uma lapiseira!
A bússola tem um anel graduado de 0º-360º. Este anel pode rodar livremente.
Existe também uma linha que atravessa toda a bússola, a linha de fé – a partir dela
fazem-se doas as medições!
A bússola permite determinar o norte, o Norte Magnético, mas podemos inserir a
nossa declinação magnética, que está escrita na carta topológica. Para isso usa-se um
pequeno parafuso que esta a noroeste do anel graduado. Isto permite-nos mover o anel,
sem mover a sua base (onde se encontram as setas necessárias às medições e orientações
no terreno).
–7–
Quando, como acontece connosco, as bússolas servem para muitos trabalhos,
fazem-se as reduções no final. Para isso basta ver a diferença no diagrama de
declinações e tê-lo em conta.
NC
NM
NG
Linha perpendicular a
qualquer uma das outras (no
caso, ao NM)
Azimute Æ é o ângulo medido na horizontal e no sentido dos ponteiros do
relógio, entre uma direcção conhecida (o norte magnético) e uma direcção que
pretendemos
Trata-se de azimute magnético, pois não tem em consideração a declinação.
N
Norte Magnético
O E
S
Para saber o azimute de um determinado objecto distante, faz-se uma mirada, que
consiste em fazer o mesmo que foi feito para alinhar a carta, mas com a ajuda do
espelho e de uma mira, que se encontra na base superior do espelho.
–8–
deve-se subtrair 180º se acontecer o contrário. De uma maneira mais prática e rápida,
basta marcar o valor do ângulo oposto na linha de fé Æ Anti-azimute.
Aula 3 2004.03.09
Sumário: Introdução ao estudo dos minerais. Propriedades fundamentais. Estudo e
identificação de minerais em amostras de mão.
2. Clivagem:
Propriedade direccional que traduz a possibilidade do mineral se fracturar sempre
segundo famílias de planos paralelos (Ex: calcite – 3 planos).
–9–
Está relacionada com a estrutura interna do mineral. As famílias de planos de
clivagem resultam de uma baixa densidade atómica, de ligações atómicas fracas ou de
longa distância inter-atómica.
ligações covalentes, conformação piramidal (diamante) ≠ planos de ligações
covalentes e ligações de Van der Walls entre os diferentes planos (grafite).
3. Brilho:
Maneira como a luz natural difusa é reflectida pela superfície não alterada do
mineral.
– Metálico – brilho de qualquer metal;
– Vítreo – brilho semelhante ao do vidro.
Resinoso: semelhante a resina. Exemplo, enxofre.
Gorduroso: semelhante a uma camada de gordura. Ex: quartzo massivo.
Sedoso: minerais fibrosos.
Nacarado: semelhante ao interior de conchas. Madrepérola.
Adamantino: brilho do diamante.
4. Densidade:
Mede-se com aparelhos que nos dão valores exactos. Depende da composição e da
estrutura do mineral – átomos presentes (nº atómico, massa); arranjo ou tipo do
empacotamento dos átomos.
Exemplo:
D varia com o tipo de arranjo
Ca(CO3) C
-3
Calcite: 2,7 g.cm Diamante: 3,5 g.cm-3
Aragonite: 2,9 g.cm-3
↓ Grafite: 2,2 g.cm-3
segregada pelos animais na formação
das suas conchas. Quando eles
morrem, passa a calcite.
– 10 –
5. Hábito:
Corresponde à forma das faces externas adquirida por um mineral, quando
cristaliza ‘à vontade’. Também resulta da estrutura interna do mineral. Exemplo: pirite,
cúbico; calcite, romboedro.
Cúbico (Pirite)
→ Isométrico (todas as faces têm a mesma dimensão): Octaédrico (Diamante)
Romboédrico (Calcite)
Fibroso (Micas)
→ Longo: Acicular (forma de agulha)
Prismático
6. Dureza:
Corresponde à resistência que a superfície de um mineral oferece ao ser riscado
por outro. A primeira pessoa a identificar esta propriedade dos minerais foi Mohs, que
criou uma escala de durezas relativas – Escala de Mohs:
1 – Talco
2 – Gesso
3 – Calcite
4 – Fluorite
5 – Apatite
6 – Ortose
7 – Quartzo
8 – Topásio
9 – Corindo
10 – Diamante
Trata-se de uma escala de dureza RELATIVA. O diamante não é 10 vezes mais duro
que o talco, mas sim 900 vezes!
Para preservar os termos da escala, ou no caso da falta deles, recorre-se a outros
objectos, cuja dureza é mais ou menos conhecida. Assim, a unha risca os termos 1 e 2; a
moeda de cobre risca o termo 3; o canivete risca até ao termo 5; a lima até ao termo 6;
este termo e os restantes riscam o vidro.
Unha – 2,5
Moeda de cobre – 3
Canivete – 5,5
Prego de aço – 6,5
Porcelana – 7
7. Traço:
Ou risca é a cor do mineral quando reduzido a pó.
Nalguns casos, a cor quando reduzidos a pó é a mesma – enxofre (minerais
idiocromáticos), no caso da hematite, por exemplo, é um mineral de cor negra, mas de
traço vermelho. Outros minerais têm traço branco (talco) e noutros o traço é incolor
(como os silicatos).
– 11 –
8. Reacção – HCl:
Alguns minerais reagem com o ácido clorídrico. A calcite é o único que provoca
efervescência a frio.
9. Magnetismo:
Existem minerais paramagnéticos e diamagnéticos. A magnetite é muito
magnética.
Propriedades químicas
A maioria das espécies minerais é constituída por dois ou mais elementos que se
combinam entre si, de acordo com as suas afinidades químicas. Os minerais
constituídos apenas por um elemento químico – elementos nativos – são raros.
Só ocorrem cerca de 20 elementos nativos na Natureza, se não considerarmos os
gases). Estes minerais mono-atómicos dividem-se em três grupos:
Os metais e os semi-metais
a) Metais: Au, Ag, Pt, Cu ocorrem em veios hidrotermais –
filões. São veios de água muito
b) Semi-metais: As, Bi, Sb quente.
c) Não-metais
1. Halogenetos:
Compostos com ligações exclusivamente iónicas (sais). Fazem parte das séries
sedimentares evaporíticas, que precipitam em lagunas (depressões preenchidas por
água) confinadas a clima seco (E > P).
Halite – NaCl
Cor: incolor a alaranjado (impurezas);
Dens.: leve (2,16);
Hábito: cúbico, maciço;
Clivagem: cúbica-perfeita.
– 12 –
2. Carbonatos:
Inclui mais de 60 minerais. O mais comum é a calcite, o mineral fundamental dos
calcários; rochas sedimentares das mais importantes, que se formam em ambientes
exógenos, por precipitação de CaCO3 a partir de água.
Calcite – CaCO3
Cor: transparente, clara (impurezas);
Dens.: 2,71;
Hábito: romboédrico, maciço;
Clivagem: romboédrica-perfeita.
3. Sulfuretos:
Formam-se nas mesmas séries sedimentares que dão origem aos halogenetos e aos
calcários.
Os elementos metálicos têm grande tendência para se ligarem ao S2- (como ao O2-)
formando os sulfuretos.
É a primeira classe bastante importante, porque inclui a maior parte dos minérios
(ocorrência económica de minerais).
Pirite – FeS2
Cor: amarelo acastanhado, pálido;
Traço: negro-esverdeado, acastanhado;
Dens.: pesado (5-5,2);
Hábito: cúbico ou maciço.
Calcopirite – CuFeS2
Cor: amarelo latão;
Traço: negro-esverdeado, acastanhado;
Dens.: pesado (4,2-4,3);
Hábito: maciço.
↓
distinguem-se por: brilho mais intenso
cor mais clara
dureza inferior (risca-se com o canivete)
4. Óxidos:
Classe dos componentes naturais onde o O2- se combina com um metal ou mais.
Hematite – Fe2O3
Cor: negro;
Traço: vermelho, acastanhado;
Dens.: pesado (5,3)
– 13 –
Hábito: maciço, tabular ou radial.
Magnetite – Fe3O4
Cor: negro;
Traço: negro;
Dens.: pesado (5,2);
Hábito: maciço
Fortemente magnética.
Aula 4 2004.03.16
Sumário: Realização do 1º teste prático (mapas topográficos).
Continuação do estudo dos minerais em amostras de mão: os silicatos.
Os silicatos são o grupo mais importante dos minerais constituintes das rochas.
Eles representam cerca de 90% dos minerais das rochas da crosta terrestre. Pode dizer-
se que os silicatos desempenham um papel no mundo inorgânico semelhante ao dos
compostos de carbono no mundo orgânico.
5. Silicatos:
São uma classe mineral que se caracteriza por ligações covalentes de
sílica+oxigénio, formando o tetraedro [SiO4]4-. Cada ião silício liga-se fortemente a
quatro oxigénios (ligação covalente), situados nos vértices desse tetraedro. Em
contrapartida, as ligações entre o oxigénio e os outros elementos (potássio, cálcio,
sódio, ferro, magnésio e alumínio), frequentemente presentes na estrutura dos silicatos,
são bem mais fracas.
É usual classificar os silicatos com base na ligação dos tetraedros:
– 14 –
Hábito: prismático (prismas curtos);
Dureza: 5-6,5;
Também são frágeis, são os segundos a serem formados.
Anfíbolas (longo):
(Ca, Na)(Mg, Fe, Al) Si6O22
Cor: escura (verde a negro);
Clivagem: prismática, perfeita em duas direcções obliquas
(124º/56º);
Hábito: acicular (prismas longo);
Dureza: 5-6.
Talco:
Mg6[Si8O20] (OH4)
Cor: verde pálido (cinzento, branco);
Clivagem: basal perfeita;
Hábito: maciço.
Caulinite:
Al4Si4O10 (OH4)
Cor: Branco;
Clivagem: basal perfecta;
Hábito: maciço;
Dureza: 2.
O caulino (nome comercial desta argila) possui um comportamento plástico e
têm um aspecto terroso.
– 15 –
Dureza: elevada.
Feldspatos:
(Na, Ca, K) (AlSi)4O6
Brilho: nacarado a vítreo;
Clivagem: perfeita em duas direcções perpendiculares;
Hábito: prismático, maciço;
Dureza: 6-6,5.
Aula 5 2004.03.23
Sumário: Conclusão do estudo dos minerais em amostras de mão.
– 16 –
Aula 5 2004.03.23
Sumário: Introdução ao estudo das rochas ígneas em amostras de mão. A composição
mineralógica e a textura, enquanto critérios fundamentais da classificação bem
como a cor e o estudo de saturação em sílica.
~1500ºC
Olivina Plagioglase Ca
Piroxena (Anortite)
Anfíbola
Biotite Plagioclase Na (Albibe)
Temperatura
de fusão Moscovite
↓
Ortose
↓
Quartzo
~500ºC
Este mecanismo de cristalização sequencial consoante o ponto de fusão dos
minerais, permite a formação de várias rochas ígneas a partir do mesmo magma inicial
Æ cristalização fraccionada.
– 17 –
Granito – de cor semelhante à dos sienitos, possui muito mais sílica, quase não
tem plagioglase Na; e o feldspato K (ortose) é abundante, enquanto o quartzo é visivel
sob a forma de cristais bem definidos.
Quanto à sílica:
Rocha leucocrata – cor clara, dominam os minerais félsicos (0%-15% de minerais
máficos) Æ sienitos e granitos;
Rocha mesocrata – cor média, composição mineralógica intermédia (15%-40% de
minerais máficos);
Rocha melanocrata – cor escura, dominam os minerais máficos (>40%).
Textura
Diz respeito às dimensões, à forma e ao arranjo dos minerais que constituem as
rochas.
Textura das rochas ígneas:
– Fanerítica – do grego faneros, grosseiro. Grãos minerais bem visíveis,
distinguem-se uns dos outros macroscopicamente; textura característica das rochas
plutónicas – arrefecimento lento no interior do manto. (grosseira, média ou fina).
– Afanítica – grãos minerais não visíveis a olho nu; textura característica das
rochas vulcânicas – magma ascende à superfície, a cristalização é rápida devido ao
arrefecimento rápido.
– 18 –
– Outros tipos de texturas:
• Pegmatítica – minerais muito desenvolvidos (decimétricos) e frequentes
com grande perfeição morfológica (exagero da textura faneritica).
Arrefecimento muito lento ou associado à fase hidrotermal da
cristalização do magma.
SiO2
Sobresaturadas Granito
(Riólito)
Saturadas Sienito Diorito Gabro
(Traquito) (Andesito) (Basalto)
Cor
Sienito Gabro
Nefelinico olivínico
Subsaturadas (Fonolito) (Basalto)
– 19 –
→ Basalto;
→ Gabro;
→ Sienito nefelínico.
Aula 6 2004.04.13
Sumário: Continuação do estudo das rochas ígneas em amostras de mão.
– 20 –
Aula 7 2004.04.20
Sumário: Introdução ao estudo das rochas sedimentares: tipos fundamentais de rochas
sedimentares detríticas, de precipitação química e biogénicas.
Observação de rochas sedimentares em amostras de mão.
– 21 –
→ Dimensão dos clastos;
→ Forma dos clastos.
Dimensão Clastos Forma Rocha Características
φ < 0,004 mm Argilas Argilito Cor variável,
suave ao toque,
untuoso ao tacto;
não se vêem
partículas.
0,003 mm < φ < 0,063 mm Siltes Siltito Cor variável,
parece argilito,
mas é mais
áspero. Quartzo
mais pequeno.
0,063 mm < φ < 2 mm Areias Arenito Compostos
essencialmente
por
mineranoclastos,
sendo o mais
comum o quartzo
(mais resistente).
φ > 2 mm Blastos Rolados Conglomerado Formados por
Angulos Brecha litoclastos.
os
Tanto o argilito como o siltito não têm um cimento específico, uma vez que são
constituídos por partículas muito finas que podem consolidar por si só. No caso do
arenito, já existe cimento, porque os clastos já apresentam uma dimensão um pouco
maior.
Argilitos – argilas > 50%, isto é, pode conter até 50% de elementos mais grosseiros.
Arenitos – areias > 50%. Casos especiais:
• Grauvaques: silte + argila > 15%. Litoclastos abundantes, cor cinzenta.
Muito heterométrica. Forma-se na base das taludes continentais Æ
correntes de turbidez.
• Arcose: feldspatos > 25%. São sedimentos imaturos e encontram-se
muito perto das rochas-mãe, uma vez que são muito sensíveis à
meteorização química.
• Quartzitos: arenitos quártzicos de cimento silicioso.
Ortoquartzitos.
– 22 –
São rochas constituídas por > 50% de materiais neoformados (minerais autigénicos).
Rochas sedimentares formadas por precipitação química directa de compostos
saturados numa solução aquosa (mar ou lagos).
Compostos mais comuns em soluções saturadas, na natureza:
Núcleo
– 23 –
Margas – rocha carbonatada com 35% a 65% de argila. Quando a percentagem de
argila é menor, entre %5 e 35%, considera-se um calcário. São semelhantes ao argilito,
mas não reagem ao HCl.
Siliciosas
Bioacumuladas:
• Diatomito: acumulação de frústulas de diatomáceas (leves, ásperas e
bons exsicadores);
• Radiolaritos: acumulação de conchas de radiolários;
• Espongolito: acumulação de espículas de espongiários.
Carbonatadas
Bioacumuladas:
• Calcários conquiferos, lumachelas.
Bioedificadas:
• Calcários recifais;
• Bancos de ostras;
• Bancos de rudistas (etc).
– 24 –
0,063 < φ < 2 mm Mineranoclast Desfaz-se com
os quartzicos Silicioso facilidade. Não há Arenito
reacção ao HCl.
Litoclastos Silicioso (e
0,063 < φ < 2 mm feldspáticos argiloso) Cor cinzenta. Grauvaque
(Silte, argila)
Litoclastos de Carbonatado e Faz grande
φ > 2 mm calcário ferruginoso reacção a frio Conglomerado
com o HCl.
0,063 < φ < 2 mm Mineranoclast Ferruginoso Não reage. Arenito
os ferruginoso
Mineranoclast Faz
os e Carbonatado e efervescência.
φ > 2 mm
litoclastos silicioso Devido à textura Arcose
(brecha arcósica) feldspáticos grosseira, é
brecha.
Aula 8 2004.04.27
Sumário: Continuação do estudo das rochas sedimentares em amostras de mão.
– 25 –
Identificação das rochas sedimentares de precipitação química e biogénicas
Cor Natureza Observações Identificação
Castanho Siliciosa Pouco denso, untuoso ao tacto. Diatomito
acinzentado Propriedades de excicador.
Aula 9 2004.05.04
Sumário: Introdução ao estudo das rochas metamórficas.
Observação de exemplares em amostras de mão.
Ultrametamorfismo
Anatexia
Magma primário – fusão parcial do manto (rochas que existem desde o momento de
formação da terra.
Magma secundário – fusão total do material sujeito ao ultrametamorfismo – Anatexia.
– 26 –
Cristalização de novos Aquisição de texturas
minerais (neoformados) particulares
Rochas metamórficas
Foliadas Não-foliadas
Textura Textura Textura Granular
Xistosa Gneissica (minerais ± dispersos pela amostra)
(laminação muito (série de bandas de minerais
fina da rocha) félsicos e máficos)
– 27 –
Metamorfismo de afundamento → pode não chegar ao Micaxisto;
Metamorfismo regional → chega, por vezes ao Migmatito;
↓
Como ocorrem todos ao em simultâneo, pode ocorrer outro tipo de metamorfismo:
Metamorfismo de contacto
Rochas Granulares
Metaquartzitos: constituídos quase exclusivamente por quartzo (por vezes têm
alguma mica); resulta da recristalização de um arenito quártzico de cimento silicioso.
Cimento
Os clastos de quartzo ao
recristalizar aumentam de tamanho por
reabsorção do cimento
– 28 –
máficos
Granular Quartzo Castanho Não reage com HCl. Metaquartzito
Granular Calcite e Branco, Óxidos de ferro que mármore
dolomite rosa/vermelho conferem uma cor
avermelhada.
Granular Arginas Escuro (preto) Fractura conchoidal. Corneana
invisíveis a olho
nu
Foliada – Argilas, micas e Cinza muito Achatado. Laminas Ardósia
Xistosa quartzo escuro não muito visíveis.
invisíveis a olho
nu
Foliada – Bandas minerais Rosa/aranja, Os minerais félsicos Migmatito
Gneissica félsicos e preto entram em fusão e
máficos por isso, as bandas,
já não estão bem
definidas.
* Basalto → com minerais visíveis (piroxena e olivina)
– 29 –