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Comportamento Organizacional
Também pode expandir o potencial de sucesso da sua carreira nos ambientes de trabalho
dinâmicos, mutantes, complexos e desafiadores de hoje... e do futuro.
No presente contexto é importante frisar que me refiro apenas à organização como a atividade
administrativa preocupada com a disposição eficiente dos recursos disponíveis, mas também como
sinônimo de instituição, ou seja, qualquer empreendimento humano criado e mantido para atingir
certos objetivos e obtenção de certos resultados.
A intensa proliferação das organizações é uma marca do século XX.
O ser humano, diante dos seus inesgotáveis problemas e da impotência para os resolver sozinho,
tem "adquirido as soluções" nas organizações.
As organizações, por sua vez, sobrevivem dessas "aquisições” feitas pela sociedade.
Há nesta inteiração um aspecto curioso: os interesses do indivíduo e os da organização
complementam-se, garantindo a permanência das boas organizações no mercado e a satisfação das
constantes e renováveis necessidades do indivíduo.
Em decorrência desta fusão de interesses sociais e econômicos, o mundo modifica-se exibindo
incontáveis organizações: políticas, religiosas, artísticas, filantrópicas, industriais, educacionais,
comerciais, desportivas, recreativas, culturais e outras.
Nelas está fundada a vida do homem moderno, já que é aqui que ele emprega a maior parte do seu
tempo, seja participando do seu processo produtivo, seja consumindo os seus bens e serviços.
As organizações não podem ser estáticas, já que são compostas de seres humanos e voltadas para
um mercado consumidor em constante mutação.
Confrontam-se, assim, duas realidades: uma interna e outra externa.
E isso requer uma situação de contínua evolução.
O homem compreendeu cedo que se tratava de um animal social; entendeu, por conseguinte, que a
sua preservação individual estava condicionada ao convívio em grupos.
A evolução natural da espécie humana fez compreender que os grupos sociais precisam ser
transformados em grupos de pesquisas, pois estamos condicionados a acordos que facilitam e
contribuem para a realização dos desejos mútuos.
O trabalho em grupo, portanto, é um fator multiplicativo de idéias e, para obtermos resultados,
precisamos interação de forças simultâneas, ou seja, a sinergia.
Qualquer organização existe em decorrência dos fatores:
♣ objetivo, finalidade;
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♣ associação de interesses;
♣ motivação (motivos pessoais);
♣ circunstância e clima psicológico (clima, ambiente para tal).
Para a plena interação no grupo, é necessário desenvolver uma postura comportamental capaz de
reconhecer em cada participante o direito a:
♣ ser diferente;
♣ ter idéias próprias;
♣ conhecer mais.
Assim, os membros de um grupo, estimulados por interesses comuns e coordenados por um líder
eficaz, concorrem, com a sua capacidade (energia, habilidade e inteligência), para a criação e
manutenção das organizações e dos seus objetivos.
Cabe ressaltar que a satisfação dos interesses dos funcionários não é o suficiente para que estes
colaborem para os objetivos da organização.
Eles precisam ser desafiados e, assim, motivados a produzir mais e melhor; precisam receber os
recursos materiais necessários e perder os condicionamentos para, assim:
♣ dar e receber feedback;
♣ estabelecer prioridades;
♣ compreender a evolução dos sistemas;
♣ identificar os instrumentos atuais da organização;
♣ adaptar, inovar e vender a idéia.
O parâmetro que norteia este estudo é a preocupação existente no âmbito dos estudos
organizacionais em mostrar a complexidade da vida organizacional e as abordagens teóricas sobre
as organizações, sob diferentes pontos de vista.
Pois, no decorrer dos anos, percebem-se profundas mudanças na base das organizações,
principalmente nos dias de hoje, com o fenômeno globalização.
Sob está óptica será realizado um percurso, passando sobre os estudos tradicionais de
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organização, descobertas e sua estrutura até chegar nos modelos mais complexos e modernos.
Quando se fala em organização, geralmente tem-se em mente um estado de relações ordenadas
entre partes claramente definidas que têm alguma ordem determinada.
Sob esse prisma convém salientar as idéias de Weber (1978), quando aborda que as organizações
são burocráticas e a lógica que move a sociedade moderna encontra-se no processo de dominação,
por meio da racionalização, e da procura da mais valia e da acumulação do capital.
Assim, muitos teóricos atualizaram o pensamento de Weber, mostrando que as organizações agem
por influência da pós-modernidade.
Para Etzioni, “organizações são unidades sociais, orientadas para a consecução de objetivos ou
metas específicos”.
De acordo com o autor, os objetivos organizacionais, constituem uma fonte de legitimidade a fim de
justificar a sua atividade.
Não existe outra razão para existir uma organização se não for a de servir esses mesmos objetivo.
Sobre este mesmo pensamento encontra-se a definição de Parsons (1960) que conceitua “as
organizações como unidades sociais intencionalmente construídas e reconstruídas, com vistas a
alcançar objetivos específicos”.
Na visão de autores modernos, percebem-se diferenças na abordagem de organizações. O enfoque
está nos últimos tempos, pois, as relações de trabalho nas empresas competitivas passaram por
radicais mudanças.
Os trabalhadores deixaram de ser descartáveis e desqualificados, para se tornarem trabalhadores
qualificados e polivalentes.
Simões (1995), afirma que a organização é um sistema operacional de papéis desempenhados por
pessoas, constituídas em grupos psicológicos a fim de atingir objetivos específicos, na dependência
de valores, informações, decisões e mercado.
Sob está óptica é importante à formação das pessoas para o desempenho de papéis, pois, quanto
mais claramente for definido o papel, menor será o desvio do seu desempenho.
Para Restrepo (1992) uma organização deve ser definida em primeiro lugar como um sistema.
Por sistema entende-se um “conjunto de atividades interligadas de forma que todas estejam numa
relação direta, de maneira a possibilitar que determinados objetivos sejam alcançados”.
Outros autores como, Chiavenato (1985), Cruz (1997), Robbins (1996), Schermerhorn (1996), têm o
mesmo pensamento quanto à definição de sistemas para atingir as atividades ou os objetivos
propostos.
Com relação ainda a organizações, convém ressaltar a dualidade do termo empregado, já que
alguns teóricos utilizam o termo instituição com as mesmas características de organização.
Segundo Bernardes (1993), instituição caracteriza-se por ter uma função que é satisfazer uma certa
necessidade social básica; uma estrutura formada por pessoas que possuem um conjunto de
crenças, valores e comportamentos comuns; relações de acordo com normas e procedimentos.
Para o autor a forma pela qual a instituição foi definida, resulta da aplicação do enfoque
metodológico das ciências sociais denominado funcionalismo, baseado na idéia de que surge um
“ente social” sempre que há uma necessidade básica a suprir, sendo a sua função satisfazê-la.
Ainda em relação à idéia do autor acima, a “instituição é um fenômeno social abstrato e geral,
enquanto que a organização é a sua manifestação concreta e particular”.
“Organização é uma associação de pessoas caracterizadas por ter a função de produzir bens e
prestar serviços à sociedade... e possuir uma estrutura formada por pessoas que se relacionam
colaborando e dividindo o trabalho para no fim obter bens ou serviços”.
Para Etzioni (1961), “instituições no sentido diário do termo são prédios ou fábricas, nas quais se
processa atividades de determinada espécie e em caráter regular. Existem instituições para cuidar
de pessoas consideradas incapazes”.
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Outras Instituições são estabelecidas para algumas tarefas técnicas como: quartéis do exército,
internatos, campos de trabalho.
Desta forma, as instituições suprem uma atividade diferente, dependendo das necessidades das
pessoas.
Como um conjunto organizado de pessoas, com o propósito de atingir objetivos específicos, é
importante que uma organização, além dos objetivos, tenha uma identidade.
Entre os fatores que incidem na formação da identidade da organização, estão: missão, visão,
cultura, e Meta.
Missão
Para Tenório (1997), “missão é a finalidade, a razão de ser, a mais elevada aspiração que legitima e
justifica social e economicamente a existência de uma organização e para qual devem ser
orientados todos os esforços”.
Assim, uma missão é a proposta pela qual uma organização existe, constituindo-se no ponto inicial
para as estratégias que serão estabelecidas, É a essência do seu negócio.
Segundo Kotler (1992) “a definição da missão global deve enfatizar as políticas da empresa, que
são uma orientação de como os seus membros devem lidar com os clientes, fornecedores,
distribuidores, concorrentes e outros tipos de públicos”.
Visão
Por visão, entende-se “a imagem que a organização tem a respeito de si própria ou do que pretende
ser no futuro”.Consiste em alcançar algo, num determinado tempo.
É uma projeção de decisões estabelecidas no presente e não devem ser mudadas no futuro
próximo.
É o reflexo de seu planejamento estratégico e do seu posicionamento no mercado.
Nesta perspectiva, as metas seriam os propósitos fixados a serem atingidos.
”É o número que quantifica o resultado”.
Cultura
Outro aspecto importante, quando se fala sobre organização é a cultura, pois não há qualquer
intervenção em organizações que não contenha, explícita ou implicitamente, uma determinada
concepção de cultura.
Para Morgan (2000) quando se fala sobre cultura, “geralmente refere-se ao padrão de
desenvolvimento refletido no sistema de conhecimento, ideologia, valores, leis e rituais diários de
uma sociedade”.•
Assim, cultura significa que diferentes grupos de pessoas têm diferentes modos de vida e uma
organização também tem uma cultura a qual poderia ser identificada com a sua personalidade.
Nesta perspectiva da psicossociologia, cultura organizacional é um sistema de valores
compartilhados dentro de uma organização que determina, posteriormente e em grande parte, a
forma como esta organização deve agir (sejam os empregados, os sócios, a administração, os
colaboradores, etc.).
A cultura estabelece formas de interação, lideranças e preferências dentro da organização e permite
o surgimento de modelos, resultados do intercâmbio recíproco da organização com todos que dela
fazem parte ou que a influenciam.
Para Freitas (1991), vemos “a cultura organizacional como um poderoso mecanismo que visa
conformar condutas, homogeneizar maneiras de pensar e viver a organização, intrometer uma
imagem positiva dos mesmos onde todos são iguais, escamoteando as diferenças e anulando a
reflexão”.
Uma outra dimensão que caracteriza as ações organizacionais é o poder que uma organização tem
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sobre o indivíduo.
De acordo como Schermerhorn (1996), “poder é a habilidade para conseguir que outra pessoa faça
alguma coisa que esta não quer que seja feita”. Segundo Katz e Kan (1973) o poder é o potencial
para a influência caracteristicamente apoiado por meios de coerção para cumprimento “. Para isso,
é preciso ter capacidade para fazer com que as coisas aconteçam da maneira como se deseja”.
Assim, para que a organização se legitime junto dos públicos, ela precisa de elementos e
argumentos convincentes e deve levar em consideração tanto às crenças, hábitos e atitudes aceites
por determinado segmento de público, como a construção de aspectos importantes, destacando-se
a motivação, a liderança, o processo de decisão e a comunicação eficaz.
Henry (1971), comenta que “a motivação tem as suas raízes nos motivos interiores de uma pessoa
que as levam a se comportar de uma determinada maneira”. É através da motivação, que as
pessoas agem no sentido de atingir os objetivos organizacionais.
Neste sentido, é necessária liderança para “criar os compromissos e o entusiasmo necessários para
as pessoas aplicarem todo o seu talento na ajuda para a realização dos planos e do controlo, para
assegurar que tudo dê certo”.
O terceiro aspecto importante na conjuntura organizacional no sentido de se legitimar junto dos seus
públicos e evitar os conflitos, é o processo de decisão.
Segundo Schermerhorn (1996), “a decisão é a escolha entre cursos de ação alternativos para lidar
com um problema”.
O problema, por sua vez, é uma diferença entre a situação real e a situação desejada”. Deste modo
à tomada de decisão é a resolução de problemas.
Todas as pessoas dentro de uma organização, independentemente do nível hierárquico, estão
continuamente a tomar decisões relacionadas ou não com o trabalho.
Por isso é que para Chiavenato (1985), a organização é um complexo sistema de decisões.
Outra das formas que a organização dispõe para se reportar aos seus funcionários e/ou aos seus
clientes, fornecedores, colaboradores, administração (…) é o mecanismo da comunicação.
A comunicação é um processo complexo, que abrange uma inter-relação entre os agentes que,
enquanto se comunicam, associam-se, cooperam e formam organizações.
Desta forma, cada ato comunicativo afeta e é afetada por toda uma corrente de ato de comunicação.
Esta afirmação está conforme o pensamento de Roberto Porto Simões (1995) quando incluem o
processo comunicacional em Relações Públicas no sistema organizações - públicas.
Segundo Stephen (1996) “a comunicação envolve a transferência de significado.
Se nenhuma informação ou idéia for transmitida, a comunicação não ocorre.
A comunicação é a transferência de significado”. Assim, a comunicação tem um processo, um
resultado que envolve a compreensão mútua.
Para Rego (1986), “a comunicação é uns sistemas abertos, semelhantes à empresa. Como sistema,
a comunicação é organizada pelos elementos – fonte, codificador, canal, mensagem, decodificador,
receptor, emissor, ingredientes que vitalizam o processo”.
Deste modo, a comunicação não pode se dissecada em fragmentos, pois contém elementos que
continuamente se inter-relacionam e se afetam mútua e simultaneamente. É por meio da
comunicação que as pessoas se adaptam e se ajustam continuamente ao mundo.
Assim, o estudo da comunicação é de fundamental importância na aplicação do estudo da
comunicação organizacional, pois, funciona como o mecanismo de mudança ou alteração das
atitudes individuais.
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Até final dos anos 40, o estudo das organizações não era considerado, como uma área
independente dentro da pesquisa sociológica.
O estudo das organizações desenvolveu-se a partir da tradução da obra de Max Weber para o
inglês, em 1946, em especial do estudo “A Ética Protestante e o Pensamento Capitalista”.
Aspectos no estudo das organizações:
•Psicológico, individual.
•Social, coletivo
•Estrutural
•Processos, atividades
•Como coletividades (setores de atividades econômica)
Gestão e Organização da Qualidade 7
Estrutura Social
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Participantes
•Todos aqueles que fazem contribuições para a organização
Tecnologia
•Todas as técnicas utilizadas para a realização do trabalho
•Processos, máquinas, conhecimento, organização (estrutura)
Gestão e Organização da Qualidade
Objetivos
Ambiente
•Físico
•Tecnológico
•Cultural
•Social
Gestão e Organização da Qualidade
Organização vs Instituição
Instituição:
•Estabilidade estrutural
•Significado especial
•Complexo consagrado de normas
“As instituições são conjunto de normas sociais, geralmente de caráter jurídico, que gozam de
reconhecimento social”
Campo de estudo que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o
comportamento dentro das organizações com o propósito de aplicar este conhecimento em prol do
aprimoramento da eficácia de uma organização.
Interpessoais:
Não são papeis que envolvam as operações que os gerentes devem realizar para alcançarem os
seus resultados, mas relações com pessoas com as quais mantêm contacto.
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De Informação:
Todos os gerentes, em algum grau, recolhem informações de organizações e instituições diferentes
da sua.
Decisórios:
Os gerentes estão constantemente a tomar decisões, quer quando implementam uns projetos,
quando corrigem um problema, quando afetam recursos ou quando negociam com outras pessoas
ou unidades de negócios.
Habilidades de Gestão
Técnicas:
Compreendem a habilidade de aplicar um conhecimento especializado ou perícia.
Humanas:
É a capacidade de trabalhar com outras pessoas, entendê-las e motivá-las, tanto individualmente
quanto em grupos.
Conceptuais:
Os gestores devem ter a capacidade mental para analisar e diagnosticar situações complexas,
processando e interpretando informações de maneira racional.
Nível Estratégico
Nível Gestão
Nível Operacional Conceituais Humanas Técnicas Gestão e Organização da Qualidade
•São considerações a respeito das diferenças entre pessoas dentro de um mesmo país, de uma
mesma organização.
•Uma idéia antiga supunha que os diferentes iriam querer se assemelhar aos demais.
•Implicações:
•os gestores não podem tratar todos da mesma forma
•pode aumentar a criatividade e a inovação
•pode aprimorar as tomadas de decisões
•oferecer perspectivas diferentes para os problemas
•Quando não é bem administrada pode aumentar a rotatividade de pessoal, dificultar a comunicação
e gerar os conflitos interpessoais.
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As variáveis do CO
•Variáveis dependentes
•Variáveis independentes
•(Variáveis situacionais)
Variáveis Dependentes
Produtividade:
Uma organização é produtiva quando atinge os seus objetivos, alcançando resultados a baixo custo.
Absentismo:
Uma organização tem dificuldades em funcionar de forma equilibrada e atingir os seus objetivos se
os empregados faltam ao trabalho.
Rotatividade:
A saída constante de pessoas de uma organização gera altos custos de recrutamento, seleção e
formação. Freqüentemente, envolve a perda de pessoas que a organização gostaria de manter.
Nível de grupo:
O comportamento das pessoas em grupo émais do que a soma total de todos os indivíduos agindo
de forma individual.
Da mesma forma que grupos são mais do que a soma dos seus membros individuais, também as
organizações são mais do que a soma dos seus grupos de pessoas.
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Proposta
Parte da concepção de que as questões com que se defrontam os administradores têm, na maioria
das vezes, um nítido conteúdo humano, muito mais do que simples decorrência de problemas
técnicos.
No âmbito das empresas, as questões tratáveis via ciências do comportamento seriam, assim, em
número superior às que resolvam mediante simples ajustes que não envolvem o quadro de pessoal.
A ação administrativa quer no que se refere às funções de planejamento e controle, quer, sobretudo
no que diz respeito às estratégias organizacionais e de direção, estaria voltada essencialmente para
aspectos humanos, abrindo grande leque de aplicações para os conhecimentos desenvolvidos pela
Psicologia Social.
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A cultura de uma organização não é estática e permanente, mas sofre alterações ao longo do
tempo, dependendo de condições internas ou externas.
Algumas organizações conseguem renovar constantemente sua cultura mantendo a sua integridade
e personalidade, enquanto outras permanecem com sua cultura amarrada a padrões antigos e
ultrapassada.
A única maneira viável de mudar uma organização é mudar a sua cultura, isto é, os sistemas dentro
dos quais as pessoas vivem e trabalham.Além da cultura organizacional, os autores do D.O. põem
ênfase no clima organizacional, que constitui o meio interno de uma organização, a atmosfera
psicológica característica em cada organização.
O clima organizacional está intimamente ligado ao moral e à satisfação das necessidades humanas
dos participantes. O clima pode ser saudável ou doentio, pode ser quente ou frio, pode ser negativo
ou positivo, satisfatório ou insatisfatório, dependendo de como os participantes se sentem em
relação à sua organização.
Conceito de Mudança
O mundo de hoje caracteriza-se por um ambiente em constante mudança. O ambiente que envolve
as organizações é extremamente dinâmico, exigindo delas uma elevada capacidade de adaptação
como condição básica de sobrevivência. O processo de mudança organizacional começa com o
aparecimento de forças que vêm de fora ou de algumas partes da organização.
Essas forças podem ser endógenas ou exógenas à organização:
1. As forças exógenas provêm do ambiente, como as novas tecnologias, mudanças em valores da
sociedade e novas oportunidades ou limitações do ambiente (econômico, político, legal e social).
2. As forças endógenas que criam a necessidade de mudança estrutural e comportamental provêm
da tensão organizacional: tensão nas atividades, interações, sentimentos ou resultados de
desempenho no trabalho.
O Desenvolvimento Organizacional é necessário sempre que a organização concorra e lute pela
sobrevivência em condições de mudança.
Conceito de Desenvolvimento
A tendência natural de toda organização é crescer e desenvolver-se. O desenvolvimento é um
processo lento e gradativo que conduz ao exato conhecimento de si próprio e à plena realização de
suas potencialidades.
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fases distintas:
• Fase Pioneira: é a fase inicial da organização pelos seus fundadores ou empresários. Com os
poucos procedimentos estabelecidos, a capacidade de empresa para realizar inovações é bastante
elevada.
• Fase de Expansão: é a fase em que a organização cresce e expande suas atividades,
intensificando suas operações e aumentando o número de seus participantes. A preocupação
básica é o aproveitamento das oportunidades que surgem e o nivelamento entre a produção da
organização e as necessidades ambientais.
• Fase de Regulamentação: com o crescimento das atividades da organização, esta é obrigada a
estabelecer normas de coordenação entre os diversos departamentos ou setores que vão surgindo,
bem como definir rotinas e processos de trabalho.
• Fase de Burocratização: com o desenvolvimento das operações e de acordo com a sua dimensão,
a organização passa a necessitar de uma verdadeira rede de regulamentação burocrática,
preestabelecendo todo o comportamento organizacional dentro de padrões rígidos e de um sistema
de regras e procedimentos para lidar com todas as contingências possíveis relacionadas com as
atividades do trabalho.
• Fase de Reflexibilização: é uma fase de readaptação à flexibilidade, de reencontro com a
capacidade inovadora perdida, através da introdução consciente de sistemas organizacionais
flexíveis. O Desenvolvimento Organizacional é exatamente um esforço de reflexibilização.
Críticas as estruturas convencionais
Os especialistas do D.O. salientam que as estruturas convencionais de organização não têm
condições de estimular a atividade inovadora nem de se adaptarem a circunstâncias em mudança.
As principais críticas que fazem às estruturas convencionais de organização são as seguintes:
1. O poder da administração frustra e aliena o empregado.
2. A divisão do trabalho e fragmentação de funções impedem o compromisso emocional do
empregado.
3. A autoridade única ou unidade de comando restringe a comunicação do empregado, afetando
negativamente o comprometimento deste para com a organização.
4. As funções permanentes, uma vez designadas, tornam-se fixas e imutáveis.
Desenvolvimento Organizacional
O Desenvolvimento Organizacional é uma resposta da organização às mudanças.
É um esforço educacional muito complexo, destinado a mudar atitudes, valores, comportamentos e a
estrutura da organização, de tal maneira que esta possa se adaptar melhor às novas conjunturas,
mercados, tecnologias, problemas e desafios que estão surgindo em uma crescente progressão.
O Desenvolvimento Organizacional visa a clara percepção do que está ocorrendo nos ambientes
interno e externo da organização, a análise e decisão do que precisa ser mudado e a intervenção
necessária para provocar a mudança, tornando a organização mais eficaz, perfeitamente adaptável
às mudanças e conciliando as necessidades humanas fundamentais com os objetivos e metas da
organização.
O D.O. exige a participação ativa, aberta e não-manipulada de todos os elementos que serão
sujeitos ao seu processo e, mais do que tudo, uma profundo respeito pela pessoa humana.
Pressupostos Básicos do D.O.
A maioria dos autores especialistas em D.O., conquanto tenham idéias e abordagens bastante
diversificadas, apresentam muitos pontos de concordância, principalmente no que se refere aos
pressupostos básicos que fundamentam o D.O.
1. A constante e rápida mutação do ambiente - O mundo moderno caracteriza-se por mudanças
rápidas constantes e numa progressão explosiva.
2. A necessidade de contínua adaptação - O indivíduo, o grupo, a organização e a comunidade são
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O comportamento normal.
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Agressão humana (violência) Trabalho e Ação Social Relações de Gênero, Raça e Idade Psicologia
das Classes Sociais – Relações de Poder Psicanálise e questões sócias-políticas Dinâmica dos
Movimentos Sociais Saúde mental e justiça: interfaces contemporâneas
Em 1895, o cientista social francês Gustave Le Bon (1841-1931) apresentou, em seu pioneiro
trabalho sobre a Psicologia das Multidões, a proposição básica para o entendimento de uma
psicologia social: sejam quais forem os indivíduos que compõem um grupo, por semelhantes ou
dessemelhantes que sejam seus modos de vida, suas ocupações, seu caráter ou sua inteligência, o
fato de haverem sido transformados num grupo, coloca-os na posse de uma espécie de mente
coletiva que os fazem sentir, pensar e agir de maneira muito diferente daquela pela qual cada
membro dele, tomado individualmente, sentiria, pensaria e agiria, caso se encontrasse em estado de
isolamento [9: p. 18]. Essa proposição e os argumentos de Le Bon para justificá-la, serviu de
parâmetro para o estudo sobre Psicologia de Grupo publicado por Sigmund Freud em 1921.
A questão teórica de Le Bon, com quem Freud dialogou era "massa", não "grupo". Um problema de
tradução entre o alemão e o inglês fez com que surgisse o termo "grupo" em Freud, embora não
haja evidências de que o mesmo tenha se preocupado com esta questão. Contudo essa categoria
de explicação é retomada em diversos dissidentes da psicanálise como Carl Gustav Jung
(1875-1961) que introduziu o conceito inconsciente coletivo - o substrato ancestral e universal da
psique humana, e surpreendeu o mundo com sua célebre interpretação do fenômeno dos discos
voadores como um mito moderno e Wilhelm Reich com sua análise da anomia (Escutas a Zé
Ninguém) e governos totalitários (Psicologia das Massas e do Fascismo). A psicanálise dos
governantes ou relação entre a psique individual e a cultura ou civilização por sua vez é um tema
freqüente na obra de Freud e outros psicanalistas (E. Eriksom, E. Fromm etc.) que estudam a
relação dessa ciência com a antropologia.
A relação entre a etnologia e psicologia é especialmente fecunda, inúmeros etnólogos investigaram
e tomaram como ponto de partida das suas pesquisas as teorias picanalíticas e psicológicas a
exemplo de Ruth Benedict Margaret Mead Malinowski Lévi-Strauss.
Por outro lado observa-se também que psicologia desenvolveu sua notoriedade como disciplina
científica ao afirma-se como uma ciência natural em oposição às ciências sociais ou humanas nos
finais do século XIX. Crente na impossibilidade teórica da mente voltar-se sobre- se mesmo como
sujeito objeto de pesquisa Wilhelm Wundt (1832-1920) propôs a psicologia como um novo domínio
da ciência em 1874 no seu livro Princípios de Psicologia Fisiológica e a criação de um laboratório de
psicologia experimental (1879) em Leipzig. Esse mesmo autor contudo suponha ser necessários
estudos complementares voltados ao estudo da mente em suas manifestações externas, a sua
Völkerpsychologie - Psicologia dos povos / social ou cultural (10 volumes) escritos entre 1900 e
1920 com análises detalhadas da língua e cultura. Três dos volumes são dedicados aos mitos e
religião; dois à linguagem (hoje seria considerados como psicologia lingüística); dois à sociedade e
um à cultura e história (a psicologia social de hoje); um a lei (hoje a psicologia forense ou jurídica) e
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