Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
na Sustentabilidade
Educar e Inovar
na Sustentabilidade
Nosso ensino superior tem muitos problemas que tendem a ser comuns
a quase todos os cursos. Mas particularizemos o caso da Administração que
nos interessa mais diretamente.
O curso de Administração tende a ser ingenuamente visto como uma
preparação dos alunos nas teorias e técnicas de gestão. Há mais de um equívoco
nesta visão. Se quisermos graduados com radares para os assuntos do meio
ambiente ou quaisquer outros que sejam candentes na sociedade, estamos
cometendo um erro com tal concepção de cursos. Estamos planejando o ensino
com uma teleobjetiva quando precisamos de uma grande angular. Estamos
ensinando a usar o bisturi sem ensinar a diagnosticar a doença.
Vejamos o que nos diz Alfred N. Whitehead, uma das cabeças mais
lúcidas a falar de educação. A fim de melhor entender o assunto, ele faz uma
distinção entre Educação e Profissionalismo. Para ele o profissionalismo
prepara para alguma coisa. E a educação ajuda a entender a importância
dessa coisa. Citando literalmente:
“A antítese entre a educação técnica e a educação humanística é ilusória.
Não pode haver educação técnica adequada que não seja também
humanística, assim como não pode haver educação humanística que não
seja técnica. A educação deve incutir no aluno algo que ele saiba bem e algo
que ele possa fazer bem.” (Alfred N. Whitehead)
PrefÁcio__________________________________________________________ 13
Ximena Dávila Yáñez & Humberto Maturana Romesín
ESTÍMULO À REFLEXÃO_______________________________________________ 21
cinco forças e a cooperação_ ____________________________________ 24
BUSINESS AS USUAL_________________________________________________ 26
Problemas Do modelo econômico vigente_________________________ 28
O PARADOXO DO PRISIONEIRO________________________________________ 30
Iniciativas na direção do desenvolvimento sustentável____________ 32
PRINCÍPIOS PARA A EDUCAÇÃO EMPRESARIAL ___________________________ 37
A transdisciplinaridade e a “TranSetorialidade”_ __________________ 40
Algumas áreas de consideração_ _________________________________ 42
cursos e práticas universitárias___________________________________ 44
Ser Ético – Pedra Fundamental da Sustentabilidade________________ 46
O CAMINHO QUE A FIEP ESTÁ TRILHANDO_______________________________ 48
CRIANDO NOVOS PARADIGMAS_ ______________________________________ 50
2 Educação Transformadora:
Por uma Educação na Sustentabilidade_ ______________________ 53
EDUCAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE____________________________________ 53
A EMERGÊNCIA DO CONCEITO DE EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE_ __ 55
FUNDAMENTOS PARA UMA EDUCAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE_ ___________ 59
POR UMA EDUCAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE: A VISÃO DO SISTEMA FIEP_ ___ 71
CONSTRUINDO RUMOS_ _____________________________________________ 83
ESTÍMULO À REFLEXÃO
BUSINESS AS USUAL
1 Toynbee, Arnold. A Study of History, vols. I-X. Oxford University Press, 1960.
28 Rodrigo C. da Rocha Loures
O PARADOXO DO PRISIONEIRO
Para enfrentar tal desafio, sabe-se que muitas situações precisam ser
equacionadas. Claudio de Moura Castro lembra que o “paradoxo do
prisioneiro” é uma das metáforas mais centrais para entender o que precisa
acontecer, exemplificando-a com o caso a seguir: “Se eu poluo e gasto
dinheiro colocando filtros, meus custos aumentam. Se todos colocam
filtros, continuo competitivo. Se só eu coloco filtros, corro o risco de falir”.
Para resolver situações desse tipo, as ações precisam ser coordenadas. Isso
implica estabelecer pactos difíceis, mas necessários.
Todos têm de se colocar em acordo para fazer igual. No fundo, esse
é o grande desafio. “De que adianta a Suécia parar de jogar CO2 na atmosfera
se o Brasil vai continuar queimando suas florestas?”, provoca Moura Castro.
Para ele, “uma coisa são os valores necessários para perceber e se sensibilizar
pelos contornos do problema. Outra coisa é a ação racional de fazer algo
que só se torna possível e inteligente se todos os outros fizerem o mesmo.
Portanto, as estratégias para criar compromissos de ações conjuntas
naqueles casos em que a ação individual é suicida parece ser um dos
elementos mais importantes de uma estratégia realista”.
Quando esteve em Curitiba, em 2007, Peter Senge se referiu ao fato
de que a palavra sustentabilidade já está desgastada. Ele questiona a
viabilidade do que chamamos de crescimento sustentável. Na sua
argumentação, demonstra que crescimento, por menos impactante que
Educar e Inovar na Sustentabilidade 31
seja, implica necessariamente usar mais recursos. Senge diz que devemos
nos questionar se, mesmo sabendo que os recursos do planeta são finitos,
a humanidade vai querer baixar o seu padrão de vida em favor da
preservação – especialmente os que já atingiram um alto padrão.
É preciso ter em vista também que o crescimento da população é a
maior força propulsora de consumo. Mas que povos vão optar por deixar
de ter filhos? Neste contexto, de que forma considerar as doutrinas
religiosas? A China é o único país que tomou uma decisão sistêmica desta
natureza, o que, no longo prazo, deve diminuir a população. Mas se
olharmos neste momento para aquele país, veremos que, apesar do uso de
poucos recursos por habitante (se comparado aos Estados Unidos), a China
já está provocando movimentos gigantescos de recursos (alimentícios,
minerais etc.).
Na China, e no resto do mundo, como será possível promover o
consumo responsável? As empresas tendem a fazer o que os consumidores
desejam comprar e não há nenhum indicativo de que as pessoas queiram
diminuir o seu padrão de vida. A maioria nem deseja aplacar a sua consciência
com pequenas mudanças cosméticas como ir de bicicleta ao trabalho, comer
produtos orgânicos ou não usar sacolas de plástico no supermercado.
No outro extremo, estão as populações classificadas como “fora
do mercado de consumo”. Na sua justa luta pela sobrevivência, as pessoas
que vivem em situação de fome e miséria – e são dezenas de milhões
pelo mundo – não estão preocupadas com as agressões que podem
provocar ao meio ambiente no longo e tortuoso caminho que percorrem
para tentar sair da situação em que estão.
A vontade de sobreviver e o desejo de um melhor padrão de vida
movem-se no sentido de causar maior impacto sobre os recursos do
planeta. Neste ambiente em que quem tem pouco quer mais, quem tem
o suficiente quer mais e quem tem muito quer mais é que se criam as
zonas de conflito que causam outros impactos indesejados ao planeta e
à humanidade.
32 Rodrigo C. da Rocha Loures
4 http://www.worldbusiness.org
5 http://www.oxfordleadership.com
34 Rodrigo C. da Rocha Loures
negócios e nada mais!” No fim dos anos 90, um segundo grupo surgiu
dizendo que “os problemas da sociedade e do meio ambiente são sérios.
O setor empresarial tem que ser mais responsável e investir dinheiro para
resolver os problemas”.
O terceiro grupo ainda é o menor, mas é o que mais cresce dentre os
três. Este grupo entende que os problemas que encontramos na sociedade
são apenas sintomas de um problema sistêmico muito mais profundo. Eles
dizem que não adianta ficar fazendo curativos no sangramento do sistema.
Temos que investir nossa criatividade e energia na reconfiguração de todo
sistema. Precisamos de uma transformação fundamental em nossa maneira
de pensar e agir. E partem para formar parcerias estratégicas com instituições
acadêmicas, do governo e da sociedade civil para desenvolver soluções
sistêmicas. Eu me alinho com este terceiro grupo.
Pouco a pouco, a própria força das circunstâncias está fazendo com
que as veneradas teorias econômicas, como as de Milton Friedman, sejam
questionadas. A visão de como o sistema todo funciona entrou no discurso
dos economistas. Paul Krugman, atualmente professor de Economia e
Assuntos Internacionais na Universidade de Princeton, afirmou no fim dos
anos 90: “A verdade é que a economia mundial apresenta mais perigos do
que havíamos imaginado. Problemas cuja solução era considerada fácil
voltaram a se tornar intratáveis, como bactérias eliminadas temporariamente,
que acabam desenvolvendo resistência aos antibióticos... estamos vendo
um número cada vez maior de casos em que os países descobrem que são
incapazes de aplicar os remédios usuais ou que estes já não fazem mais
nenhum efeito.”
Neste momento, a economia global e a nacional mostram as mesmas
e crescentes fragilidades.
No Brasil, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social6
foi fundado em 1998 para engajar empresas de forma prática para dar
6 http://www.ethos.org.br
Educar e Inovar na Sustentabilidade 35
7 http://worldbenefit.case.edu
36 Rodrigo C. da Rocha Loures
8 http://www.aomonline.org
Educar e Inovar na Sustentabilidade 37
9 http://www.unglobalcompact.org
10 http://www.aacsb.edu/Resource_Centers/PRME_final.pdf
38 Rodrigo C. da Rocha Loures
A transdisciplinaridade e a “TranSetorialidade”
11 http://www.sustainableeconomics.org
42 Rodrigo C. da Rocha Loures
•• A crescente população
Existem agora mais de 6 bilhões pessoas no nosso planeta, comparado
a 1,5 bilhão no princípio de 1900. Três em cada cinco pessoas passam
fome e tendem a ser mais pobre ainda se as tendências atuais persistirem.
A cada cinco segundos uma criança morre de fome.
A distância entre ricos e pobres gera tensões sociais crescentes e a
população crescente, especialmente nos países chamados ‘em
desenvolvimento’ gera mais degradação ainda ao meio ambiente.
Uma das prioridades óbvias, portanto, é um esforço sustentado de
estabilizar a população, e assim a demanda por recursos.
Outro ponto de preocupação é a reavaliação das áreas urbanas e o
transporte dos cidadãos. No ano 2008, o mundo chega a uma marca
histórica. Pela primeira vez, mais da metade da população humana
(3,3 bilhões) vive em áreas urbanas.
•• Tensões internacionais
Os relacionamentos internacionais são tensos e alguns deles estão a
ponto de explodir. Ainda temos entre 15 e 20 mil ogivas nucleares
capazes de destruir o planeta 60 vezes. Calcula-se que, nos próximos 20
anos, outros 10-15 países terão a capacidade nuclear desenvolvida. Não
podemos ser ingênuos em pensar que esta ameaça está totalmente
resolvida. Por uma fração do mais de 1 trilhão que o mundo gasta em
armas poderíamos ter água limpa e saneamento básico para todos no
planeta. Isso reduziria enormemente o alastatramento de doenças. Além
disso, poderia haver educação para todos.
•• Meio ambiente e recursos
O efeito estufa e a confusão climática, a falta de água, comida e
combustíveis não-renováveis, a chuva ácida, o buraco na camada de
Educar e Inovar na Sustentabilidade 43
•• A economia
Essa lista pode ser muito maior. Serve para mostrar onde temos de
aplicar as nossas forças. Assim, o poder, a inteligência, a capacidade, a
criatividade, a pesquisa, os rescursos financeiros certamente poderão
gerar uma sinergia incrível para propor soluções geniais para o bem de
todos nós.
EDUCAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE
Os Pilares da Educação
A Carta da Terra
2) Integridade ecológica
•• Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com
especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos
naturais que sustentam a vida;
•• Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção
ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura
de precaução;
•• Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as
capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar
comunitário;
•• Avançar o estudo da Sustentabilidade Ecológica e promover a troca
aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.
Fundamentos Pedagógicos
Alfabetização Ecológica
Educação Transformadora
CONSTRUINDO RUMOS
O Caso Nutrimental
DESCOBERTA
(Discovery)
“O que traz vida?”
DESTINO SONHO
(Destiny)
TEMA
(Dream)
“Como aprender a “O que o mundo
ajustar/improvisar?” está querendo?”
Sustentando
PLANEJAMENTO
(Design)
“Como criar – o ideal?”
Co-criado
REFORÇANDO CONVICÇÕES
UM NOVO paradigma
Empreendedorismo INOVADOR
Reflexões finais
referências
PNUMA. OFICINA REGIONAL PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE. Manifiesto. Por una
ètica para la sustentabilidad. Séptima Reunión del Comitê Intersesional del foro de
Ministros de Médio Ambiente de América Latina y el Caribe. São Paulo, 2002.
PORTER, M .E. and KRAMER, M.R. Strategy and Society: the Link between Competitive
Advantage and Corporate Social Responsibility, Harvard Business Review, dec. 2006.
p. 78-92.
SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio
ambiente. São Paulo: Studio Nobel, Fundap, 1993.
SBRAGIA R.; STAL E.; CAMPANÁRIO M.A.; e ANDREASSI T. Inovação - Como Vencer
esse Desafio Empresarial. Clio Editora, 2006.
SENGE, Peter. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende.
São Paulo: Best Seller, 2000.
TOYNBEE, Arnold. A Study of History, Vols. I-X, Oxford University Press, 1960.
UNESCO - UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL
ORGANIZATION. Educação para um futuro sustentável: uma visão transdisciplinar
para ações compartilhadas. Brasília: IBAMA, 1996.
VON KROGH, George; NONAKA, Ikujiro; ICHIJO, Kazuo. Facilitando a criação do
conhecimento: reinventando a empresa com o poder da inovação contínua.
Rio de Janeiro: Campus, 2001.
ZACHARIAS, V. L. C. Dewey e a escola progressista. Disponível em: <http://www.
centrorefeducacional.com.br/dewey.html>. Acessado em: 27 set. 2007.
Global Forum América Latina
EMPRESAS, UNIVERSIDADES
E SOCIEDADE NUM MUNDO SUSTENTÁVEL
ANTECEDENTES
New York
CLEVELAND/OH
Princípio 1
Propósito: Iremos desenvolver as capacidades dos estudantes para
que se tornem futuros geradores de valor sustentável para empresas e para
124 Rodrigo C. da Rocha Loures
a sociedade como um todo e para que trabalhem para uma economia global
inclusiva e sustentável.
Princípio 2
Valores: Iremos incorporar em nosso currículo e em nossas atividades
acadêmicas os valores da responsabilidade social global como retratados em
iniciativas internacionais como o Pacto Global da ONU.
Princípio 3
Método: Iremos criar modelos educacionais, materiais, processos e ambientes
que viabilizem experiências de aprendizado eficazes para a liderança responsável.
Princípio 4
Pesquisa: Iremos nos engajar em pesquisas conceituais e empíricas que
aperfeiçoem nosso conhecimento a respeito do papel, das dinâmicas e do impacto
de corporações na criação de valores sociais, ambientais e econômicos.
Princípio 5
Parceria: Iremos interagir com administradores de corporações para estender
nosso conhecimento sobre seus desafios no cumprimento de responsabilidades
sociais e ambientais de forma a explorar conjuntamente abordagens eficazes para
atender a esses desafios.
Princípio 6
Diálogo: Iremos facilitar e apoiar o diálogo e o debate entre educadores,
empresas, governos, consumidores, mídia, organizações da sociedade civil e
outros grupos interessados e acionistas em assuntos críticos relacionados com a
responsabilidade social e a sustentabilidade global.
• Poder Público
Identificar novas formas de administrar, arrecadar, fiscalizar e prover políticas
públicas e sociais básicas que valorizem e recompensem a sustentabilidade
econômica, política, social e ambiental.
ASPIRAÇÕES AÇÃO
Proposições
Rodrigo C. da Rocha Loures
Dando continuação ao Global Forum para a América Latina, o Call for Action,
realizado nos dias 29 e 30 de julho de 2008, teve a responsabilidade de transformar
em ações concretas as setenta e sete propostas e aspirações desafiadoras do
status quo e transformá-las em ações estratégicas para benefício do mundo, a
começar pela inserção ecológica de cada participante. (Para conhecê-las acesse
www.globalforum.com.br )
Permanece válido o pressuposto básico da iniciativa: a necessidade urgente
de mudança substantiva nos processos educativos, nas formas de produção,
distribuição e consumo dos bens e serviços, nas articulações intersetoriais dos
grupos sociais e das sociedades e em todo o espectro de conseqüências antrópicas
que impactam todas as formas de vida no planeta.
Entre os seus objetivos, o Call for Action visa 1) criar um ambiente propício
para o diálogo produtivo e para a formação de alianças estratégicas entre quatro
dos principais atores implicados na educação para a sustentabilidade: empresas,
academia, poder público e sociedade civil.; 2) detectar e debater as necessidades
de empresas que buscam o desenvolvimento sustentável, particularmente no que
tange ao capital natural (disponibilidade de recursos da biosfera, uso de tecnologias
limpas), ao capital humano (pessoas capacitadas, saudáveis e autônomas) e ao
capital social (pessoas culturalmente cooperativas, socialmente responsáveis,
articuladas em rede de stakeholders); 3) por fim, fortalecer as articulações
institucionais em redes de cooperação com a sociedade civil e o diálogo com as
instâncias regulatórias de governo.
Assim, todos os participantes do diálogo tiveram como desafio comum
encontrar um novo paradigma, isto é, uma “nova forma de ver”, como produto da
reflexão coletiva sobre as conseqüências decorrentes das ações em curso.
Talvez a conclusão mais importante e desafiante do GFAL, trazida à tona
pela Case Western Reserve University, é que a sustentabilidade pode muito bem
ser a maior oportunidade econômica, social e de negócios do século XXI – se
abordarmos as questões da sustentabilidade mediante a “inovação inspirada pela
colaboração”. Sendo assim, os temas para o encontro dos dias 29 e 30 de julho
132 Rodrigo C. da Rocha Loures
cooperação? Quem não compete pode agregar valor? O que mudaria e o que
seria mantido e ampliado nesta perspectiva?
Dando continuação ao Global Forum para a América Latina, o Call for Action
a ser realizado em diversas regiões do Brasil e da América Latina tem agora a
responsabilidade de transformar em ações concretas as propostas desafiadoras
do status quo e transformá-las em ações estratégicas para benefício do mundo, a
começar da inserção ecológica de cada participante
Essa é a responsabilidade do Call for Action – Chamado para a ação
transformadora, que se realizou em Curitiba, de 29 a 30 de julho e se desdobra em
Educar e Inovar na Sustentabilidade 135
São Paulo com encontros preparatórios nos dias 20 e 21 de agosto do ano 2008,
e, por fim, no próprio Call for Action - São Paulo, a ter lugar nos dias 20 e 21 de
novembro de 2008.
Instrumentos de Implementação
Caderno de trabalho
Objetivos
O que é um fórum de
Investigação Apreciativa?
Discovery
Cross Sector
Partnering for a
Sustainable World
Key Success Factor
Dream
Destiny Ideal Leadership
Change Initiatives and Actions for
& Call For Action Sustainability
leveraging
Education
Design
Highest Aspirations &
Opportunities for
Change and Innovation
Cada grupo pequeno gera seu próprio debate, dados, tempo e relatórios.
Aqui estão alguns papéis úteis para a gestão deste trabalho. Pode haver rodízio dos
papéis de liderança. O trabalho pode ser dividido como o grupo desejar.
• Líder do diálogo: Garante que cada pessoa que quiser falar seja ouvida no
tempo disponível. Mantém o grupo no foco para terminar a tempo.
• Cronometrista: Mantém o grupo consciente do tempo restante. Monitora os
relatos e marca o tempo restante para cada pessoa que está falando.
Educar e Inovar na Sustentabilidade 139
Reflexão inicial
DECLARAÇÃO INICIAL
1. Uma experiência “de ponto alto”: Obviamente, para todos nós, já houve
altos e baixos, picos e vales, pontos altos e baixos. Então, iniciemos com uma
reflexão sobre um dos “momentos de ponto alto” mais memorável – um momento
que se sobressaia, porque você se lembra de ter se sentindo engajado, vivo e
eficaz – como se você tivesse realmente achado a sua “vocação” na vida.
A. O que tornou essa experiência um “ponto alto” para você?
B. Que qualidades pessoais os outros diriam que você trouxe à situação, que
ajudaram a conseguir os excelentes resultados?
Educar e Inovar na Sustentabilidade 141
2. Uma história sobre VOCÊ como líder de uma mudança colaborativa1 Meg
Wheatley define como líder qualquer pessoa que toma iniciativas com o intuito de
deixar o mundo melhor do que foi encontrado: “um líder”, diz ela, “é qualquer pessoa
que queira fazer a diferença, neste momento”. De acordo com essa definição, todos
nós nesta sala somos líderes. Gostaríamos que você revisse sua vida sob a ótica de
líder de um esforço colaborativo para criar mudança positiva. Conte uma história
sobre uma mudança positiva bem-sucedida da qual você tenha participado.
A. Enquanto você pensa na história, o que em VOCÊ ajudou a torná-la um
sucesso?
B. O que nos outros fez dela uma mudança bem-sucedida?
C. Que outros fatores na situação, ambiente, ou organização ajudaram esta
mudança a acontecer?
D. De que maneiras a sua formação ajudou VOCÊ a se preparar para essa experiência
bem-sucedida?
Future (2002); Finding Our Way: Leadership for an Uncertain Time (2005)
Site: www.margaretwheatley.com
142 Rodrigo C. da Rocha Loures
EXERCÍCIO 1
Descoberta: Pontos fortes e habilidades que podemos trazer para este fórum
como colaboração para um mundo sustentável
OBJETIVO
Receber bem e valorizar uns aos outros, aprender com experiências especiais,
qualidades, habilidades e recursos que as pessoas trazem para este fórum e iniciar
o diálogo sobre todos os aspectos de nossa “tarefa” para todo o fórum.
PASSOS
4) Finalmente, compartilhe e faça uma lista das imagens mais comuns da situação
futura ideal resultantes das perguntas 4 e 5 da entrevista. Ajude o redator a
registrar as imagens e ações possíveis mencionadas mais freqüentemente
(alianças futuras etc.).
O facilitador designado preencherá esta folha de trabalho no computador
(olhar as páginas seguintes como exemplo).
Lista dos temas comuns das histórias Quais são os principais Quais são as implicações
do grupo: fatores de sucesso? para a nossa tarefa aqui?
Exercício 2
OBJETIVO
Alcançar um nível de compreensão e concordância mútuas sobre a interdependência
entre indústria e universidade para a criação de uma base de ação cooperativa para
um futuro sustentável.
PASSOS
1) Sua mesa receberá uma das seguintes perguntas para discutir e chegar a um
acordo: (30 minutos)
Tópico 1:
Tópico 2:
Tópico 1:
Tópico 2:
Educar e Inovar na Sustentabilidade 147
2) Quais são os fatores essenciais que servem de base para a cooperação efetiva
entre os seguintes atores: empresas, academia, sociedade civil e governo?
A sua mesa receberá uma das seguintes perguntas para debate e acordo: (20 minutos)
2.1 Quais são os dois fatores essenciais que servem de base para a cooperação
efetiva entre indústria e sociedade civil?
Fator 1:
Fator 2:
2.2 Quais são os dois fatores essenciais que servem de base para a cooperação
efetiva entre indústria e governo?
Fator 1:
Fator 2:
2.3 Quais são os dois fatores essenciais que servem de base para a cooperação
efetiva entre universidades e sociedade civil?
Fator 1:
Fator 2:
2.4 Quais são os dois fatores essenciais que servem de base para a cooperação
efetiva entre universidades e governo?
Fator 1:
Fator 2:
148 Rodrigo C. da Rocha Loures
2.5 Quais são os dois fatores essenciais que servem de base para a cooperação
efetiva entre sociedade civil e governo?
Fator 1:
Fator 2:
“Quais são os fatores essenciais que servem de base para a cooperação efetiva entre os seguintes
atores: empresas, academia, sociedade civil e governo?”
1.
2.
3.
Educar e Inovar na Sustentabilidade 149
Exercício 3
Vislumbre o futuro
Cenários ideais de “Educação para um mundo sustentável”
OBJETIVO
Imaginar um futuro pelo qual você gostaria de trabalhar – um futuro em que os
diferentes setores da sociedade possam trabalhar juntos em direção ao mesmo
objetivo de ter a educação ideal para um mundo sustentável.
INSTRUÇÕES
1) Em suas mesas, revisem e compartilhem os “pontos altos” das perguntas 4 e 5
da entrevista e os resumos dos fatores essenciais para a cooperação de ontem
à tarde. (20 minutos)
4) Faça anotações sobre as coisas que você gostar mais nas apresentações dos
outros etc.
Coisas que eu mais gosto nas Imagens de Futuro (tome notas sobre cada uma das
apresentações)
Elementos das visões que eu considero mais Oportunidades e possibilidades para ação
importantes ou estimulantes (O quê) (Como)
Educar e Inovar na Sustentabilidade 151
Exercício 4
OBJETIVO
Começar a projetar o futuro sustentável que mais desejamos. Um futuro movido
por alianças inter-setoriais, extraordinárias, que se constroem a partir dos pontos
fortes e o potencial da educação, em parceria com a indústria e o setor público.
PASSOS
1) No seu grupo, cada indivíduo deve apresentar uma idéia para a ação para ajudar
a criar uma nova realidade e compartilhar o porquê de sua escolha.
(15 minutos)
Redator: faça anotações enquanto as pessoas expõem suas frases, idéias, ou
imagens essenciais.
Caderno de Trabalho
29 e 30 de julho de 2008
Curitiba – Paraná
Prezados,
Fundamentação:
na Case Western Reserve University, de 3 a 6 de junho de 2009, irá mudar este tema
para a questão do “como”, com foco na idealização do desenho. Seu título será
“Gestão como Desenho em uma Era de Inovação Em Massa.” Nosso trabalho
irá ajudar a moldar a visão estratégica desta conversação global – especialmente
em nosso foco de reunir as forças das empresas, universidades e sociedade em
novas e efetivas parcerias para a ação.
Em vários sentidos, essa visão reflete uma demanda global sem precedentes
por uma mudança positiva e uma visão crescentemente compartilhada, desordenada,
mas brotando, emergindo em todos os lugares. Paul Hawken descreve este
movimento como “abençoado desassossego” – milhões de pessoas e organizações
trazendo à tona aquilo que algum dia poderá ser reconhecido como a mais profunda
mudança da sociedade humana em harmonia com o planeta sustentável.
Enormes realidades se contrapõem a isso. Diariamente somos lembrados
dos desafios que teremos de vencer, incluindo toda a magnitude da mudança
em si: temperaturas em elevação e condições climáticas destemperadas;
reconhecimento do auge do ciclo do petróleo e dos altos custos ambientais,
econômicos e sociais da queima de combustíveis fósseis; a possibilidade da Sexta
Extinção – a incompreensível perda de metade das espécies da terra até 2050; os
efeitos em onda da explosão demográfica de 8 a 14 bilhões de pessoas; lembranças
constantes da possibilidade de terrorismo ou acidente nuclear; bilhões de pessoas
presas numa pobreza devastadora; e, é claro, o surgimento de um mundo em que
as massas (pessoas em toda parte do mundo) querem viver exatamente da mesma
forma próspera que aqueles que já vivem em déficit ecológico – ou seja, em um
estado em que o capital natural é usado com tanta intensidade que os sistemas
terrestres não conseguem se recuperar sozinhos (zonas pesqueiras, terras férteis,
petróleo, água fresca e nossas grandes florestas).
Alex Steffen (2007) comenta:
Então aqui estamos. Precisamos, nos próximos 25 anos, fazer algo que nunca
foi feito. Precisamos conscientemente redesenhar toda a base material de
nossa civilização. O modelo que nós implantarmos precisa ser drasticamente
mais ecologicamente sustentável, precisa oferecer amplos acréscimos de
prosperidade para todos no planeta, e não apenas funcionar em áreas de
Educar e Inovar na Sustentabilidade 157
É neste contexto que o(a) convidamos para participar da “2.ª parte” do Global
Forum América Latina (GFAL) – acompanhamento dos resultados e chamada para
a ação. Em parceria com o Global Fórum do BAWB, Pacto Global da ONU, área
Acadêmica de Administração e o Centro para Empresas em Benefício do Mundo
(Center for BAWB) e seus parceiros – convidamos você a se unir nesta tarefa de
significância histórica.
Como um follow-up, nesta “2.a parte” mudará a nossa perspectiva e iremos
para visões de uma sociedade sustentável (visões de “O quê”) e para a fase do
desenho perguntando “Como podemos...?” (visões de “Como”).
Talvez a conclusão mais importante a emergir da sessão anterior é a de que a
sustentabilidade pode muito bem ser a maior oportunidade econômica, social e de
negócios do século XXI – se abordarmos as questões da sustentabilidade por meio
da “inovação inspirada pela cooperação”. Sendo assim, os temas para o encontro
dos dias 29 e 30 de agosto incluem:
• Inovação Inspirada pela Cooperação: Quais são as áreas prioritárias de
oportunidade para a colaboração entre empresas, universidades e o setor
educacional e a sociedade no que se refere às iniciativas sustentáveis com a
promessa de fazer crescer a economia, ajudar a revigorar a natureza e possibilitar
a prosperidade das pessoas? Quais são as forças peculiares de cada setor?
Podemos identificar os ingredientes principais para um tipo de colaboração
que vá além da inércia burocrática e realmente sirva para inspirar e energizar
inovações superlativas? Como devemos criar parcerias em que, superando as
expectativas de todas as partes, os negócios se beneficiem, as universidades
melhorem e os parceiros da sociedade civil e dos governos cresçam em
capacidade, credibilidade e respeito?
158 Rodrigo C. da Rocha Loures
Reflita sobre as suas fortalezas e seu interesse em fazer acontecer com base nas
propostas de junho.
• Qual a inovação (em sua organização, estado, pais, região ou no mundo) que
aconteceu nos últimos cinco anos que mais o/a inspirou?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
• O que você, como pessoa, profissional, líder, visionário, pode e quer oferecer
hoje para fazer acontecer as nossas propostas?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
160 Rodrigo C. da Rocha Loures
Do Sonho ao Desenho
PROPOSTAS
Foram apresentadas 92 demandas propostas no primeiro dia e 77 no segundo dia do
nosso encontro de junho e, a partir daí, uma equipe de consultores fez uma análise
temática e de conteúdo dessas propostas agrupando-as em cinco categorias.
Então vamos trabalhar nesta fase com as áreas de oportunidades para a ação.
OPEN SPACE
“Nós iríamos literalmente nos chocar conosco mesmos se nós fizéssemos tudo que
somos capazes.” (Thomas Edison)
Propósito:
Fazer acontecer para: desenhar projetos-pilotos e iniciativas que sirvam para:
(1) dar poder a iniciativas já existentes dos diferentes setores trazendo uma
oportunidade para outros se envolverem;
(2) facilitar a cooperação entre diferentes setores e novas iniciativas entre
instituições; e
(3) criar formas para conectar todos os stakeholders presentes aqui com o objetivo
de construir uma nova magnitude de liderança pela sustentabilidade.
Direcionamentos:
O que nós somos realmente capazes de fazer? Como o inventor Thomas Edison
falou, “Nós iríamos literalmente nos chocar conosco mesmos se nos fizéssemos
tudo que somos capazes”. Se esse for o caso, então nos perguntamos nessa sessão
o que poderíamos implementar amanhã que poderia fazer uma diferença maior do
que qualquer coisa que já tenha imaginado ou feito no passado?
para você. Estas propostas que iremos apresentar agora surgiram coletivamente
dos diálogos no final do nosso encontro em junho passado.
Favor ler cuidadosamente as propostas abaixo e escolher aquela com a qual você
mais se identifica, acha importante ou estimulante. Nós pedimos para você escolher
uma categoria de interesse, em seguida você pode se mover para a iniciativa ou
oportunidade de ação que mais lhe interessa e se juntar a outros co-projetistas.
Seguem abaixo:
a) Formulação e implantação de políticas públicas;
b) Geração e gestão do conhecimento da sustentabilidade;
c) Reformulação da educação de forma transversal;
d) Articulação de parcerias em redes;
e) Nova Ética – Valores e protagonismo individual.
A. Apreciar, valorizar e criar: Com base nos resultados obtidos no GFAL localize
no anexo correspondente ao seu tema as idéias mais promissoras para mobilização
de ações concretas visando construir um protótipo de iniciativa. Identifique idéias
comuns dentro do seu tema que sejam relevantes para construir um protótipo.
Após listado veja como inserir/permear as temáticas a seguir: (1) Inovação em
massa, (2) Inovação inspirada pela cooperação, (3) Aprendizagem antecipada e (4)
Projetos/iniciativas já existentes.
Definição de papéis no grupo: Facilitador e Gestor do tempo.
162 Rodrigo C. da Rocha Loures
B. Criação do Protótipo: Faça uma leitura rápida das idéias mais promissoras
ou combinação de idéias da parte A, para que seja construído um protótipo de
iniciativa. Anote as idéias em cartelas. Priorizem as idéias contidas nas cartelas
listadas anteriormente. Uma forma de se fazer isso é votando com todos os
integrantes do grupo. Utilize os adesivos coloridos, três adesivos para cada um e
votem nas suas idéias preferidas e onde mais você gostaria de trabalhar (você pode
colocar todos os três adesivos em uma só idéia, ou votar em três diferentes).
Pense em idéias que possam ser projetadas em algo tangível. Em seguida comece a
construir o protótipo: um modelo visual. Protótipo é a forma visual de um conceito.
Dê um nome à iniciativa ou projeto. Dê a ele uma cara ou logo. Apresente sua
forma visual. Caso possua elementos discretos – ou está desenvolvendo mais de
uma iniciativa, talvez seja melhor formar subgrupos para facilitar o trabalho em
diferentes partes.
Do Desenho ao Destino
Estratégia operacional para a ação
Propósito:
Refinar o protótipo criado na sessão anterior e construir um plano de ação para
determinar as formas mais rápidas e mais efetivas de lançar o protótipo ou piloto.
Direcionamentos:
Passos:
1. Nome da iniciativa:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. A equipe central: Nomes, e-mails e telefones.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Educar e Inovar na Sustentabilidade 163
2 Marcos são os pontos ou finalização, eles ajudam você a saber se está progredindo
e se movendo na direção certa, sem eles você fica sem saber se as coisas estão acontecendo
da forma certa. Por exemplo, finalizar a escrita de um plano de negócios para sua proposta,
ou, mesmo, conseguir a participação de uma instituição importante em sua proposta podem
ser considerados marcos.
164 Rodrigo C. da Rocha Loures
Quais os três valores que temos que praticar entre nós para garantir o sucesso
desta iniciativa?
_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Realizadores
• Ações de Curto Prazo (primeiras três semanas) – Ações, marco e data de entrega:
- Campanhas de alcance nacional (tipo “utilidade pública”; out doors com boas
práticas e ensinamentos; frases de impacto em contas públicas; ônibus com
propagandas; mensagens em elevadores, banheiros públicos e privados e
cartilhas de cidadania para ensino fundamental).
- Estabelecer contatos com nossos vizinhos de forma estratégica; criar
momentos de reflexão sobre o tema em ambientes comunitários; agir
pensando na comunidade. Fazer uso da rede web.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega:
- Reuniões com lideranças locais como: líderes religiosos, dietores de escola,clube
de serviços, representantes das associações de classe e comunidades de base.
- Disseminar o tema à equipe de trabalho incentivando os participantes a
reflexões para ações concretas.
- Sustentar os relacionamentos pelo empenho pessoal; consolidar os objetivos
comum; identificar e incentivar lideranças; provocar ações das pessoas;
continuar agindo para a comunidade local.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega:
- Que cada participante da rede tenha a responsabilidade de agregar + 1
participante (efeito pirâmide);
- Apresentação de ações realizadas (boas práticas);
- Reuniões virtuais/ workshop de boas práticas.
Educar e Inovar na Sustentabilidade 169
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Regulamentar efetivamente a gestão paticipativa com indicadores de sucesso.
• Ações de Curto Prazo (primeiras três semanas) – Ações, marco e data de entrega
- Elaboração do projeto de criação do parlamento técnico multissetorial. Entrega
do projeto ao presidente. 13/08/2008.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Decisão política e mobilização social no encontro de adequação das leis
para o País. Entrega do projeto ao presidente da República para a criação da
equipe elaboradora do estatuto e dos critérios de participação no Parlamento.
13/11/2008.
• Ações de Curto Prazo (primeiras três semanas) – Ações, marco e data de entrega
1 - Reunião do grupo de trabalho para definição da estratégia a ser seguida e
recursos necessários.
2 - Levantamento de dados e informações para desenvolvimento dos planos de
ação.
3 - Desenvolvimento de planos para atender à estratégia.
4 - Definição dos temas críticos para a sustentabilidade para o desenvolvimento
dos planos de ação.
5 - Definição dos indicadores de sustentabilidade a serem considerados.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
1 - Avaliação e adequação do trabalho realizado.
2 - Aprovação das diretrizes.
3 - Entrega da proposta ao governo.
- Propor aos candidatos das próximas eleições municipais que façam uma
proposta de governo baseada na sustentabilidade;
- Montar mailing setorizado, com distribuição de convites pré-definidos;
- Mobilizar impressa, rede empresarial e outros para acompanhar via internet
as discussões;
- Desenvolver um vídeo de 5 minutos relacionado à questões de sustentabilidade,
para exibir previamente nos fóruns;
- Considerar os temas abordados no GFAL para elaborar um questionário para
os candidatos;
- Viabilizar equipe de condução, apoio e cobertura do evento;
- Criar um espaço virtual para que participantes possam enviar perguntas para
o fórum;
- Sensibilizar as associações e entidades civis;
- Formar parcerias com veículos de comunicação.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Criar um videoteca para disponibilizar os compromissos assumidos com a
sustentabilidade;
- Definir formas de controle e moniotoramento das ações pretendidas.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Elaboração do Projeto.
- Realizar Consulta Pública.
Categoria de interesse:
geração e gestão do conhecimento da sustentabilidade
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Desenvolvimento pedagógico e metodológico do Centro de Formação;
- Projeto de viabilidade técnico, operacional e financeiro;
- Identificação dos possíveis parceiros.
Categoria de interesse:
Geração e gestão do conhecimento da sustentabilidade.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Bench marking das boas práticas e legislação vigente em outros países
promovendo uma nova forma de integração entre instituições educacionais e
sociedade civil organizada.
- Criação de diretrizes para inclusão do tema sustentabilidade na grade curricular
dentro do âmbito de atuação do grupo, modificar os sistemas de pontuação/
avaliação dos trabalhos e atividades acadêmicas tanto de final de curso
quanto das disciplinas isoladas para valorizar a sustentabilidade nos projetos
e trabalhos.
- Criação de uma maneira para dar visibilidade dos projetos produzidos nas
instituições de ensino e facilitar vínculos entre os projetos comercialmente
sustentáveis e as empresas/indústrias interessadas nestes projetos.
- Criação de parcerias para ações de incentivo, criar uma premiação para projetos
de final de curso com características sustentáveis que sejam aplicáveis às
demandas do mercado.
1. Nome da iniciativa:
Estruturação de agenda de diálogos entre os múltiplos setores
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Monitorar os resultados dos grupos, comitês, fóruns, associações etc. quanto às
mudanças promovidas, por meio de encontros regionais trimestrais dos sub-
grupos do “Call for Action”.
- Identificar e compartilhar projetos existentes na área de sustentabilidade,
fomentando a participação dos membros das redes.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
Reunião com uma equipe técnica da área de informática para definir
tecnicamente a formatação da rede, requisitos e demais detalhes.
180 Rodrigo C. da Rocha Loures
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Levantamento de necessidades e ofertas de cada instituição / recebimento das
informações / 4º semana.
- Sistematização de necessidades e ofertas de cada instituição / compilação das
informações / 5º semana.
- Reunião preliminar / realização da reunião / 6ºsemana.
- Montagem de plano de ação.
- Contabilizar resultados.
Quais os três valores que temos que praticar entre nós para garantir o sucesso
desta iniciativa?
SOLIDARIEDADE
RESPEITO
TRANSPARÊNCIA
Categoria de interesse:
GERAÇÃO E GESTÃO DO CONHECIMENTO DA SUSTENTABILIDADE
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Definição sobre o que é esse novo Paradigma.
- Detalhamento das Ações.
Categoria de interesse:
Geração e Gestão do Conhecimento da Sustentabilidade
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Mapeamento da comunidade e suas necessidades.
- Articulação com os outros participantes, organizações e setores incluídos na
iniciativa.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Por meio dos encontros, identificar os problemas mais emergentes, as áreas
de atuação e apresentar às academias o levantamento feito, com sugestões de
projetos abordando problemas da sustentabilidade do planeta para que sejam
aplicados nas várias áreas do conhecimento.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Participação no evento “Call for action” em São Paulo e Recife, para alinhamento
de ações e troca de experiências.
- Elaboração de material de divulgação do plano.
- O grupo gestor deve criar mecanismos para dissiminar as idéias para todo país.
- Implementação no SISTEMA FIEP pode ser imediata.
- Data: dezembro de 2008
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Estruturar cursos para formação dos educadores (multiplicadores).
- Apresentar propostas aos governos para o direcionamento de recursos
financeiros, com vistas a formação do docentes e administradores de escolas.
Data: Novembro/2008
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Convocação das categorias representativas.
- Estudo apreciativo e compartilhado dos currículos.
- Construção de uma visão sistêmica.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Por meio de reuniões com diferentes setores envolvidos, para mobilizar e validar
a proposta até o mês de novembro/08.
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Elaboração do plano geral.
Geração do regulamento.
30 dias
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Articulação do comitê com a comunidade escolar para a apresentação e
implantação do projeto.
- Planejamento do projeto com visão inter e intradisciplinar.
Educar e Inovar na Sustentabilidade 191
• Ações de Médio Prazo (próximos três meses) – Ações, marco e data de entrega
- Buscar parceiros para viabilizar o projeto-piloto.
Educar e Inovar na Sustentabilidade 193