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Excelentíssimo Senhor Desembargador (...

) Presidente da
Seção Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do
Amapá

CARLOS RENAN FONSECA DA ROCHA,


brasileiro, solteiro, Advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do
Brasil/Seção Amapá sob o n.º 1376, titular da carteira de identidade Registro
Geral n.º 078.009-AP, inscrito no cadastro de Pessoas Físicas sob o n.º
942.857.052-49, domiciliado em Macapá-AP, onde reside à Avenida Aimorés,
n.º 669, bairro Beirol, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência
impetrar o presente

HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR

em favor do paciente JOÃO GILHERME LAGES MENDES, brasileiro, casado,


Médico, titular da carteira de identidade Registro Geral n.º 035.097 (PTC/AP),
inscrito no cadastro de Pessoas Físicas sob o n.º 945.318.633-20, domiciliado
em Macapá-AP, onde reside à Avenida FAB, n.º 2575, bairro Santa Rita, com
fundamento no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal de 1988, combinado com
o arts. 312, 647 e 648, I, do Código de Processo Penal, apontando as razões
de fato e direito expostas a seguir:

O paciente, que figura como réu no Processo


Criminal n.º 0043248-51.2010.8.03.0001, sob a acusação de agredir sua ex-
namorada SIMONE FERREIRA CHAGAS, teve sua prisão preventiva decretada
por ordem do Meritíssimo Juiz do Juizado de Violência Doméstica da Comarca
de Macapá.
A autoridade Judiciária ao determinar a prisão
do réu, alegou que a finalidade deste ato era garantir a ordem pública e
segurança da vítima SIMONE.

No entanto o ato do juízo deixou de observar


os requisitos da prisão preventiva contidos no art. 312 do Código de Processo
Penal. Nenhum aspecto formal da norma em abstrato encontrou respaldo no
caso concreto em tela, na medida em que o paciente não possui personalidade
voltada ao cometimento de ilícitos penais, é réu primário, possui residência fixa
e trabalho estável.

Logo, não há que se falar em necessidade de


garantia da ordem pública nem resguardo da instrução criminal, uma vez que
se trata o paciente de pessoa de conduta perfeitamente adequada ao convívio
social e de caráter idôneo, que em momento algum tentou de alguma forma
atrapalhar o andamento do processo, seja tentando empreender fuga para
evitar a aplicação da lei, intimidando a vítima no sentido de inocentá-lo ou
ameaçando testemunhas.

No que tange à segurança da pessoa tida


como vítima, poderia o Ex. Juiz determinar medida protetiva em favor da
mesma, assim garantindo o bem-estar da vítima e não sacrificando a liberdade
do réu, que não tem motivos para permanecer preso.

Ademais, a coação imposta ao paciente


configura-se ilegal, não havendo fundamentação jurídica ou justo motivo para
mantê-lo sob custódia preventiva, tendo em vista que a manutenção de tal ato
fere o prescrito no art. 647 e 648, I, do Código de Processo Penal, choca-se
com o princípio do Devido Processo Legal (art. Art. 5º, LIV da CF), bem como
com o da Presunção de Inocência (art. 5º, LVII da CF).
DO PEDIDO LIMINAR

Presentes estão os elementos autorizadores


da concessão da liminar, para se saber: periculum in mora e o fumus boni
iuris, consistente no fato de o paciente encontrar-se preso ilegalmente, sem
que haja presença dos requisitos determinadores da prisão preventiva e, uma
vez não havendo celeridade por parte do Estado-Juiz em sanar tal ato
arbitrário, cada vez mais se ferirá a Dignidade da Pessoa Humana do paciente
(art 1º, III da CF).

Ante o exposto, requer-se seja concedido a


presente ordem de Habeas Corpus em favor do paciente JOÃO GILHERME
LAGES MENDES, em caráter liminar, independentemente das informações da
autoridade coatora, expedindo-se o competente Alvará de Soltura.

Se não em caráter liminar, o que se alega


para argumentar, espera-se a concessão da ordem, ao final, fazendo cessar a
coação a que está submetido o paciente, que deverá ser posto em liberdade,
expedindo o Alvará de Soltura.

Termos em que pede o deferimento.

Macapá, 28 de março de 2011.

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CARLOS RENAN FONSECA DA ROCHA
OAB N.º 1376

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