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Art.28. Este artigo traz a aplicação de penas aos indivíduos que portarem,
transportarem ou adquirirem pequenas quantidades de drogas, para consumo
pessoal. Estas drogas deverão estar sem autorização ou em desacordo com a
determinação legal. O inciso I - traz a advertência sobre os riscos que a droga traz
ao indivíduo, II – prestação de serviços à comunidade e o III – Traz a aplicação de
medidas educativas. O primeiro parágrafo estende a aplicação das penas àquele
que planta, cultiva e colhe plantas destinadas a produção de tóxico para uso
próprio. O segundo parágrafo traz a determinação do que é destinado a consumo
pessoal, levando em consideração a quantidade, circunstâncias sociais e
pessoais, e a conduta aos antecedentes dos agentes. Já os parágrafos terceiro e
quarto, trazem o prazo máximo de cinco meses para aplicação de pena e em caso
de reincidência até dez meses. O parágrafo quinto determina onde e como deverá
ser cumprida a pena de prestação de serviços à comunidade. E o parágrafo sexto
permite que seja usada a admoestação verbal, cobrança de multa para em caso
de não cumprimento injustificado dos incisos I, II, III. E finalmente o parágrafo 7
permite que o juiz determine uma unidade de saúde gratuita para tratamento
especializado.
Art. 29. Apresenta como deve ser aplicada a medida sócio educativa a que se
refere o artigo 28, inciso II do parágrafo 6°, no caso nunca inferior a quarenta e
nem superior a cem.Em seguida segundo a capacidade econômica do agente
poderá fixar valor de um trinta avos até três vezes o valor do maior salário mínimo.
Estes valores arrecadados são revertidos ao Fundo Nacional Antidrogas. A
intenção principal deste artigo é estabelecer medidas educativas, ao infrator,
porém em caso de não comparecimento ou me3smo recusa de cumprir as
medidas socioeducativas, o juiz poderá no máximo admoestar verbalmente e em
seguida fixar uma multa de quarenta a cem dias – multa o que será de no mínimo
R$ 680,00 e no máximo R$153.000,00.(NUCCI, p.352). Esta forma de aplicação
pode fazer com que na aplicação do menor valor de multa, o sentenciado prefira
pagar a multa a cumprir a obrigação sócio educativa. E caso não ter condições de
assumir a punição pecuniária o sentenciado em desacordo com o cumprimento da
sentença não terá bens que o Estado possa alcançar. Isso leva esta lei a ter um
resultado negativo.
Capacidade econômica do agente: O valor dia multa conforme previsto
no artigo 60 Código Penal, que define os valores conforme a capacidade
econômica do agente.
Fundo específico: Neste caso a multa não vai para o Fundo Penitenciário,
mas para o Fundo Nacional Antidrogas.
TÍTULO IV
DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA
E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS.
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Este artigo regula o controle estatal das drogas. Segundo NUCCI, p.353, 2010.
“... a Lei 11.343/2006 constitui norma penal em branco, significando que a
existência de um rol de substâncias entorpecentes ou que causem dependências
física ou psíquica é fundamental, embora não deva ser feito por lei, pois difícil de
ser alterado”.E segue que deve ser designado um órgão competente vinculado ao
Ministério da Saúde, para fixar quais as drogas controladas pelo Estado e quais
são efetivamente proibidas. Segundo NUCCI, (p.353, 2010), ainda assim é
possível a autorização do Estado para a produção com fins científicos ou
medicinais.
CAPÍTULO II
DOS CRIMES
Art.33. Este artigo traz em seu caput as seguintes ações nucleares: “Importar,
exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas. A pena imposta é de reclusão
de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa”.(Lei 11343/2006).
Neste parágrafo são as dezoito condutas, cujo objeto é a droga, que não deixa de
ser substância entorpecente, ou que cause dependência física ou psíquica
(NUCCI, p.357, 2010). Independente de lucro, “, ainda que gratuitamente”. (§1°, II).
Tornando assim indiferente a obtenção ou não de lucro. O agente pode praticar uma ou
mais condutas e responderá por um só. Pode existir concurso de crimes quando
transcorrer período extenso de tempo.
Sujeito ativo e passivo: Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Segundo NUCCI
(p.357, 2010) “Há quem sustente ser próprio o delito na modalidade prescrever”,
ou seja, indicado por médico ou dentista, como remédio, receitar “. O sujeito
passivo é a sociedade”.
Sujeito ativo e passivo: o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito
passivo é a sociedade.
Elemento subjetivo: é o dolo. Não há elemento subjetivo específico, nem se
pune de forma culposa.
Elementos normativos: fato atípico quando com permissão legal.
Objeto material jurídico: o objeto material pode ser maquinário, aparelho,
instrumento ou outro objeto descrito no tipo. O objeto jurídico é a saúde pública.
Classificação: Comum, formal, de forma livre, comissivo, Instantâneo nas formas
fabricar, adquirir, vender, oferecer, distribuir, entregar e fornecer.
Permanente nas modalidades transportar, possuir, guardar.
O verbo utilizar pode ser instantâneo ou permanente, de acordo com o método
usado pelo agente.
De perigo abstrato, unissubjetivo, unissubsistente, conforme, a situação, admite
tentativa na forma plurissubsistente.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se
associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
Análise do núcleo do tipo: Associarem-se, duas ou mais pessoas que se unem
com a finalidade de praticar os crimes previstos nos artigos 33 caput e §1º; e 34
da Lei 11.343/2006.
Sujeitos ativo e passivo: sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, e o sujeito
passivo é a sociedade.
Sujeitos ativo e passivo: sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, e o sujeito
passivo é a sociedade.
Benefícios penais: não cabe sursis, nem pena alternativa, regime inicial deve
ser o fechado, pois se trata de crime equiparado a hediondo.Admite progressão de
regime.
Sujeitos ativo e passivo: Sujeito ativo pode ser qualquer profissional da área
de saúde. O sujeito passivo é a sociedade e segundamente a pessoa que sofreu a
dose excessiva.
Segundo CAPEZ, (p.805, 2010), “a Lei 11343/2006 criou um novo tipo penal,
até então inexistente na antiga Lei de Tóxicos”.Até então tal conduta era
caracterizada como contravenção penal.O código de transito prevê a punição para
quem é dirige embriagado, mas não tem alcance sobre as aeronaves ou
embarcações.
Sujeitos ativo e passivo: o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito
passivo é a sociedade e secundariamente as pessoas que sofrem diretamente a
possibilidade de danos.
Art.43. Segundo NUCCI, (p.393, 2010) este sistema adotado merece elogios por
se tratar de um sistema bifásico que pondera grau de censura do fato e seu autor
e os elementos fornecidos pelo art. 59 do Código Penal (antecedentes conduta
social, personalidade, motivos, circunstâncias, conseqüências do crime,
comportamento da vítima. “Aplica-se à multa pecuniária levando em consideração
a capacidade monetária do indivíduo. E em caso de não pagamento o Estado não
tem um modo eficaz de cobrar esses valores).
Não é permitido a graça ou o indulto bem como a anistia, nos crimes de tráfico de
entorpecentes.
Foi proibida a liberdade provisória, com ou sem fiança, aos autores de crimes de
tráfico ilícito de drogas. (arts. 33, caput, e §1º e 34 a 37 desta lei).
Livramento condicional
Não se pleiteia o livramento condicional, devido às circunstâncias da aplicação
das penas que acaba por garantir progressão de pena e cumprimento albergado
em uma série de regiões do país. Nucci cita o caso de capitais como São Paulo,
que é cumprido prisão domiciliar (NUCCI, p297, 2010).
Capítulo III
DO PROCEDIMENTO PENAL
Seção I
Seção II
Da Instrução Criminal
Art.55. Este artigo e anterior bem como os seguintes dizem respeito ao processo
penal utilizado nas questões envolvendo a matéria reverenciada por este diploma
legal. Após a denuncia o juiz mandará notificar o acusado que terá um prazo de
dez dias para oferecer defesa prévia.Também poderá arrolar cinco testemunhas
bem como apresentar todas as provas e formas de defesas que puder arrolar.
Em caso de o acusado não oferecer defesa o juiz nomeará um defensor para
oferecer defesa em dez dias. Após a apresentação da defesa o juiz terá cinco dias
para decidir. Poderá pedir a apresentação do acusado no prazo de dez dias caso
julgue imprescindível.
Art.56. Recebida à denúncia o juiz vai determinar a hora e o dia para audiência de
instrução e julgamento, ordenará a citação do acusado, a intimação do M.P., do
assistente, e se necessário requisitará os laudos periciais. Em caso de conduta
tipificada nos artigos 33, caput §1º, e 34 e 37, desta Lei, o juiz pode decretar
afastamento cautelar do denunciado que for funcionário público, pois o mesmo se
estive atuando em sua função poderia dificultar e impedir a produção de provas,
bem como dificultar as investigações.A audiência descrita no artigo tem um prazo
de ocorrência de trinta dias a partir do recebimento da denuncia. Salvo exceção
que poderá ser protelado para até 90 dias.
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e 34 a 37 desta Lei, o
réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons
antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória. Neste artigo quem
comete os crimes previstos deve ser recolhido a prisão, segundo NUCCI, (p.413,
2010), “... a regra é o apelo em liberdade de quem é réu e tem bom antecedente”.