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Capítulo III

DOS CRIMES E DAS PENAS

Art.27. Traz a possibilidade de se aplicar às penas previstas neste capítulo


ou em separado ou em cumulativamente.

Critérios gerais para condenação do usuário de drogas.

Segundo Nucci, não se aplica mais as penas privativas de liberdade ao


usuário de drogas, essa nova ótica se aplica porque o usuário, habitual ou
eventual, não pode ser considerado como um perigo real para sociedade, o que
ocorre é a estimulação do comércio e do tráfico de drogas. A medita correta é a
reeducação e submeter a cursos de orientação, o usuário de entorpecentes.
(p.337,2010). Surge uma crítica às pessoas abastadas que podem sustentar o
vício, pois o Estado não as alcançam com medidas coercitivas eficientes, devido à
possibilidade de se pagar às multas previstas, e sustentar o vício.O mesmo acaba
ocorrendo com os economicamente pobres que ao contrário, não possuem bens
que possam ser objeto de penhora para pagar as multas. Sendo assim seria
interessante a aplicação de medidas restritivas de liberdade como último caso,
mas o que ocorre é que o usuário eventual bem como o habitual acaba sendo
tolerado pela sociedade, pagando ou não multas, pela atitude.

Art.28. Este artigo traz a aplicação de penas aos indivíduos que portarem,
transportarem ou adquirirem pequenas quantidades de drogas, para consumo
pessoal. Estas drogas deverão estar sem autorização ou em desacordo com a
determinação legal. O inciso I - traz a advertência sobre os riscos que a droga traz
ao indivíduo, II – prestação de serviços à comunidade e o III – Traz a aplicação de
medidas educativas. O primeiro parágrafo estende a aplicação das penas àquele
que planta, cultiva e colhe plantas destinadas a produção de tóxico para uso
próprio. O segundo parágrafo traz a determinação do que é destinado a consumo
pessoal, levando em consideração a quantidade, circunstâncias sociais e
pessoais, e a conduta aos antecedentes dos agentes. Já os parágrafos terceiro e
quarto, trazem o prazo máximo de cinco meses para aplicação de pena e em caso
de reincidência até dez meses. O parágrafo quinto determina onde e como deverá
ser cumprida a pena de prestação de serviços à comunidade. E o parágrafo sexto
permite que seja usada a admoestação verbal, cobrança de multa para em caso
de não cumprimento injustificado dos incisos I, II, III. E finalmente o parágrafo 7
permite que o juiz determine uma unidade de saúde gratuita para tratamento
especializado.

Núcleo de tipo: Adquirir, comprar, guardar, ter em depósito, transportar ou


trazer consigo. São condutas cujo objeto é a droga. Difere do art.33 por se tratar
de uso pessoal, é uma infração de ínfimo potencial ofensivo, não se aplicando em
nenhuma hipótese pena privativa de liberdade, o máximo que se chega é o
previsto nos incisos I, II, III do art.28.
Sujeitos ativo e passivo: Qualquer pessoa, e o sujeito passivo a
sociedade. Não se pune o porte da droga, para uso próprio, mas o mal potencial
que ele pode gerar a coletividade.
Elemento subjetivo: é o dolo, consiste em adquirir, guardar, ter em
depósito transportar ou trazer consigo para o consumo próprio. Não se pune de
forma culposa.

Norma penal em branco: significa,


Elementos normativos: expressão sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar constitui fator vinculado a ilicitude. (NUCCI,
p.343). Torna-se fato atípico quando com autorização se armazena drogas, mas
não é viável autorizar o armazenamento de cocaína em casa pra consumo próprio
sem um fim que o justifique, mas é viável no caso de determinadas enfermidades
ser necessário o tratamento com morfina, o que justifica a autorização do
armazenamento de droga.

Objeto material e jurídico: O Objeto material é a droga e o objeto jurídico é a


saúde pública.

Classificação: comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, na forma


adquirir, mas permanente nas modalidades, trazer consigo, ter em depósito,
transportar, de perigo abstrato, unissubjetivo, plurissubsistente, admite tentativa,
embora de difícil configuração.

Art. 29. Apresenta como deve ser aplicada a medida sócio educativa a que se
refere o artigo 28, inciso II do parágrafo 6°, no caso nunca inferior a quarenta e
nem superior a cem.Em seguida segundo a capacidade econômica do agente
poderá fixar valor de um trinta avos até três vezes o valor do maior salário mínimo.
Estes valores arrecadados são revertidos ao Fundo Nacional Antidrogas. A
intenção principal deste artigo é estabelecer medidas educativas, ao infrator,
porém em caso de não comparecimento ou me3smo recusa de cumprir as
medidas socioeducativas, o juiz poderá no máximo admoestar verbalmente e em
seguida fixar uma multa de quarenta a cem dias – multa o que será de no mínimo
R$ 680,00 e no máximo R$153.000,00.(NUCCI, p.352). Esta forma de aplicação
pode fazer com que na aplicação do menor valor de multa, o sentenciado prefira
pagar a multa a cumprir a obrigação sócio educativa. E caso não ter condições de
assumir a punição pecuniária o sentenciado em desacordo com o cumprimento da
sentença não terá bens que o Estado possa alcançar. Isso leva esta lei a ter um
resultado negativo.
Capacidade econômica do agente: O valor dia multa conforme previsto
no artigo 60 Código Penal, que define os valores conforme a capacidade
econômica do agente.

Fundo específico: Neste caso a multa não vai para o Fundo Penitenciário,
mas para o Fundo Nacional Antidrogas.

Art. 30. Prescrição em dois anos da imposição e execução das penas,


observando o artigo 107 e seguintes, no tocante a interrupção dos prazos.

TÍTULO IV
DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA
E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS.

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 31. Conforme o caput do artigo é necessária licença prévia de autoridade


competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter
em depósito, importar, exportar, remeter, transportar, oferecer, vender, comprar,
trocar, ceder ou adquirir para qualquer fim, drogas ou matéria prima destinada a
sua preparação, observadas as demais exigências legais.(BRASIL).

Este artigo regula o controle estatal das drogas. Segundo NUCCI, p.353, 2010.
“... a Lei 11.343/2006 constitui norma penal em branco, significando que a
existência de um rol de substâncias entorpecentes ou que causem dependências
física ou psíquica é fundamental, embora não deva ser feito por lei, pois difícil de
ser alterado”.E segue que deve ser designado um órgão competente vinculado ao
Ministério da Saúde, para fixar quais as drogas controladas pelo Estado e quais
são efetivamente proibidas. Segundo NUCCI, (p.353, 2010), ainda assim é
possível a autorização do Estado para a produção com fins científicos ou
medicinais.

Art.32. Diz respeito à destruição de qualquer produção de plantações ilícitas, e a


coleta de plantas para exame pericial. Tendo todo o procedimento sendo
lavrado em auto de levantamento de condições encontradas.Assegurando as
medidas que preservem as provas. Os parágrafos 1, 2, 3, 4 desta lei norteia
a maneira como deve ser destruído as plantações e as observâncias com
relação ao meio ambiente na prática de queimadas e a expropriação
conforme disposto no art 243 da Constituição Federal.

CAPÍTULO II
DOS CRIMES

Art.33. Este artigo traz em seu caput as seguintes ações nucleares: “Importar,
exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas. A pena imposta é de reclusão
de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa”.(Lei 11343/2006).

E inclui nos parágrafos:


Ҥ 1o Nas mesmas penas incorre quem:

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire,


vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito,
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico
destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de
plantas que se constituam em matéria-prima para a
preparação de drogas;

III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem


a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância,
ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de
drogas.

Neste parágrafo são as dezoito condutas, cujo objeto é a droga, que não deixa de
ser substância entorpecente, ou que cause dependência física ou psíquica
(NUCCI, p.357, 2010). Independente de lucro, “, ainda que gratuitamente”. (§1°, II).
Tornando assim indiferente a obtenção ou não de lucro. O agente pode praticar uma ou
mais condutas e responderá por um só. Pode existir concurso de crimes quando
transcorrer período extenso de tempo.

§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de


droga:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100


(cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de


lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a
consumirem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e


pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos)
dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1 o deste artigo,
as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços,
vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde
que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se
dedique às atividades criminosas nem integre organização
criminosa.

Sujeito ativo e passivo: Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Segundo NUCCI
(p.357, 2010) “Há quem sustente ser próprio o delito na modalidade prescrever”,
ou seja, indicado por médico ou dentista, como remédio, receitar “. O sujeito
passivo é a sociedade”.

O elemento objetivo é o dolo, não existindo elemento subjetivo específico do tipo,


nem se pune de forma culposa.

Norma penal em branco significa que o termo drogas se transforma em uma


questão valorativa do juiz, por não constituir um elemento normativo do tipo. O que
deverá ser determinado pelo artigo 66 desta lei.

Elementos normativos: são fatos atípicos quando houver devida autorização.

Objetos material e jurídico: objeto material é a droga. O objeto jurídico é a saúde


pública.

Classificação: crime comum, formal, de forma livre, comissivo,

Instantâneo nas formas: Importar, exportar, remeter, preparar,


produzir, fabricar, adquirir, vender, oferecer, fornecer, prescrever, ministrar
e entregar.
Permanente: nas formas de expor à venda, ter em depósito
transportar, trazer consigo, guardar.
Unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente admite tentativa na forma
plurissubsistente, A tentativa de tráfico ilícito de entorpecentes é rara em face das
dezoito condutas do art.33. Porém não é impossível.
Amplitude excessiva do tipo penal: Não distingue o fato de comércio ou
apenas o transporte da droga, sendo traficante aquele que vende bem como
aquele que passa a droga sem fim lucrativo.

Art.34. Diz respeito a fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender,


distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que
gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Análise do núcleo do tipo: fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer,


vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer,
ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer
objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de
drogas.

Sujeito ativo e passivo: o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito
passivo é a sociedade.
Elemento subjetivo: é o dolo. Não há elemento subjetivo específico, nem se
pune de forma culposa.
Elementos normativos: fato atípico quando com permissão legal.
Objeto material jurídico: o objeto material pode ser maquinário, aparelho,
instrumento ou outro objeto descrito no tipo. O objeto jurídico é a saúde pública.
Classificação: Comum, formal, de forma livre, comissivo, Instantâneo nas formas
fabricar, adquirir, vender, oferecer, distribuir, entregar e fornecer.
Permanente nas modalidades transportar, possuir, guardar.
O verbo utilizar pode ser instantâneo ou permanente, de acordo com o método
usado pelo agente.
De perigo abstrato, unissubjetivo, unissubsistente, conforme, a situação, admite
tentativa na forma plurissubsistente.

Figura autônoma e delito equiparado e hediondo: Não se trata de crime


subsidiário do art.33, logo se pune as diversas práticas como crimes distintos.

Destinação específica ou genérica: Não há aparelho específico destinado a


finalidade de produção de drogas, por esse motivo tudo o que for encontrado no
local destinado a esse fim será caracterizado como instrumento de produção de
tóxico.
Benefícios penais: pena de três a dez anos de reclusão vedada a concessão de
sursis, graça, indulto, anistia e a conversão em pena restritiva de direitos devem
ter início em regime fechado por ser equiparado a crime hediondo. A multa é
excessiva, o mínimo gira em torno de R$20, 400,00 a R$ 5.100.000,00. Pena
inexequível, para a maioria dos condenados no Brasil.

Art 35 Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar,


reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e
34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos)


a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se
associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
Análise do núcleo do tipo: Associarem-se, duas ou mais pessoas que se unem
com a finalidade de praticar os crimes previstos nos artigos 33 caput e §1º; e 34
da Lei 11.343/2006.

Trata-se de crime formal consubstanciado na paz pública. Logo se torna


desnecessário aprender a droga ou examina-la. A materialidade pode-se dar por
qualquer outro meio lícito.(NUCCI, p.379).

Sujeitos ativo e passivo: sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, e o sujeito
passivo é a sociedade.

Elemento subjetivo: é o dolo. Consiste no ânimo de associação, de caráter


duradouro e estável. Caso contrário seria concurso de agentes para a prática do
crime de tráfico de drogas. Não existe a forma culposa.

Forma de execução: Basta a associação com o fim de cometer os crimes,


independente dos termos reiteradamente ou não.

Objeto material e jurídico: Confundem-se entre si o jurídico e o objeto


material: a paz pública. E em segundo plano à saúde pública.

Classificação: Comum, formal, de forma livre, comissivo, permanente, de


perigo abstrato, plurissubjetivo, plurissubsistente, não admite tentativa, visto que
necessita de estabilidade e permanência.
Concurso de crimes: nada impede o concurso de crimes, trafico ilícito de
entorpecentes e associação para o tráfico são crime4s distintos podendo assim
ser caracterizado como concurso de crimes.
Benefícios penais: a pena de três a dez anos de reclusão, vedada à
concessão de sursis, graça indulto, anistia e a conversão em pena restritiva de
direitos deve ter inicio em regime fechado.pois é crime equiparado a hediondos.
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos
arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e


quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.

Análise do núcleo de tipo: “financiar e custear são as condutas mistas


alternativas, cujo objeto é a prática de crimes de tráfico ilícito de drogas”.(NUCCI,
p.380, 2010). Logo aquele que financia, arts. 33, caput e § 1o, e 34, também é
partícipe do crime e incide as mesmas penalidades.Equipara-se a crime hediondo
aplicando-se as mesmas restrições com base nos artigos 33 e 34.

Indispensabilidade de materialidade dos delitos previstos nos artigos 33


e 34. É necessário provar que o agente de fato financiou a prática do tráfico ilícito
de drogas na forma dos artigos 33 e 34.Ainda que não se consiga punir o
traficante envolvido diretamente é necessário se provar a existência do delito,
objetivo do financiamento ou custeio.

Sujeitos ativo e passivo: sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, e o sujeito
passivo é a sociedade.

Elemento subjetivo: é o dolo. Não há elemento subjetivo específico do tipo,


nem se pune a forma culposa.

Objeto material e jurídico: o material é o tráfico ilícito de drogas e o objeto


jurídico é a saúde pública.

Classificação: Comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo ou


permanente, dependendo da forma de execução e duração do financiamento. de
perigo abstrato, unissubjetivo, plurissubsistente, admite tentativa.
Art.37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação
destinada à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e
34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a


700 (setecentos) dias-multa.

Análise do núcleo de tipo colaborar é a conduta cujo objeto é a prática de


crime de tráfico ilícito de drogas, por grupo, organização ou associação. O tipo
menciona o método: agindo como informante e a informação tenha relevância com
o trafico ilícito de drogas.

Sujeitos ativo e passivo: O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, e o


sujeito passivo é a sociedade.

Elemento subjetivo: é o dolo, não possui elemento subjetivo especifico do


tipo nem se pune a forma culposa.

Objeto material e jurídico: A pratica do tráfico ilícito de drogas é o objeto


material. O objeto jurídico é a saúde pública.

Classificação: comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo de


perigo abstrato, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente, conforme, o
método eleito pelo agente admite tentativa na forma plurissubsistente.

Benefícios penais: não cabe sursis, nem pena alternativa, regime inicial deve
ser o fechado, pois se trata de crime equiparado a hediondo.Admite progressão de
regime.

Art.38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas


necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50
(cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa.

Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da


categoria profissional a que pertença o agente.

Análise de núcleo do tipo: Prescrever ou ministrar são as condutas que tem


como objeto à droga, o que difere é a admissão de culpa e não dolo.Fica
caracterizado o grau da culpa em relação à quantidade aplicada de droga no
indivíduo.

Sujeitos ativo e passivo: Sujeito ativo pode ser qualquer profissional da área
de saúde. O sujeito passivo é a sociedade e segundamente a pessoa que sofreu a
dose excessiva.

Elemento subjetivo: é a culpa, nas formas de imprudência negligência ou


imperícia.

Elemento normativo do tipo: é a culpa, caracterizada pelo art. 18, II, do


Código Penal, pela imprudência, negligência ou imperícia.

Paciente: é a pessoa enferma, sujeita a tratamento, por profissional


especializado da área de saúde.

Objeto Material e objeto Jurídico: o objeto material é a droga prescrita, e o


objeto jurídico é a saúde pública.

Classificação: próprio, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, de


perigo abstrato unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente.

Benefícios penais: infração de menor potencial ofensivo aplicável o disposto


na Lei 9099/95.
Comunicação aos órgão Profissionais: Deve-se comunicar ao órgão de
classe a que pertence o profissional de saúde.

Art.39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas,


expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do


veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo
prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a
400 (quatrocentos) dias-multa.

Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com


as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600
(seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de
transporte coletivo de passageiros.

Segundo CAPEZ, (p.805, 2010), “a Lei 11343/2006 criou um novo tipo penal,
até então inexistente na antiga Lei de Tóxicos”.Até então tal conduta era
caracterizada como contravenção penal.O código de transito prevê a punição para
quem é dirige embriagado, mas não tem alcance sobre as aeronaves ou
embarcações.

Análise do núcleo do tipo conduzir é a conduta e o objeto é a embarcação


ou aeronave.

Sujeitos ativo e passivo: o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito
passivo é a sociedade e secundariamente as pessoas que sofrem diretamente a
possibilidade de danos.

Elemento subjetivo: É o dolo de perigo.Não existe forma culposa, nem se


exige elemento subjetivo específico.
Consumo de droga: caracteriza-se por ingestão de qualquer substância
entorpecente que retire o condutor de qualquer possibilidade de auto
determinação.

Objeto material e jurídico: é a embarcação ou aeronave conduzida sob


efeito de drogas.Os objetos jurídicos são a segurança dos meios de transporte e a
saúde pública.

Classificação: Crime comum, formal, de forma livre, comissivo instantâneo,


de perigo concreto, unissubjetivo, plurissubsistente, admite tentativa ainda que
seja de difícil configuração.

Art.40. Este artigo trata-se exclusivamente das causas de aumento de pena,


segundo CAPEZ, (Vol.4, p.806,2010), o aumento de pena se aplica em situações
como a antiga punição a tráfico internacional agora se aplica também a venda feita
no país a uma organização internacional. Com isso encara-se as duas atividades
como se fossem iguais.”bastando apenas que se constate o caráter transacional”.

Art.41. Trata-se da delação premiada em que o acusado que colaborar com as


investigações terá pena reduzida de um terço a dois terços. Isso não significa
perdão judicial, mas a premiação pelo ato. Requisitos para que possa se aplicar à
delação premiada são: (NUCCI, 2010, p.390).

a) – haver um inquérito e ou um processo contra o autor da delação;


b) – prestação de colaboração voluntariosa (livre de coação física ou
moral);
c) – concurso de pessoas em qualquer dos delitos previstos na Lei
11.343/2006.
d) – recuperação total ou parcial do produto do crime.
Art. 42. Segundo CAPEZ, (Vol.4, p.813, 2010), “De acordo com o art. 42”, o juiz
na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art.59.
do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a
personalidade e a conduta social do agente “. Foram ressaltados os aspectos
subjetivos do agente, tais como personalidade e conduta social, ao lado de um
requisito objetivo, qual seja, quantidade”. Isso quer dizer que a intensidade de
aplicação da pena deve ser proporcional ao material e a pessoa do infrator
levando em consideração o seu perfil social ““.

Art.43. Segundo NUCCI, (p.393, 2010) este sistema adotado merece elogios por
se tratar de um sistema bifásico que pondera grau de censura do fato e seu autor
e os elementos fornecidos pelo art. 59 do Código Penal (antecedentes conduta
social, personalidade, motivos, circunstâncias, conseqüências do crime,
comportamento da vítima. “Aplica-se à multa pecuniária levando em consideração
a capacidade monetária do indivíduo. E em caso de não pagamento o Estado não
tem um modo eficaz de cobrar esses valores).

Art.44. Inafiançabilidade não pode ser aplicada nesse caso levando em


consideração o art 310 parágrafo único, do Código de Processo Penal. Salvo em
casos de crime hediondos.

Proibição à concessão de graça, indulto e anistia:

Não é permitido a graça ou o indulto bem como a anistia, nos crimes de tráfico de
entorpecentes.

Vedação à liberdade provisória

Foi proibida a liberdade provisória, com ou sem fiança, aos autores de crimes de
tráfico ilícito de drogas. (arts. 33, caput, e §1º e 34 a 37 desta lei).

Proibição de conversão em pena alternativa.


Com o advento da nova lei foi proibida a conversão da pena privativa de liberdade
nos casos apontados no artigo 44, caput deste diploma legal.

Livramento condicional
Não se pleiteia o livramento condicional, devido às circunstâncias da aplicação
das penas que acaba por garantir progressão de pena e cumprimento albergado
em uma série de regiões do país. Nucci cita o caso de capitais como São Paulo,
que é cumprido prisão domiciliar (NUCCI, p297, 2010).

Art. 45. Este artigo trás a cláusula de exclusão de punibilidade, vinculando-se a


imputabilidade penal, que nos casos em que o agente se encontra inimputável
devido consumo de drogas, ou força maior, ressaltando os artigos 26,27 e 28 do
Código Penal que dá conta desta matéria.
Art.46. Traz a causa de diminuição de pena, que moldado ao art.26 parágrafo
único, art.28, § 2º, do Código Penal, cuida das hipóteses de semi –
imputabilidade.Os casos de substituição por medidas de segurança segue os
moldes do art.26 parágrafo único.
Art.47. Aplicação limitada, a intenção do legislador é dar um tratamento adequado
a todo o usuário de drogas.

Capítulo III
DO PROCEDIMENTO PENAL

Art.48. Segundo NUCCI (p.400,2010) não há necessidade de norma explicativa,


tornando-se inútil tal recomendações iniciais.

Concurso entre tráfico e porte para consumo: em regra o traficante deve


responder pelos artigos 33 ou 34, que deve absorver o que trata o artigo 28.

Procedimento preliminar sumaríssimo: Aplica-se o disposto na Lei 9099/95.


Jamais Prisão para o consumidor de drogas: Seguindo a previsão da Lei
11343/2006, O consumidor de drogas, dependente, usuário ocasional ou habitual,
nunca será preso por conta disto. Aplica-se advertência, se quiser presta serviços
à comunidade, freqüenta cursos e em último caso paga multa. (NUCCI,
p.401,2010).

Cautelas redobradas para evitar a prisão: é lavrado um termo circunstanciado


pela autoridade policial, e o agente é liberado em seguida, nos casos em que a
autoridade judicial não estiver no JECRIM.
Porém na prática o elemento é detido e levado ao JECRIM, para averiguar se de
fato é usuário ou não.

Exame de corpo de delito: a lei estipula a possibilidade de se fazer exame de


corpo de delito o que parece ser contraditório tendo em vista que se o faz não
para constatar a materialidade de crime, mas para verificar o estado físico do
indivíduo.

Art.49. Aplicação da proteção à testemunha: Segundo Nucci, (p.402, 2010),


esta é uma norma desnecessária, pois a Lei 9.807/99 já trata dessa matéria.

Seção I

Art.50. Pode-se prender em flagrante qualquer pessoa que esteja cometendo o


delito de maneira evidente. Utiliza-se o termo policia judiciária para designar
autoridade policial.

Art.51. Determina os prazos de conclusão de inquérito. Adotaram-se prazos


harmônicos segundo, inclusive a possibilidade, de se dobrar o prazo de inquérito
quando.

Art.52. Diz respeito aos tramites posteriores ao artigo 51.


Art.53. Diz respeito à infiltração de agentes policiais na investigação de tráfico de
drogas,

Seção II
Da Instrução Criminal

Art.54. Diz respeito a recebimento em juízo de autos do inquérito policial, de CPI,


segundo NUCCI, (p.407,2010).”apenas confirma não ser o inquérito policial a
única base para conferir justa causa para ajuizamento de da ação penal
Sustentando a denúncia ou queixa. Entretanto, a inserção desses dados (autos
formados por CPI ou outras fontes de informação), é desnecessário, pois se trata
de preceito geral, válido para qualquer tipo de crime e ação penal. Limitar o
número de testemunhas para cinco.

Art.55. Este artigo e anterior bem como os seguintes dizem respeito ao processo
penal utilizado nas questões envolvendo a matéria reverenciada por este diploma
legal. Após a denuncia o juiz mandará notificar o acusado que terá um prazo de
dez dias para oferecer defesa prévia.Também poderá arrolar cinco testemunhas
bem como apresentar todas as provas e formas de defesas que puder arrolar.
Em caso de o acusado não oferecer defesa o juiz nomeará um defensor para
oferecer defesa em dez dias. Após a apresentação da defesa o juiz terá cinco dias
para decidir. Poderá pedir a apresentação do acusado no prazo de dez dias caso
julgue imprescindível.

Art.56. Recebida à denúncia o juiz vai determinar a hora e o dia para audiência de
instrução e julgamento, ordenará a citação do acusado, a intimação do M.P., do
assistente, e se necessário requisitará os laudos periciais. Em caso de conduta
tipificada nos artigos 33, caput §1º, e 34 e 37, desta Lei, o juiz pode decretar
afastamento cautelar do denunciado que for funcionário público, pois o mesmo se
estive atuando em sua função poderia dificultar e impedir a produção de provas,
bem como dificultar as investigações.A audiência descrita no artigo tem um prazo
de ocorrência de trinta dias a partir do recebimento da denuncia. Salvo exceção
que poderá ser protelado para até 90 dias.

Art.57. Referente a audiência de instrução e julgamento, tanto o Ministério Público


como a defensoria terá um prazo de 20 minutos para fazer a sustentação oral,
prorrogável por 10 minutos, sendo que primeiro é feito o interrogatório.

Art 58. Terminado o julgamento o juiz poderá prolatar a sentença de imediato ou


ter um prazo de dez dias. ordenando para isso que os autos estejam conclusos.
Caso não haja controvérsia com relação à quantidade e natureza dos produtos o
juiz poderá determinar as medidas cabíveis no disposto no art.32 § 1º, desta Lei,
que no caso permite a incineração dos materiais entorpecentes.Com cuidados,
pois não se poderá posteriormente pedir uma contra prova caso seja queimado o
produto apreendido.

Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e 34 a 37 desta Lei, o
réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons
antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória. Neste artigo quem
comete os crimes previstos deve ser recolhido a prisão, segundo NUCCI, (p.413,
2010), “... a regra é o apelo em liberdade de quem é réu e tem bom antecedente”.

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