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O escapamento de âncora por Walt Odets

(Tradução livre por Flávio Maia)

Atualmente, quando falamos sobre o escapamento


de um relógio, estaremos nos referindo, quase
invariavelmente, ao escapamento suíço de âncora e
duplo platô. Foi seu desenvolvimento e refinamento
que, no século XIX, colocou a Suíça numa
indisputável posição de dominação no mundo da
relojoaria. Hoje, este escapamento provou-se um
projeto preciso, confiável e resistente a literalmente
um trilhão de batimentos.

Embora se saiba que o escapamento regula o


compasso do relógio, os princípios relativamente simples pelo qual ele o faz não são
completamente compreendidos. Enquanto as específicas geometrias e detalhes do escapamento
de âncora são complexos e desafiadores, seus princípios não são.

O que é um relógio?

O relógio é uma versão complexa da ampulheta. O relógio é mais útil porque é capaz de medir
o tempo por períodos mais longos do que uma ampulheta de tamanho razoável e não precisa
permanecer em pé. Ao invés da passagem de areia por um orifício, o relógio usa uma peça de
metal flexível, a mola principal, que é enrolada e liberada. O tempo indicado no mostrador é
essencialmente o quanto a mola principal se desenrolou, da mesma forma que a quantidade de
areia que tenha passado pelo orifício da ampulheta.

Todos os relógios, não obstante outras


complicações possíveis, compartilham de meros seis
componentes para realizar o trabalho de "registrar o
tempo". A mola principal fornece energia ao tambor
( fora do campo de visão direito mais baixo da
figura 1), que impulsiona a roda central (5). A roda
central impulsiona a terceira roda (4), que impele a
quarta roda (3), que propele a roda de escape (1). A
roda central gira uma vez por hora e o ponteiro de
minutos é encaixado na extensão do seu pivô. A
quarta roda gira uma vez por minuto, e o ponteiro de segundos é encaixado na extensão do seu
pivô. (O ponteiro das horas é impulsionado através do ponteiro dos minutos por uma
engrenagem atrás do mostrador, com uma relação de transmissão de 12:1 -"a minuteria" - e gira,
é claro, uma vez a cada 12 horas).

Se o relógio se encerrasse com

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esses cinco componentes


(tambor da mola principal,
roda central, terceira roda,
quarta roda e roda de escape)
a mola principal se
desenrolaria, mas numa fração
de segundos. É, portanto, o
sexto componente de todos os
relógios, o escapamento, composto da roda do
balanço e da âncora de escape (e, corretamente
falando, da própria roda de escape), que controla a
velocidade do desenrolar da mola principal. A figura 2 mostra um relógio com a roda do
balanço removida e o seu pivô no 8. A âncora de escape pode ser vista no 2, seu pivô no 3. A
forquilha da âncora (no 2), é acoplada pela roda do balanço, que embala a âncora para frente e
para trás em seu rolamento. No 5 e 6, as duas "levées" de rubis da âncora de escape estão
visíveis (respectivamente a "levée" de entrada e saída). Pode ser visto nesta fotografia que a
âncora de escape é embalada no seu rolamento no sentido anti-horário, e que a "levée" de
entrada (5) trava um dos dentes da roda de escape. Este travamento também é mostrado no
desenho. Como a maioria das rodas de escape, esta mostrada tem 15 dentes, neste caso, do tipo
"club foot", com uma superfície plana e em forma de pé (Rodas de escape inglesas normalmente
tem dentes retos).

O conceito simples do escapamento

A energia da mola viaja pelos cinco componentes do conjunto de engrenagens, tendo a roda de
escape com sua última peça. A roda de escape trava e libera intermitentemente (e,
conseqüentemente, trava e libera todo o conjunto de engrenagens, ocasionando a marcação do
tempo), já que a primeira palheta de rubi imobiliza a roda de escape, a libera, sendo, então,
parada pela outra "levée" de rubi. A roda do balanço (através de um rubi, a "elipse") move a
âncora e suas "levées" para frente e para trás em intervalos regulares. O balanço, portanto,
calcula o movimento da âncora, que trava e libera a roda de escape. Tudo aquilo é para isto,
pelo menos em tese. Aqueles que não desejam detalhes desta operação não precisam ler
adiante.

Os detalhes do mecanismo
Como o funcionamento da âncora é obtido
com tanta precisão e regularidade, apesar das
mudanç as de temperatura, posição do
relógio, forç as de inércia aplicadas pelos
movimentos do pulso do usuário e choques,
é questão de projeto, construção e ajuste do

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escapamento.

A seguinte descrição de um escapamento


completo refere-se às figuras 3, 4 e 5, que
estão exaustivamente numeradas em todas as
partes relacionadas. Todos os pivôs estão
desenhados em amarelo e os rubis em
vermelho ( A figura 3 pertence à OMEGA
Watch Co.). A roda de escape tipo "club-
foot", de 15 dentes, pode ser vista no 5, e seu
pinhã o no 6. Este pinhão é tracionado pela
quarta roda. A âncora (7) contém as "levées"
e seus rubis em cada extremidade (9 e 10), e
a forquilha na outra. As duas projeções
angulares na forquilha sã o chamadas de
chifres e a área entre os lados paralelos da
mesma, de boca.

O conjunto do balanço (1, 2, 3, 4 e a figura 5) contém três componentes principais. O primeiro


é a própria roda do balanço (1), o segundo é o platô de impulso (3); o terceiro, o platô de
segurança (4). O platô de impulso contém a elipse (3 A, também conhecido como pino de rubi
ou pino do balanço) que engata na boca da âncora e a impulsiona para trás e para frente, assim
que a roda do balanço oscila em cada direção. O platô de segurança possui um corte em forma
de meia-lua que é ocupado pelo "dardo" ( "Guard Pin" ) quando o balanço está centralizado na
âncora.

Quando o balanço é girado além


do centro, em cada direção, o
espaço proporcionado pelo
corte em meia-lua não é

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suficiente para o dardo e,


conseqüentemente, a âncora não
pode se mover lateralmente e acidentalmente liberar
a roda de escape. Com a meia lua afastada do
centro, o dardo acerta a borda do platô de segurança, tendo seu movimento obstruído e,
conseqüentemente, o da âncora. Isto é necessário para impedir a liberação indesejada dos
dentes da roda de escape quando ocorrerem choques e ao ajustar as horas do relógio.

Finalmente, em nossa detalhada descrição do escapamento,


existem os pinos de limite (figura 6). Eles estão em cada lado da
âncora, limitando seu curso. Os pinos de limite determinam o
exato acoplamento das "levées" de rubis com os dentes da roda
de escape. Ao invés de pinos de limite, pode ser usado o limite
inteiriço (mostrado na figura 6 - "solid banking"). Enquanto pinos
delimite são mais fáceis de ajustar, acreditam alguns ser o limite
inteiriço mais estável. Um dos requerimentos do "Selo de
Genebra" (concedido pelo Cantão de Genebra aos relógios
produzidos em Genebra, alcançados os requerimentos da
chancela) são limites inteiriços. Estes só podem ser ajustados raspando o metal da base ou
criando entalhes que permitam a superfície de contato ser dobrada.

Porque tudo isto funciona: os ângulos


A figura 7 está incluída, não muito pelos detalhes,
mas para indicar a real complexidade de um

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escapamento de âncora que se proponha a


funcionar corretamente. Os ângulos da superfície
dos dentes da roda de escape, "levées", rubis das
"levées" e âncora, devem ser exatos em um
excelente relógio. O engate e desengate dos rubis
das "levées" necessita ser preciso, suave e quase
absolutamente consistente. Uma diferença tão
pequena quanto 0,5 mm nas dimensões ou no alinhamento de um rubi da "levée", é a diferença
entre um engate adequado e consistente da "levée" no dente da roda de escape ou não. Se a
"leveé" não engatasse corretamente uma vez a cada 1000 ciclos, o erro na marcação do tempo
atingiria horas por dia.

Além disto, os rubis das "levées" fazem muito


mais do que simplesmente bloquear e liberar os
dentes da roda de escape. No desengate, o rubi
da "levée" efetivamente impulsiona a roda do
balanço em seu curso, na direção oposta. Cada
rubi da "levée" tem uma superfície de
travamento e outra de impulso, como
demonstrado na figura à esquerda. Enquanto a
ponta do rubi da "levée" começa a engatar o
dente da roda de escape, as geometrias de
todos componentes asseguram que a rotação da roda de escape (e a pressão do dente na
superfície de bloqueio do rubi) tracione a "levée" para baixo, até um contato mais firme com o
dente. Isto é denominado "tração". O ligeiro movimento descendente da tração causa o "curso
ao limite", em que a âncora contata seu pino de limite ou limite inteiriço. Enquanto a elipse (
no platô de impulso) volta através da oscilação de retorno do balanço e, contata a boca da
âncora, o rubi da "levée" é liberado do travamento, permitindo a continuação do movimento de
rotação da roda de escape. Como ilustrado na fotografia acima à direita, a ponta do dente de
escape contata a superfície de impulso do rubi que está sendo liberado, e o ângulo entre este e
o dente cria um impulso ascendente no rubi. Isto é conhecido como impulso. Através da
âncora, do boca da âncora e da elipse, o impulso propele o balanço a oscilar em sentido
oposto. A superfície plana da extremidade do dente de escape tipo "club-foot" é projetada para
distribuir a força de impulso, na superfície do rubi, mais uniformemente. Observe que a "levée"
de saída e entrada percorrem um ciclo de engate, contato, bloqueio, e se liberam. Enquanto um
rubi é liberado, o outro esta entrando em posição de engate. Para ver o ciclo completo do
escapamento em seis desenhos detalhados, clique aqui .

A mola do balanço
Eu deixei a mola do balanço (também conhecida
como "cabelo") por último porque, em alguns
aspectos, é o coração do escapamento e seu
componente mais sutil. A ilustração à esquerda
mostra a "torneira do balanço" (uma "torneira" é

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uma ponte unida ao movimento em somente


uma extremidade) com a mola e o balanço
unidos. A montagem está ao contrário (de
cabeça para baixo) da sua posição no relógio. O
item 1 é o platô de impulso contendo a elipse
(4). O platô de segurança com a meia lua
encontra-se logo abaixo (acima, no relógio) do
pivô inferior do balanço (3). Os três pinos de encaixe (6) simplesmente posicionam a torneira
do balanço adequadamente na base do movimento. O grande furo entre os pinos de encaixe é
para o único parafuso que prende a torneira do balanço ao movimento. O chanfrado à esquerda
do furo para o parafuso permite a inserção de uma chave de fenda de 1.0 mm, possibilitando
que se erga a torneira após a remoção do parafuso. A mola do balanço (5) encontra-se entre o
balanço e a torneira.

A extremidade final do "cabelo" é encaixada ao "collet" (palavra


francesa para colar - no Brasil, utiliza-se a terminologia "virola")
por meio de um pequena fenda, como ilustrado à direita (mola
em vermelho). A grande fenda é usada para desanexar o "collet"
dos componentes do balanço. Como a roda do balanço e o
"collet" são encaixados firmemente ao eixo do balanço, esta
extremidade da mola gira para frente e para trás com o conjunto.
A outra extremidade da mola é encaixada ao "piton". O "piton"
é uma braçadeira aparafusada firmemente à torneira, normalmente indicada por um pequeno
triângulo gravado nesta. Alternativamente, o "piton" pode ser uma peça de um conjunto móvel
montado na torneira do balanço conhecida como "piton" móvel ou "piton" ajustável. Em
qualquer caso, essa extremidade da mola é imóvel em relação à operação da roda do balanço.
Como ilustrado na figura 8, o "piton" é visto no 1, e a ultima volta exterior da mola no 2. A
mola encaixa no lado de baixo do "piton", no 3. O "collet" para o encaixe interno esta no 4.

Alguns relógios são ditos terem


molas de balanço planas, o que
significa que a última bobina exterior
da mola (antes dela encaixar-se ao
pino na torneira do balanço)
encontra-se no mesmo nível das
outras bobinas (Isto não diz respeito
à seção transversal da própria mola,
já que todas as molas de balanço são
de seção transversal retangular ou
planas). Quando a mola do balanço
não é plana, isto indica o uso de uma
mola de balanço "overcoil", como
ilustrado abaixo à esquerda. A mola
de balanço "overcoil" é referida
freqüentemente como "overcoil" de
Breguet. A "overcoil" de Breguet
pode ser configurada em centenas de
formas, dentre as quais são mais conhecidas a "curva de Lossier" e a "curva de Phillips". A

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ilustração abaixo à esquerda mostra uma curva de Phillips, com seu característico ponto plano.
A curva de Lossier é totalmente radial. A ilustração abaixo à esquerda também mostra o ponto
externo de fixação da mola, no triângulo azul (que na verdade é uma parte da torneira do
balanço, não mostrada nesta ilustração), e o encaixe interno no collet, em verde. A mola é vista
entrando no collet na seta verde.

A mola do balanço possui uma única função. Assim que o


impulso da "levée" de saída tenha propelido o balanço em
uma direção, a mola inverte sua direção no final da
oscilação. Enquanto o balanço oscila em sentido
anti-horário, ele desenrola a mola (na maioria dos
relógios); enquanto oscila no sentido horário, enrola a
mola. A tensão produzida na mola (em cada direção)
reverte o curso do balanço. Ao executar esta operação, a
mola do balanço é responsável pelo arco da oscilação
(amplitude) e, assim, pelo sincronismo e precisão (isto é,
consistência) do movimento. A oscilação do balanço
sincroniza a ação da âncora de escape e,
conseqüentemente, a rotação da roda de escape e a velocidade com que a mola principal
desenrola. A amplitude normal de um relógio contemporâneo é de aproximadamente uma e
meia volta, ou aproximadamente 270º (uma volta corresponde a 180º, falando-se em rodas de
balanço). Se a amplitude é demasiadamente pequena, o relógio irá funcionar fraco e irregular;
se muito grande, é arriscado colidir. Colisões ocorrem a elipse gira completamente e acerta a
parte externa da âncora.

Ajustando a mola do balanço

Ajustes na mola do balanço são uma tarefa muito especializada normalmente executada por
relojoeiros especialmente treinados, conhecidos como cronometristas. Esses ajustes são feitos
depois dos ajustes básicos no próprio balanço. Embora tenha discutido a roda do balanço num
artigo anterior do Horologium (nota do tradutor: referido artigo encontra-se disponível no site
Timezone, em inglês), é suficiente dizer que a roda deve estar perfeitamente redonda e
equilibrada (isto é, em equilíbrio, sem pontos sobrecarregados). Erros residuais inevitáveis no
equilíbrio do balanço, porém, podem ser parcialmente compensados pelo ajuste da mola do
balanço.

O ajuste da mola, normalmente conhecido como sincronismo, tem quatro objetivos primários,
todos relacionados à obtenção de precisão ou cadência absoluta: (1) Possibilitar a extensão e
contração simétrica da mola a partir do centro do seu comprimento (isto é, o centro da bobina
central), a fim de compensar os efeitos da gravidade sobre a mola, que arqueia sobre seu
próprio peso e, conseqüentemente, introduz diferenças de funcionamento em posições diversas
do relógio. Isto é uma questão de precisão. (2) Para maximizar o isocronismo do movimento, de
modo que todas as oscilações do balanço durem ( o tanto quanto possível) o mesmo tempo, não
obstante o arco percorrido. Esta também é uma questão de precisão. (3) Para ajustar a mola de
modo que o relógio esteja "no compasso", significando que o tempo entre a batida da elipse na

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boca da forquilha, percorrendo em uma direção, seja igual ao intervalo quando o pino de
impulso esta percorrendo na outra. (Isto é obtido aproximadamente tendo o pino de impulso
centrado na forquilha com o balanço em repouso). Isto também é uma questão de precisão. (4)
E o ajuste da mola para assegurar se a marcha absoluta do relógio está correta (isto é, se o
relógio se mantém correlato a um padrão de tempo). Observe que a precisão é, de longe, a
questão complexa. Sem precisão, a questão de marcha absoluta é, em todo caso, discutível.

Todos estes objetivos são alcançados


através de relativamente simples,
algumas vezes ardilosos, ajustes da
mola do balanço. Estes incluem girar
o collet para modificar a posição do
encaixe interno da mola; alongando
ou encurtando a mola através do
"piton"; alterando a posição do
"piton"; pelo afrouxamento da
presilha do "piton", e movendo-se a
mola ligeiramente (8, figura 9);
modificando o raio e forma do
"overcoil" (9) ou, no caso de uma mola plana, o raio e a forma da bobina mais externa. Estes
são os únicos ajustes de mola disponíveis para centralizar a mesma, compensando-a para
gravidade e efeitos posicionais, alcançando isocronismo e ajustando o compasso.

O último ajuste disponível em


vários relógios é realizado com
o regulador (1, 5 e 6, figura 9),
que é usado para ajustar a
marcha diária depois que todos
os outros ajustes tiverem sido
feitos. O indicador do regulador
(1) aponta para marcas em uma
escala gravada na torneira do
balanço, para referência visual
durante o ajuste. O indicador é
encaixado no anel do regulador
(5) que contém os pinos de retenção (6), que deslizam ao longo do comprimento da mola assim
que o regulador é movido (ilustrado totalmente à esquerda). Algumas vezes o ajuste é feito
simplesmente movendo o indicador, o que pode ser difícil de fazer com precisão,
particularmente em regulagens muito pequenas. No caso do regulador de precisão "swans-neck"
ilustrado, o mesmo é movido girando o parafuso (4 e 4A) contra aquilo a que o regulador é
seguro pela mola do "swan-neck" (2). Tal arranjo proporciona o mínimo de "jogo" no sistema.
O movimento dos pinos de retenção modificam o comprimento efetivo da mola. "Encurtando" a
mola aumenta-se o compasso; estendendo-a, o diminui. Ao contrário dos pinos de retenção
planos ilustrados, alguns contém anteparos que evitam que algumas bobinas da mola se
prendam no regulador. A regulagem também pode afetar ligeiramente o compasso, e isto
freqüentemente exige alguns ajustes após a regulagem da marcha. No entanto, alguns projetos
de regulador como o Triovis (ilustrado acima à esquerda), automaticamente compensam para o
compasso durante a regulagem. O parafuso de ajuste de precisão é visto no 1, e o anteparo de

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contrabalanceamento do compasso no 3. O suporte do pino de retenção é visto no 2.

Conclusões

Tão simples quanto os conceitos, o moderno escapamento de âncora e duplo platô é uma
realização notável. Na sua forma atual mais comum, funcionando a 28.800 oscilações por hora,
o rubi da "levée" acopla e libera um dente de escape 691.200 vezes por dia. Qualquer distúrbio
em qualquer parte do mecanismo, mesmo de pequena proporção, pode causar efeitos
dramáticos na precisão. Por exemplo, qualquer mudança na mola do balanço, pivôs do balanço,
âncora ou ação de impulso das "levées", equivalente a apenas um por cento de alteração na
inércia da roda do balanço, irá causar aproximadamente sete minutos e meio de erros durante
24 horas. Isto é equivalente a mudar o tamanho efetivo da mola do balanço em apenas 1,2 mm.

Talvez tão notável quanto a precisão do escapamento de âncora seja sua confiabilidade e
durabilidade. Nos quatro anos entre uma revisão, o relógio de 28,800 oscilações por hora terá
completado aproximadamente 505 milhões de ciclos completos do escapamento: mais de um
bilhão de acoplamentos e impulsos de cada "levée" e o número equivalente

Nota do tradutor: Gostaria de agradecer a Walt Odets e à equipe do site Timezone por gentilmente permitirem a tradução e
divulgação deste artigo.

Os relojoeiros brasileiros, sobretudo pela influência do saudoso professor Dimas de Melo Pimenta, fundador do Instituto
Brasileiro de Relojoaria - hoje extinto -, adotaram a terminologia francesa dos componentes de um relógio. Assim, mantive-me
fiel aos termos adotados na obra "Manual do Aprendiz de Relojoeiro, 2ª Edição", de autoria de Dimas Pimenta. Alguns
componentes dos movimentos mecânicos, porém, não possuíam designação neste livro, razão pela qual realizei a tradução livre
de algumas palavras.

Agradecimentos: Ao Sr. Flávio Maia que elaborou o texto e permitiu sua transcrição para este site.
Site: relógios mecânicos

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