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SOUZA, Marcelo Weitzel Rabello de. Conde de Lippe (e seus Artigos de
Guerra), quando passou por aqui, também chegou lá. Disciplina História. 1999.
Disponível em
http://www.jusmilitaris.com.br/uploads/docs/mestrado.historia_do_direito_ii.pdf.
Acesso em 20/09/2010
aplicados em Portugal e no Brasil até a entrada em vigor dos Códigos afetos a
área criminal militar.
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Idem. pp 100
Todavia, é pela severidade das penas impostas que Conde de Lippe é
lembrado. Era comum além das prisões os castigos corporais com açoites,
chicotas, pranchadas, e até mesmo a pena de morte. Vejamos algumas das
tipificações das transgressões e a cominação de sua pena, baseando no
trabalho acadêmico de Marcelo Weitzel Rabello de Souza:
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Capítulo VIII, Artigo II, item 8 do Regulamento de Lippe – texto adequado para o
português moderno pelo autor.
Sobre as formas de punição Marcelo Weitzel Rabello
de Souza5 relata que os delitos maiores, entre eles, o motim, o homicídio, a
traição tinham como sanção a pena de morte pelas armas, por enforcamento
ou outra morte mais severa, os delitos graves se punia com trabalho forçados
por meses ou ano. Vejamos
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Conforme informação extraída do site
http://www.exercito.gov.br/01inst/Historia/Patronos/Caxias/ quadro.htm
A Constituição brasileira de 1824, outorgada por D. Pedro I, aboliu-se,
juridicamente, as torturas, acoites e outras as penas cruéis, porém continuaram
sendo aplicada as escravos fugitivos e ao militares transgressores.
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Praças significa militar não oficial que vai da graduação de soldado a sub-tenente
8
PAIN, Paulo. Pronunciamento sobre o a anistia do herói negro, João Cândido, disponível em
http://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos/2008/15052008II.htm acessado em
15/02/09
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MARTINS, Elieser Pereira. Direito Administrativo Disciplinar Militar e Sua
Processualidade.p 37
As penas cruéis e de caráter corporal aplicadas aos militares de baixa
patente continuaram sendo aplicada mesmo após a Proclamação da República
(1889) e o fim da República da Espada (1894).
Com efeito, hoje pouca coisa mudou, uma praça pode ser condenada
até trinta dias de prisão por estar com mero coturno sujo, por chegar atrasado,
por criticar publicamente a política de governo, por contrair dívida, ou até
mesmo por requerer seus direitos ao judiciário sem autorização, entre outros.11
Significa dizer que as praças ainda são formadas pela classe menos
favorecida da população e são majoritariamente o sujeito passivo das penas
impostas pelos oficiais por meio do Regulamento Disciplinar Militar, o qual, em
regra, tem sido utilizado como meio de perseguições à satisfação pessoal do
aplicador do Regulamento Disciplinar. Neste sentido, transcrevemos fragmento
da monografia Liberdade de Expressão dos Policiais e Bombeiros Militares12:
11
MATO GROSSO. Regulamento Disciplinar Militar – Decreto nº 1329/78, anexo II,
itens 24, 31, 38, 41, 42, 61, 64, 69, etc.
12
SILVA, Júlio César Lopes da Silva. Monografia: Liberdade de Expressão dos
Policiais e Bombeiros Militares. Cuiabá-MT, 2009.
BIBLIOGRAFIA