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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DO FÓRUM


REGIONAL DE JACAREPAGUÁ DA COMARCA DA CAPITAL – RJ.

Referente ao Processo nº XXXXXXXXXX.

Maria Guiomar Leitão de Oliveira, nos autos da Ação


Indenizatória que move em face do Hospital Sicrano., vem, perante esse douto Juízo,
muito respeitosamente, inconformada com a r.sentença de fls., com fundamento no
artigo 513 e seguintes do Código de Processo Civil, interpor o presente

RECURSO DE APELAÇÃO

para o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, apresentando as razões


em anexo, assim como o comprovante de recolhimento das custas relativas ao preparo
do recurso.
Diante do exposto, requer a V.Exa. se digne receber o
presente recurso nos efeitos devolutivo e suspensivo com fulcro no artigo 520 do CPC,
remetendo os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

P. Deferimento.

Rio de Janeiro, 26 de Abril de 2011.

ADV
OAB/RJ
Processo nº XXXXXXXXX

Ação Indenizatória

APELANTE: Maria Guiomar Leitão de Oliveira

APELADA: Hospital Sicrano

RAZÕES DA APELANTE

EGRÉGIA CÂMARA,

A r. Sentença proferida pela douta Magistrada a quo, que


julgou improcedente o pedido da Autora, ora Apelante, data máxima vênia, merece
reforma, conforme restará provado ao final.

DOS FUNDAMENTOS DE FATO E DE DIREITO

1. Trata-se de Demanda proposta pela Autora, ora Apelante, que pleiteia a


condenação da Ré, ora Apelada, ao pagamento de indenização por danos morais,
em virtude da morte de seu marido em decorrência da falha na prestação do serviço
de saúde.

2. A douta Magistrada julgou improcedente o pedido autoral, visto que o seu pedido
foi fundado em situação que não apresentou nexo de causalidade.

3. Ainda que não tenha ficado claro a relação do profissional não habilitado
responsável pelo seu marido e o resultado de sua morte, é da responsabilidade do
hospital arcar com essa responsabilidade, uma vez que agora inexiste a
possibilidade deste de provar que de fato a existência do profissional não
habilitado não refletiu na morte do marido da apelante.

DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

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4. Cumpre ressaltar que a relação entre a Apelante e a Apelada é regulada pelo
Código do Consumidor, e restou incontroverso que houve irresponsabilidade e
descsaso do hospital no que tange ao antendimento, provocando sua morte por
negligencia.

5. Presentes os pressupostos da responsabilidade objetiva – negligência no


antendimento –, resta a Apelada o dever de indenizar, razão pela qual urge a
necessidade de reformar a sentença prolatada pela Magistrada a quo.

DO DANO MORAL E O DEVER DE REPARAR

6. A prova do dano moral está presente no próprio fato que provocou o dano, e vale
reproduzir o ensinamento do douto professor Sergio Cavalieri:
“Se a ofensa é grave e de repercussão, por si só justifica a
concessão de uma satisfação de ordem pecuniária ao
lesado. Em outras palavras, o dano moral existe in re ipsa;
deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal
modo que, provada a ofensa, ipso facto está demonstrado
o dano moral à guisa de uma presunção natural, uma
presunção hominis ou facti, que decorre das regras da
experiência comum. Assim, por exemplo, provada a perda
de um filho, do cônjuge, ou de outro ente querido, não há
que se exigir a prova do sofrimento, porque isso decorre
do próprio fato de acordo com as regras de experiência
comum; provado que a vítima teve seu nome aviltado, ou
a sua imagem vilipendiada, nada mais ser-lhe-á exigido
provar, por isso que o dano moral está in re ipsa, decorre
inexoravelmente da gravidade do próprio fato ofensivo,
de sorte que, provado o fato, provado está o dano moral.”
(in Programa de Responsabilidade Civil, Ed. Malheiros,
5º Edição, 2004, p. 101)

7. A dignidade humana é protegida pela Constituição pátria, e não pode ser


desconsiderada pelo Judiciário, assim como efetivamente protagonizou a douta
Juíza a quo, em sua reprovável sentença.

8. Não é possível permitir que uma conduta arbitrária e inconseqüente, como a


praticada pela Apelada seja vista como lícita, pois contraria as normas de Proteção
ao Consumidor e os Princípios Constitucionais vigentes.

9. A conduta da Apelada deve ser repreendida, pois não há de se admitir no


ordenamento jurídico o descaso no tratamento de alguém, o que produziu na
Apelante perda irreversível.

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DO PEDIDO

Diante do exposto, requer aos COLENDOS DESEMBARGADORES:

a. Que seja conhecido o presente recurso, e no mérito provido pelo Egrégio


Tribunal;

b. A reforma da r. sentença recorrida, para condenar a Apelada ao


pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00 (trinta
mil reais);

c. A condenação da Apelada ao pagamento de custas e honorários


advocatícios na ordem de 20% sobre o valor da condenação.

Assim procedendo, indubitavelmente a Colenda Câmara estará distribuindo a


costumeira Justiça.

Rio de Janeiro, 26 de Abril de 2011.

ADV
OAB/RJ

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